Por motivo de férias, como tem acontecido nos anos anteriores, não será atualizado o blogue, durante o mês de Agosto.
O Dia dos Avós é celebrado em diversos países em 26 de julho pois é o dia de Santa Ana e São Joaquim, considerados avós de Jesus Cristo por serem pais de Maria. A primeira também éconsiderada Padroeira das Gestantes por ter concebido sua única filha em idade avançada e depois de ser considerada estéril. Os avós são figuras tão importantes na vida familiar que foi promulgada no Brasil a Lei 12.398/2011, que garante o direito de visitar os netos em caso de separação dos pais, podendo-lhes, a critério do juiz, ser extensivo o direito de guarda e educação dos menores, levando em conta os interesses da criança ou do adolescente.
A experiência fantástica de ser avó e avô uniu a psicoterapeuta Lidia Aratangy e o pediatra Leonardo Posternak, amigos de longas datas, na autoria da publicação “Livro dos Avós – Na Casa dos Avós é Sempre Domingo?” (Editora Artemius), no qual respondem a pergunta: “O que os netos esperam dos avós? Desejam que sua necessidade de confiança e segurança não seja ameaçada por divergências entre avós e pais. Não toleram tensões ou dramas familiares. Mas devem perceber que diferenças de opinião não significam ruptura nem desrespeito”
Por outro lado, o perfil das vovós também mudou ao longo dos anos. A imagem das senhoras sempre em uma cadeira de balanço está cada vez mais distante. “Mulheres com 60 anos têm energia, saúde, vão à academia e estudam”, comparou Lidia, que tem sete netos. A avó que mima é a aquela que vê os netos em dias de festa ou apenas aos domingos. “Quem fica regularmente, que está na rotina da criança, no dia-a-dia, não mima. Hoje, é preciso ter solidariedade com filhos, genros e noras, com limite e disciplina”, explicou a psicoterapeuta, em matéria publicada pelo jornal “Diário de São Paulo” (23/07/2006- pag. D3- “longe da cadeira de balanço” –Jaqueline Falcão)
Na mesma trilha, a psicoterapeuta desmistifica outra concepção. “Esta conversa de que avó é mãe com açúcar não existe. Ser avó está mais perto da paternidade do que da maternidade”. “O dia em que coloquei a mão em cima da barriga da minha filha lembrei no dia em que meu marido fez isso na minha barriga. A gravidez dela era algo importante que aconteceria na minha vida, mas não no meu corpo”, comparou.
Entendemos que é preciso sempre discutir o papel das avós na educação e nas relações familiares. De acordo com a psicóloga Eliane Pedreira Rabinovick, “o importante é lembrar que esse contato precisa ser equilibrado para que, em vez de uma fonte de problemas, se torne uma experiência rica às futuras gerações. Até porque sãos os avós que, dentro da vida moderna, recuperam os valores culturais, religiosos e morais antigos. São o elo que liga o passado, o presente e o futuro. Depende do amor e do respeito conservar essa ligação essencial à humanidade” ( Revista “Família Cristã”- 11/1988 – pág. 31).
Os avós asseguram aos netos a noção de desenvolvimento da vida humana em seus vários momentos e fases, mantendo um contato rico, queensina os jovens a respeitarem os mais velhos e às suas experiências, através do sentido histórico dasexistências.
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor da Faculdade de Direito do Centro Universitário Padre Anchieta de Jundiaí. Ex-presidente das Academias Jundiaienses de Letras e Letras Jurídicas (martinelliadv@hotmail.com)
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