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Segunda-feira, 18 de Março de 2024
HUMBERTO PINHO DA SILVA - HÁ NECESSIDADE DE IMIGRANTES

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Apesar da natalidade, em Portugal, ter aumentado nos últimos anos, ainda não é suficiente para comutar o défice demográfico. O País carece, urgentemente de imigrantes para incrementar a economia, vg: restauração, hotelaria e construção civil.
A entrada maciça de imigrantes é necessidade incontestável, ainda que possa causar ao País alguns problemas; precisa, todavia, ser devidamente planeado, para se evitar perturbações sociais, mormente se o imigrante não souber ou não quiser assimilar a nossa cultura ou se recusar a ser integrado.
Diferenças culturais, morais, políticas até filosóficas e religiosas, dificultam a rápida integração, a meu ver, necessárias, requerendo cedências de ambos – aborígenes e imigrantes.
Existe, ainda, o receio natural da população indígena, erradamente pensar – que pode causar desemprego e concorrência no mundo do trabalho, em algumas profissões.
Mas voltemos à situação demográfica do País: envelhecimento da população e, nascimento de nenés – verifica-se que em 2023 nasceram 85.764 bebés, segundo " Teste do Pezinho", alguns de mãe estrangeira. Número considerado insuficiente, mas melhor que no ano anterior.
Como e sabe, a população em idade fértil, tem emigrado em grande número, na última década, mais de 850 mil saíram do País, e cerca de 30% são de idades que vão dos 15 aos 19 anos.
Segundo o " Atlas de Emigração Portuguesa" desde 2001, abandonaram, por ano, a terra natal, cerca de 75.000 portugueses. Só em 2013 (ano da Troika") ausentaram-se 120 mil, sendo 70% dos emigrantes de 15 a 19 anos.
Não é de admirar que a natalidade seja tão baixa, se considerarmos, que continuam a sair jovens em busca de melhor vida e, esperança de virem a receber confortantes reformas, que lhes permita envelhecer mais desafogadamente.
Hoje não emigram apenas humildes trabalhadores rurais e operários, como outrora, mas igualmente: licenciados, mestrados e até doutorados.
Pelo exposto, ainda que alguns não concordem e não desejem, não se pode recusar mão-de-obra estrangeira, mesmo reconhecendo os inconvenientes que possam advir para o presente e futuro da nação.

 

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA



publicado por Luso-brasileiro às 15:04
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HUMBERTO PINHO DA SILVA - OS PORTUGUESES NO BRASIL

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Minha tia-bisavó, Rosinha, fazia cem anos; seu filho convidou-me para participar na cerimónia religiosa e no copo-de-água.
Fui. Tomei o "onibus”, que me levou ao Rio e, horas depois desembarquei na rodoviária. Nessa ocasião residia em São Paulo.
Quando me deslocava para o colégio, que gentilmente cedera as instalações, fui observando tudo que via. Ao perpassar por parede branca, lobriguei, varado, rabiscado a carvão ou tinta negra: " Portugueses fora do Brasil!". Estávamos nos anos noventa, do século passado.
Em abono da verdade, devo dizer que nunca senti qualquer antipatia por mim, por ser português; muito pelo contrário: todos, inclusive a policia, mesmo no tempo da ditadura, sempre me trataram com afeto.
Sou como se sabe, matrimoniado com paulista da gema, de família tradicional, por isso sabia que no passado, o nosso povo era considerado: pobre, inculto, analfabeto. Em regra, dizia-se que desembarcava em Santos com: " Saco e pau nas costas", ou chegava de avião, " Nos Tamancos Aéreos Portugueses.
Após a Revolução de Abril, chegaram a terras de Santa Cruz: industriais, professores, médicos, engenheiros e, muita gente da elite portuguesa; e o brasileiro, atónico, mudou logo a opinião depreciativa que tinha.
Mesmo assim... Estando em Florianópolis, em meados deste século, folheando distraidamente as páginas amarelas da Capital de Santa Catarina, deparei, cercado a tarja negra:" Portugal roubou o nosso ouro."
Era "mimo" dirigido aos milhões de portugueses e descendentes. Eu sabia há muito que era isso, que certos professores ainda ensinavam nas escolas.
Durante décadas não foi fácil ao português " fugir" das piadas vindas do povo humilde e até da mass-media.
Em 1920, quinhentos poveiros que ganhavam a vida no mar, foram expulsos por se recusarem a serem brasileiros. Retornando a Portugal no navio " Samaro" – " A Pátria", Rio de Janeiro 13 a 15/10/1920.
A perseguição iniciou-se em outubro de 1920, alimentada, entre outros por Epitácio Pessoa. Desconheço a razão de tanta xenofobia, pois a maioria da população era e é descendente de portugueses e italianos. Emigrantes que foram procurar no Brasil melhor vida, como hoje os brasileiros fazem quando emigram para os Estados Unidos e Europa.
A emigração portuguesa, como a italiana, foram comutar a mão-de-obra que havia antes da Lei Nº2: 040 de 28 de Setembro e 1871, que dizia: " Declara de condição livre os filhos de mulher escrava que nascerem desde a data d'esta lei, liberta os escravos da nação e outros, e providencia sobre a criação e tratamento d'aquelles filhos menores e sobre a libertação annual de escravos."
Esta crónica, escrita quase ao currente calamo, pretende lembrar a situação difícil em que viveram muitos portugueses no século XIX e meados do século XX, no Brasil. Muitos eram de menor idade, como o escritor Ferreira de Castro que chegou ao Brasil, sozinho, com 12 anos, para não falar de meu bisavô que emigrou ainda adolescente.
Para alinhavar esta modesta crónica, baseie-me: em reminiscências pessoais; na obra: " No Brasil", do escritor Silva Pinto; e na pesquisa realizada por Edgar Rodrigues, publicada no " Jornal de Matosinhos" de 6/12/1991.

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA



publicado por Luso-brasileiro às 14:55
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HUMBERTO PINHO DA SILVA - VOCÊ PENSA OU PENSA QUE PENSA ?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Durante longos anos ouvi diariamente: comentários e pareceres de amigos e conhecidos e, frequentemente escuto na cafetaria, onde todas as tardes tomo o reconfortante cafezinho, conversas sobre os mais diversos assuntos.

De tudo que ouvi e escuto, conclui: a maioria das pessoas são como dizia o mendigo de Joracy Camargo: " Pensam que pensam, mas não pensam".

São simples repetidores do que ouvem ou leem dos fazedores de opinião.

Os pareceres variam, em norma, consoante a posição que se encontram no xadrez da vida: alteram-se com a situação económica do momento.

Poucos são os que possuem convicções e certezas fundamentadas – ainda que asseverem que as têm...

Se perguntarmos a ferrenho torcedor a razão de ter aderido a certo clube desportivo, não saberá, por certo, responder.

" Sou, porque sou." - Argumenta; ou porque o pai já o era; ou simplesmente para ser do contra: a família torcia por outro clube.

Acontece, igualmente, na política. Poucos militantes conhecem a ideologia e os estatutos. Basta-lhes repetirem o que diz o líder; os mais fanáticos, mesmo reconhecendo o erro, são incapazes de o reconhecerem.

Infelizmente o que se passa no desporto e na política, ocorre algumas vezes, na religião:

Se perguntarmos a crente, porque permanece nesta ou naquela denominação, por certo não saberá responder. Talvez declare: Que é a Igreja da maioria; porque gosta do sacerdote; ou era a da sua meninice.

Também na Igreja, como na política, há infelizmente, quem busque interesses financeiros ou projeção social:

Conheci homem que frequentava Igreja Evangélica, porque recebia, algumas vezes um queijo flamengo!...

Conheci, igualmente, escritor, amigo de meu pai, cujas obras alcançaram importantes prémios. Uma vez confidenciou-lhe:" No início da carreira tive que aderir a partido político de esquerda, para conseguir editor!..."

O mesmo aconteceu a intelectuais, na época da ditadura...que mais tarde inscreveram-se em partidos de esquerda, após haverem recebido benesses do antigo regime.

Tenho, portanto, sempre reservas quando ouço ou leio comentários na média, porque é raro ser-se imparcial. Todos sofremos influencias. Poucos são verticais e honestos. Mas ai de quem lhes diga isso!...

 

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA



publicado por Luso-brasileiro às 14:42
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HUMBERTO PINHO DA SILVA - A PORTA ESTÁ ABERTA, ATÉ OS CÃES ENTRAM

 

 

 

 

 

 

 

 

Havia na igreja de Santo Ildefonso, no Porto, abade conhecido pelos ditos espirituosos e assombradas atitudes.

Tinha como coadjutor jovem presbítero chamado Flores, se não estou em erro. Nessa recuada época não era nascido, e o que sei, é por via oral.

Ora apareceu certa ocasião, "grã-fino" para marcar matrimónio. Entregou os documentos necessários e, marcou-se a data.

Compareceram no dia indicado, os noivos e convidados. As senhoras usavam generosos decotes e ombros descobertos; vestuário arrojado para a época.

Entrou paramentado o abade. Viu o espetáculo indecoroso. Engoliu em seco e, declarou em voz severa: - " Não caso gente em traje indigno para a Casa do Senhor!..."

 Levantou-se burburinho; houve ameaças; altercações; e ergueu-se ténue rumorejo entre os convidados.

Não houve outro remédio, perante a obstinação do sacerdote: - os cavalheiros despiram os casacos e, as senhoras encobriram os ombros com eles.

Dias depois do " Casamento das despidas", os fofoqueiros portuenses confidenciavam, entre risos escarninhos, o casamento carnavalesco.

Outro caso, também, curioso:

Havia mulher que participava na missa de contas pendentes das mãos, sussurrando Ave Marias. Depois permanecia horas a fio fazendo trejeitos diante de cada imagem.

Uma vez entrou o abade no templo, presenciou a deplorável cena e, não se conteve: -" A senhora não tem que fazer em casa?! Se sim, dou-lhe uma vassoura e varra-me a igreja."

Encolheu-se a beata, tossiu e enfiou-se acobardada pela porta, ruminando impropérios.

Mais um dito do velho abade:

Belo dia estando o bom abade tentando evangelizar jovem janota, este, petulante, lhe disse: - " Se soubesse os mariolas que assistem à sua missa!..."

Ao que prontamente o sacerdote repostou: - " A porta da igreja está aberta, até os cães podem entrar..."

Como a porta se encontra aberta, no templo, a todos, o mesmo acontece nos partidos políticos: todos podem entrar...

Depois sucede como nos Estados Unidos com o partido “Republicano”, que foi respeitado e democrata, e contou com Lincoln, admirado e respeitado em todo o mundo; e agora tem Trump, com carisma, mas sem probidade.

Instituições, associações e partidos políticos, sejam da esquerda ou da direita, são o que for o líder: umas vezes são ótimos; outras vezes péssimos. Depende de quem os lidera.

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA

 



publicado por Luso-brasileiro às 14:29
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Quinta-feira, 15 de Fevereiro de 2024
HUMBERTO PINHO DA SILVA - A PEÇONHA DA TELENOVELA

 

 

 

 

 

 

 

 

Conta D. Francisco Manuel de Melo, que caminhando, em frigidíssimo dia, por terras de Espanha, abrigou-se a estalagem, em que a dona e suas filhas escutavam a leitura de novela e, tão enredadas estavam que apesar dos rogos, não foram capazes de o atender, indo hospedar-se noutra pousada.

Vejamos o que diz o escritor do século XVII acerca das meninas embebidas na apaixonante novela: " Poucos dias depois as novelas foram tanto adiante, que cada uma das filhas daquela estalajadeira fizeram sua novela, fugindo com seu mancebo do lugar, como boas aprendizes da doutrina que tão bem estudaram" – " Carta de Guia"

Se simples leitura de novela de amor, causou tal desventura, o que pensar das telenovelas de certos canais de televisão, transmitidas em nobres horários, a cores, com cenas degradadas; com sexo quase explicito, excitando impulsos de mocinhas e mancebos; mostrando episódios promíscuos, abundantes de meninas de papá, a " transar" com o primeiro rapazinho que deparam, ou o namorado que mal conhecem?

Acérrimas críticas surgem, a cada passo, na imprensa, de educadores e pedagogos, principalmente no Brasil, censurando asperamente o desplante de projetarem cenas asquerosas, recheadas de diabólicas intrigas, e inauditos procedimentos.

Existem carradas de razão para tanta repulsa, mas, a meu ver, não são as cenas de nudez – que espevitam impulsos naturais, – o maior mal; já que as imagens são tão frequentes na mass-media, que quase não chocam; mas sim, a peçonha das ideias liberais que pretendem inculcar; os conceitos, as atitudes aviltantes; e, a linguagem de bordel, travada em íntimos encontros familiares, como se fosse o retrato, a imagem da vida atual da família brasileira.

Dir-me-ão: mostram a realidade. (Será?). Abordar temas que preocupam a coletividade, não é a missão da telenovela? Ser o espelho da sociedade?

Pergunto ao leitor atento: Não será o contrário – a sociedade o espelho da telenovela?

Porque, voluntariamente ou involuntariamente, difundem: a moda, a maneira de pensar, o comportamento e, a linguagem do povo, que tudo copia, abraça e imita.

Para finalizar, pergunto ainda: Não serão os meios de comunicação social, os principais responsáveis pelo – parecer, degradação dos costumes, desagregação da família, e ainda a ausência de pejo e decoro de muita juventude?

Creio que sim. Se o leitor costuma refletir, não deixará de ponderar sobre os enredos das telenovelas, que deviam e podiam ser excelentes meios de difusão de cultura e formação moral e cívica dos cidadãos; mas não são.

 

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA



publicado por Luso-brasileiro às 14:18
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HUMBERTO PINHO DA SILVA - A MENTIRINHA NÃO FAZ MAL A NINGUÉM

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A 17 de Janeiros do ano de 2009, num sábado frio, pelas 21H35, ouvia na minha salinha, onde normalmente passo o serão, o canal: " Memória", da RTP.

Entrevistavam o Maestro João Nobre, que sorridente contou, entre outros, que trabalhara na extinta "Emissora Nacional", quando o responsável era o Capitão Henrique Galvão.

Por certo os leitores da minha geração, estão recordados do assalto ao paquete Santa Maria, por razões políticas, comandado pelo Henrique Galvão.

Na época o Capitão era oposicionista ao Estado Novo, mas durante anos foi acérrimo defensor do regime salazarista. - Além de deputado, ocupava altos cargos, entre eles dirigente da E.N., que era, como se sabe, o órgão que expressava e defendia o regime.

Henrique Galvão, participou na Revolução de 28 de maio e foi também encarregado de organizar a grandiosa: " Exposição Colonial do Porto".

Durante os seis anos que o Capitão foi responsável pela emissora do Estado, trabalhou, nesse tempo, como pianista, o nosso Maestro João Nobre.

A emissora mantinha, nessa época, programa ao vivo, onde participavam artistas de várias nacionalidades. Entre eles destacava-se pianista inglês, que interpretava magistralmente música portuguesa, que alcançou grande sucesso. O músico era nem mais nem menos o nosso João Nobre.

O dinheiro não abundava, Salazar, preocupadíssimo com as finanças da nação, não abria a bolsa para se realizar dispendiosos programas.

Recorde-se que nesse remoto tempo não havia: " Cassetes", "Fitas" e muito menos "CDs". Contratar artistas internacionais era, então, impossível, por falta de verba.

Henrique Galvão resolveu o problema: apresentava portugueses com nomes estrangeiros e, os ouvintes confiavam e acreditavam...piamente.

 Era mentirinha, engano tão perfeito que houve ouvintes que procuravam as músicas do excecional intérprete inglês, em casas da especialidade...

Tudo isto foi dito, revelado pelo Maestro João Nobre, em noite fria de janeiro, no início do século, numa amena cavaqueira televisiva.

 

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA

 

 

 

 

 

 

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 14:16
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Quinta-feira, 1 de Fevereiro de 2024
PINHO DA SILVA - PREGAI O EVANGELHO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mc.16-15

 

 

Nós, que somos,  na Terra, Sal e Luz;

nós, que somos cristãos, ao que dizemos;

nós, a quem este mundo não seduz,

e para outro mundo já vivemos,

- nós temos de "SALGAR", de "ILUMINAR":

levar a Fé às almas; levar Deus

aos corações das gentes!...

Como disse Claudel: " Faire Lumiiére".

- abrir olhos  aos cegos, aos descrentes;

levar, sempre prontos, sempre pacientes,

a LUZ do Evangelho q quem quiser.

 

Tu saberás falar?... Pois fala, amigo!...

E tu, sabes cantar?...  Pois canta, então!...

Cada qual use o dom que tem consigo:

- a Palavra, o Sorriso, uma Canção!

 

Ele, Deus, está  em tudo, até porque

( como disse Teilhard, num livro seu)

está na minha pena:- " Il est, en quelque

manière au bout de ma plume ( Dieu)".

 

Ninguém diga: " Eu não sei!..."; ou:" Eu não posso!...",

pois que Deus nos dá sempre, de sobejo,

pra cumprir, a preceito, Seu desejo.

.................................................................

Quanto temos, é d'Ele, não é nosso!

 

 

PINHO DA SILVA – (1915-1987) – Nasceu em Santa Marinha, Vila Nova de Gaia. Frequentou o Colégio da Formiga, Ermesinde, e a Escola de Belas Artes, do Porto. Discípulo de Acácio Lino, Joaquim Lopes , e do Mestre Teixeira Lopes. Primo do escultor Francisco da Silva Gouveia. Vilaflorense adotivo, por deliberação da Câmara Municipal de Vila Flor.
Tem textos dispersos por várias publicações, entre elas: “O Comércio do Porto”, onde mantinha a coluna “ Apontamentos”, e o “Mundo Português”, do Rio de Janeiro, onde publicou as “ Crônicas Lusíadas”. Foi redator do “Jornal de Turismo”, membro da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, e secretário-geral da ACAP. Está representado na selecta escolar: " Vamos Ler", da: Livraria Didáctica Editora, com o texto : " Barcos e Redes"



publicado por Luso-brasileiro às 14:15
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Quinta-feira, 18 de Janeiro de 2024
PINHO DA SILVA - VERBO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quem fale de Jesus, com singeleza,

ou seja S. Francisco ou Escrivá,

apostoliza mais, mais paz no dá

que S. Tomás de Aquine!...

                             Na  riqueza

filosófica deste, a  simpleza

do povo ignorante ( onde nem há,

além da intuição que Deus pôs lá,

um nada de razão...), colhe sagosa?!

 

Eco do Estagirita, fala ás almas

de maneira diferente; mas as calmas

palavras de Jesus de Nazaré,

são claras como a própria madrugada!...

 

Nem que seja na boca consagrada

dum padre Lacordaire, ou Boussuet!

 

 

PINHO DA SILVA – (1915-1987) – Nasceu em Santa Marinha, Vila Nova de Gaia. Frequentou o Colégio da Formiga, Ermesinde, e a Escola de Belas Artes, do Porto. Discípulo de Acácio Lino, Joaquim Lopes , e do Mestre Teixeira Lopes. Primo do escultor Francisco da Silva Gouveia. Vilaflorense adotivo, por deliberação da Câmara Municipal de Vila Flor.
Tem textos dispersos por várias publicações, entre elas: “O Comércio do Porto”, onde mantinha a coluna “ Apontamentos”, e o “Mundo Português”, do Rio de Janeiro, onde publicou as “ Crônicas Lusíadas”. Foi redator do “Jornal de Turismo”, membro da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, e secretário-geral da ACAP. Está representado na selecta escolar: " Vamos Ler", da: Livraria Didáctica Editora, com o texto : " Barcos e Redes"

 



publicado por Luso-brasileiro às 15:38
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HUMBERTO PINHO DA SILVA - COMO O PROFESSOR SE CONGRAÇOU COM CRISTO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Das figuras mais sisudas que conheci, foi, sem dúvida, a do Professor Vitorino Nemésio. Suas eloquentes palestras, interessantíssimas, pecavam, quase sempre, pelo rebuscado da frase, que o tornavam, muitas vezes, para os menos versados, incompreensível.

Isso não o impediu de se tornar popular, graças à simpatia, e principalmente à TV.

Certo dia o nosso Maestro João Nobre assistia a uma aula de Vitorino Nemésio, e tomado pelo sono e pela aridez, como o professor tratava a matéria, resolveu levantar-se e sair.

Ia a dirigir-se para a porta, quando o mestre o interroga, em tom de censura:

- Então vai sair?!

A que João Nobre respondeu com toda a franqueza:

- Não aguento mais… O Sr. Professor é um grande maçador!

No dia imediato, refletindo na atitude, o maestro receou ser repreendido, e não teve coragem de enfrentar o professor.

Decorrido dias, como nada lhe dissessem, nem corresse atoarda, entre os estudantes, compareceu, novamente às aulas.

Sentou-se e ficou muito quietinho, de cabeça inclinada, a escutar o mestre.

De súbito, Vitorino Nemésio, interrompe a exposição e voltando-se para o aluno que abandonara a sala tão inesperadamente, disse:

-Pensei no que falou e conclui que tem razão. Vou tentar ser menos pesado.

Era assim Vitorino Nemésio.

Não será necessário dizer, aos leitores portugueses, quem era o intelectual, já que é sobejamente conhecido; mas como a crónica aparecerá, também, na imprensa brasileira, vou reunir brevíssimos dados biográficos, deste eminente professor, que foi membro da loja maçónica” A Revolta”.

Nasceu nos Açores, na Praia da Vitória, em 19-12-1901. Foi Professor Catedrático da Universidade de Lisboa. Educado no seio da Igreja Católica, aos poucos afastou-se.da Fé. Tinha 21 anos de idade quando se tornou membro do cenáculo da loja maçónica.

Cursou Filologia Românica na Faculdade de Letras de Coimbra, com elevada classificação. Escreveu várias obras literárias. Foi o intelectual mais requisitado da sua época, e manteve, com sucesso, a rubrica: “Se bem me lembro…”, na RTP.

Numa quarta-feira da Semana - Santa de 1955, o Professor dirigiu-se ao reitor do Seminário, D. Manuel Almeida Trindade, depois Bispo de Aveiro, e durante três horas palestrou animadamente. No final, Vitorino Nemésio, abraçou-o. As lágrimas corriam-lhe pelo rosto, em catadupa.

O Catedrático, o conhecido intelectual, o “velho” republicano, o poeta famoso, abraçara definitivamente o cristianismo.

Vitorino Nemésio, que foi diretor do matutino “O Dia”, casou, em 1926, com Dona Gabriela Monjardim Azevedo Gomes e é pai de Georgina, Jorge, Manuel e Ana Paula.

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 14:37
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HUMBERTO PINHO DA SILVA - ANJOS DA TERRA

 

 

 

 

 

 

 

 

Conhecido de D. Francisco Manuel de Melo, contava entre seus bens, a quantidade de amigos que possuía e, tinha razão, porque, quando são leais, sinceros e dedicados, são bens mais valiosos que oiro e prata. São anjos, que Deus nos proporciona para amenizar as agruras da vida.

Infelizmente, anjos bons, são raros, a maioria dos amigos comportam-se como as formigas, que só procuram celeiros cheios, como os de Job; outros, hipócrita, buscam: fama, influencia e glória, como os de Camilo, que tendo " Cento e dez, tão serviçais", mas vendo-o doente, pobre e quase cego, diziam: " - Que vamos lá fazer? Se ele está cego, não nos pode ver!..."

Também eu, durante a minha longa existência tive amigos, companheiros de jornadas, que Deus, na Sua infinita bondade, colocou-os no meu caminho, a quem lhes devo o que fui e o que sou.

Muitos perdi-os no correr dos anos, ceifados pela impiedosa Morte, mas ficaram, para sempre, gravados no filme da memória, com gratidão e saudade.

Entre eles, destaco o Silvério, que me abriu as portas, que muito necessitava, não por amizade, porque mal me conhecia, mas pelo bondoso coração, que tudo fazia para ajudar quem muito precisava.

Deparei, também, na estrada da vida, muita ingratidão, falácias e cambalachos, e ainda quem utilizando a política (que devia servir para o bem de todos,) me prejudicou no termo da carreira profissional; e tudo porque não sou, não era, nem quero ser – porque abomino opinião de cabresto, nem penso por cabeça alheia – militante de partido político...

Porém Deus sempre me amparou, como Pai que cuida dos filhos, não que fosse ou seja merecedor, que não sou, mas creio, como supunha Jean Guitton: a Misericórdia divina é superior à Sua Justiça.

Jesus sempre me enviou e certamente enviará, nos momentos angustiosos, anjos da guarda, que permanecem presentes nas horas de amargura.

Foram e são mãos humanas, guiadas pela Mão de Deus, que consolam, apoiam e abraçam.

Seria justo citá-los, mas muitos já não se encontram entre nós, e os mortos não têm vaidade; os que restam, certamente, não gostariam de se verem em letras de forma.

Decerto, o leitor, também deparou e deparará, ao longo da vida, " anjos", que o acolheram e o protegeram. Se atribuiu, alguma vez, o auxílio à sorte ou acaso, está redondamente enganado, foi certamente, a Mão de Deus que fez a mão dos homens agir.

Não foi sem razão, que o conhecido do nosso clássico, incluía no rol dos bens, os amigos fiéis e dedicados.

Porém não é fácil topar, no percurso da nossa peregrinação terrena – "anjos".

Os que nos abordam, em geral, não são "anjos" da Luz, mas das trevas. Buscam interesses e o vil metal, que tudo compra e tudo corrompe.

Já o ilustre Rei Salomão, dizia: " As riquezas granjeiam muitos amigos; mas os pobres, o seu único amigo, a deixa." - Pv.19:4

Infelizmente era assim, e continua assim, e para nosso mal, continuará assim...

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA



publicado por Luso-brasileiro às 14:23
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Sábado, 16 de Dezembro de 2023
HUMBERTO PINHO DA SILVA - POBRE CAMÕES QUE TÃO MALMO TRATARAM

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Certa ocasião, Helena Sacadura Cabral, declarou ao: " Diário de Notícias": " Em Portugal há uma longa tradição de murmúrio. De inveja. De cobiça e de preguiça também. Os valores raramente são reconhecidos e os mais inteligentes constituem o repasto ideal para a calúnia."

Se no início deste século era assim, segundo a escritora, não foi muito diferente nos séculos passados.

Hoje todos homenageiam Camões, como o maior poeta da nossa língua portuguesa, que narrou, nos " Lusíadas", a extraordinária epopeia dos descobrimentos.

Mas, como o reconheceram no seu tempo? Como o trataram e admiraram-no?

Morreu pobre. A magra pensão que lhe concederam, era tão insignificante, que mal lhe dava para sobreviver.

Diogo Couto, em 1567, encontrou-o em Lisboa, " Tão pobre que comia de amigos.", que lhe davam a roupa que necessitava.

Conta Almeidas Garrett, pela boca do Telmo, no: " Frei Luís de Sousa": "Lá foi Luís de Camões num lençol para Sant'Ana. E ninguém mais falou nele”.

E mais adiante, à Maria: " Livro sim: aceitaram-no como tributo de um escravo. (...) Acabada a obra, deixaram-no morrer ao desamparo, sem lhes importar, com isso.... Quem sabe se folgaram? Podiam pedir-lhes uma esmola, escusavam de se incomodar a dizer que não."

E D. Francisco Manuel de Melo, no " Hospital das Letras", escreveu:

- " De nós todos se poderá queixar, porque sendo honra e gloria de Espanha, tão mal tornamos por ele, que, se não poucos o leem, são menos os que o entendem."

Certa ocasião ao folhear o meu diário, deparei com a triste noticia que o notável intelectual, Lopes de Oliveira, após ter oferecido a valiosa biblioteca à cidade de Fafe (mais de cinco mil volumes) foi convidado a residir nessa localidade.

Vive ou vivia, sozinho, cozinhando e dormindo em velha casa, infetada de ratos, receando que os roedores lhe devorem os livros. - "O Comércio do Porto", 14/12/90.

Apetece-me dizer como António Nobre: " Que desgraça nascer em Portugal" – "SÓ".

 

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA

 

 

 

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 15:44
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HUMBERTO PINHO DA SILVA - O TRABALHO DO MENINO É POUCO,,,

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

São muitos os que se indignam - e com razão, - da exploração de crianças, no mundo do trabalho; e poucos os que se preocupam com os chamados meninos-prodígios, que tantas vezes são tratados, pelos progenitores, como verdadeiros escravos.

Sei que me vão dizer ou pensar: São " vitimas" da Arte. Trabalham pelo prazer e pela vaidade.

Mas quantos não puderam nem podem brincar, porque os pais os obrigaram e obrigam a treinos constantes, para estarem aptos a participarem em competições desportivas, artríticas ou teatrais?

Passam e passaram noites mal dormidas, percorrendo feira em feira, circo em circo até altas horas, angariando dinheiro aos progenitores.

Recordo a ginástica Nadia Comannecci, que alcançou importantes medalhas nos Jogos Olímpicos, para seu País podesse orgulhar-se da conquista de medalhas de oiro. Mas a que preço? De constantes sacrifícios, treinos forçados e infância perdida.

Lembro-me, de Saul e do notável futebolista - hoje multimilionário, Cristiano, que iniciou a carreira na Madeira, aos nove e entrou no Sporting. aos onze, sendo titular aos dezassete anos.

E também do extraordinário Lionel Messi, que começou a fulgurante vida de futebolista aos sete e aos treze foi para Barcelona, sendo titular aos dezasseis. Dir-me-ão: jogar a bola não é trabalho; trabalho é explorar os menores, para ajudarem os pais nas lidas domésticas ou nas tarefas agrícolas e oficina.

Não decorreu ainda uma década - penso eu, - que jornalista surpreendeu rapazinho, em plena serra transmontana a guardar o rebanho paterno.

Levantou-se a mass-media, indignada - criança de tão pouca idade devia estudar e não ser pastor!

Tratava-se de filho de agricultores remediados, que frequentava a escola secundária, mas por gosto, em horas de lazer, subia à serra com o gado do pai, para recreio. O problema é que a pastorícia não é Arte, mas trabalho, portanto - exploração infantil,

Crime é o comerciante levar o filho para a loja, no intuito de o coadjuvar ou o lavrador solicitar ajuda ao filho, nas labutas agrícolas. Porque o menor não pode nem deve trabalhar, asseveram os políticos e certos intelectuais.

Até 1841 era permitido as crianças trabalharem em todo o mundo. Depois foi proibido, em França, ou melhor: só podiam trabalhar com mais de oito anos!"...

Em Portugal, só no reinado de D. Carlos é que se levantou a questão do trabalho infantil.

No nosso tempo, na maioria dos países, o trabalho infantil está proibido, embora ainda se pratique em alguns, mas ilegalmente.

Os nossos velhos diziam (com razão?)" O trabalho do menino é pouco, mas mais louco é quem não o aproveita. Claro que só executavam – penso eu, - nessa época e na nossa terra, tarefas de acordo com idade. Caso contrário seria a crime.

 

 

Humberto Pinho da Silva



publicado por Luso-brasileiro às 15:41
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HUMBERTO PINHO DA SILVA - COMO PASSAM OS PORTUGUESES A QUADRA DE NATALÍCIA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Bíblia é, como se sabe, o livro mais vendido do mundo e, o mais traduzido, editado em todas as línguas e numerosos dialectos.

Infortunadamente muitos cristãos mal a conhecem, mormente os católicos. Muitos são, porém, os que a compram em edições monumentais ou nas reproduções mais modestas.

Compram-na para proclamar, ufanamente, que a possuem, mas permanece, eternamente, bem alinhada com outros tomos, nas prateleiras da biblioteca doméstica.

A Igreja Católica recomenda a leitura – pelo menos o Novo - Testamento, – diária, durante 15 minutos. Recomenda, porque quem a não lê, desconhece, quase completamente, quem é Jesus, e Sua doutrina.

A Bíblia é, e será sempre, o melhor manual de instrução do crente; o guia por onde pauta sua vida.

Felizmente os nossos irmãos separados – da Igreja Católica, não de Cristo, – como frequentam, desde a infância, as aulas dominicais, são em regra, mais conhecedores e, muitos sabem de cor, as passagens mais importantes para a vida quotidiana do crente.

Não admira, portanto, que não falte quem assevere que Deus disse e quer, o que na verdade nunca disse nem quer.

O Observatório da Solidão do Centro de Investigação e Intervenção Interdisciplinar do Instituto Superior de Ciências Empresariais e do Turismo (ISCET), realizou recentemente sondagem (400 pessoas contactadas, que é numero bastante escasso,) para conhecer como os portugueses vivem a quadra natalícia.

Segundo o estudo 60% não pratica nem frequenta Igreja cristão

76% - Considera que é o meio de fomentarem consumo.

62% - Pensa que o Natal é uma festa religiosa.

94% - Faz ceia de Natal em casa com a família.

1% - Passa a consoada fora da residência – restaurantes.

86% - Faz árvore e presépio.

32% - Aproveita para se ausentar, de férias

Destes: 45% - São jovens, e 53% pessoas de idade.

Quase todos os contactados consideram o Natal como festa de família

Saberão que é comemorado o nascimento de Jesus? Talvez saibam, mas não dizem...

Se o estudo fosse realizado décadas atrás, talvez o resultado fosse bem diferente. A entrada de imigrantes, em grande numero, com tradições, costumes e gastronomias diferentes e, das mais diversas religiões, tem provocado notáveis alterações nos hábitos, e levado, principalmente as camadas mais jovens, à apatia pelas tradições natalícias.

 

 

HUMBERTOPINHO DA SILVA

 

 

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 15:33
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