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Sexta-feira, 25 de Dezembro de 2009
EUCLIDES CAVACO - MENSAGEM DE NATAL

 

Com calorosa amizade para todos vós

 

MENSAGEM DE NATAL  é hoje o poema declamado com o qual
em jeito de cartão de Boas-Festas apresento a todos os meus amigos
espalhados pelo mundo desejos de um... FELIZ NATAL...
Ouça e veja Mensagem de Natal aqui neste link:

 

http://www.euclidescavaco.com/Recitas/Mensagem_de_Natal/index.htm

 

 

Boas Festas
Euclides Cavaco
cavaco@sympatico.ca

 



publicado por Luso-brasileiro às 19:34
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HUMBERTO PINHO DA SILVA - NÃO PRECISO DELE PARA NADA !

 

                    

 

 

 

A cada passo ouve-se esta afirmação proferida com protérvia, por néscios. Digo néscios, porque todos precisamos uns dos outros, e mal aviado vai quem pensa o invés.

Minha boa amiga D. Maria Cândida, conta sempre que escuta essa frase e outras semelhantes, o que ouviu ao avô, importante alquilador, a respeito daqueles que desprezam o humilde trabalhador e veneram senhores doutores e empresários abastados.

Dizia o avozinho da minha querida amiga: - “ Escuta: nunca deixes de respeitar todos, por mais simples que sejam; porque se um dia caíres na via publica ou te sentires desfalecer, não penses que são os que viajam de landó e sege, que se apeiam para te auxiliar, e menos ainda o “ importante ” que transita no passeio. Estes encontram-se muito atarefados para perderem minutos.”

- “Não te esqueças” – prosseguiu o sisudo avô, – “é o pobre artificie e a mulher de chinela, que se avizinham e amparam. O pobre, o que vive do seu trabalho e conhece o que custa a vida, é que costuma socorrer os necessitados “.

Há excepções - creio, e tenho provas, - mas, o que disse o prudente avozinho, em meados do século transacto, continua verdadeiro.

Em regra precisamos de todos, mormente dos que ocupam a base da pirâmide social. Muitos, erradamente, apartam-se de familiares e amigos que, por revés da vida, desceram na escala da sociedade, convencidos que não precisam deles para nada, e reverenciam os ricos e os que exercem cargos de relevo.

Enganam-se os que assim pensam ou desconhecem o revelho apólogo das panelas de barro e ferro, magistralmente narrado pelo genial Padre Manuel Bernardes, parafraseando a fábula de Esopo e inspirando-se no Eclesiástico. - 23:3

É que nas contendas da vida, sempre é a panela de barro que se quebra. Basta ir às portas dos tribunais para contestar essa verdade.

Bem assisado foi o famoso alquilador gaiense ao aconselhar, desse jeito, a neta querida.

Se o leitor permite conselho de quem tem vida longa e foi magoado por muitos, digo-lhe que não tenha pejo ao acamaradar-se com gente humilde, porque os ricos - e muitos, Deus sabe como alcançaram fortuna, - quando nos encontram na posição de Jó, olvidam que fomos companheiros de folguedo e nos banqueamos na mesma mesa.

 

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA   -   Porto, Portugal

 

humbertopinhosilva@sapo.pt

 



publicado por Luso-brasileiro às 19:27
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MUSEU DAS 'PALHACINHAS' NO ESPAÇO RENOVADO DA JUNTA DE SANTA MARINHA - VILA NOVA DE GAIA - PORTUGAL

Foi escola primária e deu lugar à sede da Junta de Freguesia de Santa Marinha. Hoje, depois das obras de requalificação no rés-do-chão, o edifício alberga também uma sala de professores, multimédia, bibliotecas, auditório multiusos e o museu da Escola das ‘Palhacinhas’. Este último consegue transportar o imaginário dos visitantes para uma experiência vivida há muitos anos atrás.

Além da sala de aula, equipada com material que pertencera ao velho estabelecimento de ensino, onde se pode observar antigas carteiras, mapa-mundo de Portugal sobre tela e livros escolares em uso nas escolas primárias dos anos quarenta e cinquenta, há junto ao museu, salas de convívio, biblioteca, sala de retratos dos antigos Presidentes da República e beneméritos da extinta escola das "Palhacinhas".

Relativamente ao auditório, com capacidade para 120 pessoas, neste está exposto um retrato de Caetano de Pinho, que instituiu, em 1908, um prémio a ser atribuído ao melhor aluno das " Palhacinhas ".

Deve-se realçar a prestigiosa colaboração de Isaura Ramos, coadjuvado por José Costa, que não pouparam esforços para que o museu fosse aberto na data prevista.

"Tudo o que está nas salas, excepto na de professores, são peças restauradas", salientou Joaquim Leite, visivelmente satisfeito com a renovação do equipamento.

Na cerimónia, para além do anfitrião santamarinhense, estiveram presentes o presidente da câmara, Luís Filipe Menezes, bem como o Bispo do Porto, D. Manuel Clemente.


Do "Notícias de Gaia" de 17/12/2009

 

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 19:14
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ANTÓNIO CARNEIRO - FRANCISCO DA SILVA GOUVEIA

 

 

                   



publicado por Luso-brasileiro às 18:41
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Terça-feira, 22 de Dezembro de 2009
PAULO ROBERTO LABEGALINI - O NATAL CONTINUA

 

 

 

 

                  

 

 

 

 

Recebi centenas de opiniões a respeito do ‘Natal no Campus UNIFEI 2009’ em sua 5ª edição. Graças a Deus correu tudo bem e o resultado foi maravilhoso, muito abençoado, mas, mesmo assim, não agradamos a todos. Quando lidamos com muita gente e precisamos ter critérios bem definidos na organização, alguns se chateiam com detalhes que não pensamos ou não pudemos cuidar.

O trabalho para realizar sete shows e um almoço para centenas de pessoas, recebendo mais de 20 mil visitantes numa semana é monstruoso. Soma-se a isso a necessidade de manter o Campus aceso todas as noites e executar o trabalho de rotina na Pró-Reitoria de Cultura e Extensão. Já sabíamos que o cansaço viria e não nos deixamos abater pelas dificuldades, afinal, a cidade de Itajubá precisava continuar festejando o aniversário de Jesus Cristo na sua Universidade Federal.

Aprendi que calar sobre sua própria pessoa é humildade, calar sobre os defeitos dos outros é caridade, calar quando a gente está sofrendo é heroísmo, mas calar diante do sofrimento alheio se torna covardia. Calar diante da injustiça é fraqueza, calar quando o outro espera uma palavra é omissão, mas calar e não falar palavras inúteis é penitência.

Calar quando não há necessidade de falar é prudência, calar quando Deus nos fala é silêncio, e calar diante do mistério que não entendemos é sabedoria. Quando na escuridão da noite chamamos pelo Senhor e não O encontramos é porque não O procuramos em nossos corações. Ele jamais abandona seus filhos e não me abandonou durante meses de trabalho no Natal no Campus.

Aprendi também o valor de algumas amizades. Não falo somente do meu fiel amigo na coordenação dos eventos, Amaury Vieira, mas de muitas outras pessoas. Tentarei explicar meu sentimento de gratidão nesta história contada por um advogado:

“Um dia me fizeram uma pergunta: ‘O que você já fez de mais importante na sua vida?’. A resposta surgiu das profundezas das minhas recordações, assim:

O mais importante que já fiz na vida ocorreu em 8 de outubro de 1990. Comecei o dia jogando golfe com um amigo e, entre uma jogada e outra, ele me contou que sua esposa acabava de ter um bebê.

Logo chegou seu pai e, consternado, lhe disse que seu bebê foi levado para o hospital com urgência. No mesmo instante, meu amigo subiu no carro do pai e se foi. Por um momento fiquei parado, mas logo tratei de pensar no que deveria fazer.

Seguir meu amigo ao hospital? Minha presença não serviria de nada, pois a criança certamente estava sob cuidados médicos. Oferecer meu apoio moral? Talvez, mas, sem dúvida, estariam rodeados de amigos que lhes ofereceriam apoio e conforto necessários. A única coisa que eu faria indo até lá seria atrapalhar, pensei.

Decidi ir para casa, mas quando fui dar a partida no carro, percebi que o meu amigo havia deixado o seu carro aberto e com as chaves na ignição. Resolvi, então, fechá-lo e ir até o hospital entregar-lhe as chaves.

Como imaginei, a sala de espera estava repleta de familiares. Entrei sem fazer ruído e fiquei junto à porta pensando o que deveria fazer. Surgiu um médico que se aproximou do casal e, em voz baixa, comunicou o falecimento do bebê.

Durante os instantes seguintes, todos ficaram naquele silêncio de dor. Ao me ver ali, aquela mãe me abraçou e começou a chorar. Também meu amigo se refugiou em meus braços e me disse: ‘Muito obrigado, querido companheiro, por estar aqui’.

Passei o resto da manhã sentado na sala do hospital, vendo meu amigo e sua esposa segurar nos braços o bebê, despedindo-se dele. Isso foi a coisa mais importante que já fiz na vida, sem precisar dizer uma só palavra! E aquela experiência me deixou duas lições:

Primeira: a coisa mais importante que fiz ocorreu quando não havia absolutamente nada que eu pudesse fazer. Nada daquilo que aprendi na universidade, nem nos anos em que exerci a minha profissão, nem todo o racional que utilizei para analisar a situação e decidir o que deveria fazer me serviu para aquela circunstância. A única coisa que eu poderia ter feito era estar lá.

Segunda: aprendi que a vida pode mudar num instante. Fazemos nossos planos e imaginamos nosso futuro tão real como se não houvesse espaços para outras ocorrências. Ao acordarmos de manhã, esquecemos que perder o emprego, sofrer uma doença, cruzar com um motorista embriagado e outras mil coisas podem alterar esse futuro num piscar de olhos.”

Pois é, minha gente, para alguns é necessário viver uma tragédia para recolocar as coisas em ordem. No Natal no Campus, busquei um equilíbrio entre o trabalho e a minha vida. Aprendi que nenhum emprego, por mais gratificante que seja, compensa perder amigos. Também aprendi que o mais importante da vida não é ascender socialmente, nem receber honras, mas caminhar com Deus no coração. A todos que participaram, obrigado por estarem ao meu lado.

E quem viu o almoço solidário na UNIFEI, dia 20, sabe que Natal é todo dia! Na semana que vem comentarei mais sobre essa grande partilha.

 

PAULO ROBERTO LABEGALINI- Escritor católico, Professor Doutor da Universidade Federal de Itajubá-MG. Pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária da UNIFEI

E-mail: labega@unifei.edu.br

 

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 10:36
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Segunda-feira, 21 de Dezembro de 2009
PAULO JORGE SOUSA - QUEREM COMPRAR O S. JOÃO ?

 

 

Está feito. Já é público o que há muito (quase) todos sabiam: Lisboa quer "roubar" o Red Bull às margens do Douro. Três anos de sucesso do Air Race serviram para colocar em funcionamento mais um lóbi da capital (leia-se regional), onde o Estado aparece novamente como o palanque certo para tal acontecer. Directamente a partir dele, pelo Turismo de Portugal, ou por entrepostas empresas com capitais públicos, como EDP ou Galp, o que importa é centralizar o investimento e a notoriedade.

Tome-se como exemplo o último Tratado de Lisboa: nova oportunidade perdida para divulgar internacionalmente outra cidade nacional, como o fez a Holanda (Maastricht) ou a França (Nice). E este é nada mais que o terceiro tratado com o nome desta cidade associado: assim aconteceu em 1668 (acordo assinado entre o príncipe D. Pedro e Mariana de Áustria, que pôs termo à guerra da Restauração - 1640-1668) e assim se passou em 1864 (pacto firmado para delimitar as fronteiras entre Portugal e Espanha). São estes os regozijos regionais que carecem de um fim, pelo menos quando em causa está o nome de todos os portugueses, pois sempre surgem como timbre nacional.

Mas a capital não tem culpa disto. Não tem culpa deste centralismo. Não tem culpa que as personagens que representam o Estado só vejam Portugal quando olham para Lisboa. Não tem culpa dos "provincianos" que para lá se transferem e que tudo fazem para mostrar que sempre foram de lá, agradando ao colectivo associativo - mais ou menos secreto - que por lá vai habitando e gerindo os destinos do país.

Pode organizar-se o que se quiser, pode baptizar-se o que se entender, pode comprar-se o que se deseja, mas há uma coisa que não está à venda: o sonho. E enquanto assisto a esta realidade, tenho tido alguns… Para não falar de outros, talvez mais radicais, coloco apenas no mercado e à consideração apenas um: a regionalização.

Se não seguirmos este caminho, qualquer dia (todas as madrugadas de 24 de Junho) vemos Lisboa com uma réplica da ponte D. Luiz I, vendedores de martelos e alho-porro pelas ruas, espectáculo pirotécnico anexo, manjeri-cos com quadras sanjoaninas nas janelas das habitações e barcos rabelos com vivas ao S. João.

 

 

PAULO JORGE SOUSA   -  Director do jornal "Notícias de Gaia ". Portugal

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 15:52
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Domingo, 20 de Dezembro de 2009
EUCLIDES CAVACO - SEMPRE NATAL
Olá amigos
 
Com as minhas saudações Natalícias aqui vos deixo mais este poema
SEMPRE NATAL , para relembrar que o Natal pode mesmo ser todos os
dias que o queiramos acender nas nossas vidas.
Disponível em poema da semana ou aqui neste link:
 
http://www.euclidescavaco.com/Recitas/Sempre_Natal/index.htm
 
Boas Festas para si e quantos têm morada no seu coração.
Euclides Cavaco
cavaco@sympatico.ca
 

 



publicado por Luso-brasileiro às 20:19
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CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA - MILAGRES DE NATAL

                   

 

 

            Infelizmente muita gente deixa para o Natal as reflexões sobre seus erros e acertos, sobre aquilo que poderia ter sido e não foi, sobre o carinho que não se deu, sobre o amor que não se achou tempo para ser. A maior parte de nós, entre os quais não tenho sequer a audácia de me excluir, vive ocupada com os assuntos corriqueiros, com os problemas que afetam nosso modo de viver, sobre as dores tão humanas das quais padecemos. Assim, vamos negligenciando outros tantos sentimentos, reféns do tempo que parece nos arrastar e nos alienar.

            Devo confessar, como, aliás, já o fiz tantas outras vezes, que não sou lá uma pessoa extremamente religiosa. Tenho várias dificuldades nessa área, tais como perguntas as quais não encontro respostas, sentimentos que não posso evitar e outras tantas coisas nas quais não consigo crer. Por outro lado, instituições religiosas à parte, sempre acreditei no Deus Criador de todas as coisas e de todos os seres. Talvez porque eu também seja pequena demais, costumo vislumbrá-Lo muito mais nas pequenas coisas desse mundo. Ainda que eu me esqueça de rezar, não consigo deixar de me maravilhar, todos os dias, quando olho meus animais de estimação, quando descubro uma flor que desabrochou sem que eu a conhecesse botão, como se estivesse brincando de esconde-esconde.

            Na proximidade das festas de fim de ano, quando, no fim das contas, damos graças por estarmos ainda do lado de cá, é compreensível que também façamos uma análise de mais um período que se vai findando. Muitas vezes eu penso que somos como uma casa. Na correria das horas, ficamos sempre adiando o momento de ajeitar um armário, separar o que não mais nos serve, até que um dia as coisas começam a cair sobre nós assim que tentamos abrir uma porta ou as gavetas começam a não mais se fechar, entulhadas que estão.

            Dia desses passei por uma situação bem desagradável, relativa a questões profissionais. Cansada, não fui forte o suficiente para não desanimar. Ainda que eu me considere uma pessoa forte, batalhadora, minha vontade era de baixar minhas armas, de entregar os meus pontos.  Seguia eu com meus demônios pessoais quando ao passar pela cozinha olhei para um dos quatro aquários que mantenho e notei Netuno, meu peixinho Beta, movimentando-se freneticamente, esperando por comida. Menos de um mês atrás, eu estava prestes a dá-lo como morto.  Acometido de uma síndrome que já levara seu antecessor, Nemo, ele estava com sua habitual cor azul se transformando em marrom opaco, inchado, com as escamas eriçadas e, segundo minhas pesquisas, com os órgãos internos em processo de paralisação. Seu sofrimento era visível e eu me peguei pensando se não deveria poupá-lo de uma morte lenta e triste.

            Como não costumo desistir de tudo que amo, sejam pessoas, animais, plantas ou ideais, fui até uma loja especializada e ouvi que não havia o que fazer. Com certeza, nesse estágio, em pouco tempo ele morreria.  Desolada, lancei-me a buscar na internet e vi algumas dicas. Resolvi tentar. Fosse como fosse, estaríamos juntos até o final. Para minha alegria, em uma semana ele já era o Netuno de antigamente. Comilão, reluzindo de tão azul, ele estava inesperadamente curado. Para mim, ele simboliza um milagre. O milagre da esperança. 

             Em meio a tristeza que se instalara em mim, ao olhar para aquele aquário, ao ver meu pequeno milagre, eu fui obrigada a desentulhar minhas gavetas. Havia coisa demais sobrando, coisas sem importância. Talvez eu precise rever as minhas prioridades, ajustar meus espaços. Ter mais esperança e, assim como fiz com o Netuno, também não desistir e não me esquecer do que realmente faz a vida valer a pena.  Estou certa, agora, que, em pouco tempo, também estarei azul novamente. Feliz Natal a todos! Que a Esperança possa visitar os espíritos de todos, renovando as forças para os dias que virão...

 

CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA --Advogada, mestra em Direito, professora universitária e escritora - São Paulo

 



publicado por Luso-brasileiro às 20:11
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JOSÉ RENATO NALINI - QUANTA INDECÊNCIA

 

Haverá outra palavra para rotular a conduta dos que são filmados, fotografados e gravados em práticas ilícitas e teimam na recusa à evidência? Onde foi parar o mínimo de compostura que legitima o mandato popular? Instaurou-se a mais absoluta falta de vergonha nesta terra onde ela nem sempre foi prestigiada, mas que ainda mantinha um pouco de pudor?

Fica difícil ensinar às crianças que elas não devem mentir, quando a mentira é prestigiada e fortalecida por aparato oficial. Torna-se ridículo falar em ética, no momento em que se bajula o poder, sob qualquer de suas formas e ninguém se constrange em adular para obter vantagens. Até mesmo a oração é utilizada para agradecer fruto de crime. Não estará o Criador com nojo de Sua criação?

O desserviço que essa ralé imoral presta ao desenvolvimento do Brasil é imensurável. O único patrimônio que merece zelo permanente – a honra, a hombridade, o caráter retilíneo e inquebrantável – foi jogado ao lixo. Não se vislumbra perspectiva de correção de rumos. O mal prevalece, o bem é ridicularizado. A esperteza ganha projeção e medalhas, enquanto a seriedade é confundida com imbecilidade. Como pretender que a infância e a juventude se disponham ao sacrifício, se preponderam os atalhos, os jeitinhos, os apadrinhamentos e a lei do mínimo esforço? Parece não haver restado território incólume à podridão.

Às vezes ela está disfarçada em aparência de higidez. Mas, no fundo, lá está o verme corruptor a impregnar as condutas e a sugerir que interessa é vencer. O sucesso a qualquer preço. Nunca houve tamanha liquidação de almas  e por tão pouco se conseguiu jogar à lama o que um dia teve algum valor e se chamou reputação.

Desapareceu a distinção entre a honra subjetiva e a honra objetiva. É óbvio que a autoescusa encontra respostas para o que um dia foi chamado de falta de caráter. O pior é que a assistência vibra com essa vitória da perversão e ridiculariza quem ouse divergir dos novos critérios de sobrevivência na selva obscura do “vale tudo”.

Triste humanidade, em derrocada paralela à destruição do Planeta, igualmente cansado da insensatez desta espécie que ainda pretende ser a única provida de outro bem de evidente raridade: a ora extinta e outrora chamada razão.

JOSÉ RENATO NALINI -   é Desembargador da Câmara Especial do Meio Ambiente do Tribunal de Justiça de São Paulo e autor de “Ética Ambiental”, editora Millennium. E-mail: jrenatonalini@uol.com.br.

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 20:06
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JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI - NOSSOS VOTOS NATALINOS: QUE OS DIREITOS FUNDAMENTAIS ALCANCEM INDISCRIMINADAMENTE TODOS OS SERES HUMANOS !

                   

 

 

 

 

A humildade de um Deus que, através de seu filho, solidariza-se com a humanidade e assume a sua dor para estabelecer conosco uma nova aliança, apontando o caminho da comunhão, da doação e da solidariedade como um ideal de vida possível, é revelado na celebração do Natal. Assim, os votos sinceros de que a humanidade assuma uma vida fraterna e que todos, indiscriminadamente, possam ter seus anseios e direitos fundamentais devidamente atendidos.

 

 

            Na próxima quinta-feira é Natal e mais uma vez, com ele, nos é oferecido um momento especial para refletir sobre o significado desta data e renovar o compromisso de guiar nossas vidas tendo como lume a solidariedade ao próximo, circunstância tão afastada de nossos dias e essencial para alcançarmos a realização de aspirações básicas dos seres humanos.

            É inegável que, ao longo do tempo, os apelos comerciais têm conseguido deturpar muitas vezes o verdadeiro significado desta celebração. As preocupações para alguns se resumem em perambular pelas lojas à procura de presentes ou em se esmerar na organização de fartas ceias e almoços natalinos. É preciso, contudo, alertar para o fato de que tais preocupações deveriam ser periféricas, deixando-se no centro desta comemoração, uma reflexão, íntima e familiar, a respeito das mensagens de amor, humildade e esperança expressas no nascimento de Jesus Cristo.

Efetivamente, num sistema capitalista, ele é festejado de modo diferente do seu conteúdo original. No esforço para recuperar o seu verdadeiro espírito, é importante preparar-se para comemorá-la através do Advento e descobrir seu significado mais profundo. É certo que num país como o Brasil - aprisionado a uma gama de fatores que vai da concentração fundiária e péssima distribuição de renda até o mau uso do dinheiro público e a corrupção desenfreada-, a reversão do quadro de seus problemas implica em mudanças estruturais profundas.

Tais transformações, no entanto, não ocorrerão em curto prazo. Mais que isso: não acontecerão se a sociedade brasileira não conseguir superar os grupos encastelados, alguns deles há séculos no poder e que não desejam qualquer modificação no “status quo”. O que fazer, então, até conseguir vencer as resistências desse modelo de desenvolvimento que produziu um estado de miséria vergonhoso e abrir para o País a perspectiva de um futuro mais digno?

A celebração natalina nos chama a uma meditação profunda para tentarmos modificar, através de ações fraternas, consistentes e participativas, este triste quadro atual, apresentando-se como uma importante etapa dessa luta que deve ser permanente e persistente. Já se proclamou que somente quando nos desprendemos de nosso acúmulo de posse, de poder, de prazer, inclusive no nível espiritual, é que podemos nos ajoelhar, na noite de Natal, diante do presépio, e celebrar, de fato, o nascimento do senhor Jesus.

São Gregório, bispo de Nazianzo no século 4º, dizia às comunidades das quais era pastor: “Celebrem o Natal de um modo divino! Não à maneira do mundo, mas de uma maneira diferente da do mundo! Não como a nossa festa, mas como a festa que é nosso mestre!”

No mundo de hoje, manchado por tantas formas de ódio, violência e discriminação, o aparecimento de Jesus e toda sua caminhada sobre a Terra devem servir como sinais de que perdão, fraternidade e doação não são palavras fúteis, mas possíveis de serem exercitadas em nosso cotidiano, para que os direitos fundamentais alcancem indiscriminadamente todos os seres humanos.

 

                        SETE MOTIVOS

               PARA REFLEXÃO

 

A título de meditação à época natalina, vale destacar que no túmulo de Ghandi, estão escritos os sete pecados da humanidade moderna: 1) política sem princípios, 2) riqueza sem trabalho, 3) prazer sem consciência, 4) conhecimento sem caráter, 5) economia sem ética, 6) ciência sem humanidade e 7) religião sem sacrifício. Por outro lado, o saudoso Papa João Paulo II, em jornada ecumênica, apontou sete condições para o restabelecimento da paz: 1) educação e consciência ecológica; 2) o respeito pela vida desde o útero materno até o seu fim natural; 3) a dignidade da pessoa humana que supõe a igualdade de dignidade de todos, 4) o zelo pelos direitos humanos, 5) uma nova ordem econômica, 6) a ética na política e 7) diálogo inter-religioso em favor da unidade.

 

 

 

 

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI  -   é advogado, jornalista, escritor e professor universitário

 



publicado por Luso-brasileiro às 19:59
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Cfd. ALUIZIO DA MATA - CADA RELIGIÃO NA SUA

                   

 

 

 


 
A Igreja Católica é constantemente criticada por outras religiões e
seitas que não aceitam que ela tenha imagens em seus altares e que
recorra à Maria Santíssima ou aos Santos pedindo sua intercessão junto
a Deus.
Não quero abrir polêmica e nem estou me dirigindo especialmente a
alguém ou a alguma religião ou seita, e nem espero resposta
explicativa se estou certo ou errado. Escrevo apenas para mim mesmo e
para os católicos que me acompanham nesta coluna.
O fato de termos imagens em nossos altares já está mais do que
explicado. Elas nos lembram pessoas que nos são queridas, como nos
lembram os retratos que temos de nossos parentes e amigos. Quando olho
para a fotografia de minha mãe ou de meu pai ou ainda de meu irmão ou
de algum amigo que já morreram, não estou adorando a fotografia, mas
estou venerando a imagem de quem eu gosto muito e de quem tenho
saudade. Agora mesmo, em uma prateleira que fica perto de onde
escrevo, olho as fotos dos meus netos e me lembro deles. A fotografia
me ajuda a manter viva a lembrança de cada um. Quando rezo diante de
uma imagem, rezo diante de um objeto que me lembra as feições de quem
não pudemos tirar fotografias, ou mesmo para facilitar o culto.
Poderia citar trechos da Bíblia onde o povo de Deus era orientado por
Ele através dos profetas para fazer imagens, mas não interessa no
momento. Quem não se lembra do nascimento de Jesus, olhando um
presépio?
A intercessão de Nossa Senhora ou de algum santo é uma realidade para
quem tem fé em Deus e, só não vê quem não quer. Quantas e quantas
vezes, nas nossas dificuldades e nas nossas aflições recorremos a eles
e Deus prontamente nos atende... Deus não é ciumento e entende que
pedimos a ajuda de seus amigos, por que não somos dignos de chegar à
sua presença. Maria, não, ela é digna e está junto da Trindade. E os
santos também. Se eles não merecessem amizade de Deus, lá não
estariam. Ela mesma disse que é a intercessora de todas as graças
junto de seu Filho Jesus. A Santíssima Trindade concede os favores,
mas nada impede que tenha sido por intercessão de alguém.
O certo é que a intercessão existe e é atendida em muitos casos. E
Deus gosta tanto dessas intercessões que até autoriza Maria vir à
terra, em aparições, onde ela ensina que devemos pedir a Jesus por
meio dela.
Outra coisa que não entendo é como outras religiões e seitas procuram
colocar na cabeça dos seus fiéis uma atitude ostensivamente contrária
ao Papa, dizendo até que ele é a encarnação do demônio. Se o demônio
fosse igual a mais de uma centena de Papas, por exemplo, ele seria
muito bom, o que não condiz com sua característica, que é de ter ódio
de Deus e de disseminar a discórdia entre o ser humano.
Também fico pensando: como pode a Igreja Católica estar errada em seus
ritos? Será que TODOS os homens mais cultos da nossa religião, de
outrora e de agora, pessoas reconhecidamente sábias tenham se enganado
no que se refere à intercessão dos santos (e Maria é santa), ou na
veneração de suas imagens?
Interessante notar que se juntarmos todas as outras religiões e seitas
que combatem o Catolicismo, não encontraremos nelas muitas pessoas que
possam ter a força moral e de conhecimentos para combater as os
estudiosos da Igreja Católica.
O Papa é legítimo sucessor de Pedro.
De quem são sucessores os que se arvoram em combater a Igreja Católica
em seus ritos, sua doutrina e em seus ensinamentos?
Que nomes têm conhecidos mundialmente que possa ser citados como
luminares de suas doutrinas? Se citarem apenas o seu fundador, não
vale, pois estarão endeusando quem propriamente se endeusou.
 
O melhor seria que cada religião ficasse na sua, isto é, praticando os
seus cultos dentro do que acha correto e não ficar procurando defeito
nas outras religiões. Até parece que elas dependem de destruir a
Igreja Católica para poder sobreviver. Pena que não se lembrem do
trecho do Evangelho onde Jesus diz a Pedro: “Tu és pedra e sobre esta
pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela”.
Um dos trechos mais bonitos da Bíblia é o episódio em que Pedro se
relaciona com Cornélio, um pagão de coração puro. Vale muito refletir
sobre esse trecho onde Deus mostra a Pedro que o que manda é a
sinceridade de coração.
Tenho pensado muito sobre o fato de a nossa Igreja procurar o
ecumenismo, no que ela faz muito bem, pois atende à ordem de Cristo
que disse: “que todos sejam um só rebanho e tenham um só pastor”. Vejo
o Papa fazendo um esforço tremendo em abrir as portas da Igreja
Católica para os outros credos, mas não me parece que todos levam a
sério esse esforço, pois vemos algumas religiões e seitas se
aproveitarem da nossa boa vontade. O ecumenismo serve para elas
enquanto serve aos seus interesses. O ecumenismo tem servido até para
que elas enganem os católicos menos esclarecidos, pois dizem para eles
que todas as religiões são iguais. Prova disto são os convites que
ouvimos: “convidamos a todos, católicos, espíritas, evangélicos,
livres pensadores, para vir receber o óleo santo consagrado em
Jerusalém na sexta-feira da paixão”. Se fossem iguais, Jesus teria
edificado muitas igrejas, mas Ele se referiu apenas a uma, e ainda
alertou: “muitos virão como lobos em pele de cordeiro. Não os seguis”
 
Pobres católicos que lá vão. Mas Deus deverá perdoar-lhes a
ingenuidade, o que tenho dúvidas que fará a quem deliberadamente induz
o fiel a agir de maneira contrária aos princípios da nossa doutrina.
Por isso, o título deste artigo.

ALUIZIO DA MATA  -  Vicentino, Sete Lagoas, Brasil

 



publicado por Luso-brasileiro às 19:47
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HUMBERTO PINHO DA SILVA - O QUE É SER MÃE ?

                   

 

 

 

 

Em “ La Prefecta Casada” - clássico da literatura castelhana, - Frei Luís de Leão, narra episódio ocorrido na Roma antiga com mancebo da famosa e rica família Graco.

A história é singela, mas óptima para ilustrar a diferença entre a mãe que gera e a que cria.

A que gera traz o filho, nas entranhas, nove meses. É mãe biológica; mas quantas vezes não se comporta como tal.

Assim as vejo repudiar a criança em clínicas abortivas, tornando-as mais cruéis que as feras do sertão.

A que se pode verdadeiramente chamar Mãe, com “M” maiúsculo, é a que cuida desde a concepção e acompanha, com dor e alegria, o crescer da criança.

Mas voltemos à curiosa cena narrada por Frei Luís de Leão:

Regressava do campo de batalha, alquebrado, mas eufórico, jovem da família Graco, com valioso despojo, em oiro, prata e gemas.

Ao tomarem conhecimento do regresso, apressaram-se a mãe e a ama a recebe-lo no limiar do portão da residência.

Sem tardança, o moço, rebusca na bolsa que trazia sob a vestimenta, duas belas jóias e entrega precioso anel de prata à mãe e valioso e trabalhado colar de oiro à ama.

Estranhou a mãe a singular atitude e entrou a lamentar-se do impensado gesto do filho, dando à ama e serva, jóia de tanto valor.

Ao que o jovem argumentou com sagacidade:

- Por que se lamenta, minha mãe!? Vós trouxestes-me nove meses no ventre, não mais; esta, alimentou-me dois anos, ao peito, não menos!

Belíssima lição para as que entregam os filhos ao cuidado de amas, empregadas e professores, para poderem recrearem-se despreocupadamente, pagando a estranhos deveres que eram seus.

 

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA  -  Porto, Portugal

 

Humbertopinhosilva@sapo.pt

 



publicado por Luso-brasileiro às 19:38
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JORGE VICENTE - FELIZ NATAL

 

 

                      

                   

Mais uma quadra festiva

Que se aproxima afinal

Aquela que mais cativa

Sempre foi a do Natal.

 

Que o Natal seja vivido

Com muita fraternidade

Com paz e compreendido

Por toda a humanidade.

 

Feliz Natal para todos

Novos velhos e crianças

Que seja para os meninos

Uma festa de esp’ranças.

 

Que não haja distinções

Entre os povos em geral

Que entre nos corações

Para ter sentido o Natal!..

.

JORGE VICENTE - Fribourg ( Suiça)

 



publicado por Luso-brasileiro às 19:10
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