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Quinta-feira, 30 de Agosto de 2012
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI - TRABALHADORA CHAMADA DE "VELHA" RECEBERÁ INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.

         

                                                  

 

 

 

Com base no voto do juiz convocado Luiz Antônio de Paula Bennaco, a Turma Recursal de Juiz de Fora- MG manteve a sentença que condenou um hospital a pagar indenização por danos morais a uma trabalhadora chamada de “velha” pela administradora geral do reclamado, conforme divulgou o Tribunal Regional do Trabalho 3ª Região Minas Gerais em 17.08.2012.

 

 

 

 

 

O fato foi presenciado por uma testemunha, que disse ter visto a representante do hospital, a administradora geral falando de forma ríspida e desrespeitosa com a empregada que entrou com reclamação trabalhista. Conforme suas alegações, a chefe chamou a trabalhadora de velha e disse que deveria dar sua vaga para pessoas mais jovens. Também a ofendeu de maluca e retardada, sempre com o tom de voz elevado e com o dedo em riste, chegando a encostá-lo no rosto da trabalhadora. Após analisar todos os depoimentos, o julgador concluiu que a trabalhadora conseguiu provar os fatos. Para ele, ficou claro que a empregada foi desrespeitada como profissional por um superior hierárquico, caracterizando-se no caso o dano moral passível de reparação.             "Muito embora o empregador detenha os poderes diretivo, regulamentar, fiscalizatório e punitivo, salienta-se que estes devem ser exercidos com certa razoabilidade, dentro de certos limites, com respeito aos direitos de personalidade, o que não se verifica in casu", destacou o julgador. Fazendo referência ao artigo 932, inciso III, do Código Civil, pelo qual o empregador fica responsável pelos atos, ainda que culposos, praticados por seus empregados, o relator decidiu confirmar a condenação por danos morais imposta em 1º Grau, inclusive quanto ao valor de R$3.000,00 fixado para a indenização. A Turma julgadora acompanhou o entendimento

Trata-se de uma sentença de grande relevância, na trilha de muitas outras que valorizam a dignidade da pessoa humana, um dos objetivos maiores da Teoria Geral dos Direitos Humanos em todo o mundo. Além do mais, com a predominância atual do interesse exclusivo pela produção e consumo, ocorre a gradual despersonalização do ser humano, com graves reflexos sobre os mais velhos, acarretando-lhes certo isolamento, pois passam da condição de produtores à de consumidores, gerando um processo discriminatório, espelhado na própria precariedade da política social.

Por outro lado, o Brasil passa por uma fase de transição demográfica, vislumbrando-se uma queda dos índices de natalidade e o aumento da expectativa de vida, aumentando consideravelmente o número de idosos, fenômeno que não é só nacional, já que quase todas as populações do mundo convivem com um visível processo de envelhecimento. Por isso, faz-se necessário criar no país uma “cidadania do envelhecimento”, para que os idosos possam ser mais respeitados e menos injustiçados em todos os setores sociais.

Reitere-se, a ética da convivência social impõe a obrigação moral de educarmos as novas gerações na convicção de que eles trazem, além de outras virtudes, a de acumular um cabedal de sabedoria que exclusivamente o tempo proporciona, como um valor indispensável e insubstituível, que só eles carregam. Constituem-se em fator de equilíbrio, tolerância e comedimento na convivência familiar e no relacionamento em geral. Sua capacidade, portanto, tem de ser aproveitada, valorizada e estimulada. O indivíduo mais experiente hoje tende a ser relegado ao esquecimento, o que é uma grave conseqüência e concepção que não pode mais persistir.

 

 

 

 

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor, professor universitário, mestre em Direito Processual Civil pela PUCCamp e membro das Academias Jundiaienses de Letras e de Letras Jurídicas.



publicado por Luso-brasileiro às 11:20
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RENATA IACOVINO - EMBALAGENS E CONTEÚDO

 

 

 

 

 

 

 

Não nos víamos há uns bons anos, coisa de talvez doze ou treze.

Topei com Samuel no banco e ele já foi logo fazendo festa:

– Menina, quanto tempo! Tenho acompanhado sua carreira, viu? Sucesso, hein?

– É... digamos que é um trabalho de formiguinha. Para o sucesso falta muito. Sabe como é... as coisas só funcionam se você tem influência, se conhece alguém...

– Ah, verdade, né? Mas não desista, viu? Quando você menos espera as portas se abrem.

– Sei...

– Eu vi que você está escrevendo, agora, além de cantar.

– Sempre escrevi, Samuel. Não lembra? O que faltava era publicar. Aí comecei a publicar, mas já estou mudando de ideia de novo.

– Não, de jeito nenhum. Você tem muito talento. Andei lendo umas coisas suas no jornal. Leitura fina, vocabulário rico, texto de conteúdo.

– É... Mas e você? Ainda está fazendo assessoria de imprensa para aquela empresa de São Paulo, a...

– Não, eu me aposentei.

– Mesmo? Que maravilha.

– É, e vivo muito bem, não tenho do que me queixar.

– Sim, eu sei, a herança...

– E olha que engraçado, outro dia fui à casa da Dorinha numa reuniãozinha que ela fez. Lembra da Dorinha?

– Sim, lembro.

– Então, o dono daquela editora, a Paradoxos, estava lá. E nós já nos conhecíamos de eventos por aí. Não é que ele insistiu porque insistiu pra eu publicar um livro voltado a essa questão ambiental?

– Ah... mas você se identifica com isso?... E... poxa, a Paradoxos é a maior editora do Brasil.

– Não, claro que não me identifico, Cris, mas ele insistiu tanto e disse que estava atrás de alguém pra iniciar esse projeto e que tinha certeza que eu era a pessoa certa.

– Público infantil?

– É, público infantil. Não fazia a menor ideia do que escrever. Mas enfim, fiz qualquer coisa lá. Isso é o que menos conta, você sabe, né... o que pesa ali são as ilustrações. E o cara que ilustrou é o melhor do Brasil, o Tecko. É o que vale, a embalagem. O conteúdo é o de menos. O que importa é a aparência. Isso é o que vende.

– É... o que importa é a aparência, Samuel. É a mais pura verdade.

O telefone do Samuel tocou e foi a deixa pra eu me despedir. Fui pensando nas suas palavras finais e o quanto isso é real, em todos os setores profissionais e até não profissionais. Eu até já sabia disso, mas precisava ouvir pra enxergar a embalagem, e não o conteúdo.  

 

 

 

Renata Iacovino, escritora, poetisa e cantora / reiacovino.blog.uol.com.br / reval.nafoto.net / reiacovino@uol.com.br

 



publicado por Luso-brasileiro às 11:12
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MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE - PARA SE RESTABELECER

 

   

 

 

 

 

Ao entrar no pequeno espaço, onde a moça atualmente reside, vi de imediato, em um caixote que serve como criado-mudo, vários ursinhos juntos,  que ela ganhara nos últimos anos.  Alguns novos e outros rotos, mas os seus ursinhos. Pelo menos em parte, entendi porque eles a acompanhavam e se encontravam dispostos de modo que ela, da cama, também os enxergasse.

Veio-me de imediato outra, que conheci nos primeiros passos da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena. Incomodou-se, de início, com a presença da Igreja nas praças e ruas que, ao anoitecer, davam lugar ao submundo da prostituição. Encarregava-se de convencer as mulheres grávidas a abortarem. E era ela que, em sua casa, provocava o aborto. Com as sementes do Evangelho, espalhadas pelos canteiros secos e pelas sarjetas, haveria uma palavra em contradição à dela, em defesa da vida. Minguaria o seu lucro colocado em um pote de barro em cima da geladeira, do qual o filho, dependente de drogas, subtraia valores para manter o vício. De início, tentou desmoralizar a Igreja e quem lhes falava sobre o Reino do Céu já estar entre nós. Não foi capaz. A misericórdia de Deus provoca nas pessoas uma vontade de conhecê-LO sempre mais. Fez-se presença em algumas reuniões, na Catedral, com as mulheres, porém não conseguiu ficar. A Palavra a incomodava. Desassossegada na cadeira, durante a reflexão sobre a Boa Nova, desviava o olhar e, por certo o pensamento. Desistiu das reuniões. Permaneceu na tentativa de persuadir as mulheres grávidas a abortar, contudo sem confrontos com a Igreja. Por certo, ela também sentia sede da verdadeira misericórdia que salva as pessoas.

Alguns meses depois, o filho, em um dos delírios, a agrediu, provocando um traumatismo craniano.  Ela passou a oscilar entre a lucidez e a insanidade. Foi nessa época que pedia bebês de brinquedo às pessoas. Conseguiu uns trinta. Em horários certos, colocava-os na velha cama de casal para trocar a fralda e para a mamadeira. Impressionou-me muito! Ao visitá-la na doença, ouvia dela: “Preciso cuidar desses bebês para que eles vivam”. Não tenho dúvida de que foi sua forma de pedir perdão a Deus pelos pequeninos que matara. Meses depois, após apanhar novamente do filho, não resistiu.

Com a moça dos ursinhos é diferente. Seu único brinquedo de infância foi um ursinho de pelúcia.  Levava-o, ao fazer, em canoa, a travessia do rio. Abandonou-o ao se mudar para a cidade grande. Aqui descobriu que há relacionamentos tão ásperos que deixam o coração em carne viva.  Não raro se sente culpada por fracassos dela e dos seus.  A cidade grande apertou forte demais a sua alma, a ponto dos hematomas não se desfazerem. Sabia tão pouco do progresso desumano e dos desajustes que se desequilibrou no sapato alto da região urbana.  Não me disse, todavia creio que com os ursinhos tente puxar o seu tempo de pés descalços e recomeçar.

 

 

Maria Cristina Castilho de Andrade

Coordenadora da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala, Jundiaí



publicado por Luso-brasileiro às 11:07
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CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA - PROPAGANDA ELEITORAL

 

 

 

 

 

 

            Não sei se sou somente eu que já não consigo mais acreditar ou se, de algum modo, meu pensar reflete o sentir de mais pessoas. O fato é que simplesmente não consigo mais dar crédito às promessas políticas em tempo de campanha eleitoral. Aliás, como se diz por aí, de promessas o inferno está cheio. Todos os anos é a mesma lenga-lenga, a mesma história, os mesmos salvadores da pátria...

            O fato é que, entra ano e sai ano e muito pouco muda de efetivo. Alguma coisa deve estar errada, não é possível. Do alto da minha ignorância, fico imaginando por que razão uma pessoa que já ocupou “n” cargos políticos de destaque, garante que dessa vez vai fazer tudo o que o País, o Estado ou o município precisam, quando, em tantos outros anos, pouco fez disso tudo.

            São sempre as mesmas caras a dizer sempre a mesma coisa. Prometem, prometem, mas pouco cumprem. Parece-me que a palavra e o comprometimento se perdem em meio a outros interesses pessoais. Isso sem contar as recorrentes denúncias de fraudes, simulações, apropriações indevidas e mais uma escória de práticas deploráveis. É claro que não estou dizendo e nem poderia sem conhecimento profundo de causa, que não há exceções, que não há quem faça ou que seja honesto e sério, mas que a imagem política não anda das melhores, isso não anda.

            O que me cansa é ouvir plataformas popularescas, muitas destituídas de fundamento, eis que o candidato promete uma coisa que não está nem remotamente dentre as competências do cargo que almeja. Mas mesmo assim, promete. Sempre haverá a ignorância crédula para servir a tais propósitos. E o pior, são promessas já feitas que beiram o nível da “paz mundial”...

            Outra coisa que me faz refletir é que, via de regra, as promessas parecem apenas se voltar a uma parte da população. Serão doze milhões de creches, haverá o programa mamãezinha brasileira, leve isso, tome aquilo, além de infinitas vagas para o trabalhador. Ninguém fala da classe média, aquela que paga muito imposto, não manda dinheiro para paraísos fiscais, não tem casa no exterior para passar as férias, mas que também carrega sua parcela de Brasil nas costas.

            Antes que me queiram linchar, já adianto que não sou contra o assistencialismo. Só acho que dá forma como é implementado nesse país, serve muito mais para produzir massa de manobra política e social do que qualquer outra coisa. Não é necessário ser um cientista político para saber que apenas dar coisas, sem educação de qualidade, sem dar opções para uma vida nova, sem qualificar as pessoas, não resolve os problemas sociais que vivenciamos. Essas medidas paliativas, eleitoreiras, popularescas, cansam e desanimam as poucas pessoas que ainda tem esperanças de viver para verem um país melhor, digno e expurgado da bandidagem, de baixo e alto escalão.

            O pior é que, ainda que as campanhas, sobretudo  se voltem à parcela mais carente, não são esses os finais beneficiários. Quando se descobre, não foi o pobre povo, ludibriado, que embolsou milhões e quintuplicou patrimônio. Uma vez mais, as pessoas continuam sem ter escola decente para seus filhos, caso não possam pagar uma particular; uma vez mais ficam sem trabalho, sem opção, sem esperanças.

            Pena, tão somente, termos memória política fraca e curta. Das duas uma: ou somos muito crédulos, ou muito levianos. Não sei, de fato. Só sei que, de minha parte, reservo-me o direito a dizer que não acredito mais em conversa mole, em candidatos que sequer se lembram de que a classe média existe e que está insatisfeita com os rumos que esse país vem tomando...

 

 

 

CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA -Advogada, mestra em Direito, professora universitária e escritora - São Paulo



publicado por Luso-brasileiro às 11:03
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FELIPE AQUINO - O NOVO CÓDIGO PENAL E SEUS PERIGOS PARA A FÉ

      

                                   

        

 

 

 

 

O perigo que a reforma no Código Penal Brasileiro pode causar para a fé

 

 

 

Está tramitando de maneira acelerada a reforma do Código Penal Brasileiro. Infelizmente a equipe de juristas que preparou o Anteprojeto do novo Código contempla a aprovação do aborto e da eutanásia, além de outros dispositivos que não se coadunam com a moral católica.Deem uma olhada no site:

http://brasilsemaborto.wordpress.com/2012/08/08/aborto-e-eutanasia-no-codigo-penal-brasileiro-a-sua-opiniao-e-importante/

A Dra. Lenise Garcia, emérita lutadora contra a aprovação do aborto e da eutanásia no Brasil, pede aos católicos que se manifestem urgentemente junto ao Senado Nacional. “Ligue 0800 612211 e dê a sua opinião! O Senado precisa ouvir o povo brasileiro. Não podemos deixar que uma Comissão de Juristas que não nos representa faça esta mudança do Código Penal”.

As mensagens gravadas são entregues nos gabinetes dos senadores e, quando perguntarem para quem deve ser entregue a mensagem diga: a todos os senadores, especialmente aos membros da Comissão Especial para reforma do Código Penal. Você também pode se manifestar especificamente aos senadores do seu Estado, que são os seus representantes. Você pode dizer, por exemplo:

“Solicito a Vossa Excelência que, no anteprojeto do novo Código Penal, não descriminalize nem crie novas exceções para o aborto e a eutanásia. O direito constitucional à vida deve ser respeitado. Como cidadão, manifesto minha desaprovação à tentativa de descriminalizar o aborto e a eutanásia na reforma do Código Penal. Os nascituros e os doentes devem ser respeitados”.

 

 

 

 

                                                                           

                                                                

 

 

 

 

Mensagens como estas podem ser feitas por telefone no número acima ou pela internet neste link.

 (http://www.senado.gov.br/senado/alosenado/codigo_penal.asp)

Dia 08 de agosto foi instalada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal a Comissão Especial para a reforma do Código Penal Brasileiro (PLS 236/2012). O Processo está tramitando rapidamente, o que tem preocupado as autoridades da Igreja. São curtos os prazos para a análise, e isto dificulta uma real participação da sociedade em um assunto tão importante. Por exemplo, os senadores poderão propor emendas à Comissão somente até o dia 04/09, isso em plena campanha eleitoral. Por isso, eles precisam saber que desejamos mudanças na proposta.

 

 

 

 

FELIPE AQUINO   -   Escritor católico. Prof. Doutor da Universidade de Lorena. Membro da Renovação Carismática Católica.

 



publicado por Luso-brasileiro às 10:41
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PAULO ROBERTO LABEGALINI - ORAÇÕES

                                               

 

 

Alguns conselhos de Madre Teresa de Calcutá serviam como orações:

“Muitas vezes, as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas; perdoe-as assim mesmo. Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta, interesseiro; seja gentil assim mesmo. E se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e inimigos verdadeiros; vença assim mesmo. Se é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo; mas seja honesto e franco assim mesmo. Se você tem paz e é feliz, podem sentir inveja; seja feliz assim mesmo. O bem que você faz hoje, pode ser esquecido amanhã, mas faça o bem assim mesmo. Dê ao mundo o melhor de si, mas isso pode nunca ser o bastante. Dê o melhor assim mesmo. Veja que, no final das contas, tudo fica entre você e Deus.”

Caro leitor, é preciso muito amor no coração para praticar tudo isto, não é mesmo?

Mas, enquanto não chegamos a essa condição, para demonstrarmos nosso amor ao Criador num fiel trabalho de salvação, podemos repassar às pessoas todo material de evangelização que chegar às nossas mãos. Multiplique, você também, mensagens cristãs e orações que Jesus permitir chegar até você, como esta:

“Se os meus valores são representados pelos bens da terra, será inútil dizer: ‘Pai nosso que estais no céu, santificado seja o Vosso nome’. Se acho tão sedutora a vida e quero que todos os meus desejos se realizem, será inútil dizer:‘Venha a nós o Vosso reino, seja feita a Vossa vontade assim na Terra como no Céu’. Se prefiro acumular riquezas e não me importo em magoar os que atravessam o meu caminho, será inútil dizer: ‘O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido’. Se escolho sempre o caminho mais fácil e se, por minha vontade, procuro os prazeres materiais, será inútil dizer: ‘E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal’. E se, sabendo que sou assim, nada faço para melhorar, pouco adiantará dizer: Amém!”

Pois é, precisamos refletir mais nas palavras das orações e rezá-las com mais humildade também. Lembre-se que, enquanto Jesus ensinava na sinagoga de Nazaré, muitos comentavam: “De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres? Não é ele o filho do carpinteiro?” – Mt 13. E Jesus não fez ali muitos milagres porque eles não tinham fé.

Nesta curta passagem da vida de Jesus, há dois aspectos a considerar: a prepotência e a humildade. Um é humano e, o outro, divino. Um sentimento favorece o pecado e, o outro, agrada a Deus. Enquanto a prepotência exclui muitos necessitados, o homem humilde abraça a caridade.

Portanto, pense nisso: Humildade ou prepotência como conduta de vida? Os dois juntos não podem fazer parte do mesmo coração e da mesma oração .

 

 

      PAULO ROBERTO LABEGALINI -    Escritor católico, Professor Doutor da Universidade Federal de Itajubá-MG. Pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária da UNIFEI.                                                             



publicado por Luso-brasileiro às 10:28
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FRANCISCO VIANNA - COISAS TÍPICAS DO SOCIALISMO: VENEZUELA ENFRENTA ESCASSEZ DE GASOLINA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Imaginem só: o quinto maior país exportador de petróleo do mundo, a Venezuela, enfrenta problemas agudos de falta de gasolina provocada por uma intensa deterioração do seu sistema estatal de refino, bem como pelas enormes quantidades do combustível que são contrabandeados para fora do país.

Tamanho caos administrativo é ainda agravado pelas remessas políticas de gasolina para Cuba a preços “simbólicos” que, geram como resultado o fato da ‘república bolivariana’ ter passado hoje de país exportador para importador de gasolina sob o mandato do tiranete Hugo Chávez, cujo desgoverno agora se vê obrigado a importar gasolina do “império” americano, não apenas para suprir o consumo interno, como também para que a estatal PDVSA (Petróleos de Venezuela, S.A.) possa cumprir com os compromissos contratuais feitos com seus clientes.

Segundo os especialistas, o racionamento do combustível no país pelo governo é iminente, em face da sua incapacidade de sustar o contrabando e de aumentar sua capacidade de refino de petróleo. De certa forma, esse racionamento já começou através de uma regulamentação governamental que obriga os donos de automóveis de estados fronteiriços a colocar um chip em seus veículos que mede a quantidade de combustível com que abastecem seus tanques. Tal medida gerou grandes protestos no estado de Zulia, e veio acompanhada de outra norma que limita a compra de gasolina a apenas 41 litros (10,83 galões) para cada dois dias, numa tentativa de controlar o maciço contrabando de gasolina para a Colômbia. Acreditam que a medida só não é mais drástica porque o país está num ano eleitoral e as perspectivas de Chávez nas eleições de novembro não parecem mais tão tranquilas.

Tudo leva a crer que, sob o pretexto de combate ao contrabando – que decididamente não se resolve dessa maneira – o futuro próximo do abastecimento de gasolina no país deverá piorar de forma crescente e que as normas de racionamento, hoje aplicáveis apenas para alguns estados, deva se agravar e se generalizar, uma vez que todo o sistema de refino e distribuição está deficitário em todo o país.

Em função do “socialismo do século XXI” – também chamado de bolivarianismo – o país não pode contar com investimentos privados no setor, em face da fuga de capitais do país nos últimos cinco anos. A queda abrupta da capacidade de produção de combustíveis do país limita qualquer aumento da indústria automotiva venezuelana que já vem em ritmo de demissão há cerca dois anos.

A insuficiente capacidade de refino da PDVSA parece ser um paradoxo para um país, que se jacta ter uma das maiores reservas petrolíferas do mundo (cerca de 316 bilhões de barris), e que há pelo menos dez anos exporta petróleo cru e gasolina para outros países, inclusive os EUA.

Em 2011, segundo números do próprio governo de Caracas, o país importou um milhão de barris de gasolina pronta apenas no mês de dezembro, volume que, abatido do total de compras de petróleo cru e derivado feito pelos EUA, corresponde a um total de 2,21 milhões de barris.

Por má administração e malversação dos recursos financeiros, típicos dos sistemas socialistas, a capacidade de refino da Venezuela foi se desmantelando ao longo dos últimos dez anos, agravada com a venda de refinarias que a estatal operava no exterior.

Para piorar a situação, a Venezuela não construiu uma única refinaria desde que Chávez assumiu o poder, apesar das promessas políticas de construir “dezenas delas”, dentro e fora do país. Dessas promessas, só uma parece estar se concretizando, por enquanto: a que fez aos irmãos Castro de construir uma refinaria em Matanzas, Cuba.

Por outro lado, o abastecimento nacional de combustível está também sendo afetado com o intenso contrabando de gasolina para os países vizinhos, onde impera uma gigantesca corrupção. Tais operações são extremamente lucrativas graças aos enormes subsídios que o governo de Caracas dá ao consumo de gasolina na Venezuela, onde um galão (quase 3,6 litros) pode ser comprado com 12 centavos de dólar, ou seja, 25 centavos de real, ao passo que na cidade de Cúcuta, na Colômbia, e do outro lado da fronteira, o galão sai por 1,30 dólares. É, pois, um hábito, as pessoas encherem o tanque na Venezuela, cruzarem a fronteira e esvaziá-los nos postos de combustíveis por quase sessenta vezes mais.

Diariamente, caminhões tanques abarrotados de gasolina cruzam a fronteira do Brasil, da Colômbia e da Guiana com a cumplicidade adquirida por meio de propinas das autoridades encarregadas de coibir esse tipo de contrabando. Trata-se de uma atividade que envolve alguns bilhões de dólares que sangram o erário venezuelano.

 23 de agosto de 2012

 

 

 

 

 FRANCISCO VIANNA   -   Médico, comentador político e jornalista  -  Jacarei, Brasil

 

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 10:19
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HUMBERTO PINHO DA SILVA - AFORRAR VALE A PENA ?

 

 

 

 

 

 

 

 

São quatro da tarde. Entro em casa de chá da baixa. O salão está quase despovoado. Junto ao balcão magote de adolescentes soltam gargalhadas escandalosas, sob o olhar reprovador da empregada.

Ao meu lado, na mesa vizinha, dois roliços sujeitos, entrados em idade, dialogam a meia voz. No passeio, rente à parede, casal de namorados grudam furiosamente os beiços, e senhora, de imenso chapéu cor-de-rosa, que acaba de sair de viatura, lança-lhes gesto de indignação, arregalando os olhos.

A conversa, que desenrola-se ao meu lado, anima-se. Um deles, estendendo a mão, a jeito de orador de comício, e de olhinhos fuzilantes, reclama: - “Trabalhei como um burro. Privei-me de tudo, e agora…”

Pus as orelhas à escuta: - “ Via colegas tomar cervejitas, beber cafezinhos, em alegres farras… e eu nem férias. Tudo era aforrado. Comprei apartamento e pus um dinheirinho a render. Agora… é o que se vê! O caseiro ausentou-se com a chave. O imposto sobre imóveis, subiu assustadoramente, e os descontos que o banco faz, são tais, que o juro é uma mirreca. Depois… eu, que era chefe, recebo de pensão menos que o salário mínimo de muitos países.”

Ergui-me. Pousei duas moedas sobre a mesa, e acenei ao garçon.

Já na rua, entre a multidão que afluia para a Praça, indiferente, meditava no que ouvira, recordando as sábias palavras de Alexis Carrel, que havia lido na juventude, em “O Homem Esse Desconhecido”. “ Se um homem economiza algum dinheiro para sua mulher e para educação dos filhos, esse dinheiro é-lhe roubado por financeiros audaciosos. Ou, então, é-lhe tirado pelo governo, e distribuído àqueles cuja imprevidência, aliada à imprevidência dos industriais, banqueiros e economistas, os reduziu à miséria.”

E de regresso a casa, após o jantar, ainda ecoavam dentro de mim, as desoladoras palavras do velho senhor: “ Trabalhei como burro. Privei-me de tudo… e agora é o que se vê! …”

 

 

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA   -   Porto, Portugal



publicado por Luso-brasileiro às 10:10
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FAUSTINO VICENTE - A BÍBLIA E O CLIMA ORGANIZACIONAL

 

 

 

Solicitados, numa de nossas palestras, a sugerir a leitura de um livro especial na abordagem de conceitos e práticas sobre clima organizacional, indicamos a Bíblia - o que causou uma certa estranheza - pela equivocada percepção da abrangência, e da profundidade, desse best-seller cristão - um legitimo manual de qualidade da vida.

Visão, missão, valores, princípios, normas de procedimento e metas, elementos que ganharam status organizacional no século XX, constam nas Escrituras de forma explícita. Uma das primeiras referências encontra-se na construção da Arca de Noé. A ordem de serviço veio com todas as especificações técnicas: "Faze uma arca de tábuas de cipreste; nela farás compartimentos e a calafetarás com betume por dentro e por fora. Deste modo a farás: de trezentos côvados será o comprimento; de cinquenta, largura; e a altura, de trinta. Farás ao seu redor uma abertura de um côvado de altura; a porta da arca colocarás lateralmente; farás pavimentos na arca:um em baixo, um segundo e um terceiro" (Gênesis 6: 14 a 16).

Hoje, produtos e serviços são desenvolvidos obedecendo normas técnicas internacionais, cujos certificados são verdadeiros passaportes para a inserção das empresas nos negócios globalizados. Entre as habilidades gerenciais de Noé destaca-se a sua capacidade de planejamento organizacional, disciplina tática no cumprimento do cronograma, "ouvido de mercador" frente as provocações dos incrédulos de plantão e a aguçada percepção no aproveitamento das características individuais de cada um de seus colaboradores. Formou uma equipe, motivou-a, alocou recursos,estabeleceu processos operacionais, distribuiu tarefas, informou o prazo e gerenciou o andamento do projeto. Noé não foi apóstolo da burocracia.

Outro personagem histórico da Bíblia é José do Egito - administrador admirável, (Gênesis 41: 37 a 45)que pode ser comparado com o CEO (Chief Executive Officer) Presidente Executivo, de hoje. Notabilizou-se, principalmente, pela administração do país nos períodos "das sete vacas gordas e das sete vacas magras" - interpretados como anos de fartura e de escassez. Em termos de relacionamento interpessoal, a vida de José é uma das mais comoventes e atraentes da história.

As vagarosas e silenciosas passadas de Moisés pelo deserto o colocaram na galeria dos protagonistas que agregam valores à gestão de recursos humanos. Dentre os seus desafios destaca-se a complexidade no atendimento das necessidades dos milhares de judeus que liderava à caminho da Terra Prometida. A solução do problema partiu de seu sogro, Jetro, quando lhe disse: "E tu, dentre todo povo, procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem,maiorais de cinquenta e maiorais de dez; para que julguem este povo em todo tempo, e seja que todo negócio pequeno eles o julguem: assim a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo" (Êxodo, 18: 13 a 26). Nascia, assim, uma metodologia de descentralização do poder - o "calcanhar-de-aquiles" das atividades humanas. Reagimos como democratas, mas agimos como autocratas.

Esta é a mais devastadora das causas de desmotivação de funcionários e do desaparecimento prematuro de promissoras lideranças. O clima organizacional das empresas depende, essencialmente, de uma política de recursos humanos que consolide a seguinte prática: dar oportunidades (iguais) para que os funcionários possam revelar e/ou desenvolver o seu potencial. Questionar as ideias, não as pessoas é a mais eficaz das estratégias para manter a indispensável "oxigenação" do processo gerencial.

Entendemos que, se lêssemos, refletíssemos e vivenciássemos, com maior frequência, os ensinamentos contidos na Bíblia seríamos muito mais felizes e, de quebra, muito mais prósperos. É crer para ver.

 

 

 

FAUSTINO VICENTE –   Advogado, Professor, Consultor de Empresas e de Órgãos Públicos -  e-mail: faustino.vicente@uol.com.br – Jundiaí (Terra da Uva) – São Paulo - Brasil

 



publicado por Luso-brasileiro às 10:05
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Quarta-feira, 29 de Agosto de 2012
EUCLIDES CAVACO - AZINHADA DA SAUDADE
 
                                                  
 
 
 
 
 
BOM DIA PREZADOS AMIGOS
A preencher o espaço de  poema da semana temos hoje um poema feito fado a que o nosso nobre amigo JOÃO BALÇAS emprestou a sua melodiosa voz. Veja e ouça AZINHADA DA SAUDADE em poema da semana ou aqui neste link:
http://www.euclidescavaco.com/Poemas_Ilustrados/Azinhaga_da_Saudade/index.htm
Desejos dum resto de dia muito agradável para todos Euclides Cavaco cavaco@sympatico.ca
 
 
 
EUCLIDES CAVACO   -   Director da Rádio Voz da Amizade.London, Canadá
 
 
 
 
         CINEMA GRATUITO NA CIDADE DE JUNDIAÍ
 
 
 
 
 
A Prefeitura de Jundiaí por meio da Secretaria Municipal de Cultura, com apoio do Cineclube Consciência, promove o projeto Cineclube na Cidade, proporcionado mais uma opção de cultura à cidade, com sessões de cinema gratuitas às quartas-feiras de agosto a novembro na Sala Glória Rocha, á partir de 25/08.
O projeto Cineclube na Cidade cria um espaço alternativo de cinema com debates e convidados, oferecendo reflexão e difusão cultural. Local: Sala Glória Rocha (Rua Barão de Jundiaí, 1093, Centro) (11) 4521-0971 Realização: Prefeitura Municipal de Jundiaí- Secretaria Municipal de Cultura e Cineclube Consciência Apoio cultural: Centro Cineclubista de São Paulo Produção: Vânia Feitosa- Cine a Vapor Produções Contato com a produção Vânia Feitosa cineclubenacidade@yahoo.com.br (11) 9700-3120 ou (11) 8029-3780
 
 
 
 

                    AGÊNCIA DE NOTÍCIAS REDE  CARIDADE

                                               AO SERVIÇO DA FAMÍLIA VICENTINA

 

                                                            VISITE E COLABORE

 

 

                    

 

                                                                   http://www.rededecaridade.com/index1.php

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 14:27
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