PAZ - Blogue luso-brasileiro
Segunda-feira, 30 de Dezembro de 2013
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI - DIA MUNDIAL DA PAZ

 

 

 

 

 

 

 

 

Celebra-se quarta-feira, início de um Ano Novo, o DIA MUNDIAL DA PAZ. Trata-se de uma data de manifesta relevância, posto que “Paz e Direito são reciprocamente causa e efeito entre si: a Paz favorece o Direito, e por sua vez, o Direito favorece a Paz”.

                         

 

 

Em outubro de 1968 – o Papa Paulo VI instituiu o Dia Mundial da Paz, cuja primeira celebração ocorreu a 1º de janeiro de 1969, abordando o tema “A Promoção dos Direitos do Homem, Caminho Para a Paz”. De fato, ela se inspirou na celebração do vigésimo aniversário da proclamação dos Direitos do Homem, ocorrido em 12 de dezembro de 1968, pela ONU.

 

“Na verdade – disse Paulo VI – para que ao homem seja assegurado o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à cultura, a desfrutar dos bens da civilização, à dignidade pessoal, é necessária a Paz. Onde quer que esta venha a perder o seu equilíbrio e a sua eficiência, os Direitos do Homem tornam-se precários e ficam comprometidos; onde não há paz, o direito perde o seu caráter humano. Mas onde não há respeito, defesa e promoção dos Direitos do Homem – quer dizer, onde se comete violência ou fraude contra as suas liberdades inalienáveis, onde se ignora ou se degrada a sua personalidade, onde se observam discriminações, escravatura e intolerância – aí não pode existir a verdadeira Paz. Porque Paz e Direito são reciprocamente causa e efeito entre si: a Paz favorece o Direito, e por sua vez, o Direito favorece a Paz”.

 

 

 

 

Efetivamente, estes são os princípios de fundo que devem constantemente embasar nossas condutas, para obtermos uma convivência mais justa e pacífica. E para que esses propósitos possam ser transformados em realidade, necessitamos continuar firmes na luta para reduzir as distâncias sociais, oferecendo a todos, condições dignas de educação, saúde, moradia, emprego, cultura e lazer. A título ilustrativo e para dirigirmos nossas energias aos grandes desafios que estão por vir, invoquemos o teatrólogo Bertold Brecht: - “Nós vos pedimos com insistência: não digam nunca ‘isto é natural’. Diante dos acontecimentos de cada dia, numa época em que reina a confusão, em que corre sangue, em que o arbitrário tem força de lei, em que a humanidade se desumaniza, não digam nunca ‘isso é natural’. Para que nada passe a ser imutável”.

 

            Tal postura requer uma inversão total daqueles supostos valores que induzem a procurar o bem apenas para nós mesmos: o poder, o prazer, o enriquecimento sem escrúpulos. Já se disse que a justiça é uma virtude moral que traz o verdadeiro equilíbrio às forças antagônicas. Fruto do amor, e por isso, sem esquecer-se do direito de cada um, supõe, conforme o caso, a misericórdia. Aliás, Dom Paulo Evaristo Arns disse, com muita prioridade: “O nome de Deus é justiça e a finalidade da convivência humana é a paz duradoura”. Santo Agostinho define a paz como “a tranqüilidade da ordem”. Assim, a  prática da justiça em cada pessoa vai gerar necessariamente a paz.

 

 

 

 

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor universitário .



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JOSÉ RENATO NALINI - O QUE É PRESIDIR o TJ ?

 

 

 

 

 

 

 

Mercê da Providência e da generosidade de meus pares, chego à Presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo. Não é só o maior tribunal do Brasil: é o maior tribunal do mundo! Seu orçamento de quase oito bilhões supera o de dezessete Estados da Federação brasileira. São vinte milhões de processos, 2.400 magistrados, 50 mil servidores. Está em todos os municípios paulistas, hoje subdivididos em dez regiões judiciárias.

 

Sucedo um desembargador que revolucionou a administração. Ivan Ricardo Garisio Sartori sai consagrado, porque sacudiu as velhas estruturas e reconquistou magistrados e servidores para uma gestão que pretendeu acertar o passo com a contemporaneidade. Será difícil preservar o ânimo e acertar em relação às expectativas.

 

Mas conto com o apoio de expressiva maioria do Tribunal. Votação que me surpreendeu: mais de três vezes (na verdade, 3 vezes mais 10 votos) a obtida pelo segundo colocado, mais de dez vezes a do terceiro colocado. Sinal de que os desembargadores acreditaram no passado, na história de vida e nas propostas de quem promete intenso trabalho. Os problemas do Judiciário não são de fácil solução. Ele sofre de um excessivo demandismo. Judicializou-se a vida brasileira. Em lugar do cidadão dialogar, conversar, acertar as contas com seus adversos, ele parece preferir entrar em juízo. E se o acesso à Justiça foi dilatado, a saída foi afunilada. Ninguém consegue sair de uma Justiça cada vez mais complexa, sofisticada, burocratizada e convertida em quatro inexpugnáveis degraus. Se tudo começa na primeira instância, passará necessariamente pela segunda e, com grande probabilidade, chegará à terceira – STJ – e à quarta – STF.

Muita burocracia, muito procedimentalismo ritualístico, muita prolixidade. Tentei introduzir o projeto “Petição 5″, para que nenhuma petição inicial, contestação, alegações finais, sentença, razões e contra-razões, além do acórdão, ultrapassasse cinco laudas. Mas não obtive respaldo dos parceiros.

 

O processo digital é irreversível. Mas causa traumas como toda mutação. Precisamos aperfeiçoá-lo. Há muito a fazer e o biênio é curto. Mas o passo é o movimento natural do homem. Vamos dar o passo sequencial a uma administração dinâmica. Ajudem-me a prosseguir rumo à Justiça com que todos sonhamos e à qual temos legítimo direito.

 

 

 

 

 

JOSÉ RENATO NALINI  -  é atual Corregedor Geral e Presidente Eleito do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para o biênio 2014/2015. E-mail: jrenatonalini@uol.com.br.

 

 

 

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publicado por Luso-brasileiro às 11:07
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MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE - " ENTÃO É NATAL..."

 

 

 

 

 

 

 

 

Empresto uma estrofe da música “Então é Natal”, versão de “Happy Christmas – War is Over”, de John Lennon: “Então é Natal, pro enfermo e pro são/ Pro rico e pro pobre, num só coração./ Então bom Natal, pro branco e pro negro/ Amarelo e vermelho, pra paz afinal./ Então bom Natal, e um ano novo também/ Que seja feliz quem souber o que é o bem”.

 

         Recordo-me do moço com quem conversei semana passada e repito comigo: “Que seja feliz quem souber o que é o bem”. Basta compreender o que é o bem para ser feliz?

 

Final de tarde. O moço nos olhou da porta da sede da Associação “Maria de Magdala” e pediu um pouco de água. Pele macilenta, olhar sem brilho. Inteiramente desencanto. Oferecemos-lhe um lanche e um pedaço de bolo. Aceitou de imediato e comeu com voracidade. Ao nos despedirmos, identificou-se. Conhecíamos mais a companheira, que resolveu desistir dele, após acreditar, inúmeras vezes, que não retornaria à droga. Foi verdadeiro: não consegue largar o crack, embora tenha passado por três internações.

 

Marceneiro de profissão, deram-lhe uma chance na área recentemente. Salário acima do que pretendia. Durante dois meses resistiu. Depois, as noites anteriores de descanso deixaram-se invadir pelo crack. Durante o dia, o emprego. Conforme nos disse, a marcenaria exige acabamento perfeito. O crack, porém, é das imperfeições. Iniciativa dele se desligar do serviço. Usou de sinceridade com o patrão: embora possuísse habilidades e conhecimento e a oportunidade da vaga fosse única, o crack o desautorizou a continuar.

 

Comentei que o primeiro passo ele dera: a honestidade em identificar sua impotência diante da droga.  É consciente do bem e do mal. Mas e o segundo passo, descrente de si mesmo no que diz respeito a dominar a vontade da pedra?

 

Falou-nos que um bom Natal, para ele, somente será possível se conseguir passar com a mãe. Mas e a rua com seus becos escuros e odores estranhos? Conseguirá ultrapassá-la com o propósito de chegar à casa materna? E as armadilhas dos olhares sanguinolentos a lhe propor a “última” pedra? Resistirá?

 

“Então é Natal” para o menino e a menina da periferia, filhos de famílias destruídas, que são presas fáceis da rua e tantos não se importam. “Então é Natal” para o menino e a menina que a criminalidade domou para lucro de terceiros. “Então é Natal” para os invisíveis das margens, dos quais poucos ouvem o grito de socorro. “Então é Natal” para a moça e o moço que desejam se libertar dos grilhões das drogas, insistem, teimam, mas não resistem.

 

“Então é Natal, o que a gente fez” pelos anônimos sociais na busca de uma estrela, como a de Belém, que os conduza à salvação?

 

“Então bom Natal”, leitora e leitor querido, como anjo, na história de tantas vidas, próximas de cada um, que buscam redenção!

 

 

 

 

 MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE - É coordenadora diocesana da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala. Jundiaí, Brasil.

 

 



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CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA - TUDO NOVO DE NOVO

 

 

 

 

 

 

 

                  Fico aqui pensando que todo ano é praticamente a mesma coisa e esse pensamento me alegra, curiosamente. Aproxima-se mais um dia 31 de dezembro e embora todos saibamos que a nossa vida não vai mudar junto com o calendário, é praticamente impossível evitar que a esperança venha nos visitar.

 

            Naturalmente fazemos planos para o ano vindouro e, mesmo cientes, em nossos íntimos, que não daremos conta de parte deles, o fato de podermos idealizá-los acaba por nos fornecer as forças necessárias para um novo ciclo, para uma nova etapa da vida. E assim vamos seguindo em nossa caminhada por esse mundo...

 

            Como humanos, somos seres sensíveis, sujeitos a sentimentos que podem nos derrubar de forma mais eficiente do que uma tonelada de explosivos. Não raras vezes as pessoas sucumbem diante e por conta de si mesmas, derrotadas pelo que não se vê e não se sabe explicar, mas apenas se sente.

 

            Assim, acredito eu, viver uma vida sem a chance de se renovar, de se reinventar, seria quase uma sentença de prisão perpétua. Claro que não precisaríamos e nem precisamos de uma data para isso e que sermos mutáveis e mutantes é uma das características da humanidade, mas haver um momento socialmente coletivo para isso facilita e propicia o desejo de transformação como um todo.

 

            Gosto, particularmente, de pensar que no ano que se iniciará eu finalmente irei tirar do papel algumas idéias e projetos. Também gosto de imaginar que a grande maioria das pessoas está pensando em algo do gênero e que, por isso, pode ser que o mundo acorde um pouco melhor no dia 01 de janeiro de cada novo ano.

 

            Acredito, sinceramente, que a energia de milhões de pessoas sonhando com coisas boas, planejando uma vida melhor, tenha o condão de iniciar algum tipo de mudança. Se uma mísera parte do sonhado se tornar realidade, já terá valido a pena. Triste seria não sonhar, não acreditar que é possível alcançar aquela estrela, aquele amor, aquele emprego, aquela viagem, ou o que quer que dê sentido aos nossos corações e vidas.

 

            Por isso, gostaria de desejar a todos que acompanham, gentilmente, o que escrevo, que sonhassem, muito e de verdade, com uma vida e com um mundo melhor em 2014. Que nossos sonhos e esperanças, juntos, possam levar uma mensagem de amor ao Criador, tenha Ele o nome que tiver.

 

            Desejo que cada um de nós nunca perca a habilidade de sonhar, de acreditar, de ter a certeza de que a vida, para além de valer ser vivida, pode se renovar a cada ano, a cada dia, a cada beijo, a cada abraço, a cada nova criança que nasce e a cada sonho que se sonha...

 

            Seja bem vindo 2014 e transforme tudo em novo, de novo! E que assim seja por muitos e muitos anos...

 

 

 

CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA -  Advogada, mestra em Direito, professora universitária e escritora   -  São Paulo.



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FAUSTINO VICENTE - VICENTINAS DE OZANAM

 

 

 

 

 

 

 

Com a fundação da Conferência N. S. do Desterro, em 1897, Jundiaí passou a contar com o trabalho voluntário dos integrantes da Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP). Sob a liderança do  Beato Antonio Frederico Ozanam (1813-1853), a SSVP foi fundada em 1833, em Paris. Trata-se de uma organização internacional administrada por católicos leigos, que tem como metas essências o contínuo aprimoramento espiritual e a pratica da caridade que, com a fé e a esperança compõem a trilogia teologal.

 

Conferência é a denominação que recebem os pequenos grupos de vicentinos (as), que se reúnem regularmente para operacionalizar as suas obrigações, inclusive as visitas domiciliares às famílias assistidas. Durante décadas a SSVP foi integrada apenas por homens, porém, há 46 anos, ocorreu uma sublime transformação.

 

Como vicentino e Diretor de Hospital São Vicente de Paulo (sem remuneração)  tivemos a felicidade de participar da solenidade de um dos mais significativos eventos do Terceiro Setor, de nossa cidade. Nascia, em 02 de outubro de 1967, a primeira Conferência Feminina, que recebeu o nome de Santa Isabel, Rainha da Hungria.   Hoje, são algumas centenas de vicentinas, que atuam brilhantemente no campo da responsabilidade social em nossa cidade e nas demais cidades que abrangem o Conselho Central de Jundiaí.

 

Os Vicentinos são pioneiros nesse segmento em nossa cidade.

 

A contribuição da mulher, no cotidiano das diversas atividades vicentinas, representou um gigantesco salto de qualidade no atendimento às famílias assistidas. Determinadas situações, que se referiam a individualidade da mulher, não tinham como ser abordadas pelos confrades. Levar a Palavra de Cristo, princípios de cidadania e todo tipo de colaboração, que possam levar as pessoas à promoção social, são alguns dos serviços de voluntariado que a SSVP presta em Jundiaí, ao longo de seus 116 anos.

 

Pelo intercâmbio de informações e experiências, que mantemos com a Conselho Geral Internacional da SSVP e com Conselhos Nacionais de vários países, podemos informar que o número de mulheres que têm galgado a Presidência dentro dessa organização é, hoje, uma feliz e eficaz realidade para o movimento mundial do Terceiro Setor.

 

Aproximadamente 700.000 membros, homens e mulheres de 51.000 Conferências Vicentinas, seguem os passos de São Vicente de Paulo e do Beato Ozanam, em 142 países dos 05 continentes, com 1.500.000 de colaboradores.

 

Esta manifestação tem como objetivo homenagear, parabenizar e agradecer a Mulher Vicentina, pela exemplar lição de vida que ela nos deixam: não basta ficar indignado diante das injustiças sociais...é preciso agir.

 

 

 

 

Faustino Vicente Advogado, Professor e Consultor de Empresas e de Órgãos Públicos – e-mail: faustino.vicente@uol.com.br –  Jundiaí (Terra da Uva) – São Paulo - Brasil.

 



publicado por Luso-brasileiro às 10:48
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PAULO ROBERTO LABEGALINI - NÃO DÁ PARA COMPARAR

 

 

 

 

 

 

 

 

Papai Noel mora no Pólo Norte; Jesus está em todo lugar de oração. Papai Noel vem somente uma vez ao ano; Jesus está sempre presente quando O chamamos. Papai Noel coloca alegria em nossas casas; Jesus supre todas as nossas necessidades. Papai Noel desce pela chaminé mesmo sem ser convidado; Jesus fica à porta, bate e entra em nosso coração.

 

Às vezes, temos que esperar em uma fila para ver Papai Noel; Jesus já está ao nosso lado quando precisamos dele. Papai Noel nos deixa sentar um pouco no seu colo; Jesus nos deixa descansar o quanto quisermos em seus braços. Papai Noel não sabe o nosso nome; Jesus sabia como chamaríamos antes mesmo de nascermos, e mais: Ele sabe não somente o nosso nome, mas a nossa história e quantos fios de cabelo temos na cabeça.

 

Papai Noel tem uma barriga que balança como gelatina; Jesus tem um coração imenso, cheio de misericórdia e perdão. Papai Noel diz: ‘Ho, ho, ho!’; e Jesus:‘Deixa que eu resolvo os seus problemas’. Os ajudantes do Papai Noel fazem brinquedos; Jesus faz vida nova, que consola nosso coração aflito.

 

Papai Noel pode fazer-nos um agrado passageiro; Jesus nos oferece a paz eterna. E enquanto Papai Noel nos cativa com sua bondade, Jesus provou seu amor por nós, morrendo na cruz para nos salvar! Portanto, é claro que não há comparações mesmo que Papai Noel fosse de verdade, mas não devemos nos esquecer que Jesus é o nosso maior presente neste Natal. Ele é a razão de toda comemoração.

 

E ainda em tempo de Natal, eis mais alguns comentários a respeito da nossa fé católica:

 

1 – Com o tempo, Jesus apresentou suas credenciais divinas, por meio de sua sabedoria e de seus milagres: curou leprosos e cegos, andou sobre as águas, multiplicou os pães, ressuscitou Lázaro etc. O mundo continuou pecador depois que Ele morreu, mas muitos corações foram tocados na certeza de que Deus havia estado em carne e osso na Terra.

 

2 – A Igreja não tem medo da verdade e a preza porque tudo o que atesta como milagre é cientificamente comprovado. Isto a faz indestrutível e cada vez mais respeitada.

 

3 – E a pedagogia que Jesus usou para chegar à Eucaristia foi maravilhosa: multiplicou os pães, mostrando poder sobre eles; andou no mar, mostrando domínio sobre seu corpo; então, disse: Eu posso transformar o pão em meu corpo!

 

4 – Quem acredita em Newton não duvida que força é igual a massa multiplicada pela aceleração– mesmo sem entender de física! Da mesma forma, nós, cristãos, aceitamos os mistérios da fé mesmo sem entendermos como Deus opera os milagres. O importante é confiarmos nas suas promessas.

 

E lembre-se: o Natal começou no coração do Pai, mas só estará completo quando alcançar os corações dos homens. Mantenha o Menino Jesus no peito dizendo sempre: Louvado seja Deus que tanto nos ama!

 

 

 

 

 

 PAULO ROBERTO LABEGALINI -    Escritor católico, Professor Doutor da Universidade Federal de Itajubá-MG. Pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária da UNIFEI.



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Sábado, 28 de Dezembro de 2013
FRANCISCO VIANNA ~ “SOBREVIVEREMOS AO OBAMACARE”?
 
OS AMERICANOS ESTÃO ASSUSTADOS COM AS PERSPECTIVAS DE ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR PROPOSTAS POR OBAMA

 

 

Há mais de três anos, após a aprovação da Lei da Assistência Médica Acessível (Affordable Care Act), ou o que se chama vulgarmente de OBAMACARE – a assistência médico-hospitalar da administração Obama –,  a maioria dos americanos ainda não têm uma boa compreensão do que a lei faz e como ela irá afetar suas vidas. Em considerável extensão, isso se deve à enorme complexidade da lei e do fato de que suas principais peças só agora estão começando a fazer efeito.

 

Tal complexidade é também a causa de muitos dos problemas técnicos que o governo federal enfrenta para fazer a lei funcionar, problemas esses  que criam ainda muita confusão e ansiedade ao público, mormente ao das camadas mais pobres da população.

Politicamente, as chamadas "disposições populares" (tais como os chamados cuidados preventivos “gratuitos”, estendidos aos jovens até 26 anos de idade, e essas "crianças" sob os cuidados dos planos de saúde de seus pais, e a expansão do MEDICARE com a prescrição de medicamentos com base na relação droga/benefícios) tiveram efeitos imediatos, antes da eleição de 2012. Mas estas disposições são quase irrelevantes em comparação com os componentes prejudiciais do OBAMACARE, que foram programados para entrar em pleno vigor em janeiro de 2014.

 

Foi quando um novo e completamente insustentável programa de subsídio tomou conta através dos intercâmbios governamentais. Foi também quando o OBAMACARE ampliou o falido programa MEDICAID, drenando para ele milhões de novos pacientes e quando os americanos começaram a pagar a maior parte dos cerca de US $ 1,8 trilhão em novos gastos diretos com aumentos de impostos e cortes maciços de subsídios sem precedentes para o programa MEDICARE.

Os resultados destas disposições mudarão profundamente o sistema de saúde dos EUA e, sem dúvida, produzirão efeitos negativos duradouros para a maioria dos americanos, independentemente da fonte de sua cobertura de saúde. Muitos norteamericanos vão arcar com custos mais elevados, terão menos opções para a cobertura e menos acesso a médicos e hospitais.

 

 

 

Os americanos sabem muito bem que governo algum tem um tostão sequer para gastar com o povo que não seja tirado do próprio povo, seja sob a forma de imposto, de contribuição, ou de lucro de capitalismo estatal. O problema da assistência médico-hospitalar privada nos EUA é o seu custo que é alto e gera seguros de saúde caros e cheios de percalços de cobertura de atendimento. Trata-se de uma indústria que paga somas altíssimas de indenização por erro médico (malpractice) e que deixa fora do sistema uma percentagem inaceitavelmente muito alta da população.

 

A intenção dos Democratas – reduto partidário dos socialistas no país, que são chamados por lá, no máximo, de ‘progressistas’ – em criar uma Lei de Assistência Médica e Hospitalar “Acessível” aos mais pobres é elogiável e deve ser apoiada, mas, é preciso que se crie uma “contribuição específica” para custear o funcionamento da lei, uma vez que ela propõe dar aos mais necessitados uma assistência médica de boa qualidade e a preços bem abaixo do mercado local, e que deveria deixar de fora desse ‘sistema estatal’, os que têm condições de pagar seus planos de saúde e de assistência medico-hospitalar privada. Mesmo, é claro, que isso incida numa obrigatoriedade de todos pagarem tal contribuição de forma decrescente, na medida em que utilizem ou não eventualmente do sistema.

 

Mas isso não interessa aos socialistas encastelados no Partido Democrata, e Obama e sua equipe quer um sistema “universalizado” que estenda as mesmas condições para todos – ou seja, a antiga falácia da igualdade social – mesmo que isso determine uma deterioração da alta qualidade da medicina estadunidense na parte que dá certo, ou seja, para as camadas mais abastadas da população.

 

Pelo jeito, muita água vai rolar por baixo dessa ponte até que eles se entendam por lá e construam um sistema justo que ampare os mais pobres sem, por outro lado, arruinar a melhor medicina do mundo, como é típico de todos os tipos de socialismos experimentados até hoje.

  

 

 

 FRANCISCO VIANNA-   Médico, comentador político e jornalista  - Jacarei, Brasil



publicado por Luso-brasileiro às 12:14
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FELIPE AQUINO - UMA INTERESSANTE HISTÓRIA DE NATAL.

 

 

 

 

 

 

O Natal é um momento tão importante para o mundo todo, que todas as pessoas que acreditam, e até aquelas que não acreditam em Jesus Cristo, são contagiadas pelos símbolos do Natal, pelo espírito de solidariedade, pela vontade de querer fazer o bem. Muitas pessoas deixam se levar pelo consumismo, contudo outras, muito além de fazer compras, acabam deixando de comprar para si para presentear os outros.

 

Mais do que sair pelas ruas e ver a cidade iluminada, as árvores enfeitadas, os sinos pendurados, velas acesas, presépios montados, estrelas, guirlandas, comidas típicas e papais-noéis, é preciso que entendamos o sentido de tudo isso que fazemos. Você já parou para pensar no sentido de cada “enfeite de natal” que tem em sua casa? Para tudo existe um motivo, uma razão, uma história; até para o Panetone.

 

O site Gaudium Press, divulgou hoje (18 de dezembro de 2012) um artigo contando sobre uma lenda italiana à respeito do panetone. Achamos muito interessante publicar aqui e compartilhar com vocês dessa bela história.

 

 

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“Panetone"

 

Era noite de Natal, em Milão, governada pelo Duque Ludovico Sforza, famoso por ter uma das mais requintadas cortes da época. Sobretudo sua cozinha era muito renomada. Desde a tarde, suas chaminés exalavam perfumes maravilhosos, que estimulavam o apetite de toda a vizinhança. Desejando fazer uma ceia inesquecível, o cozinheiro-mor decidira preparar uma sobremesa especial: um fabuloso doce cuja receita os venezianos haviam trazido do longínquo Oriente.

 

Afanava-se o mestre na elaboração de sua obra-prima e, ao mesmo tempo, orientava e fiscalizava os demais cozinheiros que se dedicavam a aprontar os inúmeros pratos do lauto banquete. Na grande cozinha, todos estavam tomados pela característica alegria do Natal italiano.

 

Todos não… Isolado num canto, um jovem ajudante recém-chegado da Lombardia suspirava de saudades da casa paterna, recordando-se das festas natalinas realizadas nos lares camponeses de sua região, pouco favorecidos de recursos econômicos, mas ricos de vida familiar e amor ao maravilhoso.

Levado por esses sentimentos nostálgicos, resolveu ele preparar um pão especial, como os que eram feitos por sua mãe na véspera de Natal. Não dispondo, porém, de todos os ingredientes necessários, teve de contentar-se com as sobras do material utilizado pelo cozinheiro-mor na elaboração da misteriosa sobremesa.

 

Qual seria o resultado? Nem ele mesmo sabia…

 

Uma vez iniciada a ceia de Natal, intensificou-se a atividade na cozinha, e o mestre cozinheiro esqueceu no forno o seu belo e misterioso doce… Enorme foi sua consternação ao constatar que ele havia queimado. Seu dourado sonho de um grande sucesso estava transformado na dura realidade de um vexatório fracasso, pois, como preparar em tão pouco tempo outra sobremesa especial? À vista desse desastre, não conseguiu conter algumas lágrimas.

 

Tomado de compaixão, o jovem lombardo aproximou-se dele e lhe ofereceu os três grandes bolos que acabava de tirar do forno. Num piscar de olhos, o experiente cozinheiro notou a elegância de sua forma cilíndrica e percebeu que seu delicioso perfume deveria corresponder a um requintado sabor.

Quem estava à mesa era o Duque Sforza com sua corte, ou seja, os mais exigentes comensais da Itália. Porém, não restava outra saída senão correr o risco. Tomou, pois, a decisão de servir como sobremesa aquela curiosa iguaria. Ele próprio se incumbiu de cortá-los caprichadamente em fatias e dispô-las de forma artística em bandejas de prata.

 

 

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Surpreenderam-se o Duque e seus convivas, ao verem aquele exótico bolo enfeitado por frutas cristalizadas e do qual se desprendia um convidativo perfume. Instintivamente, começaram a aplaudir, e num instante seu requintado sabor lhes havia conquistado o paladar. Sucesso completo!

 

O Duque mandou vir à sua presença o autor daquela obra maravilhosa. Para surpresa de todos, não apareceu o afamado mestre, mas um tímido ajudante de cozinha.

 

- Qual é teu nome? – Eu me chamo Toni…

 

- Ora, então este é o Pane Toni! (o Pão do Toni).

 

Deste modo, o Duque Ludovico Sforza batizou aquele curioso pão doce com o nome de Toni, seu criador. E determinou-lhe que preparasse outros iguais, em maior quantidade, no Natal do ano seguinte. Assim nasceu o panetone, por obra do acaso, aliás, como tantas maravilhas da arte culinária.

Em pouco tempo, o “Pão do Toni” conquistou os lares italianos, e se espalhou pelo mundo inteiro, a ponto de ficar indissociavelmente ligado às festas natalinas.

 

 

(Revista Arautos do Evangelho, Dez/2002, N. 12)”

 

Fonte: http://www.gaudiumpress.org/content/42747-Panetone

 

 

 

 

FELIPE AQUINO   -  Escritor católico. Prof. Doutor da Universidade de Lorena. Membro da Renovação Carismática Católica.

 



publicado por Luso-brasileiro às 12:05
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HUMBERTO PINHO DA SILVA - A MANIPULAÇÃO DA SOCIEDADE

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na segunda metade do século. XX, para se avaliar a força da publicidade invisível, realizou-se, na cidade de Nova Jersey, nos Estados Unidos, curiosa experiência:

 

Foi colocado, em sobreposição, por segundos, quase invisivel, no filme que estava a ser projetado num cinema, publicidade à Coca-Cola e a Pop corn.

 

Verificou-se que no intervalo, o bar da sala de espetáculo, foi invadido por pessoas ávidas de refrescarem-se com a bebida indicada, acompanhando-a com pop. corn.

 

Diariamente somos bombardeados pela publicidade; e ainda que muitos pensem o contrário, ela influi nas nossas escolhas e gostos.

 

Poucos conseguem pareceres, fruto de aturadas meditações. A maioria, exprime os conceitos do seu jornal ou da emissora de rádio ou TV, que habitualmente escuta.

 

O homem-massa não tem ideias nem opiniões; só imite pareceres, após ler o articulista preferido, ou depois de ter consultado o líder do partido político, em que se filiou ou que simpatiza. Mesmo assim receia, em regra, tomar posição. Prefere dizer: “ ouvi”, “dizem”, “ é o que consta” ou afirma categoricamente: “ li no jornal”.

 

Os fazedores de opinião conhecem a fragilidade das massas e agem habilidosamente para influenciarem a opinião pública.

 

Esta que é acéfala, sempre pensa por cabeça alheia: pelo que está na moda.

 

E a moda, é ditada pela mass-media, que, conscientemente, vai “envenenando” a população, no intuito de aceitar o que meses ou anos atrás, reprovava.

 

A novela televisiva não serve apenas para entreter o nosso serão; o enredo é escrito, em geral, para alterar o pensar da sociedade.

 

A telenovela e o cinema, há muito deixaram de ser o espelho da vida quotidiana; transformaram-se em armas poderosas, que conseguem mudar opiniões e inculcar nova-moral e novos valores.

 

Assim como a “mentira”, tantas vezes “ martelada” no subconsciente, chega a parecer “ verdade”, também: conceitos, modas, vocábulos, atitudes e posturas, apresentadas na TV, conseguem que se aceite, o que antes indignava.

 

Os políticos e os publicitários conhecem esse extraordinário poder. Por isso, ao fazer-se referendo, por exemplo, sobre: o aborto, prepara-se a população para que tenha o parecer que lhes interessa.

 

Falo do aborto, mas podia falar de: homossexualidade, relações sexuais entre colegiais, e até ideologias políticas e religiosas.

 

Após a emissão de telenovela, que abordava a religião muçulmana, houve uma série de conversões ao islamismo, em território brasileiro.

 

Os observadores, mais atentos, avisam, que há meios de comunicação, a transmitirem programas e opiniões de figuras públicas, no propósito de incutirem novos modos de pensar, e abalarem convicções e valores há muito enraizados na população.

 

Não é de estranhar, que grupos económicos, partidos políticos e até grupos religiosos, estejam interessados em adquirirem: jornais, rádios e canais de televisão, para assim poderem facilmente manipularem a opinião pública.

 

 

 

 

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA   -   Porto, Portugal

 



publicado por Luso-brasileiro às 11:51
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EUCLIDES CAVACO - SEMPRE NATAL
 
 
 
 
 
SEMPRE NATAL É o poema de Natal seleccionado para esta semana que hoje vos ofereço com as minhas saudações natalícias. Vejam e ouçam este poema  aqui neste link:
 

http://www.euclidescavaco.com/Poemas_Ilustrados/Sempre_Natal/index.htm
 
 DESEJOS DE BOAS FESTAS
 
 EUCLIDES CAVACO   -   Director da Rádio Voz da Amizade. London, Canadá.
cavaco@sympatico.ca
 
 
 
 
***
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

  PRESÉPIO AO  NATURAL
 
 
 
      

Ele era o Rei do Mundo e bem  podia

Nascer num berço de preciosidade,

Amontoado de ouro – potestade!       

Com jóias da mais rica  pedraria!

 

 

 

Mas não. Deus aboliu a honraria

E quis que a Terra visse a humildade

Para termos no Céu felicidade

E servir-nos de exemplo a estrebaria!...

 

 

 

Se reina em muitas almas ambição,

Se deve meditar nesta lição

De Jesus, com Maria e S. José.

 

 

Pinheiro nada diz de divinal

Só Amor num "Presépio natural"…

Nos faz pensar em Deus com muita Fé!

 

 
 
 
CLARISSE BARATA SANCHES    -   Góis, Portugal.
 


publicado por Luso-brasileiro às 11:18
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Sábado, 21 de Dezembro de 2013
CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA - NATAL DE LUZ

 

 

 

 

 

 

            Segundo meus pais, logo que eu aprendi a falar, e quem me conhece pode imaginar que foi logo, no meu primeiro Natal eu já pedia para ir ver as “boinhas”. No caso, eu estava encantada com as bolinhas e luzes de Natal e, de fato, de lá para cá continuei sendo uma amante da decoração Natalina.

 

            Na minha casa, a decoração de Natal é colocada logo após o Dia de Finados. Eu mesma me encarreguei de fazer uma parte dela, mas o que mais me chama a atenção são os enfeites luminosos e coloridos. Agora, na proximidade de mais um Natal, o quadragésimo da minha vida, começo a refletir a razão pela qual gosto das luzes e das “boinhas” até hoje...

 

            De início é claro que isso se dá por um aspecto nostálgico, de lembrança dos Natais que passei com meus pais e avós, da crença doce na existência do Papai Noel e da ansiedade para encontrar os presentes embaixo da árvore. Tenho, ainda, muitas lembranças de Natais ao lado de tios, primos e agregados à família, todos juntos no preparo dos quitutes que comeríamos na ceia. Tudo muito simples, mas em abundância e com alegria. Assim, nem poderia ser diferente que meu espírito do Natal passado seja feliz e queira me visitar novamente todos os anos.

 

            Por outro lado, creio que hoje as luzes e a beleza dos enfeites tenha para mim e para muitas pessoas, também outro significado. Nessa época do ano, todos nós estamos um pouco cansados do trabalho, do estudo, da lida diária, ansiosos por um oásis de descanso, de novas risadas, de nos reunirmos com aqueles de quem gostamos, seja família ou amigos, família do nosso coração.

 

            Natural, portanto, que a visão das cores, dos enfeites, adiante em nossos corações a expectativa de que esses momentos estão por vir, no espírito do Natal futuro, daquele momento que sempre é especial em nosso desejo, mesmo quando não acontece. É como se tivesse o condão de criar em nós um traço de novas esperanças, ainda que não nos demos conta sempre disso...

 

            Imagino, portanto, que as luzes, do mesmo modo, tragam a nós, ou a maior parte de nós, a esperança de que há saídas, há luzes que não estão apenas no fim do túnel, mas por todo ele, a nos guiar. A essas luzes simbólicas, podemos dar o nome de amor, fé, paz ou mesmo de Deus...

 

            No espírito desse Natal do presente, eu me sinto feliz por poder ter olhos de ver um mundo que não está na escuridão. Desejo, assim, que todos possam ter um Natal feliz, cada qual ao seu jeito, do seu modo, com suas crenças. Que as luzes da vida se acendam, uma vez mais, em nossos íntimos, dando-nos a necessária paz aos nossos corações.  Espero, por muitos Natais, ainda me encantar com as  “boinhas” e sorrir ao saber que, seja o que for, elas estarão  de volta no próximo ano...

 

 

 

 

 

CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA    -  Advogada, mestra em Direito, professora universitária e escritora   -  São Paulo.

 

 

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 11:54
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VALQUÍRIA GESQUI MALAGOLI - OK, EU ME RENDO !

 

 

 

 

 

 

 

 

"Não raro, quanto mais nos despimos das aparências, mais o rodamoinho das circunstâncias... delas nos reveste! É preciso persistência para, ainda assim, tentarmos andar desnudos."

 

De repente, vi-me presa na reflexão acima, que, se fora exercício literário oriundo de observação cotidiana, tornou-se constatação. Não foi divertido, certas verdades nunca o são.

 

Talvez a dor que me sobreveio, notória a todos em algum momento da vida, resida no imanente contraste, considerando quantas mentiras são hasteadas em nome de verdadezinhas pessoais, legítimas mesquinharias, isso sim.

 

O ser humano, tão acostumado a seguir líderes, desatenta à voz da consciência, pois – educado a não pensar – vem se tornando cada dia mais alienado. Facilmente manipulável e medroso, é objeto de subordinação a quaisquer ditames.

 

Com o bom senso em desuso, é-nos custoso procurar a verdade, enfim. Mais à mão fica dizer amém às conveniências; acomodarmo-nos; silenciar diante de quem fala mais alto.

 

Isto é só um desabafo. Um tanto ácido, porque resultante de recente descoberta desta que lhes fala, em suma. Contudo, outro tanto doce, porque dialoga com muita gente, de leitores fiéis a quem, por acaso (se acreditar em acaso) chegou até este ponto da leitura.

 

Na verdade, ando cansada dos modismos e das etiquetas que, entre outros ridículos, nos expõem a dar e receber flores de quem nos quer e faz mal. Exauri-me disto, de tudo mais que a isto se assemelha e que me obriga a me assemelhar aos que o fazem... ou seja... não raro, quanto mais nos despimos das aparências, mais o rodamoinho das circunstâncias... delas nos reveste! É preciso persistência para, ainda assim, tentarmos andar desnudos.

 

Então, ok, me rendo. Saio do círculo vicioso e ignóbil, rendida a meus princípios somente; vitoriosa, porque despojada da vaidade que me quis moldar à força. Fecha-se este ciclo de dor, cujas cinzas incensam no ar um sopro de vida nova – ressurreição.

 

 

 

 

 

Valquíria Gesqui Malagoli, escritora e poetisa, presidente da Academia Feminina de Letras e Artes de Jundiaí. vmalagoli@uol.com.br / www.valquiriamalagoli.com.br

 

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 11:48
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JOÃO CARLOS MARTINELLI - LOUVAR O NATAL É COMEMORAR A VIDA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Mais do que comprar presentes e encher a geladeira de comes e bebes, é  necessário cultivar a espiritualidade e a prática social da solidariedade que ajuda  a transformar a sociedade. Procuremos fazer do Natal, uma festa permanente, capaz de renovar para todos, sem quaisquer distinções, a esperança de tempos melhores e dias mais felizes

 

 

Até mesmo em países onde a população cristã é minoritária, o Natal marca a grande festa da solidariedade universal. Por mais que tentem revestir essa data de um caráter manifestamente comercial, ela tem resistido aos mecanismos de consumo, mostrando que sua mensagem é mais forte do que qualquer manipulação de seus símbolos, que  freqüentam tanto as vitrines iluminadas dos grandes magazines como a sala de visita de quase todas as casas, nos lugares mais recônditos do planeta.

 

Efetivamente, num mundo tão cingido por desavenças e injustiças de toda espécie, o menino que nasce em Belém nos convida a olhar fundo para o nosso próximo e lembrar que ele é irmão de Cristo e, portanto, nosso irmão, renovando as esperanças de que um dia os homens conseguirão viver em paz e fraternidade.

 

Louvar o Natal é comemorar a vida, reafirmando na família e na comunidade, os valores do Evangelho libertador de Jesus, pois a encarnação é um ato que nasce da liberdade e do amor. Por isso, todos os anos, a sua celebração deveria se transformar em momento de meditação e nessa trilha, enquanto forem furtados ao povo, em especial à criança, os direitos de acesso à educação, à saúde, à moradia digna não haverá festejo natalino, porque falta libertação.

 

Os indivíduos sem tempo ou condições para pensar, oprimidos e espoliados terão maiores dificuldades em acreditar também no amor divino. Aí está a nossa grande responsabilidade: contribuir para que este país propugne por uma distribuição igualitária de renda e por dignidade para sua gente, constantemente explorada em suas aspirações mais primordiais.

 

Com um pouco mais de ânimo, apesar da insegurança do tempo, da fragilidade dos relacionamentos que nos envolve  e rouba de nós o essencial, sem que  percebamos isso, precisamos colocar em prática os ensinamentos do Menino que veio nos libertar, para amarmos e transformarmos nossa vida por amor, fazendo da convivência,  num momento marcado por conflitos e opressões, a grande escola de harmonia e isonomia entre os seres. Invocamos aqui, a título de reflexão, Maria Helena Brito Izzo, terapeuta clínica e familiar: - “Tomar consciência do lento e gradativo processo de transformação que acontece, diariamente, conosco e com as demais pessoas ao nosso redor, ajuda-nos a lidar melhor com as mudanças  e nos beneficiar delas” (Revista “Família Cristã”- 12/96- p.29).

 

O clima natalino envolve as pessoas, sobretudo num clamor de poesia e ternura, singeleza e encanto, fazendo renascer  sentimentos de sincera humanidade, de compreensão e de compaixão, alimentando a confiança mútua. Os sorrisos afloram com mais facilidade e as armaduras construídas na dura batalha cotidiana parecem menos impenetráveis, talvez em sinal de reverência, mesmo que inconsciente, a um Deus que se fez homem, para assumir o mundo.

 

E cada pessoa assume o Natal toda vez que com um gesto de fraternidade, um apelo à justiça, um abraço de perdão, permite que Jesus nasça em seu coração. Desejamos assim, aos nossos leitores e amigos, que a festa do menino de Belém aconteça na concórdia e em plenitude de amor e um 2014 iluminado pela Boa Nova de vida, realizações e respostas para os anseios da grande maioria.

 

 

 

 

 

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI  é advogado, jornalista, escritor e professor universitário .

 

 

 

 

 

             



publicado por Luso-brasileiro às 11:35
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