PAZ - Blogue luso-brasileiro
Terça-feira, 8 de Outubro de 2013
EUCLIDES CAVACO - VAIDADE

VAIDADE É um simplicíssimo poema que versa sobre um comportamento humano que infelizmente ainda se faz notar nas nossas sociedades.
Veja-o em Poema da semana ou aqui neste link:
http://www.euclidescavaco.com/Poemas_Ilustrados/Vaidade/index.htm
Euclides Cavaco - Director da Rádio Voz da Amizade.London, Canadá
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PROGRAMAÇÃO DA PASTORAL DA MULHER/ MAGDALA, EM OUTUBRO
1. O Bazar de Roupas e Sapatos seminovos, acontecido nos dias 11 e 12 de setembro, rendeu à entidade: R$ 1326,00, que foram aplicados em cestas básicas para as integrantes que possuem frequência de 75% nas oficinas e reuniões promovidas pela entidade e material para cursos.
2. Na próxima quarta e quinta-feira, dias 09 e 10 de outubro, acontecerá o Bazar de Roupas e Sapatos seminovos, das 8h00 às 17h00, na sede da entidade, à Rua Senador Fonseca, 517. As peças serão comercializadas pelo valor unitário de R$ 2,00, R$ 5,00 e R$ 10,00.
3. No dia 16 de outubro, quarta-feira, será celebrada a Missa em Ação de Graças por 31 anos da Pastoral e 18 anos da Magdala, às 17h00, no Carmelo São José – Av. Dom Pedro I, 531. Todos estão convidados a rezar conosco.
4. No dia 20 de outubro (domingo), acontecerá nosso Almoço Beneficente, para ser retirado na entidade, tendo como cardápio PUCHERO (marmitex nº 9), acompanhado de farofa (marmitex nº 7). Valor R$ 15,00. Os convites estão à venda na: sede da entidade, secretaria da Catedral NSD, Padaria Central e Livraria Agnus Dei.
5. A entidade permanece recebendo, como doação, roupas, sapatos e acessórios seminovos para os seus bazares. Maiores informações pelo telefone: 4522-4970.
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NOVO LIVRO DE RAMISSON ANICETO
Poesia para o mundo reúne textos escritos a partir de 1978, alguns já premiados em concursos de literatura e divulgados em sites, blogs e revistas do Brasil e de outros países. Os poemas em espanhol foram traduzidos por Graciela Cariello (Revista Poesía de Rosario), em catalão por Pere Bessó, em russo por Adolf Shvedchikov e em italiano por Paola (amiga de Ena Villani).

Remisson Aniceto nasceu em Nova Era, pequena e aconchegante cidade do interior de Minas, próxima à Itabira de Drummond. Desde muito cedo tomou gosto pela leitura, incentivado pelo seu pai que não dispensava nem bula de remédio. Arredio como bicho do mato, escondia-se entre as árvores do quintal sempre que sua família recebia visitas. Ali, ficava lendo horas a fio. Começou a escrever aos oito anos e pouco depois lia alguns clássicos na biblioteca pública (não tinha condições de comprar livros). Dessa forma conheceu Machado, Cecília, Sabino, Quintana, Pessoa, Eça, Goethe, Rilke, Garcia Marquez... Seu namoro com a leitura e a escrita auxiliou muito na sua integração social. Sempre imaginou que algum dia atravessaria as montanhas para ver o Drummond - afinal, moravam bem próximos - mas, como ele já havia advertido bem antes, "tinha uma pedra no meio do caminho". Alguns anos depois, em 1987, o poeta viajou e nunca mais reapareceu. Remisson mudou-se para São Paulo em 1979, à procura de trabalho. Premiado em concursos de contos e poesisa, seus textos podem ser lidos nas seguintes publicações: Revista Internacional de Poesía de Rosario Nº 18, Revista Partes, Revista Bacamarte, Revista Remolinos N. 4, Revista Cultural Amsterdam Su N. 5, nos sites Auténtica Poesía, Antología de Grandes Poetas en el Mundo, Garganta da Serpente e outros. Remisson criou o Blog Nosso mundo (http://www.nossomundo.bligoo.com.br), aberto para publicação de poesias, cartas, contos, notícias e artigos gerais em qualquer idioma.
Transcrito da "Revista Biografia"
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Acaba de Sair o Número de Outubro, do periódico Fri-Luso, que se publica na Suíça
Quarta-feira, 2 de Outubro de 2013
JOÃO CARLOS MARTINELLI - EM HOMENAGEM A SÃO FRANCISCO DE ASSIS - 04 DE OUTUBRO É DIA DOS ANIMAIS

“Um dia os homens conhecerão a alma dos animais e, nesse dia, um crime contra um animal, será um crime contra a humanidade”. Ao dizer esta frase, Leonardo da Vinci talvez não imaginasse que, passados quinhentos anos, a situação permaneceria quase a mesma. Para que ocorram as mudanças previstas, é necessária uma transformação cultural, e inspirados nos exemplos de São Francisco, cuja data se comemora amanhã, procuremos abraçar a causa dos animais, garantindo-lhes vida e respeito.
Comemora -se a 04 de outubro, o Dia dos Animais, data escolhida porque a Igreja Católica celebra o Dia de São Francisco de Assis, que amava demasiadamente a natureza, a ponto de chamar o Sol e a Lua de irmãos e enxergar, nos bichos, provas da bondade de Deus. Nascido num povoado italiano, filho de pai rico, muito cedo se entregou ao sacerdócio com tal desprendimento, que sua opção pelos pobres e pelo despojamento inspirou ordens religiosas. Deixou-nos um testemunho de liberdade que ainda ressoa como paradigma de futuro, tanto que o presépio, um dos enfeites natalinos mais tradicionais, também foi por ele criado. Na celebração de Natal de 1223, na aldeia de Greccio, havia uma gruta e ao lado de uma manjedoura repleta de feno, ele colocou um boi e um jumento recriando assim o ambiente de Belém. Quando as tochas clarearam as redondezas, todo o povo da vila se aproximou, motivando as representações esculpidas como as que conhecemos atualmente. De forma geral, até hoje esse extraordinário santo nos leva também a refletirmos sobre a importância dos animais, que concorrem com as espécies vegetais à manutenção do equilíbrio ecológico, indispensável à sobrevivência dos homens na Terra.
Infelizmente, muitas pessoas, desrespeitando não só aos ditames naturais, mas às leis especificas de preservação, promovem agressões gratuitas aos seres vivos organizados, dotados de sensibilidade e movimento. Segundo um levantamento feito pelo WWF – Fundo Mundial para a Natureza, o comércio ilegal de animais silvestres é o terceiro maior negócio ilícito do mundo e movimenta cerca de 10 bilhões de dólares por ano. Só o tráfico de drogas e armas é superior e depois do desmatamento que acaba com o habitat, constitui-se na principal ameaça à fauna brasileira já que, de cada dez animais retirados da natureza, nove morrem e milhões vão deixar de procriar.

Em Santa Catarina, no Brasil, apesar de o Supremo Tribunal Federal ter proibido o macabro festejo popular conhecido como “farra-do-boi”, ainda remanesce o mau costume celebrado na Páscoa, quando os bichos são expostos à fúria ritualística de uma turba de sádicos. Afrontando abertamente a Justiça, com o argumento de que o folclore local deve ser preservado, alguns municípios da região continuam a praticá-la, agora nos chamados mangueirões, locais cercados, geralmente em fazendas, sem risco de o boi escapar, onde a tortura acaba institucionalizada.
Esse e outros exemplos demonstram claramente que, apesar das vedações legais, a situação ainda é manifestamente grave. Por outro lado, proclamada pela UNESCO em sessão realizada em Bruxelas no dia 27 de janeiro de 1978, a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, além de desconhecida, permanece desprezada, levando os homens a continuarem cometendo crimes. O que se espera agora é o que o mundo acorde para a causa destes seres vivos, distinguindo o uso do abuso e buscando outras formas de lazer que não às custas da dor alheia.
Sobre o poder dos animais e a título ilustrativo, transcrevemos texto de artigo publicado pelo jornal Diário Popular e assinado por Valéria Wagner, terapeuta floral e autora de diversos livros:- “Desde a mais remota época da humanidade, os povos se interrelacionam com eles, captando seus símbolos e aplicando-os em suas vidas pessoas. É incrível a força e a harmonia que os animais podem nos transmitir em muitos aspectos do dia-a-dia ou quando enfrentamos problemas pessoais e profissionais. Há sempre um deles capaz de nos ajudar a vislumbrar caminhos sadios. Utilizar sua agilidade, a paciência, a determinação, a alegria ou a lealdade, pode ser um instrumento poderoso para se viver melhor...” (Cad. de Empregos- 14.05.2000- p. 02).
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, professor universitário e escritor.
RENATA IACOVINO - DE LÁ PRA CÁ

"Meus dias são sempre como uma véspera de partida. Movimento-me entre as pontas como quem sabe que daqui a pouco já não vai estar presente. As malas estão prontas, as despedidas foram feitas."
Ao me deparar, folheando ao acaso Caio Fernando Abreu, com esse início de frase, lembrei-me de minha rotina. O contexto é outro, mas talvez o tom urbano e urgente de Caio tenha sido o ímã para essa conexão.
Entre São Paulo e Jundiaí vou encontrando alguns caminhos e perdendo outros. Esse vai e vem é o mesmo que nos assola diariamente, mesmo que não tenhamos uma estrada de concreto pela frente.
É curioso como nossa personalidade acaba se fundindo a partir de ambientes diversos e apresentando um resultando uno, que é a cara da somatória dessas vivências díspares.
Alguns amigos me dizem achar muito bom morar em dois lugares. Isso propicia possibilidades de escolha, comodidade, praticidade, algo por aí, segundo falam.
Sem dúvida há o lado positivo e me parece que é o que prevalece, mas administrar nossa própria identidade nessa viagem sem fim é, por vezes, esdrúxulo.
Querer ou precisar de uma coisa que está lá quando se está aqui, ou vice-versa, é algo que não tem muito como resolver. A alternativa é ter tudo em duplicidade, ou melhor, quase tudo, ou ainda, pouca coisa...
Sem dizer nos seres que queremos ao nosso lado quando estão do outro. Meu gato, por exemplo. Não tenho como levá-lo daqui pra lá o tempo todo, até porque em algum momento teria de acomodá-lo no meu local de trabalho... Esdrúxulo.
O pior é quando se perde algum papel, algum documento, alguma roupa... Perdi lá ou aqui? Trabalho em dobro ter que procurar em dois lugares. O jeito é torcer para não se perder coisas.
Em compensação, já tive momentos de glória, achando-as também. Compensador! Compensa a dor de ser metade.
E como me achar nesse vai e vem?
"Uma vez eu irei. Uma vez irei sozinha, sem minha alma dessa vez. O espírito, eu o terei entregue à família e aos amigos com recomendações. Não será difícil cuidar dele, exige pouco, às vezes se alimenta com jornais mesmo. Não será difícil levá-lo ao cinema, quando se vai. Minha alma eu a deixarei, qualquer animal a abrigará: serão férias em outra paisagem, olhando através de qualquer janela dita da alma, qualquer janela de olhos de gato ou de cão.(...)", interpelou-me Clarice.
Renata Iacovino, escritora e cantora / reiacovino.blog.uol.com.br / reval.nafoto.net / reiacovino@uol.com.br
MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE - PULSAÇÃO DA VIDA

A Ana Beatriz, filha dos meus queridos Cíntia e Cláudio Gonçalves, chegou ao mundo no dia 23 de setembro, tempo de retorno das flores.
A Cíntia começou a trabalhar conosco, na Casa da Fonte, em março de 2012. Substituiu a Aline de Souza Barbieri, que iniciava sua carreira de professora de educação física. Cada uma de um jeito, mas as duas plenas de ternura.
A Aline nos oferecia os anseios meigos e, às vezes rebeldes, de jovenzinha e a Cíntia veio carregada de sonhos de mulher de 30 anos, plena de romantismo e valores definidos. Inseriu-se inteiramente no convívio com os que atuam e frequentam o espaço. Levou o povo da Casa da Fonte ao seu mundo e adentrou em nosso mundo individual.
No final de janeiro ou começo de fevereiro deste ano, a menininha deu sinal de que estava a caminho. O Cláudio, a Cíntia e nós todos aplaudimos. E a Ana Beatriz se fez presença nos relatos sobre suas marcas no corpo, no coração, na alma e nos olhos maternos com líquido amniótico. Engravidamos da alegria do casal. Com a maneira de se transbordar da Cíntia, acompanhamos, ainda, os mergulhos diários da filha em direção à superfície, para ser acolhida nos braços macios da mãe e vigorosos do pai. Assim que soubemos que ela acabara de nascer, a Ana Cristina Codarim Rodrigues, psicóloga do Grupo de Emoção da Casa da Fonte, exclamou de imediato: “Toda criança deveria ser aguardada com esse amor imenso”. Creio também nisso. Mas os desatinos do ser humano e as incontáveis situações de miséria tratam, tantas vezes, gente miúda como descartável ou incômodo.
Em meio a tantas despedidas, desde o ano passado, que me doeram e doem no coração, com saudade em carne viva e reencontro somente na Eternidade, a Ana Beatriz, no cotidiano dos últimos meses, disse de existência nova, de renascimento, de continuidade, de esperança. Nos comentários maternos, notava que Deus pulsava nos movimentos e nas batidas de coração da bebê. É Ele o Senhor da Vida verdadeira. E como escreveu Lya Luft: “Entendi que a vida não tece apenas uma teia de perdas, mas nos proporciona uma sucessão de ganhos. O equilíbrio da balança depende muito do que soubermos e quisermos enxergar”.
Fiquei pensando sobre quem não gerou uma criaturinha. Há aqueles que criam filhos nascidos pelo coração. É uma forma elevada de generosidade. Outros, por razões diversas, não experimentam a maternidade e a paternidade. Como vivenciar, portanto, o renascimento, a continuidade, a esperança, o pulsar de Deus em uma nova vida?
Toda pessoa que opta por um amor verdadeiro é fértil e concebe vida. Engravida da fé. Quantos filhos, meu Deus, deu à luz a Beata Madre Teresa de Calcutá!
Que a Ana Beatriz carregue, nas diferentes fases de sua história, o que escreveu Cecília Meireles: “Aprendi com a primavera: a deixar-me cortar e voltar sempre inteira”. É a forma com que os seus pais, em plenitude, caminham: corpo, coração e alma.
MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE - É coordenadora diocesana da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala. Jundiaí, Brasil.
CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA - DEU A LOUCA NO TEMPO

Dizem as boas línguas que a Primavera chegou, mas eu, sinceramente, acho que ela só deu uma passada e foi para outras paragens. Deixou apenas um rastro de flores e alguns dias de céu azul, mas desconfio que alguém lhe vez mal e ela resolveu dar um tempo. É possível que volte, contudo, para dar ares da sua graça e beleza e eu, confesso, estou ansiosa por isso.
Sei que é comum e até meio chato as pessoas reclamarem do tempo, a todo tempo, inclusive. Difícil satisfazer essa criatura estranha chamada ser humano. Creio que a Central de Reclamos de São Pedro deve ser uma das campeãs em atendimentos. Até desconfio que, depois de certo número delas, inclusive, o guardião das portas do Céu e Senhor do tempo (pelas informações que temos nós aqui embaixo) envie uma listinha negra ao moço que ocupa as profundezas, só para ir servindo de antecedente. Nunca se sabe...
Então, infelizmente, vou ter que engrossar a lista do SAC celeste e até correr o risco de ter meu nome enviado a inferiores instâncias, mas preciso desabafar: eu sou apaixonada pela Primavera e estou sentindo falta dela. Em seu lugar, deixou o irmão Frio, com o qual tenho minhas diferenças. Estou ciente de que ele tem seu glamour, que as pessoas ficam chiques (e congeladas) quando ele reina, mas eu sou um ser de sangue não totalmente quente, porque minhas extremidades ficam brincando de “roxinho” e eu sigo encolhida e sonolenta...
Assim, sem querer ensinar as coisas a São Pedro, humildemente venho pleitear, publicamente, que ele nos envie a Primavera, o céu azul e o chão florido, de manhãs frescas, tardes quentes e noites divinas. Não é à toa que dizemos que os aniversários são primaveras e que a primavera é a estação do amor. Aliás, nesses dias, quando ela nos brinda, o Amor se faz anunciar nos cantos dos pássaros e na beleza das pétalas que se abrem em colorido e acolhimento...
Por outro lado, eu estou ciente de que boa (ou toda) parte da culpa pela loucura e desregramento das estações é dos seres humanos, que com seus atos vão destruindo seu próprio lar. Tolas crianças do mundo, tem sempre a sensação de infinito, de que sempre sairão impunes e ilesos. Na verdade, já estamos pagando, e caro, por todo descaso, dolo e desleixo. A cada dia a vida perde alguns preciosos e insubstituíveis soldados. São animais e plantas que vão entrando em extinção e apagando seus rastros desse mundo.
Faço o que posso, contribuo positivamente no está ao meu alcance, mas sei que é pouco ou quase nada. Temo que a primavera também vá se despedindo de nós, deixando sua leveza para tempos esquecidos, tempos em que o mundo ainda desconhecia a fúria destruidora do bicho homem. Que Deus tenha misericórdia de nós e que a Primavera venha nos dar, ainda nesse ano, um beijo doce...
CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA - Advogada, mestra em Direito, professora universitária e escritora - São Paulo.
Terça-feira, 1 de Outubro de 2013
FELIPE AQUINO - A RESSURREIÇÃO ACONTECE LOGO APÓS A MORTE ?

Alguns teólogos defendem, contra o ensinamento do Magistério da Igreja, que a ressurreição da pessoa aconteça imediatamente após a morte. Tanto o Catecismo da Igreja quanto a Sagrada Congregação da Fé, da Santa Sé, ensinam que a morte se dá pela separação da alma e do corpo, segundo a Tradição cristã, para dissipar doutrinas que professam a ressurreição logo após a morte, onde isso não aconteceria.
Essa doutrina errada, de fundo holista, ensina que o corpo e alma não se distinguem realmente, portanto não se separam entre si. Consequentemente, quando o ser humano morre, morre como um todo (corpo-alma); e, para que não aconteça um vazio na existência do sujeito, é suposta a ressurreição do mesmo logo após a morte, sem que haja necessidade de se esperar o fim dos tempos para que ocorra a ressurreição dos mortos. A Igreja nunca aceitou essa hipótese, pois contradiz o nosso Credo.

A Congregação da Fé publicou (“Acta Apostolicae Sedis” 71; 1979, pp. 939-943) sob o título “Epistula ad Venerabiles Praesules Conferentiarum Episcopalium de quibusdam quaestionibus ad eschatologian pertinentibus” (Carta aos Veneráveis Presidentes das Conferências Episcopais a respeito de algumas questões concernentes à escatologia).
A seguir temos o texto dos artigos da Declaração, publicado na revista Pergunte e Responderemos; Nº 275 – Ano 1984 – Pág. 266.Eis os sete pontos doutrinais contidos no citado documento:
“Esta Sagrada Congregação, que tem a responsabilidade de promover e de defender a doutrina da fé, propõe-se hoje recordar aquilo que a Igreja ensina, em nome de Cristo, especialmente quanto ao que sobrevém entre a morte do cristão e a ressurreição universal:
1) A Igreja crê numa ressurreição dos mortos (cf. Símbolo dos Apóstolos).
2) A Igreja entende esta ressurreição referida ao homem todo; esta, para os eleitos, não é outra coisa senão a extensão, aos homens, da própria Ressurreição de Cristo.
3) A Igreja afirma a sobrevivência e a subsistência, depois da morte, de um elemento espiritual, dotado de consciência e de vontade, de tal modo que o “eu humano” subsista, embora entrementes careça do complemento do seu corpo. Para designar esse elemento, a Igreja emprega a palavra “alma”, consagrada pelo uso que dela fazem a Sagrada Escritura e a Tradição. Sem ignorar que este termo é tomado na Bíblia em diversos significados, Ela julga, não obstante, que não existe qualquer razão séria para a rejeitar e considera mesmo ser absolutamente indispensável um instrumento verbal para sustentar a fé dos cristãos.
4) A Igreja exclui todas as formas de pensamento e de expressão que, se adotados, tornariam absurdos ou ininteligíveis a sua oração, os seus ritos fúnebres e o seu culto dos mortos, realidades que, na sua substância, constituem lugares teológicos.
5) A Igreja, em conformidade com a Sagrada Escritura, espera “a gloriosa manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (cf. Constituição “Dei Verbum” l,
4), que Ela considera como distinta e diferida em relação àquela própria do homem imediatamente depois da morte.
6) A Igreja, ao expor a sua doutrina sobre a sorte do homem após a morte, exclui qualquer explicação que tirasse o sentido à Assunção de Nossa Senhora naquilo que ela tem de único; ou seja, o fato de ser a glorificação corporal da Virgem Santíssima uma antecipação da glorificação que está destinada a todos os outros eleitos.
7) A Igreja, em adesão fiel ao Novo Testamento e à Tradição acredita na felicidade dos justos que “estarão um dia com Cristo”. Ao mesmo tempo Ela crê numa pena que há de castigar para sempre o pecador que for privado da visão de Deus, e ainda na repercussão desta pena em todo o ser do mesmo pecador. E, por fim, Ela crê existir para os eleitos uma eventual purificação prévia à visão de Deus, a qual, no entanto é absolutamente diversa da pena dos condenados. É isto que a Igreja entende quando Ela fala de inferno e de purgatório”.

A Escritura mostra claramente a tese da ressurreição dos corpos por ocasião da segunda vinda de Cristo ou da consumação dos tempos.
1Cor 15,22-24: “Assim como todos morrem em Adão, em Cristo todos receberão a vida. Cada um, porém, em sua ordem: como primícias, Cristo; depois, aqueles que pertencem a Jesus Cristo, por ocasião da sua vinda. A seguir, haverá o fim, quando Ele entregar o reino a Deus Pai, depois de ter destruído todo Principado, toda Autoridade, todo Poder”.
Jo 5,25.28s: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: vem a hora – e é agora – em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem, viverão… Não vos admireis com isto: vem a hora em que todos os que repousam nos sepulcros ouvirão a voz do Filho do homem e sairão: os que tiverem feito o bem, para uma ressurreição de vida; os que tiverem cometido o mal, para uma ressurreição de condenação”.
1Ts 4,16s: “Quando o Senhor, ao sinal dado, à voz do arcanjo e ao som da trombeta divina, descer do céu, então os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; em seguida, nós, os vivos que estivermos lá, seremos arrebatados com eles nas nuvens para o encontro com o Senhor nos ares”.
O documento do Vaticano ainda afirma que “os que possuem a missão de ensinar, tenham bem claro o que a Igreja considera como pertencente à essência da sua fé”. E lembra ainda que “a pesquisa teológica não pode ter outra finalidade senão a de aprofundar e explicar o que a Igreja professa como pertencente à essência da fé”.
O Catecismo da Igreja ensina que:
§1016 – Pela morte, a alma é separada do corpo mas na ressurreição Deus restituirá a vida incorruptível ao nosso corpo transformado, unindo-o novamente à nossa alma. Assim como Cristo ressuscitou e vive para sempre, todos nós ressuscitaremos no último dia.
§988 – O Credo cristão – profissão da nossa fé em Deus Pai, Filho e Espírito Santo, e na sua ação criadora, salvadora e santificadora – culmina na proclamação da ressurreição dos mortos nos fim dos tempos, e na vida eterna. §997 – Que é “ressuscitar”? Na morte, que é separação da alma e do corpo, o corpo do homem cai na corrupção, ao passo que a sua alma vai ao encontro de Deus, ficando à espera de ser novamente unida ao seu corpo glorificado. Deus na sua onipotência restituirá definitivamente a vida incorruptível aos nossos corpos unindo-os às nossas almas, pela virtude da Ressurreição de Jesus.
§998 – Quem ressuscitará? Todos os homens que morreram. “Os que tiverem feito o bem sairão para uma ressurreição de vida; os que tiverem praticado o mal, para uma ressurreição de julgamento.” (Jo 5, 29; cf. Dn 12,2). §999 – De que maneira será a ressurreição? Cristo ressuscitou com o seu próprio Corpo: “Vede as minhas mãos e os meus pés: sou eu!” (Lc 24, 39). Mas ele não voltou a uma vida terrestre. Da mesma forma nele “todos ressuscitarão com seu próprio corpo, que tem agora” (IV Conc. Latrão, DS, 801); porém, este corpo será “transfigurado em corpo de glória” (Fl 3,21), em “corpo espiritual” (1Cor 15,44).
§1001 – Quando será a ressurreição? Definitivamente “no último dia (Jo 6, 39-40.44.54;11,24); “no fim do mundo” (LG, 48). Com efeito a ressurreição dos mortos está intimamente associada à parusia de Cristo: “Quando o Senhor, ao sinal dado, à voz do arcanjo e ao som da trombeta divina, descer do céu, então os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro”(1 Ts 4,16).
O exposto acima mostra claramente que a Igreja não aceita a hipótese da ressurreição da pessoa imediatamente após a morte; e isto não deve ser ensinado.
FELIPE AQUINO - Escritor católico. Prof. Doutor da Universidade de Lorena. Membro da Renovação Carismática Católica
JOSÉ RENATO NALINI - A EDUCAÇÃO DE BERÇO
Como está fazendo falta a boa educação de berço. Em todos os níveis. Sou do tempo em que os pais olhavam e a gente entendia. Usava-se oferecer o assento em coletivos para as mulheres e pessoas idosas. Era costume cumprimentar:
“Bom dia! Boa tarde! Boa noite! Até logo, até amanhã, prazer em vê-lo!”. Quando o professor entrava em sala de aula, o universitário se postava em pé. Só se sentava quando o mestre autorizava ou quando ele também se sentasse.
Os tempos mudaram. O empurra-empurra é a regra. Furar fila é sinal de esperteza. O número daqueles que se utilizam de toaletes e não acionam a descarga só se equipara ao dos que não lavam as mãos.
O palavreado é chulo. Pessoas escolarizadas não se pejam em falar palavrões que escandalizariam reeducandos. Os bons modos só existem quando interessa agradar alguém. O servilismo é a regra.
Normalmente, quem se agacha perante detentor de autoridade também exagera nos maus-tratos com os humildes. Onde foram parar o civismo, a delicadeza, a polidez? O que a humanidade ganha em ser grosseira, rude, mal educada?
Compreende-se que algumas pessoas mal amadas destilem o fel do desamor para os que possam parecer felizes. Mas há privilegiados, destinatários de benesses que tornariam o ser humano a mais bem aventurada das criaturas, que também abusam do mau humor. Tornam tudo mais triste à sua volta.
Grande parte dos problemas enfrentados na prestação de serviços, na esfera estatal e na iniciativa privada, é devida à falta de tato. Há um déficit de traquejo, de savoir faire, de charme e de bom gosto. Boa educação é sinal de bom gosto. Elegante não é quem está com um rollex no pulso ou se perfuma com um extrato bulgari. Elegante é quem sabe tratar bem o semelhante. Notadamente aquele que nada pode nos fazer em troca.
Gratuidade e espontaneidade no reconhecer em cada ser humano um semelhante. Ninguém é melhor do que outrem. Todos somos feitos dessa massa miserável que é a raça humana, a pretensiosa parcela da criação que teima em se considerar a única racional, a única detentora do poder e autoridade, aquela que teria obrigação de dar o exemplo. Para onde caminha esta triste humanidade?
JOSÉ RENATO NALINI é Corregedor Geral da Justiça do Estado de São Paulo, biênio 2012/2013. E-mail: jrenatonalini@uol.com.br.
PAULO ROBERTO LABEGALINI - O VALOR DE UMA AMIZADE

Eis o testemunho de um advogado, refletindo sobre os compromissos para com os nossos amigos:
“Um dia, me fizeram esta pergunta: ‘O que de mais importante você já fez na vida?’. A resposta me veio na hora: O mais importante que já fiz ocorreu em 8 de outubro de 1990. Comecei o dia jogando golfe com um amigo que há muito não via. Entre uma jogada e outra, conversávamos a respeito do que acontecia com cada um. Ele me contava que sua esposa acabava de ter um bebê.
Enquanto jogávamos, chegou o pai do meu amigo e, consternado, lhe disse que seu bebê parou de respirar e foi levado ao hospital. No mesmo instante, ele subiu no carro do pai e partiram. Por um momento fiquei onde estava, mas logo tratei de pensar no que deveria fazer.
Seguir meu amigo ao hospital? Minha presença – disse a mim mesmo – não serviria de nada, pois a criança certamente estava sob cuidados médicos e nada havia que eu pudesse fazer para mudar a situação.
Oferecer meu apoio moral? Talvez, mas tanto ele quanto sua esposa eram de famílias numerosas e, sem dúvida, estariam rodeados de familiares que lhes ofereceriam apoio e conforto necessários, acontecesse o que acontecesse. A única coisa que eu faria indo até lá seria atrapalhar.
Quando dei a partida no carro, percebi que meu amigo havia deixado o seu veículo aberto e com a chave na ignição. Resolvi, então, fechá-lo e ir até o hospital entregar-lhe a chave. Como imaginei, a sala de espera estava repleta de familiares que os consolavam.
Entrei e fiquei junto à porta pensando o que deveria fazer. Não demorou muito e surgiu um médico que, em voz baixa, comunicou o falecimento do bebê. Durante os instantes que ficaram abraçados, a mim, representaram uma eternidade! Choravam, enquanto os demais ficaram ao redor daquele silêncio de dor.
O médico lhes perguntou se desejariam passar alguns instantes com a criança. Antes de concordarem, ao me verem ali, meus amigos me abraçaram e voltaram a chorar. Disseram por mais de uma vez: ‘Muito obrigado por estar aqui’.
Durante o resto da manhã, fiquei sentado na sala de emergência vendo o casal segurar o bebê nos braços, despedindo-se dele. Sem dúvidas, isso foi o mais importante que já fiz na minha vida. Aquela experiência me deixou três lições:
Primeira: O melhor que fiz na vida ocorreu quando não havia absolutamente nada que eu pudesse fazer. Nada daquilo que aprendi na universidade, nem no exercício da minha profissão, nem todo o racional que utilizei para analisar a situação, ajudaram a decidir o que eu deveria fazer.
Segunda: Ao pensar com o coração, aprendi a ter compaixão. Hoje, não tenho dúvida alguma de que devia ter subido imediatamente naquele carro e acompanhar meu amigo ao hospital.
Terceira: Entendi que a vida pode mudar num instante. Intelectualmente, todos nós sabemos disso, mas acreditamos que os infortúnios só acontecem com os outros. Assim, fazemos nossos planos e imaginamos um futuro egoísta e maravilhoso, como se não houvesse espaços para outras pessoas e ocorrências.
Ao acordarmos de manhã, esquecemos que perder o emprego, ter uma doença, cruzar com um motorista embriagado e outras mil coisas ruins, podem alterar o futuro num piscar de olhos. Para alguns, é necessário viver uma tragédia para recolocar as coisas em sintonia com Deus.
Desde aquele dia, busquei um equilíbrio entre o trabalho e a minha vida. Compreendi que nenhum emprego, por mais gratificante que seja, compensa perder umas férias, romper um casamento ou passar um dia festivo longe da família. E aprendi que o mais importante da vida não é ganhar dinheiro, nem ascender socialmente, nem receber honras. O melhor da vida é ter tempo para a família e cultivar boas amizades.”
Pois é, como disse a cantora Joan Baez: “Você não pode escolher como ou quando vai morrer. Você só pode decidir como vai viver agora”. E para quem pensa que pouco pode ajudar, saiba que há muita gente que sente uma vontade louca de falar, de desabafar suas angústias interiores, e não encontra ninguém. Existe o tempo para falar e o tempo para escutar. Mostrar-se compreensivo e escutar com interesse de compreender e, talvez, até de ajudar, expande as fronteiras de amor no coração.
Abrir a mente para ouvir o que os outros nos querem confidenciar pode ser a coisa mais importante do mundo para quem precisa desabafar. Quantas vezes os amigos consideram maravilhoso o nosso encontro com eles e a gente quase não falou! Só os ouvimos com amor e atenção, como os bons amigos sabem ouvir. É o mínimo que podemos fazer, concorda?
“Há dois tipos de pessoas: as que fazem as coisas e as que ficam com os louros. Procure ficar no primeiro grupo, pois há menos competição nele” – Indira Gandhi, estadista.
PAULO ROBERTO LABEGALINI - Escritor católico, Professor Doutor da Universidade Federal de Itajubá-MG. Pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária da UNIFEI.
FRANCISCO VIANNA - A NOVA CARA DO IRÃ
A capacidade de sorrir do novo presidente iraniano para tão rapidamente refazer a imagem internacional do Irã, sem uma única concessão substantiva quanto ao seu programa nuclear, tem certamente ultrapassado as expectativas mais otimistas do aiatolá Khamenei, a personalidade que, de fato manda no regime islamofascista persa.
O Presidente Houhani, sucessor de Ahmadinejad, do Irã, com seu 'semblante amigável' que, no entanto, precisa de ações concretas para impressionar o Ministro Benjamin Netanyahu, de Israel.
Todo mundo sabe que Mahmoud Ahmadinejad, o desgrenhado, negador do Holocausto, e presidente homofóbico do Irã era o melhor argumento daqueles que, liderados por Israel, alertavam contra os perigos que o regime islamofascista do Irã representa para o Ocidente e, por consequência, para a paz entre as nações. Enquanto esse sujeito, tão obviamente desagradável e possivelmente dotado de graves desequilíbrios mentais, era o rosto público eleito do regime de Teerã, foi relativamente fácil para o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyanu galvanizar um alarme internacional sob a perspectiva de um Irã com armas nucleares.
No entanto, agora, com o novo presidente Hasan Rouhani, isso que todo mundo sabia começa a parecer desatualizado. Num retrospecto, os oito anos de governo de Ahmadinejad funcionaram espetacularmente bem para a república islamofascista dos aiatolás pelo fato de terem criado um profundo contraste com a imagem do novo, sorridente, de aspecto pacificador, ocupante da presidência persa. Agora que o novo líder iraniano perorou com sua fala macia da tribuna da ONU de uma forma clerical, realmente a novidade preocupou os judeus e todos os mais que tiveram parentes assassinados pelos nazistas de Adolf Hitler, que estão a dizer que o Irã é um estado que se faz passar por manso, que não representa mais risco para ninguém, e que fala um inglês mais do que suficiente para enviar mensagens de amizade ao povo americano em entrevistas de televisão, e despertar na comunidade internacional uma imagem de que o país se submeteu a uma autocrítica para não apenas eleger Rouhani, mas aparentemente, refazer a nação naquilo que ele agora diz representar. Afinal, diz ele, “o povo me elegeu sabendo como eu penso e isso mostra a vontade desse povo de mudar o rumo do país”. Acredite quem quiser...
Na verdade, Rouhani, bem como Ahmadinejad antes dele, representa apenas o que o regime deseja que ele represente, uma tática do aiatolá. Rouhani atua como presidente, mas a critério do líder supremo Ali Khamenei, que indicou um entre apenas meia dúzia de políticos para serem candidatos à eleição para a ‘presidência’, em junho último.
Rouhani era visto como o candidato mais reformista, e, como tal, a sua vitória não diz nada sobre a mentalidade do eleitorado iraniano, mas sim surge como uma nova tática de Khamenei para lidar com o resto do mundo. A mentalidade do povo sempre contou pouco como fator decisivo, mesmo antes de um protesto popular em 2009 ser brutalmente esmagado e reprimido, domando a opinião pública pelo medo da violência, como é típico dos regimes socialistas.
Como não se pode enganar a todos por muito tempo, é provável que Khamenei venha a dar mais margem de manobra a Rouhani no cenário internacional, e, quem sabe, permitir que haja um pouco de ‘oposição’ bem controlada, mais para fins de publicidade doméstica.
A eleição de Rouhani parece cada vez mais um golpe de mestre de Khamenei. Rouhani deve funcionar como um “cavalo de Troia” entre os líderes da ONU para seduzi-los com uma nova imagem de um “Irã Paz e Amor”. Todavia, até agora, entre caras e bocas bem mais agradáveis do que as do seu antecessor, Rouhani não foi ainda capaz de fazer uma única concessão substancial quanto ao seu programa nuclear, principalmente na menor delas, que é a de permitir uma fiscalização minuciosa e irrestrita de seus trabalhos nucleares pelos agentes da AIEA da ONU.
NETANIAHU VAI AOS EUA E PROMETE CONTAR ‘TODA A VERDADE’ SOBRE O IRÃ
Logo depois da reunião com Obama e seu discurso na ONU, o Primeiro Ministro israelense ridicularizou os gestos e palavras de Rouhani como sendo "mais conversa mole para boi dormir”.
Benjamin Netanyahu desembarcou em Nova York, domingo de manhã, hora local para uma visita de quatro dias aos Estados Unidos, prometendo revelar "toda a verdade" por trás das recentes ‘aberturas’ do Irã para os Estados Unidos. Israel está preocupado com o degelo nas relações Ocidente-Irã, que tem se acelerado nos últimos dias e que culminou na sexta feira última com um telefonema entre os presidentes, estadunidense e iraniano.
"Vou aos EUA para mostrar os interesses de Israel, a nossa disponibilidade para nos defendermos e a nossa esperança para uma paz de fato e não meramente alegórica", disse Netanyahu a jornalistas, no avião, antes de decolar para os EUA. "Vou lá contar toda a verdade, que está por trás da conversa fiada e dos sorrisos de Rouhani. Só a verdade, hoje em dia, é vital para a segurança do mundo e, claro, essencial para a segurança do nosso país", que é ordeiro e nunca agrediu ninguém.
Na segunda feira próxima, Netanyahu está na agenda de reuniões do presidente dos EUA, Barack Obama, na Casa Branca. No dia seguinte, ele proferirá o discurso de encerramento deste ano da Assembleia Geral da ONU em Nova York.
O primeiro-ministro disse que considera o lance do Irã como uma "cortina de fumaça" projetada para "enganar" o Ocidente, enquanto avança em direção a uma capacidade de produzir ogivas nucleares. Ele vai sugerir e aconselhar condições que acha que a comunidade internacional deve exigir antes de qualquer redução de sanções econômicas vigentes.
O encontro de Netanyahu com Obama marcará a primeira vez que os dois líderes se sentarão juntos, desde março, quando o presidente americano visitou Israel e, mais dramaticamente, desde o intrigante telefonema entre Obama e seu colega iraniano, Hassan Rouhani. A última vez que um presidente dos EUA falou com um presidente iraniano, no plenário da ONU, foi a antes da Revolução Islâmica do Aiatolá Khomeini, em 1979.
Na terça-feira, Netanyahu será o último orador a discursar na Assembleia Geral na sede da ONU, em Nova York. Após seu discurso, ele se reunirá com o secretário-geral da ONU, Ban Ki–Moon e, após uma reunião com os líderes judeus americanos está programada a sua volta à Israel.
NÃO BASTA SER SIMPÁTICO
O Presidente Barack Obama falando com seu par iraniano, Hassan Rouhani, na última sexta feira, 27 de setembro de 2013, algo que marca a primeira vez que os líderes das duas nações conversam entre si desde 1979.
Já os comentários do vice-chanceler Abbas Araghchi parecem destinadas a acalmar iranianos linha-dura, que se opõem a essas medidas de reaproximação diplomática depois de 34 anos de silêncio com os EUA.
Alguns críticos do presidente iraniano, Hassan Rouhani gritaram-lhe insultos após o seu retorno da reunião anual da ONU em Nova York, que incluiu um convite inovador de 15 minutos com o presidente dos EUA, Barack Obama.
Araghchi foi citado pela agência de notícias FARS, no domingo, dizendo que "relações normais" com Washington precisarão de mais do que "um telefonema, e atitudes simpáticas" – numa referência crítica aos esforços do Irã para reiniciar as negociações paralisadas sobre seu programa nuclear. Os dois países não têm relações diplomáticas desde 1979, após a revolução islamofascista dos aiatolás.
CONSELHO DO IRAQUE
O Ministro das Relações Exteriores do Iraque, Hoshyar Zebari, disse ontem que “a mudança do Irã em relação ao Ocidente é para valer”. “Meu conselho é que o Ocidente leve a sério o que diz a nova liderança iraniana”, exorta o líder iraquiano.
O presidente iraniano, Hassan Rouhani fala durante uma coletiva de imprensa no Hotel Millennium, em Manhattan, na última sexta feira, 27 setembro de 2013, em Nova Iorque.
Segundo o ministro, o novo governo iraniano liderado pelo presidente Hassan Rouhani oferece "a melhor chance depois de 34 anos de animosidade" para melhorar as relações com os Estados Unidos e o resto do Ocidente e o que ele diz deve ser levado a sério. Zebari também disse à Associated Press que está trabalhando nos bastidores para tentar unir os diferentes grupos de oposição antes de uma conferência de paz que está marcada para novembro e para promover o degelo nas relações entre Teerã e Washington.
Zebari disse que o Secretário Geral da ONU, Ban Ki-Moon, pediu ao Iraque para, na sua reunião de sábado, pressionar a oposição a entrar com uma delegação e uma posição. O chefe da ONU também disse que ele não ouviu qualquer oposição ao Irã, um aliado do presidente sírio, Bashar Assad, que porventura vá participar da próxima conferência de paz, em Genebra. "Antes disso ele teria oposicionistas lá", disse Zebari. "Desta vez, todo mundo ficou quieto e ninguém se opôs".
O Iraque está numa posição única no Oriente Médio. Seu governo dominado pelos xiitas tem laços confortáveis com o Irã xiita – um importante aliado do regime sírio de Bashar Assad, apesar deste ser alauíta. E, de acordo com Zebari, o Iraque também tem boas relações com ambos os lados no conflito sírio. Ele também tem fortes laços com Washington depois de 10 anos de guerra, liderada pelos Estados Unidos, que derrubou o ditador Saddam Hussein.
O Secretário de Estado Kerry e o Ministro das Relações Exteriores Hoshyar Zebari cunprimentam-se após o encontro.
Zebari disse que o Iraque teve inúmeras discussões com os americanos e os iranianos depois da eleição de Rouhani, em junho passado. "Nosso papel não teve a pretensão de ser decisivo ou instrumental, mas foi útil", disse ele.
Quando Rouhani teve uma vitória esmagadora no primeiro turno, ele disse que o Iraque entendeu, antes de muitas outras pessoas, "que isso é real, é verdadeiro, porque se o regime quisesse afundar, eles poderiam ter forçado um segundo turno das eleições. E eles não o fizeram".
O líder supremo linha-dura do Irã, Ali Khamenei, que insiste em dar um caráter belicoso a todas as questões importantes do estado persa, parece agora estar dando o seu apoio crítico à uma aproximação de Rouhani com o Ocidente e, na última sexta feira, os presidentes, Barack Obama e Rouhani, falaram ao telefone por 15 minutos, sendo essa conversa os contatos de mais alto nível entre os dois países desde 1979.
Zebari, do Iraque, deu outra indicação importante da seriedade de Rouhani, quando disse que o novo presidente iraniano tinha sido o negociador nuclear e é responsável por ter esse papel chave das mãos junto à AIEA da ONU, agora com o beneplácito aparente dos aiatolás.
A verdade é que o isolamento do Irã tem se tornado crítico e insuportável, depois que o Conselho de Segurança levou adiante todas as mais variadas e severas sanções econômicas contra Teerã.
é claro que os iranianos já se convenceram que não terão prejuízos nucleares – exceto o de serem impedidos de desenvolverem ogivas nucleares – em permitir uma fiscalização total e irrestrita de suas usinas atômicas pela AIEA da ONU e que o preço que o país está pagando é caro demais, uma vez que, mesmo que consiga fabricar armas nucleares, corre o risco de serem destruídos pelo Ocidente e por Israel por medidas cautelares e medo de uma agressão amplamente prometida por Ahmadinejad.
(da mídia internacional)
Domingo, 29 de setembro de 2013
FRANCISCO VIANNA- Médico, comentador político e jornalista - Jacarei, Brasil
HUMBERTO PINHO DA SILVA - CRISTO APARECEU EM VILA NOVA DE GAIA

OU COMO O PAI DE DEPUTADO VIU JESUS, QUANDO ORAVA
Fenómeno sobrenatural aconteceu em Vila Nova de Gaia.
Precisamente na residência que ficava na rua Soares dos Reis, 117, onde vivia Francisco Pinto de Sousa Figueiredo, com sua mulher, Augusta Lencastre e Menezes, fidalga da Casa de Cabanelas, de Penafiel.
Estava o Sr. Francisco recolhido em fervorosa oração, diante do santuário de pau-preto, quando subitamente, maravilhosa luz, de extraordinária brancura, enche a sala, que permanecia em amena e suave penumbra.
Perante o assombro, enxerga, com nitidez, resplandecente figura translucida: era a imagem de Jesus.
Sobressaltado com a estranhíssima aparição, o Sr. Francisco, ergue-se e caminha pensativamente para o quarto, atónito com o que acabara de presenciar.
Alvoraçado, conta à esposa o que receava ser alucinação.
Sossega-o a mulher, declarando, que momentos antes, também vira sair da sala, forte clarão refulgente, que sendo intenso, não feria a vista. E por mais que pensasse, não vislumbrava razão para tal luminosidade.
Estava confirmado que não fora simples alucinação. O Sr. Francisco havia recebido, como bênção ou resposta à sua fé, a visita de Jesus.
Disse que o Sr. Francisco era casado, mas não revelei a biografia; e sei que o leitor, mormente a leitora, arde, por certo, em curiosidade, no intuito de saber quem era esse senhor, que vivia em Vila Nova de Gaia, e teve o privilégio de ver Jesus.
Era gaiense. Nasceu em 1850. Foi serralheiro na oficina de Tomaz Cardoso.
Com dezoito anos, embarca para o Brasil, onde casa, tornando-se sócio de importante serrilharia do Rio.
Viuvando, contrai novo matrimónio com senhora da Família Norton de Matos.
Liquida, então, o vasto património que possuía no Brasil, e regressa a Portugal, com grossa fortuna.
Já idoso torna a casar, desta vez, com a filha do Dr. António Afonso Lencastre e Menezes, de quem teve um filho.
Perguntar-me-á agora o leitor: - “Quem era esse filho?”. Com gosto responderei: - É o ex-deputado Menezes Figueiredo, antigo Presidente da Assembleia Municipal de Vila Nova de Gaia.
HUMBERTO PINHO DA SILVA - Porto, Portugal
EUCLIDES CAVACO - O VALOR DAS COISAS
O VALOR DAS COISAS É a versão de como o poeta analisa o intrínseco valor das coisas hoje aqui feito poema da semana que poderá ver e ouvir neste link:
Euclides Cavaco - Director da Rádio Voz da Amizade.London, Canadá
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NOVO LIVRO DE RAMISSON ANICETO
Poesia para o mundo reúne textos escritos a partir de 1978, alguns já premiados em concursos de literatura e divulgados em sites, blogs e revistas do Brasil e de outros países. Os poemas em espanhol foram traduzidos por Graciela Cariello (Revista Poesía de Rosario), em catalão por Pere Bessó, em russo por Adolf Shvedchikov e em italiano por Paola (amiga de Ena Villani).

Remisson Aniceto nasceu em Nova Era, pequena e aconchegante cidade do interior de Minas, próxima à Itabira de Drummond. Desde muito cedo tomou gosto pela leitura, incentivado pelo seu pai que não dispensava nem bula de remédio. Arredio como bicho do mato, escondia-se entre as árvores do quintal sempre que sua família recebia visitas. Ali, ficava lendo horas a fio. Começou a escrever aos oito anos e pouco depois lia alguns clássicos na biblioteca pública (não tinha condições de comprar livros). Dessa forma conheceu Machado, Cecília, Sabino, Quintana, Pessoa, Eça, Goethe, Rilke, Garcia Marquez... Seu namoro com a leitura e a escrita auxiliou muito na sua integração social. Sempre imaginou que algum dia atravessaria as montanhas para ver o Drummond - afinal, moravam bem próximos - mas, como ele já havia advertido bem antes, "tinha uma pedra no meio do caminho". Alguns anos depois, em 1987, o poeta viajou e nunca mais reapareceu. Remisson mudou-se para São Paulo em 1979, à procura de trabalho. Premiado em concursos de contos e poesisa, seus textos podem ser lidos nas seguintes publicações: Revista Internacional de Poesía de Rosario Nº 18, Revista Partes, Revista Bacamarte, Revista Remolinos N. 4, Revista Cultural Amsterdam Su N. 5, nos sites Auténtica Poesía, Antología de Grandes Poetas en el Mundo, Garganta da Serpente e outros. Remisson criou o Blog Nosso mundo (http://www.nossomundo.bligoo.com.br), aberto para publicação de poesias, cartas, contos, notícias e artigos gerais em qualquer idioma.
Transcrito da "Revista Biografia"
http://sociedadedospoetasamigos.blogspot.pt/2010/10/remisson-aniceto-poeta-brasileiro.html
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Acaba de Sair o Número de Outubro, do periódico Fri-Luso, que se publica na Suíça