PAZ - Blogue luso-brasileiro
Quarta-feira, 5 de Setembro de 2012
JOÃO BOSCO LEAL - AS MÃES E SUAS CRIAS

 

                                            

 

 

 

 

 

 

 

 

Tanto entre os humanos quanto entre os animais, existem mães e mães. Entre nós há as que trabalham e as que não, as que bebem, usam drogas, são prostitutas, não se respeitam, mas mesmo estas merecem e normalmente são respeitadas por seus filhos.

No mundo animal, há vacas que protegem suas crias de qualquer um, que lutam desesperadamente contra quaisquer predadores para não perder sua cria, e as que simplesmente observam a mesma ser devorada por outros animais.

Outras que abandonam seus bezerros logo ao nascer, deixando-os à própria sorte, os chamados “guachos”, que, se encontrados a tempo por um humano, muitas vezes tornam-se mais fortes do que seus contemporâneos, mesmo tendo crescido sem nenhum “afago” materno.

As galinhas cobrem com as asas os pintinhos recém-nascidos, para que não sejam devorados por gaviões e para que não sofram com a chuva e o frio. Existem, porém, aves que raramente chocam o próprio ovo, como as galinhas d’angola, os marrecos e outras, que por esse motivo, são de difícil procriação.

Entre os suínos e caninos, o filhote que, desde os primeiros momentos de vida, tendo que disputar as tetas com os irmãos, se esforça para mamar mais e fica cada dia mais forte que seus irmãos, que não se esforçaram, e por isso ficam cada vez mais fracos.

Algumas mães, entretanto, suprem seus filhos de todas as necessidades que estejam ao seu alcance, mesmo quando o “filhinho” ou a “filhinha” já são adultos, mas assim como nos animais, essa superproteção cria um ser fraco, que por nunca haver lutado por nada, quando essa mãe não estiver mais presente, terá muitas dificuldades para sobreviver num mundo onde há disputas por tudo.

Ao contrário de ajudar, elas proporcionaram um enorme prejuízo a esses filhos, que sempre perderão, em todos os sentidos, para os que cresceram fortes por terem tido de buscar, sem ajuda, o que necessitavam.

No entanto, sem sua proteção e tendo que buscar seu próprio sustento e programar seu futuro sabendo que nada mais será ganho, aprenderá, ainda que tardiamente, assim como aquele filho ou filha que foi desamparado, mal tratado, abandonado e até mesmo desprezado por essa mãe, que por ter lutado sozinho por sua sobrevivência e aprendizado, tornou-se um adulto mais forte e para ele nada mudará quando essa mãe partir.

Por isso e por mais que seja dolorido, assim como ocorre em todo o reino animal, em determinado momento as mães necessitam desmamar seus filhos, pois aquelas que contrariando a natureza, escolhem dar proteção a um filho normalmente fracassam em seu sonho, e fazem fracassar o filho protegido.

Perceber esse erro, certamente gera uma enorme sensação de fracasso na mãe para a qual seu filho protegido obteria somente sucessos, e essa descoberta normalmente provoca um distanciamento cada vez maior desta mãe com o filho que ela desprezou e que hoje é um forte.

Os que lutaram com suas próprias mãos, certamente criarão seus filhos assim, dando-lhes amor, carinho e apoio, mas ensinando-lhes a buscar seu lugar ao sol com seu próprio esforço, pois o mundo não passará a mão na cabeça de ninguém, quando não tiverem mais a retaguarda dos pais.

E quando a grande maioria fizer o mesmo, nascerá uma nova geração de homens e mulheres fortes, que construirão o futuro de um grande país, deixando de lado e para trás os fracos que criaram filhos e nações fracas.

 

As nações são o resultado de como as mães criaram seus filhos nas décadas anteriores.

 

 

 

 

JOÃO BOSCO LEAL, é articulista político, produtor rural e palestrante sobre assuntos ligados ao agronegócio e conflitos agrários. Campo Grande, Brasil



publicado por Luso-brasileiro às 11:22
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HUMBERTO PINHO DA SILVA - O MEDO DE SER CRISTÃO

 

    

                                                  

 

 

 

 

 

 

Apesar da maioria das pessoas que vivem no nosso País serem crentes, e muitas católicas praticantes, não se ouve a sua voz nem se deslumbra a influência na sociedade.

 

A razão desse silêncio é facílimo de explicar: os católicos envergonham-se da sua Fé.

 

Envergonham-se, porque não há - ou poucos são, - os jornalistas, escritores, artistas plásticos, cançonetistas e políticos, que se declarem crentes; e sabemos o motivo dessa insólita atitude: sempre que o fazem, são taxados de retrógrados ou piegas.

 

Vivemos numa época em que os valores morais, os bons costumes, a religiosidade, são considerados preconceitos, próprios de mentalidades tacanhas, de ignorantes e analfabetos.

 

Quem se indigna, levante a voz contra desvarios, maus exemplos de novelas televisivas, infâmias que certa imprensa difunde, quem não pensar como a maioria, é execrado, marginalizado, varrido da elite bem falante, que possui acesso à mass-media.

 

Ortega y Gasset afirma in “ Revolta das Massas”:” Quem não pensa como toda a gente, corre o risco de ser eliminado.”

 

E como ninguém aceita ser riscado do convívio dos iluminados, dos que têm poder e conseguem construir ou destruir carreiras promissoras, refugia-se no silêncio, escondendo valores e Fé que professa.

 

Isso é mau. É mau, porque se os católicos não falarem, não divulgarem a Fé, aos poucos esta extingue-se.

 

É a minoria, como se sabe, que forma a opinião da maioria. Esta apenas repete o que ouve e vê.

 

As ideias, tanto boas como más, “ enchem o ar”, como ondas de rádio. Ninguém as vê, ninguém sabe por onde andam, mas entram sorrateiramente na alma de cada um.

 

Os receptores, aos milhares, encontram-se prontos a receber a mensagem e a difundi-la, mas se não houver emissor, se não houver quem difunde, quem a pode escutar?

 

Gabriel Marcel em: “ Os Homens Contra o Homem”, assegura: que a opinião pública é coisa mais maleável do mundo. A publicidade sabe que isso é verdade, e também os enganadores, que procuram aniquilar valores que sempre orientam o nosso povo, sabem, que paulatinamente, tudo de santo, de honesto, que o coração conserva, será destruído.

 

Mas se a calamidade que desabou, minando a juventude, retirando  pudor e dignidade à mulher, persiste, é devido aos crentes envergonharem-se de a rebater; e não a rebatem, porque se encontram desunidos e amam mais os homens que a Deus.

 

Urgente é levar Cristo aos cristãos. Urgente é sair a terreiro, pelejar os desacertos que querem impingir, em nome da liberdade e direitos da mulher. È urgente levantar bem alto, em unicíssimo, a voz contra os atentados à dignidade humana.

 

Está na hora dos crentes, que o são: professores, artistas, escritores, jornalistas, políticos, se unirem e clamarem bem alto: BASTA!

 

Basta de ter medo! Basta o receio de ser diferente! Basta de ser duplo: cristão no templo, no resguardo da comunidade, e agnóstico no mundo! Basta de ter medo dos que querem destruir os nobres valores do nosso povo!

 

Basta!

 

 

 

 

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA   - Porto, Portugal



publicado por Luso-brasileiro às 11:06
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CLARISSE BARATA SANCHE - FACE A FACE

 

 

                                             

 

 

 

 

 

 

 

                          Mote  

 

 

            

Quando chegar a minha vez, Senhor!

De me ir embora, a vez do meu traspasse,

Espero não sentir nenhum temor

De me encontrar contigo face a face.

 

               Dr. João de Castro Nunes

    Do seu belo livro: ”Falar com Deus”

 

 

 

                              Glosa

 

 

“Quando chegar a minha vez, Senhor!”

De abandonar a Terra onde nasci,

Na missão que me deste, por favor,

Perdoa se melhor não Te servi.

 

 

Quando vier o dia de embarcar...

“De me ir embora, a vez do meu traspasse,”

Manda-me um Anjo para me ensinar

A maneira ideal do desenlace!

 

 

No caminho da Luz, no Lar de Amor,

Onde tenho a família,  gente à barda...

“Espero não sentir nenhum temor”

Sei que todos estão à Tua guarda!

 

 

No Céu,  naquela Paz tão doce e linda,

Estou ansiosa para que os abrace.

Mas a grande alegria será  inda

"De me encontrar CONTIGO face a face"

 

  

 

 

CLARISSE BARATA SANCHE   -   Goís, Portugal

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ACABA  DE SAIR  O NÚMERO 01 DA PUBLICAÇÃO DA CONFRARIA JAPI DE HAICAI 

 

 

 

   



publicado por Luso-brasileiro às 11:01
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