A série de sérias reflexões que o Papa Bento XVI faz no livro Luz do mundo. O Papa, a Igreja e os sinais dos tempos já se acham afetadas pelo sensacionalismo que centra suas atenções na questão em que foi dado um exemplo referente ao preservativo. Eis o que disse Bento XVI: “Pode haver casos individuais justificados, por exemplo, quando uma prostituta usa um preservativo, e esse pode ser o primeiro passo rumo a uma moralização, um primeiro ato de responsabilidade para desenvolver de novo a consciência do fato de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer tudo o que se quer. No entanto, essa não é a maneira verdadeira e adequada para vencer a infecção do HIV. É verdadeiramente necessária uma humanização da sexualidade”.
O Arcebispo Metropolitano de São Paulo, Cardeal dom Odilo Scherer explicou que a Igreja Católica não mudou sua posição em relação ao uso do preservativo. Dom Odilo comentou as declarações do Papa Bento XVI que considera aceitável o uso de preservativos “em certos casos” para evitar a transmissão de doenças. Afirmou D. Odilo: “Quem está dizendo que a Igreja mudou está dizendo uma mentira. O Papa não mudou a posição moral da Igreja com relação ao uso de preservativo. A posição da Igreja é pela valorização da sexualidade e pela humanização da sexualidade. Por isso, a posição da Igreja é contrária à banalização da sexualidade”.
De fato, a castidade é uma atitude correta diante do sexo, ou seja, conservar e usar as forças do sexo dentro do plano de Deus. Para isto é mister perceber qual é o sentido profundo e valor exato da sexualidade. Deus preceituou que homem deixaria o pai e a mãe e se uniria a sua mulher, formando uma só carne (Gên. 2,24). Ele havia dito: “Não ë bom que o homem esteja só, far-lhe-ei uma auxiliar igual a ele ( Gên. 2,18). O Criador abençoou Noé e seus filhos e lhes ordenou: “Sede fecundos, multiplicai, enchei a terra”(Gên 9,1). O sexo está destinado, portanto, à união e ao crescimento no amor, possibilitando a criação de uma nova vida humana. Na visão cristã não é, como hoje muitos querem fazer crer, algo que se possa usar fora dos planos divinos. Ele foi feito para o matrimônio e o matrimônio foi elevado à sua prístina dignidade por Jesus Cristo, como está claríssimo no Evangelho (Mt 5,32). Jesus proclamou: “Bem-aventurados os puros, porque eles verão a Deus”.
Muitos, felizmente, são os jovens que imbuídos do Espírito Santo se conservam puros até o dia do casamento, apesar de toda esta onda de erotismo que envolve, infelizmente, o mundo de hoje.
Não se trata, portanto, da moral católica, mas da ética estabelecida pelo próprio Ser Supremo.
A AIDS, como ensina o Papa Bento XVI em vários de seus pronunciamentos é evitada pela castidade, pela fuga dos desvios que animalizam o ser humano, criado à imagem e semelhança do Criador.
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.
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