PAZ - Blogue luso-brasileiro
Sexta-feira, 26 de Abril de 2013
ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS - A GRANDE VANTAGEM DE SABER LATIM

                    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No dia 11 de fevereiro último, o Papa Bento XVI anunciou que renunciaria de suas funções pontifícias no dia 28 do mesmo mês. Naquela manhã de inverno, a sessão parecia ser rotineira, nada indicava que desencadearia tudo quanto desencadeou. Tratava-se de uma reunião realizada na sala do Consistório do Palácio Apostólico, para anunciar a canonização próxima de alguns mártires. Estavam presentes dezenas de Cardeais, com trajes solenes, todos sentados diante do Papa formando um grande retângulo, vazio ao centro. Estavam presentes também quatro jornalistas, encarregados de dar cobertura à sessão.

 

O Papa principiou a ler um texto em latim. A certa altura de sua fala anunciou, também em latim, que tinha uma importante comunicação a fazer. Passou a ler então, no mesmo idioma, um outro texto, no qual anunciava sua decisão de renunciar.

 

Não tenho certeza de que todos os eminentes purpurados ali presentes conheciam o latim de modo suficiente para entender, desde logo, o alcance do que estava sendo lido. Receio que alguns já tivessem esquecido os estudos feitos ainda antes do Concílio Vaticano II, em sua remota juventude.

 

Outros, mais jovens, possivelmente nunca chegaram a dominar bem a bela língua de Cícero, de Ovídio e de Horácio. Talvez alguns tenham entendido, mas se mantiveram em respeitoso silêncio. 

 

Ao final da sessão, foram distribuídas a todos, inclusive aos jornalistas, cópias escritas dos dois textos que o Papa lera. Uma jornalista presente, de nome Giovanna Chirri, representante da agência noticiosa ANSA, dominava bem o latim e entendeu perfeitamente o alcance da cena que se desenrolava diante de seus olhos estarrecidos. Para sua surpresa, a sala ouvira o Papa em silêncio, sem demonstrar qualquer comoção, aparentemente sem ter entendido o que se passara. No final, Giovanna notou que seus três colegas, ignorantes da língua da velha Roma, receberam as folhas escritas, dobraram-nas, colocaram-nas nas respectivas pastas e saíram calmamente, como de rotina, como se nada excepcional tivesse acontecido. 

 

Mas Giovanna, embora muito emocionada, imediatamente ligou para sua agência e deu o “furo”. Foi a ANSA a primeira agência a noticiar a renúncia papal. 

 

Vantagens de saber latim...

 

O latim, durante longas décadas esquecido, está voltando a ser objeto de estudo e de interesse por parte de jovens. Já informei nesta coluna que aqui em Piraciba o Instituto Poíesis, fundado e dirigido pela Profa. Maria Silvana Hion Novello, está promovendo cursos de latim e grego clássicos, ministrados pela Profa. Beatris Ribeiro Gratti, da Unicamp. Matéria recentemente estampada pela revista “Isto é” informa que, no Brasil, existem dez cursos de graduação em latim funcionando ativamente, com um total de 544 alunos (336 mulheres e 208 homens). A procura é maior do que a disponibilidade de vagas. Em 2011, apresentaram-se 674 candidatos a cursos universitários de latim, mas somente 157 conseguiram vagas. 

 

O latim é, na realidade, uma língua extremamente lógica e simples, de um beleza incomparável. Desde que compreendida sua lógica e seu sistema de declinações, é fácil, sobretudo para nós, pois a imensa maioria das palavras que usamos no português já é de raiz latina. Durante séculos, foi a língua da liturgia católica, foi a língua da ciência universal e da diplomacia. No império austro-húngaro, no qual conviviam povos de línguas diferentes e no qual havia oito idiomas oficiais, o latim foi usado até 1918 nos requerimentos e despachos governamentais. Era em latim que o imperador Francisco José lia os relatórios de seus ministros e os despachava.

 

Uma outra curiosidade que por certo surpreenderá o leitor: o latim foi a língua diplomática dos caciques no Nordeste brasileiro na primeira metade do século XVII. Durante o segundo reinado, D. Pedro II enviou à Holanda pesquisadores brasileiros encarregados de copiar a documentação ali

conservada sobre o Brasil. Foram, então, encontradas cartas em latim, escritas pelo índio Antonio Filipe Camarão, o Poty, a outros chefes indígenas, exortando-os a apoiarem a causa dos portugueses contra os invasores batavos. 

 

Interceptadas pelos holandeses, essas cartas foram levadas para a Europa e conservadas em seus arquivos. A explicação é que esses caciques conheciam o latim porque haviam estudado, quando curumins, no colégio dos jesuítas, da Bahia. Eram de tribos diferentes, falavam talvez idiomas nativos diversos, mas todos haviam recebido os rudimentos da cultura clássica... que os habilitava a, entre si, se comunicarem numa língua diferente, só de caciques, só de índios cultos!

 

Uma última informação surpreeendente: Mark Zuckerberg, o moderníssimo e super-atualizado criador do Facebook, é latinista e leitor assíduo de Virgílio...

 

 

 

 

 

 

ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS   -      Historiador e jornalista, é diretor da Revista da Academia Piracicabana de Letras.

                                     



publicado por Luso-brasileiro às 14:55
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CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA - CACHORRADA

 

 

 

 

 

 

 

 

     Eu amo cães. Sempre os amei, diga-se de passagem. Implorei aos meus pais que me dessem, aos cinco anos, meu primeiro cãozinho, o Totó. Nossos quatorze anos juntos rendaram um livro infantil, muitas lembranças e muita saudade. Desde então, embora tenha havido hiatos nos quais não tive a companhia de um cão de estimação, a maior parte da minha vida foi, por assim dizer, canina.

            Atualmente, ao meu lado estão Peteco e Floquinho, respectivamente com 10 e 11 anos. São duas crianças peludinhas, que me esperam, já brandindo altos latidos, quando inicio o movimento de virar a chave no portão. Do mesmo modo, dão verdadeiros escândalos quando fecho a porta e os deixo para trás. Aliás, qualquer saída é retribuída como alguma manifestação de inconformismo...

            Algumas vezes, assim que retorno, encontro a vasilha de água arremessada, sabe-se Deus como, do outro lado da área de serviço. Espanta-me o fato de serem cães já idosos (esqueceram de dizer isso aos dois) e de pequeno porte, bem como a vasilha ser de alumínio, mas com peso, exatamente concebida para não ser arrastada de lado para o outro. Eu mesma, quando preciso limpá-la, se cheia de água, tenho certa dificuldade para fazê-lo.

            Outro pobre coitado que sofre os efeitos da revolta canina é o pano que fica dentro das casinhas. Nesse momento, há neles, sem exagero algum (posso provar por fotos!), mais buracos do que panos. Ou seja, hoje é um não-pano... Além de rasgá-lo, o infeliz ainda é atingido por jatos abundantes do cruel liquido amarelo conhecido também como urina. O que me resta, em prol da higiene, é reservar uma máquina de lavar roupas pequena, apenas para finalidade ingrata de lavar esses arremedos de cobertor. Ainda bem que os eletrodomésticos ainda não tem direitos especiais, ou eu teria que pagar adicional de insalubridade...

            Em outros momentos, minhas pequenas feras escolhem espalhar a ração que, tento, deveria ficar guardada no alimentador automático. O que me dói é menos o ter que recolher e jogar um pouco fora, mas mais é pensar que preciso comprar uma ração especial para cães cardíacos, paga a preço de ouro...

            Não sei o que dá na cabeça oca dos dois, mas as vezes desconfio que o cérebro menos favorecido nessa história toda é o meu. Limpo, lavo, remendo e pago. Eles? Saem impunes, todas as vezes, até porque eu cedo diante dos olhinhos que parecem me dizer que, no fundo, tudo isso é uma grande cachorrada...

 

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 14:20
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Quinta-feira, 25 de Abril de 2013
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI - É IMPORTANTE CULTIVAR UM BOM RELACIONAMENTO COM A SOGRA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Dia da Sogra é comemorado a 28 de Abril. A sua origem é desconhecida e há os que acreditam que alguém por remorso quis fazer uma homenagem após sua morte e outros afirmam que a autoria veio dos Estados Unidos, motivada por um amor discreto ou mesmo pela necessidade comercial e a consequente instauração de outra data voltada à venda de produtos. A verdade é que ninguém sabe dizer ao certo de onde veio a ideia de estabelecer tal celebração.

 

Do latim vulgar “socra”, que substituiu o latim clássico “socrus”, a palavra significa mãe do marido, em relação à mulher; ou mãe da mulher, em relação ao marido. Razão pela qual as relações entre eles deveriam ser de grande afetividade. Mas nem sempre é assim. No Brasil, o cantor Dicró ficou famoso por músicas onde conta piadas a respeito da própria sogra e que costumam sempre ser muito populares entre comediantes de todo o país.

 

Também o escritor Andrey do Amaral lançou o sucesso “Como Enlouquecer Sua Sogra”, com diversas reimpressões.. Efetivamente, na cultura popular moderna ela é vista como um fardo a ser carregado, como vilã e grande rival dos cônjuges, e muitas vezes, a palavra acaba por adquirir sentido pejorativo, sendo alvo de brincadeiras. Tanto que é famosa a expressão “casa da sogra”, no sentido de lugar onde tudo é permitido, no qual se pode ficar à vontade. Há ainda o conhecido instrumento utilizado em festas infantis, “língua de sogra” que se assopra numa ponta, provocando o esticamento, como se fosse extensão da língua; concluído o sopro, a parte estendida retorna à boca, como que recolhendo a pseudo-língua. Na culinária, um dos doces mais famosos e deliciosos é o “olho de sogra”, cujo nome original era “olho de cobra”.

 

Apesar de todo esse repertório negativo, nem todas as sogras são “malvadas”. Ao contrário, muitas são grandes aliadas e só visam defender a família. Por isso, nada impede que comemoremos esta data, mesmo porque no calendário ela fica bem distante do Dia das Bruxas, em outubro. E o mais importante é sempre cultivar um bom relacionamento, sendo a comunicação, uma das chaves para isso.

 

Vale lembrar que o convívio entre semelhantes – que pode ser até curativo, segundo princípio da medicina homeopática – deve se solidificar no respeito, na aceitação, no verdadeiro amor e até no perdão. Além do mais, é preciso preservar os institutos da família e do casamento acima dos meros caprichos pessoais que podem afetar as relações entre parentes e cônjuges, já que aqueles são importantes à preservação e felicidade da espécie, ao contrário destes que só perpetuam inúteis vaidades.

 

 

 

 

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI  é advogado, jornalista, escritor, professor universitário e autor de vários livros, entre os quais “Crônicas Jurídicas. Família & Casamento” (Ed. Litearte)



publicado por Luso-brasileiro às 11:56
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FELIPE AQUINO - A IGREJA É CONTRA A TEORIA DA EVOLUÇÃO ?

 

 

 

 

 

 

A Igreja não é contra a teoria da evolução, desde que seja entendido que esta evolução foi querida por Deus, programada e executada por Ele. A Igreja também não abre mão de que a alma humana, imortal e racional, é criada diretamente por Deus e colocada na pessoa no instante da sua concepção, quando o óvulo feminino é fecundado pelo sêmen masculino. Dentro dessa ótica, a Igreja aceita a teoria do início do mundo a partir do Big Bang, a grande explosão que teria dado inicio ao universo hoje conhecido. Mas o que é o Big Bang?

 

No início do século os astrônomos começaram a mapear o Universo, e descobriram que as galáxias pareciam estar se afastando da Terra com velocidades cada vez maiores, de modo que quanto mais longe estivessem tanto maior era a sua “velocidade de fuga”. Era como se os grupos de galáxias fossem partes de uma explosão acontecida a bilhões de anos. Daí nasceu a teoria do Big-Bang (grande explosão), segundo a qual o Universo começou a partir dos fragmentos desta gigantesca explosão.

 

 

 

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A partir das velocidades relativas, observadas nas galáxias mais distantes, a época da explosão foi calculada em aproximadamente 15 bilhões de anos. Uma matéria ultra-comprimida teria explodido numa nuvem de energia e partículas elementares, aquecidas a uma temperatura inimaginável de bilhões de graus Celcius. Dentro desta esfera havia apenas fótons e nêutrons comprimidos de modo tal que um litro dessa matéria pesaria bilhões de toneladas e tinha a temperatura de 1015 (= 1 seguido de 15 zeros) graus C. Essa esfera teria explodido, jogando no vazio a matéria com a velocidade da luz.

 

Apenas um centésimo de segundo após essa grande explosão, a temperatura descera a 300 bilhões de graus C; os fótons e os nêutrons se condensaram em elétrons e núcleos, dando origem a uma massa de hidrogênio incandescente, que aos poucos foi se condensando em galáxias de estrelas. No interior das estrelas, a cerca de 20 milhões de graus, esse hidrogênio foi se transformando em hélio, num processo de combustão que liberava enormes quantidades de energia. Em seguida, num complexo processo de evolução química, esse hélio se converteu em outros elementos (oxigênio, carbono, nitrogênio, ferro…), que se encontram nas estrelas.

 

 

 

 

 

 

 

 

Alguns bilhões de anos após a explosão inicial, originaram-se as estrelas, os planetas, os asteróides e os satélites que constituem o nosso sistema solar e o universo inteiro. Sabe-se hoje que o espaço é perpassado por um campo de radiações, que têm a temperatura de 2,7 graus absolutos (270 graus centígrados abaixo de zero). Essas radiações são o resíduo da radiação muito mais intensa e quente que devia perpassar o universo nas suas fases iniciais de existência. Por efeito do processo de expansão devido ao big-bang inicial, a radiação eletro-magnética originária teve que diminuir a sua temperatura até chegar hoje, 15 bilhões de anos depois, a uma temperatura próxima do zero absoluto.

 

 

 

 

 

 

 

 

A presença dessa radiação, que perpassa o universo e que é prevista pela teoria do big-bang, poderia ser a prova mais convincente desta teoria, que ainda não é aceita por todos os astrônomos e físicos. Um pequeno grupo acredita que o Universo é eterno, isto é, não teve começo e nem terá fim. É a teoria do estado constante. A fé não aceita esta teoria, pois a eternidade do Universo faria dele um Absoluto, um Deus. Só Deus é eterno; só Deus não teve começo e não terá fim. O eterno é perfeito; não evolui, como o Universo evolui, teve início e terá fim.

 

Para os físicos modernos, a melhor explicação da origem do universo está na teoria do Big Bang, que tem sido estudada exaustivamente; e a Igreja não a desaprova, desde que se considere o que foi dito acima.

 

 

 

 

 

FELIPE AQUINO   -   Escritor católico. Prof. Doutor da Universidade de Lorena. Membro da Renovação Carismática Católica.

 

 

 

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 11:40
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MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE - OS DOIS OLHARES

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Motivou  esta crônica o poema “As Coisas” de Mário Quintana: “O encanto/ sobrenatural/ que há/ nas coisas da Natureza!/ No entanto, amiga,/ se nelas algo te dá/ encanto ou medo,/ não me digas que seja feia/ ou má, / é, acaso, singular.../ E deixa-me dizer-te em segredo/ um dos grandes segredos do mundo:/ - é simplesmente porque/ não houve quem lhes desse ao menos/ um segundo/ olhar!”

 

A compaixão humana está em olhar de novo. À primeira vista, enxergamos a casca com seus esplendores ou ruínas. Se nos voltarmos pelo menos uma vez mais, notaremos aonde levou a história de cada um com suas crenças e descrenças, com seus ajustes e desajustes, em seu cair e levantar, nas oportunidades e na falta delas.

 

Nas terras de Israel, foi assim com a mulher adúltera que os homens levaram a Jesus.  A decisão imediata, pelo acontecido e pela lei, seria apedrejá-la. O Senhor distingue a situação dela e a deles além das aparências e permite que lhes caia as escamas da visão ao pronunciar: “Aquele que não tiver pecado que atire a primeira pedra”. Ver sem escamas é o segundo olhar.

 

Do lado de cá, tenho certeza de que, tanto você como eu, temos inúmeros acontecimentos que nos levam à aprendizagem do segundo olhar. Embora o conhecêssemos desde criança, o menino se tornou mais próximo no início da adolescência. Bloqueios para ler, escrever e nos cálculos. Pouca resistência ao ouvir um não e nas perdas. Pelo menos uma vez por semana nos dizia que não voltaria mais. Passado um ou dois dias, retornava com seu sorriso largo. A realidade e algumas pessoas nos aconselhavam a desistir, mas, pelo fato de percebermos que ele não aderia aos desvios tão próximos das vielas de seus dias, insistíamos. Há dois anos compreendeu a possibilidade de trabalhar suas resistências, desde o aceitar, com humildade, aulas de alfabetização, embora cursasse o Ensino Médio. Existem adolescentes que preferem comportar-se de maneira inadequada na sala de aula a colocar suas dificuldades em assimilar a matéria.  Parece-me que dói menos ser considerado indisciplinado a incapaz. E o sistema educacional brasileiro não oferece grandes chances de aprendizagem do que ficou defasado no histórico escolar. No ano passado, com frequência, o menino nos dizia de seu sonho em trabalhar no setor de estoque e na colocação de mercadorias nas prateleiras de algum supermercado. Meses depois, experimentou sua maior perda: a morte, durante uma cirurgia simples, da mãe, que apostava que ele seria um homem de bem. Doeu profundamente, porém ele não reagiu, como antigamente, com revolta e distância.  Há um mês, através do Programa Aprendiz da Prefeitura Municipal (SEMADS – CRIJUV), em parceria com o Ministério do Trabalho e SENAC, conquistou sua vaga em supermercado, no qual atua naquilo que buscava. Ele e eu sabemos que, bem lá do alto, a mãe lhe sorri com claridade e afago.

 

Há outra situação de proximidade geográfica. Sete anos de olhar sobre uma mulher ensandecida pelas drogas. A impressão que passava, ao vê-la ao entardecer, com a roupa suja e os cabelos desgrenhados, chorando e murmurando sons desconexos, era de um animal ferido e faminto, que se distanciava com velocidade de sua toca, no meio do mato, para trazer o “alimento” que lhe devolveria a paz. O segundo olhar era para sua meiguice com os filhos nos momentos de lucidez. Oscilava entre a fuga e o anseio de amor. Há poucos meses, entrou no ônibus e se fez de rota distante dos atalhos anteriores. Foi promovida, semana passada, no local em que trabalha, de auxiliar de cozinha para cozinheira. Tem como foco recuperar o convívio com os filhos.

 

Com o menino e a mulher, chegamos ao terceiro olhar: o da constatação de que a vitória vem da experiência de acreditar em si e de verificar que outros também creem, embora existam obstáculos tantos.

 

Que bom seria se não recusássemos um segundo olhar e ele fosse sempre de compaixão-reconstrução, propondo possibilidades.

 

Há muita gente perdida pelo mundo porque, como escreveu Quintana, “não houve quem lhes desse ao menos/ um segundo/ olhar/”.

 

 

 

MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE   - É coordenadora diocesana da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala. Jundiaí, Brasil



publicado por Luso-brasileiro às 11:32
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FRANCISCO VIANNA - MADURO DISPOSTO A MANDAR CAPRILES PARA A PRISÃO E CALAR OPOSIÇÃO

 

 


 

 

 

FRANCISCO VIANNA (da mídia internacional)

 

       Quinta feira, 18 de abril de 2013

 

 

 

 

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“Nicolás perdestes, marionete de Castro”, é o que diz o grafite denunciando uma possível – e provável – fraude nas eleições presidenciais da Venezuela. Grafitagem como essa, está surgindo em muitos lugares em Caracas. GERALDO CASO / AFP/Getty Images

 

 

            O regime autoritário encastelado no Palácio Miraflores, em Caracas, parece disposto a cruzar a linha vermelha limite, de não retorno, e abandonar qualquer resquício de aparência de democracia na Venezuela, ao planejar e tomar as primeiras providências para levar à prisão o líder da oposição Henrique Capriles – “derrotado” por uma diferença mínima nas eleições de 15 de abril para suceder ao falecido presidente Hugo Chávez – e, assim, silenciar as vozes dos deputados no Congresso e dar a Maduro carta branca para a repressão política.

            Tais providências tomadas pelo regime Caracas acontecem num momento em que o governo enfrenta uma crise de legitimidade, com o país amplamente dividido, e a oposição questionando os resultados das “urnas eletrônicas” de domingo último e que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou terem sido vencidas pelo pelego designado por Chávez, Nicolás Maduro, por uma margem inferior a dois pontos percentuais.

 

 

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Grafite por sobre propaganda eleitoral governista num muro de rua em Caracas denuncia como sendo fraudulentos os resultados das eleições. RAUL ARBOLEDA / AFP/Getty Images

 

 

            Todavia, a possível e até provável prisão potencial de Henrique Capriles, somada às crescentes dúvidas emergentes sobre a legitimidade do novo mandato de Maduro, poderá incluir, definitivamente, o atual regime venezuelano na lista reservada às ditaduras. “Maduro já tinha ocupado a presidência interina de forma ilegítima ao ser nomeado de forma inconstitucional como presidente em exercício, quando o cargo deveria ter sido preenchido por Dualdo Cabello, presidente da Assembleia Nacional (Parlamento)”, disse o ex-embaixador do Panamá junto à OEA, William Cochez. Falando pelo telefone, Cochez disse ainda que: “agora a coisa é diferente e ainda mais grave, do que quando se apossou do cargo, uma vez que a democracia venezuelana estava enferma. Maduro, então, usurpou o poder em 10 de janeiro e a ilegitimidade do regime desde então só vem se agravando. A democracia, agora, está agonizante e vivendo seus últimos e tristes momentos no país”.

            Maduro enfrenta o clamor de mais da metade da população do país para que autorize a recontagem dos votos depositados nas eleições de domingo, em meio às acusações da oposição de que as mais de 3 mil irregularidades detectadas podem ter de fato mudado o verdadeiro resultado da votação.

 

 

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Ontem, quarta feira, uma jovem passa em frente a um muro grafitado que denuncia a fraude nas eleições presidenciais da Venezuela no último domingo. GERALDO CASO / AFP/Getty Images

 

 

            No entanto, as demandas em prol de uma recontagem dos votos foram enfrentadas nesta semana pela repressão policial às manifestações de protesto que os opositores realizavam pacificamente em diferentes cidades do país, ações truculentas que causaram a morte de pelo menos sete pessoas. As ordens foram dadas por Maduro ao obediente sistema judicial venezuelano para que este abra processos contra Capriles, o candidato oposicionista.

            Por incrível que pareça, o governo ‘bolivariano’ quer prender Capriles sob a acusação de ser o responsável pela violência exercida pelos organismos estatais de ordem pública. “Vão acusá-lo de crimes de incitação popular à rebelião, de causar desordens públicas e fechamento de vias públicas. Além disso, será investigado pelas mortes e lesões corporais infligidas pela polícia do sistema nos protestos de anteontem”, disse um informante que falou sob anonimato.

            O regime socialista de Caracas pretende, assim, silenciar o crescente clamor popular em prol de uma recontagem de votos, que segundo o CNE “é impossível de ser feita nas urnas eletrônicas”, de fabricação brasileira e que não emitem comprovante impresso dos votos, embora sejam projetadas para fazê-lo, o que tem sido considerado por muitos, inclusive no Brasil, como fator causador de fraudes eleitorais pelo sistema eletrônico.

            Enquanto isso, Washington já mandou avisar que não reconhecerá o governo de Maduro, caso as suspeitas de fraude eleitoral não se dissipem através de uma recontagem dos votos.  Maduro, por sua vez, disse que não está nem aí para o reconhecimento estadunidense do resultado da eleição.

            Hoje, em caráter de urgência, foi convocada uma reunião dos principais líderes sulamericanos, a ser realizada em Lima, no Peru, para apreciar a situação institucional que a Venezuela atravessa. Imaginem o que essa reunião pode decidir...

 

 (da mídia internacional)

Quinta feira, 18 de abril de 2013

 

 

 

FRANCISCO VIANNA  -   Médico, comentador político e jornalista  - Jacarei, Brasil.

 



publicado por Luso-brasileiro às 11:17
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PAULO ROBERTO LABEGALINI - VIVENDO E APRENDENDO

 

 

 

 

 

 

 

 

Uma moça tinha um relacionamento difícil com o pai. Quase nunca conversavam, mas surgiu a oportunidade de viajarem juntos de carro e ela imaginou que seria um bom momento para se aproximarem.

Durante o trajeto, o pai comentou sobre a degradação de um córrego que acompanhava a estrada. A garota olhou para o córrego ao seu lado, lembrou um cenário de Walt Disney e teve a certeza de que ela e o pai realmente não tinham a mesma visão da vida. Seguiram a viagem sem trocar mais palavras.

Anos depois, a moça fez a mesma viagem por aquela estrada, dessa vez com uma amiga. Estando agora ao volante, ela surpreendeu-se. Do lado esquerdo, o córrego era realmente feio e poluído como seu pai havia descrito, ao contrário do belo córrego que ficava do lado direito da pista. E uma tristeza profunda se abateu sobre ela por não ter levado em consideração o comentário do pai, que havia falecido no ano anterior.

Pois é, isso acontece sempre: a gente vê o que mostra a nossa janela e quase nunca a janela do outro. A mesma estrada para uns é infinita; para outros, curta. Boa parte dos brasileiros acredita que o país está melhorando, enquanto outra parcela da população perdeu totalmente a esperança. Alguns celebram a tecnologia como um fator essencial da sociedade, outros lamentam que as relações humanas estejam tão frias. Assim, muitos grudam o nariz na sua janela, somente nos seus próprios interesses.

Este outro texto é de William Shakespeare poeta e dramaturgo inglês do século 19. Gostei destes trechos:

“Depois de algum tempo você aprende a sutil diferença entre dar as mãos e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de algum tempo você aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam. E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la; você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. O que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. Bons amigos são a família, que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendermos que amigos mudam; percebe que seu velho amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas – pode ser a última vez que as vejamos.

Aprende que ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada seja uma situação, sempre existem dois lados. Descobre que, algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários celebrou. Aprende também que há mais de seus pais em você do que você suponha.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.

Aprende que o tempo não é algo que se possa voltar atrás; portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar, que é forte para ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.

E aprende finalmente que a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!”

Eu completaria Shakespeare, dizendo: com Cristo, por Cristo e em Cristo alcançaremos a salvação. Isto significa: aprender a viver.

 

 

 

PAULO ROBERTO LABEGALINI -    Escritor católico, Professor Doutor da Universidade Federal de Itajubá-MG. Pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária da UNIFEI.

 

Lançamento de livro:

Histórias Cristãs – Editora Raboni – Paulo R. Labegalini (www.raboni.com.br)



publicado por Luso-brasileiro às 11:11
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LAURENTINO SABROSA - O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO E ALGUMAS DIVAGAÇÕERS A PROPÓSITO - Xlll

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O dicionário da Academia, de que tanto temos falado, parece achar natural o aportuguesamento de termos estrangeiros, e também parece que considera isso um nobre enriquecimento. Se o tal termo não tem correspondente na nossa língua, como  quase todos os termos técnicos … que remédio!  é preciso aceitá-los. Mas aceitar, por exemplo, os termos derby e briefing, ou aportuguesá-los em dérbi e brífingue, é aviltante para a língua portuguesa e devia ser aviltante para o povo que a criou. Derby, não dérbi, só terá legitimidade se nos referirmos às corridas de cavalos em Inglaterra; briefing (reunião de trabalho) nunca terá legitimidade, muito menos brífingue,  –  dérbi e brífingue, não são inglês, não são português, não são nada, são uns abortos linguísticos, sem uma etimologia e uma tradição cultural, linguística e popular que os legitime. Têm um significado injectado à força.

 

Será que também nisto queremos imitar os brasileiros? Mas esses nossos irmãos, ou mesmos filhos, como lhes quisermos chamar, em muitos aspectos não nos devem servir de exemplo, por muita amizade e consideração que lhes tenhamos. Têm um mentalidade muito própria, consciência e memória colectivas muito diferentes, originadas por variadíssimos factores, como a História, o clima, a vastidão e a riqueza do seu território – e tudo isso se reflecte na linguagem e até nos cultos religiosos.  Como já disse, os brasileiros não tiveram rebuços em abrasileirar o termo francês toilette em toalete , outro aborto linguístico que eu espero não seja adoptado em Portugal. Outro exemplo deste “à vontade” dos brasileiros é terem abrasileirado o termo inglês team em time, a corresponder à pronúncia no inglês. Entre nós ainda não se vulgarizou essa grafia de time, preferindo-se a forma original, mas, mal por mal, acho preferível que se use o termo equipa, galicismo derivado do francês équipe, que, rigorosamente, não tem equivalente em português Os termos turma ou selecção  não traduzem perfeita e rigorosamente a mesma ideia. O leitor deve saber ainda que, na sua linguagem, os brasileiros têm tendência para o abuso de gerúndio: estou fazendo, estou esperando, etc. Eu nunca vi a explicação, mas quer-me parecer que isso se deve à influência dos norte-americanos, ali a norte e tão perto, influência bem acentuada até no consumo desenfreado de Coca-Cola. Os norte-americanos, falando inglês, influenciaram os brasileiros também na linguagem, levando-os a adoptar o uso do gerúndio a torto e a direito, numa construcção gramatical a que os ingleses chamam forma contínua ou progressiva. Tudo isto para notar ao leitor que os brasileiros devem ser nossos amigos mas não nossos mentores. Eu até estou admirado por os intelectuais do ACORDO não nos terem, ao menos aconselhado, em nome da universalidade e do “prestígio” da nossa língua, a dizer e escrever toalete, time e a usar sempre que possível o gerúndio! Esqueceu…

 

É evidente que este ACORDO, que só é ACORDO no nome que temos de lhe dar quando a ele nos referimos, não é da responsabilidade só do elenco intelectual que o elaborou e concretizou. Quem o aceita tem, pelo menos indirectamente, responsabilidade semelhante. E quem gosta de navegar no mar dos estrangeirismos, colabora tristemente na degradação.  Para mim é confrangedor e lamentável que pessoas que fazem parte do escol deste país, não tenham  um mínimo de senso que as leve a reparar e reflectir sobre o abastardamento da língua para que estão a contribuir.

Os exemplos seriam um nunca mais acabar. Tenho presente a revista da ORDEM DOS MÉDICOS, em que, no seu número de Janeiro de 2011, vem transcrito o discurso de tomada de posse dos seu actual bastonário, realizada em 28 de Janeiro. Como português  importante que é, ele não se dispensou de mostrar que também sabe coisas – e, então, diz a certa altura: Os Médicos, os Doentes e todos os stakeholders da Saúde podem contar com um novo parceiro no terreno.

O computador e o tal nosso Dicionário desconhecem o termo “stakeholders”. Parece que em assunto de estrangeirismos, quando não há, inventam-se. No entanto, temos de reconhecer que este senhor doutor foi bastante modesto: no seu longo discurso, foi aquele o único “palavrão” que utilizou. Porque tenho presente a revista de um dos grandes Bancos, em que o seu Presidente, no seu Editorial, num texto muito mais curto, usa quatro “palavrões” da mesma categoria. Diz ele : …o programa de deleverage em curso no sector bancário…  ;  …devido às sucessivas revisões em baixa dos seus ratings,… ; O gap de liquidez foi compensado com o aumento dos depósitos e a capacidade interna de geração de cash-flow. Ora vejam bem quanto a língua portuguesa é pobre!... No entanto, temos de reconhecer que se o senhor doutor foi modesto, o senhor presidente foi honesto: os seus estrangeirismos foram devidamente assinalados sendo escritos em itálico, contra o que modernamente se tornou hábito.

 

 

LAURENTINO SABROSA    -   Senhora da Hora, Portugal

laurindo.barbosa@gmail.com

 

 



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HUMBERTO PINHO DA SILVA - CENTENÁRIO DO JORNAL " A ORDEM "

 

 

 

 

 

 

 

CEM ANOS: QUE BONITA IDADE!

 

 

 

 

 

 

 

Completa cem anos de existência o jornal “ A Ordem”. Bonita idade em periódico editado em Portugal, se tivermos em conta, que, praticamente, nunca interrompeu a publicação.

 

Ainda que seja jornal católico, profundamente católico, inclui nas suas páginas: notícias, crónicas, artigos sobre os mais diversos temas, que o torna mais agradável e apetecível.

 

Ao longo destes cem anos tem passado por dissabores: dificuldades financeiras, incompreensões e perseguições de quem não aceita que seja baluarte intransigentes da Igreja e da doutrina cristã.

 

Por estas páginas passaram ilustres articulistas, distintos homens de letras, intelectuais que puseram, desinteressadamente, a pena, em defesa da Vida, da justiça e de valores que sempre orientaram as famílias cristãs da nossa terra. Hoje, infelizmente, algumas vezes, esquecidos.

 

Ao completar cem anos, “ A Ordem”, apresenta-se revestida de novas roupagens, novos colaboradores, impressão a cores e temas pertinentes e actuais, provando que o jornal não envelheceu; pelo contrário, está, cada vez mais, periódico de referência, imprescindível nos lares das famílias católicas, e indicado para todas as idades e classes sociais.

 

Está de parabéns “ A Ordem”, mas, verdadeiramente de parabéns, encontram-se os portuenses, por possuírem, na sua cidade, jornal com a verticalidade de “ A Ordem”.

 

 

 

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA   -   Porto, Portugal

 

 

***

 

CEM ANOS DO JORNAL “A ORDEM”

 

 

No dia 4 de Maio, o semanário católico, fundado por António Pacheco, completa cem anos.

As cerimónias iniciam-se às 15H00, haverá Concelebração Eucarística, sob a presidência do Senhor Bispo do Porto, D. Manuel Clemente, na Igreja de S. Ildefonso, no Porto.

Segue-se, pelas 17H00, Sessão Solene, na Associação Católica – Rua Passos Manuel, 54 – presidida pelo Senhor Bispo do Porto.

Além do Prof. Doutor Moura Pacheco, Director de “ A Ordem”, falará o Padre José Maria Pacheco Gonçalves, que trabalha na Rádio Vaticano, em Roma. Tratará o tema: “ A Igreja e Comunicação, Ontem e Hoje: exigências, dificuldades, DESAFIOS”.

 

 

Entrada é livre

 

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EUCLIDES CAVACO - ALVORADA DE ABRIL

 

 

 

 

 

 

Prezadíssimos amigos
ALVORADA DE ABRIL Passam esta semana as celebrações do 25 de Abril em Portugal. Apesar das turbulências do presente, pode recordar-se Abril com o seu intrínseco significado que este meu poema relembra o qual poderá ver em Poema da Semana, no PPS anexo ou neste link:
http://www.euclidescavaco.com/Poemas_Ilustrados/Alvorada_de_Abril/index.htm

 

 

Euclides Cavaco  - Director da Rádio Voz da Amizade.London, Canadá

cavaco@sympatico.ca

 

 ***

 

 
 
 

 

 

 

 

 

23 de abril – Bicentenário do nascimento do Beato Antônio Frederico Ozanam (1813-1853) – Fundador, em 1833, da Sociedade São Vicente de Paulo – SSVP, em Paris

 

 

Os Confrades Vicentinos e as Consócias Vicentinas, de Jundiaí, agradecem a ( incorrigível ) generosidade de todas a pessoas que colaboraram com a SSVP, ao longo desses 115 anos de atividades em nossa cidade e,

enviam...”´PÍLULAS” VICENTINAS:

 

01.   Como imaginar o atendimento ( Saúde ) da população jundiaiense sem a existência do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo ? Ele foi fundado em

1902, pelo empreendedorismo vicentino.

111 anos de atividades.

 

02.   “Cesta básica” da SSVP: A palavra de Cristo, alimentos, princípios de cidadania, medicamentos, colaboração na busca de solução de problemas das famílias assistidas, roupas e calçados,  busca de emprego, dispensários, eventos religiosos, projetos de responsabilidade social, orientações diversas, entre outros e...item 03.

    

03. Visitas domiciliares aos assistidos.

 

04.   Maiores informações e contato ( não comigo ) , ler indicações abaixo.

 

05.   A 1ª Conferência (N. S. do Desterro) Vicentina em Jundiaí, foi fundada em 05 de outubro de 1897.

115 anos de atividades.

 

06. A Cidade Vicentina, antiga Vila dos Pobres, foi fundada em 1939, e hoje dedicasse ao atendimento dos idosos.

74 anos de atividades.

 

07. Gestão do Cemitério Parque dos Ipês, desde 1972.

41 anos de atividades.

 

08. Administração do Estacionamento do Velório Central.

 

09. O Conselho Metropolitano de Jundiaí gerencia as atividades vicentinas de 98 cidades.

 

10. O Busto de Ozanam, na Praça que fica entre a Rua Campos Sales e a Rua Leonardo Cavalcanti, foi inaugurado em 1948

Há  65 anos.

 

11. A Paróquia Frederico Ozanam é a única no Brasil com esse nome.

 

12.   A  SSVP, fundada há 180 anos, encontra-se em 148 países, com aproximadamente 700 mil membros, 51 mil Conferências e um número inestimável de colaboradores.

 

13. A tradicional coleta em finados, que os Vicentinos fazem nos portões dos cemitérios da nossa cidade, data de 1925.

88 anos de atividades.

 

14. A 1ª Conferência Feminina ( Santa Isabel, Rainha da Hungria), em Jundiaí, foi fundada em 1967. Foi um salto de qualidade.

56 anos de atividades.

 

15. Centro de Formação Vicentina onde são realizados eventos.

 

16. Informações e contato:

www.ssvpglobal.org – CGI – Conselho Geral Internacional – Paris

 

www.ssvpbrasil.org.br – CNB – Conselho Nacional do Brasil – Rio de Janeiro

 

Em Jundiaí –

Conselho Central de Jundiaí e Conselho Metropolitano  - Rua Senador Fonseca, 673 – Centro – CEP.13201-017 – Jundiaí – SP - Brasil

Tel. (11) 4586.1844 e Tel. (11) 4522.6515

e-mails; ssvpccj@terra.com.br e ssvpcmj@terra.com.br

 

Cordialmente

Faustino Vicente

 

 

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HISTÓRIAS CRISTÃS PARA EDIFICAR SUA FÉ (LANÇAMENTO)

Autor: Paulo Roberto Labegalini

O MENINO ESCONDIDO DE MEDJUGORJE

As mensagens cristãs deste livro são precedidas por histórias que despertam o interesse pela leitura. Nosso Senhor Jesus Cristo usava desse recurso para pregar seus ensinamentos. São histórias de crianças e animais, ricos e pobres, santos, pecadores e céu. Salvação da alma, amor na família, paz de espírito, fraternidade e fé no coração, são alguns princípios cristãos valorizados nesta obra.

 

 

 

 

PEDIDOS À EDITORA
Editora Raboni.

Raboni Editora Caixa Postal: 140 Cep: 13012 - 970 E-mail: raboni@raboni.com.br Tel:  (19) 3242 - 8433 Fax: (19) 3242 - 8505

http://www.raboni.com.br/

 

 

 

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EL MUSEO ETNOGRÁFICO DE CASTILLA Y LEÓN INAUGURA LA EXPOSICIÓN “Máscaras rituales: del Duero a Tras-Os-Montes”, pinturas de balbina mendes

 

 

 

 

 

 

El Museo Etnográfico de Castilla y León inaugura mañana la exposición “Máscaras rituales: del Duero a Tras-Os-Montes", pinturas de la artista portuguesa Balbina Mendes (Miranda do Douro, 1955).

El acto de inauguración tendrá lugar a las 19:30h en la Sala de Exposiciones Temporales del centro. Tras el acto de inauguración, el profesor portugués miembro de la Academia Ibérica de la Máscara, António Pinelo Tiza, ofrecerá la conferencia titulada «Elementos comunes de las mascaradas de Zamora y Bragança» en el Salón de Actos del Museo.

 

Balbina Mendes, con esta exposición, aborda una de las áreas de la cultura tradicional portuguesa menos conocidas para el gran público. Los carochos, los caretos, la ‘Festa dos Rapazes’, os ‘Casamentos’ o la ‘Encomendaçao das almas’ son retratos vivos de culturas antiquísimas que aún se pueden encontrar en regiones de Portugal durante mucho tiempo aisladas.

 

La exposición podrá ser visitada hasta el 25 de mayo en la Sala de Exposiciones Temporales.

 

Pueden encontrar más información y seguir todas nuestras actividades desde la web del centro  y desde nuestro espacio en facebook y en twitter:

http://www.museo-etnografico.com/

https://www.facebook.com/MuseoEtnograficodeCastillayLeon

 

 

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Sábado, 20 de Abril de 2013
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI - O DIREITO À VIDA DEVE SER PRESERVADO

 

 

 

 

 

 

                O Conselho Federal de Medicina (CFM) do Brasil decidiu pela liberação do aborto até a 12.ª semana de gestação. O colegiado vai enviar à comissão do Senado que cuida da reforma do Código Penal um documento sugerindo que a interrupção da gravidez até o terceiro mês seja permitida, a exemplo do que já ocorre nos casos de risco à saúde da gestante ou quando a gravidez é resultante de estupro. Não entendemos a razão pela qual a entidade, contrariando seus próprios preceitos éticos, resolveu apoiar uma situação desta natureza, pois o aborto é a supressão querida e direta de um ser humano inocente e indefeso, portanto, um crime contra a vida, direito fundamental de cada homem.

 

         A título de ilustração, invocamos a médica ginecologista Marília Siqueira, que em matéria publicada pelo jornal Folha de São Paulo (26/4/92, 4-4), disse que “a Declaração Universal dos Direitos do Homem e o Código de Ética Médica colocam-se ao lado daquele ser inocente e indefeso para assegurar-lhe o direito ao mais precioso dos bens, a vida. O instinto maternal é muito forte. Uma mãe bem orientada jamais vai deixar de desejar seu filho. A mulher que faz um aborto, mesmo justificado pela má-formação do feto, fica marcada. Ela perde a confiança em si. Tem problemas psicológicos gravíssimos”. Na opinião da médica, “é um paradoxo a evolução da medicina, que consegue hoje constatar a vida humana até em um embrião, e ainda haver médicos que defendem a contravida, o aborto. A Medicina vai continuar evoluindo e encontrará formas de todos nascerem normais”.

 

         Citemos ainda Carlos Alberto Di Franco, chefe do Departamento de Jornalismo e professor titular de Ética Jornalística na Cásper Líbero e representante da Universidade de Navarra no Brasil: - “Na verdade, a prática do aborto representa a consagração do hedonismo que agrilhoa uma sociedade sem reservas morais. A atual hipercomercialização do sexo, favorecida pela frivolidade irresponsável de certa imprensa de ‘vanguarda’, só pode ser sustentada na medida em que se solucione um ponto capital: oferecer um produto que não acarrete para o consumidor a menor consequência desagradável ou gravosa. Na sociedade permissiva, as palavras sexo  e prazer a tal ponto se aproximaram uma da outra que quase chegaram a se identificar. O comércio do sexo em doses maciças tem e garante a pretensão de oferecer ao consumidor os derivados mais sofisticados do prazer sexual suprimido, porém – e esta é a chave - , o risco de responsabilidade pela consequência ou implicação naturais e o comportamento sexual.” (O Estado de São Paulo, 31/10/94, pág. 2).      Diante de tão abalizadas concepções, entendemos que as razões do possível êxito da doutrina abortiva está no franco acolhimento de tudo que lisonjeia os sentidos e concorre para tornar a vida mais cômoda. O temor de educar os filhos, a moda que condena as famílias numerosas e o receio que tem a mulher de perder as linhas plásticas e a beleza física foram introdutores do anti-concepcionismo. À obediência a estes aspectos sucedeu o egoísmo, sedento de gozos e adverso a quanto pode trazer consigo peso e trabalho.

 

         Nada justifica consolidar um crime. É preciso que o Conselho Federal de Medicina reveja a sua posição e a debata inclusive com os integrantes da classe, já que uma grande maioria é contrária a essa proposição.  Por outro lado, entendemos também que não há argumentos científicos que o expliquem. A ausência de formação, a distância dos reais valores, a falta de uma eficiente educação sexual e o consumismo desenfreado que se sobrepõe aos verdadeiros princípios não podem ser usados como desculpas para contemplá-lo.

 

          A prática do aborto se revela em grave infração, passível de sanções pertinentes. Descriminalizá-lo é contrariar cláusula pétrea da Constituição Federal que proclama o direito à vida. E vale refletirmos sobre uma afirmação à revista Veja, do famoso geneticista francês Jérome Lejeune, professor da Sorbonne: “Aceitar o fato de que, após a fecundação, um novo indivíduo começou a existir, já não é uma questão de gosto ou de opinião. A natureza do ser humano, desde a concepção até a velhice, não é uma hipótese metafísica, mas uma evidência experimental”.

 

 

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor universitário. É autor de diversos livros, entre os quais “O Sentimento de Justiça” (Ed. Litearte)



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CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA - PROBLEMAS MAIORES OU MENORES ?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

            Embora advogada e professora de Direito, não tenho por hábito escrever sobre questões jurídicas, até porque o meu lado cronista é mais informal, de uma seriedade que busca mais se divertir, que almeja uma leveza que, às vezes, a vida cotidiana não permite. Eventualmente, entretanto, alguns temas de Direito vem à tona como discussões nacionais e me aguçam a vontade de emitir uma opinião.

 

            De início já pondero que não sou uma autoridade na área, embora tenha certa experiência prática e acadêmica. Escrevo, portanto, aqui, minha opinião, lastreada no que penso, no que estudei, no que vivo e não apenas como advogada, mas como cidadã, como alguém que espera que um dia o mundo possa ser um lugar menos perigoso de se viver.

 

            O tema em questão é a redução da maioridade penal. Todos os dias eu vejo gente qualificada e gente que nem sabe do que fala, dando opiniões a torto e a direito. O problema não é opinar, já que todo mundo tem o direito de falar o que quer, desde que não ofensa ninguém. O problema, a meu ver, é dar opiniões em rede nacional, sem deixar claro que se trata de opinião e não de uma verdade inquestionável. Nem sei, aliás, se existem verdades questionáveis, meias verdades, mas enfim...

 

            Penso que é fato que as coisas, no tocante aos crimes praticados por menores, não estão boas, não são como deveriam ser. Nesse ponto, entendo a revolta das pessoas e compartilho da mesma. Contudo, estou convicta de que a questão de fundo é mais complexa. Penso que a sociedade tem legitimidade para cobrar do Estado uma atuação mais efetiva no combate à criminalidade, venha ela de onde vier, seja seu autor um adulto ou um menor de idade.

 

            Por outro lado, não vejo como a simples alteração da lei, com o fito de punir mais severamente o menor de 18 anos possa ser capaz de resolver ou mesmo de minimizar o número absurdo de vítimas da violência urbana. Não defendo, por outro lado, abrandamento de coisa alguma, mas apenas não acredito que seja algo simplista como uma alteração legislativa. Há questões sociais severas e que estão sendo ignoradas, e me pergunto se isso é intencional, se tudo se trata de manobras para desviar a atenção da população para o que realmente precisa ser mudado.

 

            Defendo que as pessoas participem ativamente dos processos que alteram o sistema normativo nacional, mas que o façam com o mínimo de conhecimento e não pelo calor da emoção, quase nunca uma conselheira prudente. Para isso, entretanto, precisam receber informações, precisam ser ouvidas, mas precisam escutar também. Necessário se faz que o povo saiba das experiências em outros países, que esteja aberto a dar ouvidos aos prós e aos contras. Sobretudo, que saiba para onde vai o dinheiro que todos os meses deixa o bolso dos trabalhadores e que deveria ser utilizado, entre outros nobres fins, na educação, na prevenção, na criação de empregos e, por último, na repressão.

 

            Óbvio que é tempo de pensar e repensar a questão da maioridade penal, seja para reduzi-la ou para mantê-la, mas já passou do tempo dessa nação abrir os olhos para o que fazem dela, impunemente. Já diz a razão popular que para cada escola construída, muitos presídios deixam de ser necessários.

 

            Fácil, em meu sentir, culpar apenas e tão somente os menores infratores como causadores de todas as mazelas criminosas. Puni-los mais severamente talvez desestimule outros, talvez não, mas nunca trará de volta as vidas que foram ceifadas pelos seus atos. Friso que sou adepta de mudanças, mas não de uma só mudança, não de algo paliativo e impensado.

 

            Façamos justiça aos nossos mortos e feridos, mas nos lembremos de que estado, sociedade e família tem sua parcela de culpa. Enquanto a responsabilidade parental existir apenas na lei, enquanto o dinheiro público for desviado vergonhosamente e enquanto a educação for sinônimo de diploma, continuaremos vítimas não só do homem, lobo do homem, mas também de seus infelizes lobinhos...

 

 

 

CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA - Advogada, mestra em Direito, professora universitária e escritora - São Paulo



publicado por Luso-brasileiro às 11:48
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MARIA CRISTINA CASTILHO DA ANDRADE - SOB A CAPA DA LEGITIMIDADE

 

 

 

 

 

 

Não a encontrava há mais ou menos sete anos. A primeira vez, com metade dos filhos que tem agora, veio à Associação “Maria de Magdala” à procura de ajuda. Apreciou ser acolhida sem julgamento. Permaneceu por alguns meses. Amarras fortes do passado a impediam de perseverança na reconstrução. Anos depois, com mais quatro filhos, retornou com os mesmos olhos ébrios e em desespero. Esteve conosco no máximo quatro vezes e se distanciou. Era como se viesse à espera de um milagre sem que dela se exigisse uma abertura para a metamorfose. Recentemente, vi-a no ponto de ônibus. Abraçou-me e, sem a possibilidade de conversarmos mais, afirmou que mudara. Voltamos a nos encontrar, faz poucos dias, no Fórum. Aguardava a audiência da Vara da Infância e da Juventude, com o propósito de recuperar os filhos que estão abrigados em uma instituição. A dor de ser considerada incapaz para educar os filhos a empurrou para a lucidez. Uma dor lancinante, que corta a pessoa por dentro. Contou-me um pouco sobre eles, enquanto apresentava os mais velhos e a netinha. Ao redor dela, as testemunhas de que parara de beber e de que, atualmente, a atenção maior é para os cuidados com os filhos, com a casa e o tratamento que a mantém sóbria. Concluiu com firmeza que o álcool é uma droga pior que as ilícitas. Você a encontra, sem risco de polícia, nos bares que se multiplicam. Pede para os filhos irem buscar e, se for com dinheiro vivo, vendem, embora sejam menores de idade. A facilidade em encontrar bebidas alcoólicas a fez viver em tombos por décadas.

Penso que ela se manterá em pé e consciente, por uma escolha dela e pelo amparo que recebe de instituições e programas de tratamento. Quando se erguer o odor da aguardente e seus fantasmas chegarem em legião, ela os vencerá em nome de Deus, dos filhos, das feridas que doeram tanto, do desejo de vida nova ao primogênito que cumpre pena em penitenciária distante. Fiquei, contudo, a semana inteira, pensando em sua colocação sobre o que é lícito predispor mais aos desvios do que o ilícito.

É legítimo beber. Com esse amparo, há pessoas que se embriagam e contaminam seu entorno.  É legítimo aos pais, aos avós, aos padrastos, aos tios cuidarem de menores sob sua guarda. Com esse amparo, há pessoas que violentam sexualmente crianças e adolescentes. É legítimo aos pais educarem seus filhos da maneira deles. Com esse amparo, há pais que abrem mãos de limites desde a infância e, de certa forma, empurram seus filhos, na puberdade, para comportamentos e situações inadequadas. É legítimo às autoridades ou diretores e presidentes de entidades, de clubes, de acordo com a função que exercem, contratarem serviços de terceiros para o desenvolvimento de ações em favor da comunidade que abrangem. Sob esse amparo, desviam em benefício próprio o dinheiro público ou de seus associados ou assistidos. E tantas outras situações de desvios sob a capa de legitimidade.

O raciocínio da moça me questiona. Ela está certa. O lícito nublado carrega mais riscos. Penso que falta no mundo a claridade de olhares cuidadores, que afastem suas próprias sombras e iluminem, para salvar, o caminho dos que estão próximos.

 

 

 

Maria Cristina Castilho de Andrade

Coord. Diocesana da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala, Jundiaí, Brasil.



publicado por Luso-brasileiro às 11:42
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