Domingo passado, dia 21 de novembro, recebi uma homenagem da Academia Itajubense de Letras que me deixou emocionado. Numa solenidade ímpar, fui condecorado com o Diploma de Honra ao Mérito pela participação cultural, social e artística em nossa cidade.
A presidente e sempre simpática Terezinha Ofélia Nascimento Rennó, teceu grandes elogios a mim, assim como outros acadêmicos: Marcos Antonio Olivas, Paulo Roberto Tavares Pereira, Wilson Ribeiro de Sá, Rozelet Fernando Armentano Silva, Fredmarck Gonçalves Leão etc.
Há anos, eu estive numa reunião da Academia, a convite da Ana Cley Marques Pizarro, tocando e cantando para os presentes. Não me lembro o motivo, mas também foi alguma homenagem especial que prestaram. Mas, nesta de agora, foram quase três horas de mensagens que agradaram todos os corações.
Agradeci dizendo que, se soubesse que as emoções seriam tão fortes, teria tomado um calmante. Também disse que ser homenageado por imortais é coisa do outro mundo! E passei a falar com o coração, já que tudo o que eu pensei dizer foi apagado pelas lágrimas.
Lembrei quando o professor Fredmarck concorreu pela terceira vez a diretor da EFEI. Mesmo sabendo que eu era um professor bem mais novo, foi ao meu gabinete e pediu que eu revisasse sua proposta para o debate com os demais candidatos. Fiquei impressionado com sua humildade em me procurar, considerando que ele trazia consigo uma enorme bagagem de competência. Naquele dia, aprendi um pouco mais a me nivelar com as pessoas menos favorecidas.
Depois, olhei para o acadêmico Benedito Paulo Nogueira e comentei que ele foi uma das primeiras pessoas que conheci em Itajubá. Em 1974, quando cheguei para fazer a matrícula na Faculdade de Engenharia Civil, fui recebido por ele, atual secretário, que me disse: “Você é um rapaz de sorte! Chamamos todas as listas de espera e, mesmo assim, sobraram três vagas. Chamamos mais três alunos e somente dois vieram. Então, como última tentativa, resolvemos chamar mais um – exatamente você!” Eu concluí a história, dizendo agora ao Paulo Nogueira que fui o melhor aluno daquela turma, graças ao meu esforço e às bênçãos divinas.
E lembrei do meu falecido pai e da época que fiquei doente no hospital, em 1991, à beira da morte! Minha irmã, minha filha Soraia e muitos presentes choravam durante o relato, mas eu afirmei que aquilo não foi em vão. Entendi que o amor de Deus me impulsionava a servir o próximo e, somente por este motivo, eu estava recebendo aquela homenagem. Na pessoa da dona Ambrosina Freitas Paiva, agradeci a presença de todos e pedi que os meus parentes se levantassem para receber aplausos – coadjuvantes que são da minha vida abençoada.
Dirigi um obrigado especial à minha querida mãe, à minha esposa e a Nossa Senhora. Uma do céu e duas da terra, carregaram-me no colo a vida toda. Ah, também comentei a grata presença dos confrades do Círculo Italiano: Antônio Consoli, Giovani e Antonio Trota. A engenheira Marita Arêas de Souza Tavares e esposo, formados pelo Instituto Eletrotécnico de Itajubá, atual UNIFEI, vieram de Belo Horizonte com um dia de antecedência para me cumprimentarem. Quanta bondade!
Enfim, havia muita gente prestigiando a outorga que recebi. Por e-mail, recebi e respondi mais de 50 mensagens de parabéns. São amigos do coração que repartiram à distância as alegrias desse momento – mais um sinal de Deus, dizendo que estou no caminho certo: ajudando na evangelização.
E a dona Terezinha Ofélia declamou um poema, escrito pelo seu falecido pai, B. Nascimento, que, segundo ela, poderia ter sido feito à minha pessoa. Título: Fogo Santo.
“Eis, meu Senhor; aos vossos pés minha alma. Contrita e pronta ao fogo desse Amor, que, sendo agitação, refreia e aclama, e, sendo chama, apaga toda dor...
Que o caminho tortuoso e duro espalma, e, sendo chispa, abranda o sofredor; que emana dessas mãos, sangrando a palma, do vosso atroz martírio, ó meu Senhor!
Essa fogueira não me faz espanto, que é refrigério, é fogo sacrossanto. Lançai-me nele, nele irei queimar-me...
Incinerai-me em vosso fogo ameno! Minha alma pronta está e estou sereno: condenado a esse fogo, hei de salvar-me.”
Quanta honra! Mais uma vez, agradeci a todos. Perdoem-me aqueles que esqueci de citar neste artigo, mas tenham certeza que rezarei por vocês. E antes do encerramento da reunião, convidei os amigos para participarem dos eventos do Natal no Campus UNIFEI 2010. Os ingressos gratuitos serão disponibilizados no início de dezembro para estes shows:
– dia 11, sábado – Ballet Bolshoi (Santa Catarina) – espetáculo clássico;
– dia 12, domingo – Encontro de Corais (mais de 300 vozes: adulto e infantil) – espetáculo musical;
– dia 15, quarta – Jair Rodrigues – espetáculo da família;
– dia 17, sexta – Adriana Calcanhoto (Show Partimpim 2) – espetáculo infantil;
– dia 18, sábado – Banda Sinfônica de Santa Rosa de Viterbo – concerto de Natal.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Mãe Maria Santíssima!
PAULO ROBERTO LABEGALINI -- Escritor católico, Professor Doutor da Universidade Federal de Itajubá-MG. Pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária da UNIFEI
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