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Sábado, 26 de Maio de 2018
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI - A MAIOR CRISE DA ATUALIDADE: AUSÊNCIA DE DEUS NA CONVIVÊNCIA HUMANA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                               

 

 

 

 

 

Celebra-se no próximo dia trinta e um de maio, a festa de CORPUS CHRISTI,  expressão latina que significa CORPO DE CRISTO, Uma das mais importantes do calendário católico, visa reverenciar a EUCARISTIA, na qual, segundo a crença, Cristo se encontra presente, sob as aparências do pão e do vinho, alma e divindade. Efetivada anualmente na quinta-feira após o domingo que sucede o Dia de Pentecostes, outra solenidade litúrgica, a sua principal cerimônia consiste numa tradicional procissão. Esse cortejo, em muitas localidades, segue por ruas enfeitadas com trabalhos artesanais, cujos temas são predominantemente religiosos e geralmente elaborados pelos próprios membros das comunidades, que, entre outros materiais, utilizam-se de pétalas de rosas e resquícios de madeira. Em Jundiaí, já há alguns anos observa-se tal manifestação no bairro Parque Eloy Chaves e na região, a cidade de Itu se destaca pela beleza e harmonia da decoração de suas vias centrais, atraindo turistas de todo o Estado.

                        Por seu próprio significado e por  ressaltar uma das partes centrais de todo o culto da Igreja - a instituição da COMUNHÃO, talvez o maior dos sacramentos cristãos -, a comemoração de quinta-feira que vem se revela de suma relevância, trazendo-nos à memória, o dia que antecedeu a morte de Jesus no Calvário, quando Ele se despediu dos  apóstolos e transformou o pão em seu corpo, pedindo aos seus seguidores que continuadamente repetissem o ato, propagando assim, a lembrança da Sua presença entre os homens.

           Historicamente, a celebração surgiu na Bélgica para saudar o início da prática eucarística, sendo posteriormente institucionalizada pelo Papa Urbano IV em 11 de agosto de 1264. Preliminarmente deveria ocorrer na Quinta-Feira Santa, coincidindo com a última ceia, mas foi transferida para outra data, entendendo-se que a anterior seria sensivelmente prejudicada pelas liturgias em torno da cruz e  da morte do Senhor, na Sexta-Feira Santa.

            Solenizar portanto, esta data santificada, significa abrir corações e mentes aos nossos semelhantes, principalmente os injustiçados e oprimidos. É compreender que a palavra de Deus é a que ensina, reconforta e traz esperança, revelando-se nas mais diversas formas, tais como um sorriso infantil, a emoção de uma descoberta, um instante de reflexão, os gestos solidariedade, a liberdade, a luta por igualdade, a fraternidade, o respeito ao próximo e principalmente, a partilha. A maioria das pessoas tem consciência desses atributos, mas por comodidade e apego material, adapta os ensinamentos divinos aos próprios interesses. Interpretam-nos de acordo com tudo que lhes convém, modificando a essência clara e extremamente nítida dos princípios e pregações cristãs. Cria normas de conduta específicas, justificando isoladamente o egoísmo de que é dotada, permanecendo  inaudita aos verdadeiros valores. Pratica uma auto-religião, simula atos caridosos e tenta enigmaticamente esconder-se do remorso que a  persegue.

            É por isso que o mundo se encontra moralmente tão  instável e frágil, no qual o predomínio de uma cultura consumista, obediente a ditames exclusivamente  econômicos, vem sufocando a espiritualidade e esfriando a convivência humana. Não é só a crise energética, advinda da imprevidade e da falta de planejamento de nossos administradores que nos afeta diretamente. As graves alterações que estão sobrevindo e afetando o curso de nossas vidas, acarretando um estado crônico de desequilíbrio, de preconceitos, de reações violentas ou agressivas,  de retrocesso das coisas,  fatos e  idéias,  de dúvidas, incertezas, conflitos e tensão, de desesperança, de alienação e de  massificação, na realidade, assentam-se num generalizado afastamento da humanidade de Deus ou até de uma  aproximação, que não se concretiza pela ausência de autenticidade no cumprimento de Sua palavra.

            Aproveitemos assim o feriado da próxima quinta-feira, para meditarmos sobre o grau de  participação que estamos desenvolvendo na busca de um universo melhor para todos, procurando desvencilharmos da pesada carga de negligências, incompreensões, defeitos e individualismo que vêm assenhorando nossas mentes, impedindo-nos de contemplar a Verdade em razão da névoa de interesses materiais que tem cegado o entendimento quase geral das pessoas.

 

 

           

 

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor da Faculdade de Direito do Centro Universitário Padre Anchieta de Jundiaí. É presidente da Academia Jundiaiense de Letras (martinelliadv@hotmail.com)

 



publicado por Luso-brasileiro às 19:44
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ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS - UM DEPOIMENTO DO CONDE D'EU

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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A propaganda republicana procurou “diabolizar” a figura do Conde d´Eu, apresentando-o sistematicamente como um príncipe orgulhoso, sovina, antipático, carregando os erres de modo pouco eufônico para ouvidos brasileiros, incapaz de compreender e menos ainda de estimar nosso país e nossa gente; elevado a marechal de Exército imperial exclusivamente por se ter casado com a herdeira do Trono, seu papel como comandante supremo na última fase da Guerra contra Solano López, teria sido quase de opereta, quando não de extrema brutalidade.

As 80 cartas escritas pelo Conde d´Eu a D. Maria Amanda Lustosa Paranaguá Dória (1849-1931), Baronesa de Loreto, entre 1912 e 1921, e depositadas no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, revelam a verdadeira face do missivista, que era um homem de todo em todo diverso do que geralmente se pensa dele: era carinhoso, afetivo, bondoso, sensível, religioso, profundamente amigo do Brasil e dos brasileiros, interessando-se empenhadamente pela saúde dos correspondentes, dos amigos e até dos criados das famílias com quem tinha relações. Pode-se ver, a respeito, uma coletânea comentada dessas cartas, que publiquei na “Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro” (v. 467, p. 219-247, 2015), disponível no site do IHGB ou no seguinte link: https://drive.google.com/file/d/0B52TfDygHoA1 dDNkdk84VlJJS2s/view

No tocante à pretensa brutalidade e selvageria que os militares brasileiros, sob o comando do Conde d´Eu, teriam manifestado no Paraguai, vale a pena transcrever aqui trechos de uma carta escrita em Boulogne-sur-Seine, em 2/1/1917, na qual a realidade dos fatos é exposta. Depois de agradecer o envio de recortes diversos da imprensa brasileira, o Conde d´Eu se refere a uma revista que a Baronesa de Loreto lhe enviara:

 “A `Revista Parlamentar´ (...) tem cousas interessantes; mas não sei como publicaram nela (a páginas 18 e 19 do n º. 29-30) um artigo firmado, ao que parece em Buenos Aires, por um Dr. Baqueiro Leal, General Médico cujo propósito é inocentar o Francisco Solano López, criticando o Imperador cujo propósito não foi, como indica esse escritor, libertar o Paraguai, mas vingar a afronta injustificável feita ao Pavilhão Brasileiro pelo aprisionamento, em plena paz, do vapor Marquês de Olinda no Porto de Assunção a 11 de novembro de 1864, e impedir, pela supressão do poderio militar de López, a repetição de tal atentado e do da invasão do território brasileiro em duas províncias, atribuindo também nesse artigo ao exército brasileiro procedimento desumano, absolutamente contrário ao que observou. Protesto sobretudo contra a alegação de que a Campanha das Cordilheiras `ofereceu a este respeito´ aspectos aterradores, `incêndios de hospitais, profanações de todo gênero´ (tendo aliás o autor o cuidado de não indicar quais foram).

“- Bem longe de não dar-se quartel a prisioneiros, eram estes recebidos com a maior humanidade e geralmente logo postos em liberdade. Tão raros eram os abusos porventura praticados por nossos soldados mesmo incultos, para com os inimigos inermes, que estando em Caraguataí em fins de agosto de 1869, mandei castigar rigorosamente um soldado que ferira a uma velha paraguaia para roubar-lhe um carneiro. Infelizmente quase já fico só eu para recordar esses fatos. - Quais as cidades que se diz terem sido destruídas? Não se pode apontar uma só nem saque, salvo talvez o que não se pôde impedir nos momentos imediatos ao cruento assalto de Peribebuí. Nem tenho ideia qual seja o lugar de `Sete Cerros´ onde se alega sem verdade terem sido degolados prisioneiros. Se o território do Paraguai ficou em grande parte talado ou inculto foi isso devido a ter o ditador López obrigado a população a abandonar seus lares para seguir seu exército em retirada e assim pereceram de fome as famílias que não conseguiram em tempo subtrair-se a essa tirania, e apresentar-se, como inúmeras vi, ao nosso exército e assim voltar a suas posses. - Se a população dessa infeliz República ficou com efeito reduzida de 800.000 almas a 14.000 de sexo masculino, a culpa não foi dos aliados e sim do Ditador que, para prolongar no seu único interesse pessoal resistência obstinada e cega, chegou a alistar pela força e levar à morte até menores de 14 anos. - Desculpe este desabafo. - Senhora D. Amanda, se achar possível dar publicidade a estas mal traçadas linhas (...), bastante lhe agradecerei; pois não posso dirigir-me a escritores que me são desconhecidos. (...). a) Gastão d´Orleans.”

O depoimento do Marechal Conde d´Eu fala por si. Não há o que comentar.

 

 

 

 

ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS, é historiador e jornalista profissional, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Academia Portuguesa da História.

 



publicado por Luso-brasileiro às 19:40
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CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA - CAFÉ COM PÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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            Acredito que poucos aromas são tão universalmente sedutores quanto o de pão saindo do forno e o de café recém passado. Onde quer que estejamos no mundo, esses verdadeiros perfumes são capazes de nos trazer reconhecimento, de nos transportar para lugares familiares. Particularmente, sempre associei os dois a boas e afetivas lembranças, desde as fornadas de pães nas casas dos meus avós paternos e maternos, até o cheiro de café que me saudava pelas manhãs nas quais eu ainda morava com meus pais.

            Talvez seja por isso que minha refeição preferida, de longe, é o café da manhã, no qual, a despeito das modas “low carb”, não dispenso uma fatia de pão e uma xícara fervendo de café fresco. Degusto esse momento com vagar, feliz por ser capaz de fazê-lo e, nesse ato, preparo-me para mais um dia da minha história pessoal. Há alguns dias, no entanto, acresci a esse ato mais um forte sentimento.

            Iniciei, há umas duas semanas, a leitura, quase sempre noturna nesse caso, de um livro chamado “Os bebês de Auschwitz”. Preciso registrar que nunca gostei muito da temática do Holocausto ao qual os judeus e outros foram submetidos durante a 2ª Guerra Mundial, essencialmente por não ser capaz de ler a respeito de algo tão triste. Entretanto, arrisquei-me a essa leitura após ver a sinopse.

            Não vou aqui contar a história do livro ou, como se diz mais modernamente, dar “spoilers”, mas gostaria de compartilhar uma passagem que acrescentou outro significado ao meu ritual alimentar matinal. Em dado momento, algumas prisioneiras dos campos de concentração, famintas, doentes, esquálidas, destituídas de toda a sua dignidade, a fim de manterem o mínimo de sanidade mental que lhes restava, faziam jogos orais de imaginar o que comeriam quando saíssem de lá e, como regra, o alvo dos desejos não era nada demais, mas tão somente uma xícara de café quente e uma fatia de pão fresco.

            Ler essa passagem específica do livro me deixou muito sensibilizada e não sei se pelo fato de pensar em como não damos o verdadeiro valor às coisas mais simples e triviais da nossa vida ou se foi por pensar que a quase totalidade delas nunca mais chegou a ter essa alegria, perdendo suas vidas pelas doenças ou pela câmara de gás. Mais do que toneladas de corpos, essa guerra (como tantas outras, inclusive), sepultou uma infinitude de sonhos e de desejos, mesmo os mais singelos deles.

            Posso vir a me esquecer da totalidade do que foi narrado nesse livro, cuja leitura recomendo, mas estou absolutamente certa de que jamais serei capaz de olhar para minha xícara de café e para o meu pãozinho, ambos quase sempre feitos por mim mesma, sem reverenciar a memória daqueles que sequer podem se dar a esse mínimo, a esse luxo, sem que me venha à mente as mulheres judias que sonhavam somente com aquilo que a maioria de nós faz quase dormindo, todos os dias, todos os santos e abençoados dias...

 

 

 

 

 

CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA - Advogada,professora universitária, membro da Academia Linense de Letras e escritora.  São Paulo

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 19:36
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MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE - VIVÊNCIAS COM TONICO PERÊ

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Vivências com “Tonico Perê” são possíveis a partir da leitura do livro, com esse título, de autoria do escritor Evandro Fernandes da Silva e lançado, em março, pela Editora In House. As ilustrações são de Inos Corradin.  Coisa boa: Evandro e Inos. Gente que tem o dom de mexer com o coração do próximo. O Evandro, bacharel em Direito e do 4º Tabelião de Notas de Jundiaí, é um ser humano muito especial, com a capacidade de fazer com que se sinta único e importante, quem dele se aproxima.
O romance percorre mundos diferentes: o de Tonico Perê; o do empresário para quem seu pai trabalhava, o de personagens aliados no interesse pelo poder e pelo lucro, acima de qualquer virtude; o de pessoas, com diferentes vocações, motivadas pelo correto. 
É uma história tão verdadeira. Existe nela uma rede de prostituição, em que pagavam mercenários para raptarem meninas, cuja virgindade seria leiloada. Depois, eram entregues a uma religiosa do mal, para que desse cabo de suas vidas. Nossa!!! Conheci mulheres, em situação de prostituição, cuja trajetória de vida foi imposta a partir de um leilão, com lucro para cafetinas e rufiões. De uma delas, a partir dos sete anos, aguardavam que completasse os dez para o leilão. A mãe tivera história semelhante. E por incrível que pareça, na entrada da boate, havia uma imagem do Padre Cícero. Como é difícil romper esse círculo de morte.
Tonico Perê, menino de cinco anos, vai por esse livro, diferentemente de alguns personagens, crescendo em dignidade e se fazendo música.
A respeito da corrupção, uma das personagens principais diz: “Seu idiota, nenhum homem na terra é incorruptível ou marrento. Tudo depende da competência do corruptor e de sua oferta”. Colocações como essa devem nos chamar a uma prudência maior, a fim de que “corruptor competente” algum possa nos atingir.
O livro, muito bem escrito - a cada capítulo eu desejava mais saber o que aconteceria no próximo -, desperta o interesse do leitor e é da vitória do bem, assim como são o Evandro e o Inos.
Recomendo.
 

 

 

 

MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE -

 Professora e cronista. Coordenadora diocesana da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala. Jundiaí, Brasil.



publicado por Luso-brasileiro às 19:30
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ALEXANDRE ZABOTE - COMO DEFENDER A FÉ NA UNIVERSIDADE ?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Alexandre Zabot

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tenha fé, todos procuram a Deus, até mesmo o professor mais soberbo da sua universidade, e não será um arcanjo que irá falar do Reino dos Céus para essa pessoa, mas você!

 

 

Por ser professor universitário e católico, costumo receber perguntas de estudantes universitários católicos que têm dificuldades na universidade com professores e colegas que não são católicos. Relatos de preconceito, ironias e piadas são comuns. Geralmente me perguntam como agir para serem coerentes com sua fé e ao mesmo tempo não colocarem-se desnecessariamente em uma situação de risco acadêmico. Além disso, gostariam de poder ajudar as pessoas que lhes agridem, mostrando a beleza da fé. Neste artigo vou responder à pergunta com mais detalhes do que costumo fazer por e-mail.

 

 

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  1. Ame sempre e perdoe

Antes de tudo devemos lembrar que somos chamados a amar, compreender e desculpar. Você não deve sentir raiva da pessoa. Por mais ofendido que possa ter sido, deve procurar compreender aquela atitude e cobri-la com milhares de desculpas e razões para ter agido daquele modo. Não é assim que uma mãe faz com aqueles pequenos erros que um filho comete? “Ah, tadinho, está com fome, está cansado, está entediado …”, ou então, “ele ainda é muito novinho, não entende essas regras de adultos”. Sempre podemos fazer o mesmo: “coitado, nunca teve contato com o verdadeiro Evangelho, só versões deturpadas e simplificadas”, “não conhece História a fundo”, “teve alguma dificuldade na vida e colocou a culpa em Deus”. Provavelmente você irá acertar, pois como dizia o bispo americano Fulton Sheen: “Não há cem pessoas nos EUA que odeiam a Igreja Católica, mas existem milhões que odeiam aquilo que pensam ser a Igreja Católica”.

 

 

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  1. Aprenda a acolher

O primeiro passo precisa (necessariamente!) ser esse acolhimento da pessoa que lhe agride. Sem isso, você irá querer agredi-la também, e assim não poderá ajudá-la. A agressão pura e simples nunca é boa. Você pode até dizer palavras duras como resposta, mas essas palavras precisam ser ponderadas na caridade, caso contrário, não serão um remédio (amargo às vezes), mas sim um instrumento que fere.

Outra razão para procurar desculpar a pessoa é que assim você poderá começar a trabalhar o segundo passo: por que ela age assim? Você precisa “entrar” na mente e no coração dessa pessoa. Nunca esqueça que nós agimos sempre com a mente e o coração (razão e sentimentos), e que nosso agir depende muito da nossa história pessoal. Você precisa se tornar próximo, verdadeiramente amigo daquela pessoa para poder conhecê-la e ajudá-la. Como um médico poderia tratar um doente se não quisesse gastar tempo em descobrir a doença que acomete o paciente? Veja-se como um médico, médico de almas, e que foi colocado pela Providência Divina junto daquela pessoa para ajudá-la.

 

Leia também: A Fé Católica

A identidade e a missão da Universidade Católica

Uma história que não é contada nas escolas

Igreja Católica, mãe das Universidades

A dor do coração de um pai

Os Cientistas e a Fé

 

 

 

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  1. Seja prudente e entenda: nem sempre ganhar discussões é evangelizar!Quando se trata de um professor universitário, valem algumas dicas que em geral nos ajudam a encontrar o problema com mais facilidade. Você precisa saber que o defeito mais comum (quase unânime!) dos professores universitários é a soberba. Há uma piada que diz que depois do doutorado as pessoas se tornam “PhDeuses” (uma brincadeira com o nome do título de doutor fora do Brasil: PhD). Infelizmente, a maioria dos professores universitários sofre de vanglória e vaidade. Se vangloriam de saber muito e acreditam ser admirados por todos. Consideram-se o que há de melhor na sociedade porque estudaram muito e são cientistas. Claro que isso é uma bobagem, e é evidente que estão errados. Sabem muito só de uma área (às vezes nem isso!) e não são admirados pelas outras pessoas só porque têm doutorado.

Assim, você precisa tomar cuidado quando contraria um professor, especialmente se for na sala de aula e na frente de outros alunos, pois provavelmente ele é soberbo e a vaidade o tornará muito agressivo. Em geral os professores soberbos consideram os alunos como muito ignorantes e por mais que você possa usar os argumentos mais sábios, mais bem elaborados, não será em uma discussão na frente de toda a turma que você sairá ganhando. Aliás, nem deveria pensar em ganhar discussões, evangelizar não é ganhar discussões. O que você provavelmente ganhará será um problemão com um professor ofendido no seu pé. A sala de aula é o templo do professor orgulhoso. É lá que ele tem poder e é admirado pelos alunos. Eu tive um professor de Cálculo que dizia que só ele podia tirar a nota máxima, por melhor que o aluno fosse na prova, ele sempre encontrava algo para descontar, nem que fosse a letra feia!

Infelizmente, esta visão inferior dos alunos que os professores universitários mantém é alimentada muitas vezes pelos próprios alunos que, não raro, são péssimos estudantes e muito pouco comprometidos com as disciplinas. Para você ganhar respeito do seu professor, mostre empenho no estudo, ordem nas suas anotações e manifeste interesse em entender a matéria, não somente em tirar uma nota boa. Procure-o para fazer perguntas sobre as questões difíceis, não falte às aulas, vá bem vestido (uma parte considerável dos meus alunos vêm vestidos como se estivessem indo à praia! Já tive aluno descalço na sala — e o celular dele mostrava que não era por falta de dinheiro).

Com o passar do tempo, tendo caridade pelo seu professor e tendo ganhado o respeito dele por ser bom aluno, vá procurando falar com ele a sós das piadas e ironias que ele faz na sala. Procure deixar claro que além de você há vários outros estudantes que são ofendidos por ele e que não falam nada por medo de retaliações. Acredito que ele irá mudar o comportamento. Se houver abertura, vá falando da sua fé para ele.

 

 

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  1. Com jeitinho, ajude a formar seus colegas na fé

Com os colegas o apostolado deve seguir o mesmo esquema. A maioria dos estudantes universitários que se diz ateu é tão soberba quanto os professores. Além disso, como os professores, também foi muito mal formado na fé e em assuntos de humanidades, como História e Filosofia. Mesmo nos departamentos de humanas é possível constatar uma imensa ignorância nessas matérias, pois costumam estudar somente uma dúzia de autores favoritos e que pensam todos de forma igual. Faça o teste, escolha um autor — moderno ou não — que escreva fora da linha ideológica marxista e verifique que a maioria nem mesmo o conhece!

 

  1. Todo cuidado é pouco. É preciso trabalhar com cautela!

Para encerrar, gostaria de fazer uma advertência. As meninas não devem procurar fazer apostolado com os professores homens, assim como os rapazes não devem fazer apostolado com as professoras. Provavelmente seu professor(a) é casado(a) ou tem namorada(o). Além disso, mesmo que não seja o caso, o envolvimento de alunos com professores é muito antiético. Nestes casos, você deveria procurar por um(a) colega que têm fé e pedir ajuda, explicando que você não pode se tornar próximo de uma pessoa que é casada pois isso poderia acabar mal.

O apostolado direto passa por tornar-se amigo da pessoa, amigo íntimo, em compartilhar das alegrias e penas da vida. Uma relação íntima assim pode acabar em paixão quando se trata do sexo oposto e todo cuidado é pouco nestes casos. São Jose Maria Escrivá dizia que para ajudar um amigo podemos ir até às portas do inferno, mais não, pois lá dentro já não se pode mais amar a Deus. O conselho vale para essa situação, pois que tipo de ajuda você dará para a pessoa fazendo-a pensar em adultério?

Por fim, mesmo que você não consiga se aproximar do seu professor ou colega, a sua atitude de bom estudante, de católico coerente e que vive sua fé com profundidade e naturalidade, de bom amigo, irá chamar a atenção. Talvez não dessa pessoa, mas de outra que Deus colocou do seu lado para ser ajudado e você nem tenha reparado. Muitas palavras de fé que dizemos hoje só vão germinar anos mais tarde, em algum momento decisivo da vida. Tenha fé, todos procuram a Deus, mesmo o professor mais soberbo da sua universidade, e não será um arcanjo que irá falar do Reino dos Céus para essa pessoa, mas você.

 

 

 

 

 

ALEXANDRE ZABOT   -    Fisico. Doutorado em Astrofisica. Professor da Universidade Federal de Santa Catarina.   www.alexandrezabot.blogspot.com.br

 



publicado por Luso-brasileiro às 19:13
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JOSÉ RENATO NALINI - TRISTE GENTE DESMEMORIADA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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O Brasil de hoje parece que surgiu há alguns anos e que tudo começou com os atuais quadros. Políticos, atores, cantores, jogadores, celebridades. Não existiu passado, nem interessa o futuro. Importa é o presente, com a busca de interesses imediatos. Vide a “tática das homenagens”: o importante é o cargo, não a pessoa. Reverenciem-se os cargos, as funções, qualquer ser humano que detenha – até por pouco tempo – uma parcela de poder.

Já fomos melhores. Já tivemos brasileiros mais patriotas. Revisito, com nostalgia, um pouco da vida de José Bonifácio de Andrada e Silva, não o Patriarca da Independência, aliás meu Patrono na Cadeira 40 da Academia Paulista de Letras. Mas o “Moço”, ao mesmo tempo neto e sobrinho do “Velho”.

José Bonifácio nasceu em 1827, o mesmo ano de criação da nossa Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Nasceu em Bordeaux, onde seu pai se encontrava exilado. Filho de Martim Francisco, um dos irmãos Andrada, e de Gabriela Frederica, filha de José Bonifácio o Patriarca. Ao se casarem, no ano de 1820, ela tinha catorze anos e o tio, seu marido, quarenta e cinco.

Foi um estudante exemplar. Estudou nas Arcadas e logo após formado, foi nomeado Lente Catedrático Substituto na Faculdade de Direito de Pernambuco, onde permaneceu por três anos. Nomeado Lente em São Paulo, aqui lecionou por décadas, jubilando-se em 1881.

Foi um homem polivalente. Poeta, professor de Direito, parlamentar e orador, um dos mais importantes abolicionistas brasileiros.

Alguns enxergam nele um “poeta menor”, pois não se compararia aos que conseguiram seus nomes inscritos nas colunas de sustentação da Velha e Sempre Nova Academia do Largo de São Francisco: Fagundes Varella, Álvares de Azevedo e Castro Alves. Mas críticos severos, como Silvio Romero e João Ribeiro o elogiam. Consideram-no até influenciador da poesia de Casimiro de Abreu, “Meus Oito Anos” e de Luiz Guimarães Júnior, “Visita à Casa Paterna”. Dez anos antes deles, elaborou poesias que têm muito em comum com esses tão repetidos versos.

Foi pioneiro ao contemplar o africanismo em sua poesia. Ao escrever “Saudades do Escravo”, profetizava a sua vocação para lutar pela libertação dos irmãos africanos tratados como semoventes, quais mercadorias, vergonha que só desapareceu formalmente em 1888, dois anos depois da morte de José Bonifácio, “o Moço”.

Como professor, em 1868 lecionava para terceiranistas famosos: Rui Barbosa, Joaquim Nabuco, Castro Alves, Afonso Pena e Rodrigues Alves. Suas aulas eram tão esplêndidas, que Rui Barbosa chegou a escrever: “Discípulo, como fui, de José Bonifácio, seria orgulho, se não fosse gratidão, vaidade, se não fora dever, dar-vos aqui testemunho do seu magistério. Foi em 1868, quando comecei a ouvi-lo. ..Quando José Bonifácio assomou na tribuna, tive pela primeira vez a revelação viva da grandeza da ciência que abraçávamos. A modesta cadeira do professor transfigurava-se; uma espontaneidade esplêndida como a natureza tropical borbulhava dali nos espíritos encantados. Um sopro magnífico animava aquela inspiração caudal, incoercível, que nos magnetizava de longe na admiração e no êxtase”.

Nesse mesmo ano, os alunos se reuniram para homenageá-lo num banquete que aconteceu na Sala da Concórdia, em 13 de agosto. Quem o saudou foi Joaquim Nabuco. Ao rememorar essa festa, Rui Barbosa novamente esgrima seu belo verbo: “Entre as reminiscências do meu curso jurídico nesta cidade, nunca se me desfará da lembrança a recepção com que o acolheu, depois do golpe de estado de 16 de julho, a juventude acadêmica de 1868, em um banquete político de grandes proporções, que assinalou data na memória de quantos o celebramos; Joaquim Nabuco, o futuro orador do abolicionismo, ponto radiante que já se destacava na coroa solar do nome paterno;” – e enuncia outros nomes – para concluir: “José Bonifácio teve ali palavras comovidas, que se fonografaram no espírito dos ouvintes: ‘Os combatentes de hoje’, dizia, ‘são as aves já em meio do caminho, pisadas nos ramos secos da floresta. A mocidade é o futuro, as andorinhas em busca da primavera e da luz!”. Nisso um aluno aparteia: “A luz é Vossa Excelência!”, fazendo com que todos aplaudam, longamente, o homenageado.

Há muito mais a ser dito sobre José Bonifácio, “o Moço”. Quem é que hoje se lembra dele?

 

 

 

JOSÉ RENATO NALINI é desembargador, reitor da Uniregistral, escritor, palestrante e conferencista

 



publicado por Luso-brasileiro às 19:06
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FELIPE AQUINO - VOCÊ SABIA QUE SÃO JOSÉ DE ANCHIETA DAVA ORDENS AOS ANIMAIS E ELES OBEDECIAM ?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sua capacidade de mandar até sobre animais selvagens rendeu-lhe a o título de “primeiro Adão”. Em sua própria explicação, “o homem obediente a Deus tem todas as criaturas subjugadas”. Em dada ocasião, as pessoas saíram correndo de uma cobra. Ele, com toda a calma, tranquilizou-as e disse para a cobra: “Eu já não disse pra você parar de fazer essas maldades?”. A cobra abaixou a cabeça e foi embora… Isso acontecia praticamente todos os lugares pelos quais passava. Anchieta dominava onças e cobras – tinha “poder para pisar serpentes e escorpiões” (Sl 90,13), poder-se-ia dizer – e causava, com isso, a conversão de inúmeras pessoas.

 

 

Mais impressionante que seu poder com os animais, era sua extraordinária ação sobre os índios. Em Iperoig, sozinho, quando os índios irados se aproximavam para matá-lo, como vimos, eles imediatamente se detinham, olhavam para o seu rosto e desistiam de seu intento. Várias vezes, sertão adentro, índios selvagens se pacificavam tão somente com a sua presença.

 

 

 

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Leia também: Quem foi São José de Anchieta?

A Evangelização dos Índios no Brasil

Você conhece os Santos brasileiros?

 

Relatos juramentados e assinados narram que os pássaros guarás voavam sobre a canoa que Anchieta navegava muitas vezes, para protegê-lo do sol com sua sombra. Isto diversas vezes durante a travessia do canal de Bertioga e na Baía de Guanabara. As testemunhas contam as palavras que o Santo usava para falar com os pássaros na língua tupi.

Francisco da Silva, então menino de quatorze anos, depois sacerdote, narrou: “Eu vi nesta cidade do Rio de Janeiro, vindo em companhia do dito padre da Aldeia de São Lourenço, (…) em uma canoa, nos cercaram muitas baleias, de maneira que a canoa, nem para uma parte, nem para outra, podia passar, por estarem as baleias sobre a água… Então o padre disse: “não temais vós outros”. E dando uma benção às baleias, logo todas se foram ao fundo… E nós viemos embora todos” (Viotti, p. 208).

 

As pescas milagrosas

 

Os jesuítas formavam as povoações de índios catecúmenos vindo do sertão junto ao mar, porque facilitava a pesca. Eram milhares no tempo de Anchieta devido a seu trabalho como visitador e provincial. O seu biógrafo Pedro Rodrigues conta que um dia Anchieta chegou a uma aldeia do Espírito Santo onde os índios estavam tristes por não ter o que comer; e não era maré de peixe. Mas o Santo os levou todos ao mar; e toda a aldeia foi para a praia distante 15 km.

Anchieta perguntou que peixes queriam pescar, e eles responderam: “Guaramirim”. Anchieta indicou o lugar onde os peixes estavam e a pesca foi farta.

 

 

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Assista também: Quem foi São José de Anchieta?

 

Pedro Leitão, depondo no processo de beatificação informativo da Bahia, em 1619, conta um fato semelhante, ocorrido em 1579.

Mesmo não sendo a época da conjunção da pesca por causa da maré, os pescadores foram ao local indicado pelo Santo e pescaram muitos peixes passando a rede uma vez só. Em 1583, houve a “pesca milagrosa de Maricá”, como foi declarado sob juramento pelos padres João Lobato e Pedro Leitão. Um dia, bem cedo, após a Missa, Anchieta perguntou aos pescadores que tipo de peixe eles queriam pescar. Então, para cada tipo de peixe que os pescadores diziam, o Santo indicava-lhes o local onde os encontraria. A pesca foi abundante, e muitos pássaros vieram e incomodavam assim os pescadores na tarefa de limpar e salgar os peixes. Anchieta então ordenou, na língua tupi, que os pássaros deixassem os pescadores trabalhar em paz, que depois eles receberiam a comida. E os pássaros se foram…!

 

 

Conheça outros milagres de São José de Anchieta no livro: São José de Anchieta – O Apóstolo do Brasil –

 

 

Retirado do livro: “São José de Anchieta – O Apóstolo do Brasil -“. Prof. Felipe Aquino. Ed. Cléofas.

 

 

FELIPE AQUINO Escritor católico. Prof. Doutor da Universidade de Lorena. Membro da Renovação Carismática Católica.

 



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PAULO R. LABEGALINI - DUAS HISTÓRIAS DE CRIANÇAS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Considerando que os leitores deste espaço que escrevo são quase todos casados, resolvi fazer uma reflexão sobre a falta de atenção que destinamos a nossos filhos. Para isso, vou iniciar contando uma história:

“Um garotinho tristonho vivia perguntando ao pai quanto ele ganhava por hora de trabalho, mas sempre ouvia a mesma resposta: ‘Não sei, meu filho. Vá brincar que estou ocupado.’ Meses se passaram e a mesma pergunta continuava sendo feita, até que um dia o pai resolveu responder: ‘Ganho quatro reais por hora. Por que quer tanto saber?’ E o menino, falou contente: ‘Sabe o que é, pai, estou juntando dinheiro e só falta um real para comprar uma hora sua. Quando eu conseguir os quatro, podemos jogar bola juntos?’ A partir daquele dia, pai e filho jogaram muito futebol a dois, mas o tempo perdido nunca mais foi recuperado.”

Se pensarmos nos nossos compromissos diários – que consomem quase todo o nosso tempo –, talvez sejamos induzidos a absolver os pais que não participam ativamente da infância dos filhos. Os seus argumentos seriam, por exemplo: temos trabalhado demais; os nossos filhos têm de tudo e se divertem sozinhos; eles nunca reclamaram; estão cheios de amigos e não nos querem por perto etc.

Isso tudo pode até ser verdade, mas, antes de dar a minha opinião, vou contar outra história:

“Sentada no jardim de um orfanato, uma menina brincava sorridente com um punhado de flores que apanhou num canteiro próximo. Ao perceber alguém se aproximando, logo pegou uma rosa e a ofereceu à senhora que chegava para visitar o lugar. Estranhando receber a flor mais murcha de todas, a senhora perguntou à menina: ‘Por que você quis me dar justamente esta flor tão velha?’ E ouviu a resposta: ‘Pra mim são todas iguais porque eu não enxergo. Pode pegar as outras se a senhora quiser, eu já tenho a mais linda flor comigo: é Nossa Senhora, que mora no meu coração!’ E as duas ficaram horas conversando sobre os valores espirituais da vida.”

Após estas duas histórias, ainda é necessário concluir a respeito do principal motivo que semeia a felicidade permanente nos corações de nossos filhos? Se o menino que queria comprar o tempo do pai não o tinha por perto nem por uma hora no futebol, será que era levado à Igreja? E o que passaria na cabeça da garotinha órfã se não lhe tivessem apresentado nossa querida Mãe Santíssima?

Eu só posso dizer que uma grande missão que temos na vida é levar os nossos filhos para junto de Deus. Os pais que não se esforçam em fazer dos filhos dignos cristãos, com certeza, estão deixando de dar a eles o maior tesouro que poderiam possuir na Terra: Jesus Cristo!

A diversão é importante mas passageira, enquanto a religião conduz à vida eterna. Portanto, priorize tempo para ser um bom exemplo às crianças e aos jovens: não falte nas missas; reze o terço; faça caridade; perdoe; trate todos com amor; pague um dízimo justo (não doe apenas uma esmola a Deus); e leve sempre os seus filhos por esses caminhos.

Se isso tudo já faz parte de sua vida, agradeça as bênçãos que tem recebido através da sua fé e continue se esforçando para ganhar o céu; mas, se os seus filhos dão mais valor às coisas materiais e compromissos sociais, pare e pense: é melhor rezar agora até ficar com calos nos joelhos pelo futuro deles ou fazer as contas de quanto lhe custará o tempo perdido?

 

 

 

 

PAULO ROBERTO LABEGALINI Escritor católico. Vicentino de Itajubá - Minas Gerais - Brasil. Professor Doutor do Instituto Federal Sul de Minas - Pouso Alegre.‘Autor do livro ‘Mensagens Infantis Educativas’ – Editora Cleofas.

 



publicado por Luso-brasileiro às 18:46
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HUMBERTO PINHO DA SILVA - AINDA SE QUEIMAM LIVROS....

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Segundo Bertrand Russell, a inveja, é a base da democracia.

As alterações políticas, que ocorrem, são motivadas pelas paixões; e a “ paixão, que deu forças impulsionadoras às teorias democráticas, foi, sem dúvida, a inveja.”

Bertand Russell, recorda, ainda, na obra. “ A Conquista da Felicidade”, como Madame Roland, se notabilizou na defesa do povo:

Certa vez, ao visitar castelo aristocrático, fizeram-na entrar pela porta de serviço…

Também alguns republicanos, que se batem pela igualdade, fizeram-no, porque não tiveram o privilégio de terem nascido no seio de família fidalga.

Igualmente, nobres empobrecidos, movidos pela inveja, de se verem sem bens e poder, abraçaram os ideais republicanos.

A ideologia politica, muitas vezes, não é defendida por convicção; mas, pela necessidade ou inveja; e ainda, consoante o lugar que se ocupa no xadrez da vida.

Vêm essas reflexões devido ao facto de nos anos cinquenta, haverem surgido, integrados no “ Plano Educação popular”, livros escritos em linguagem simples, mas excelentes para cultivar e esclarecer duvidas.

Os volumes (115 títulos) eram dedicados ao povo; mas, rapidamente foram adquiridos pelos intelectuais, que não tiveram pejo de os colocar nas estantes das suas bibliotecas.

Todos os livros incluíam, antes dos textos, propriamente dito, pensamento de Salazar, de cariz patriótico ou educacional.

Após a Revolução de Abril, as obras foram consideradas “ perigosas” porque as palavras de Salazar e mais tarde de Marcelo Caetano, podiam influenciar os leitores.

Cinco meses após a Revolução, Rui Crácio, a 17 de Outubro, enviou despacho, ordenando destruir os livros de índole “ fascista”.

Os “inofensivos”, para serem conservados, nas bibliotecas teriam de se arrancar a página, que inseria o pensamento de Salazar ou Marcelo Caetano.

Deste modo destruíram-se milhares de livros! …

Era necessário apagar qualquer vestígio do regime anterior.

Também a famosa biblioteca de Alexandria, com 700.000 volumes, foi destruída, por Omar, porque o Corão bastava…

E a Inquisição queimou milhares de livros, porque eram nefastos para a religião e a sociedade.

O mesmo destino levou ricas as bibliotecas astecas, porque os invasores as queimaram, para se aquecerem nas noites frias de Inverno! …

Para muitos, a democracia, a liberdade, só deve existir, se forem eles a mandar e os outros a obedecer…

Jean Jacques Rousseau, dizia: que a democracia seria o regime ideal… se os homens fossem deuses…

Como o não são… continua a ser, enquanto não se descobre outro mais perfeito…

 

 

 

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA   -   Porto, Portugal



publicado por Luso-brasileiro às 18:42
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EUCLIDES CAVACO - TERNURA DAS AVES

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Poema e voz de Euclides Cavaco.
É com prazer que vos deixo mais este poema audível em video elaborado pela talentosa Gracinda Coelho. 

 

 

https://www.youtube.com/watch?v=Y-Ev2bRLDOk&feature=youtu.be

 

 

 

Desejos duma magnífica semana.

 

 

 

EUCLIDES CAVACO  -   Director da Rádio Voz da Amizade , Canadá.

 

 

 

 

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Palavra do Pastor, com Dom Vicente Costa, 

 

bispo diocesano de Jundiaí

 

 

 

 Solenidade da Santíssima Trindade

 

 

https://youtu.be/XyiuTkdzifc

 

 
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Fotos do Rio Ribeira ganham exposição em Iguape

 

 

 

 
 

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Retratos do Ribeira

 

 

Os fotógrafos Paulo Jolkesky e Ricardo Martinelli vêm viajando ao longo dos últimos cinco anos pelas cidades às marges do Rio Ribeira, retratanto moradores e seu modo de vida. Deste material nasceu a exposição Retratos do Ribeira, que estreou nesta quarta-feira (23 de maio) e fica até 24 de junho em cartaz no Museu de Iguape, no centro histórico da cidade. O endereço é Rua das Neves, 45. Veja algumas das imagens e histórias que fazem parte da exposição - esta é da estudante de biologia marinha Camila, que nasceu e viveu a vida toda às margens do Rio Ribeira. Foto:Paulo Jolkesky e Ricardo Martinelli.

 

 

"Estado de São Paulo" - 24 - Maio -2018

 

 

***

 

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 ***
 
 

 



publicado por Luso-brasileiro às 17:52
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Domingo, 20 de Maio de 2018
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI - VALORIZEMOS QUEM REALMENTE MERECE !

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                Muitos brasileiros infelizmente, alguns por suas precárias formações, desde pequenos se acostumam a bajular pessoas que estão no poder ou que desfrutam de condições financeiras bem satisfatórias. Essa badalação chega às raias da submissão, sendo uma constante, trazendo muitas vezes uma sensação de total impotência, acreditando que é necessário supervalorizar tais indivíduos, independentemente de quais sejam as suas intenções e objetivos ou de como alcançaram determinadas posições de destaque.

         E ao contrário, não dão mérito aos que realmente deveriam ser reconhecidos, como cientistas, pesquisadores, educadores e muitos que se dedicam a melhorar a qualidade de vida dos outros, por vocação, caráter e principalmente por solidariedade e participação ativa na sociedade. Essa inversão de valores não é só provocada pela ignorância, mas às vezes também por egoísmo, interesses pessoais e exibicionismo barato.

         Por outro lado, as que estão no outro lado e que ostentam determinados “status” em sua  grande maioria adora ser paparicada por esses indivíduos, alienados ou que buscam alguns ganhos, sentindo-se com se fossem  os maiorais. No entanto, tanto uns, como outros revelam uma sociedade onde a tônica é o resultado (e não os meios para atingi-lo), o que não deixa tempo para o próximo. Tal quadro reduz a sensibilidade, passando muitos a menosprezarem os sentimentos alheios, a não considerarem as opiniões do outros e a relegarem a um segundo plano as noções mais básicas de cortesia e bom relacionamento. Só agem harmoniosamente se tratarem com seres ou assuntos convenientes às suas ambições.

         O bem comum, que deveria ser buscado permanentemente, identifica-se como a associação de circunstâncias que permitam as pessoas alcançarem seus anseios. Deveríamos, portanto, resgatar os princípios autênticos como o da fraternidade para reduzirmos as diferenças entre os indivíduos, eliminarmos a violência e buscarmos uma convivência pacífica em comunidade. O descompromisso com terceiros e a indiferença com a situação destes, revela uma individualidade extrema que só prejudica o desenvolvimento moral e ético da coletividade em geral.

         A cidadania é sempre uma conquista coletiva que depende do nosso corajoso empenho pessoal e operacionalmente, revela-se em qualquer atitude cotidiana que implique a manifestação de um atributo de pertinência e de responsabilidade conjunta. Assim, se não executarmos a nossa parte ou não termos a ciência de pertencer a um grupo, continuaremos condescendentes com as irregularidades que acabam prejudicando a todos e àqueles que só pensam no luxo, na prepotência, no individualismo, realizando-se com tais aspectos, certamente encontrarão no futuro, total desamparo espiritual.

         Está na hora de deixarmos de lado muitas circunstâncias banais para assumirmos propósitos autênticos no sentido de quitarmos as imensas dívidas sociais criadas pelo Estado e alimentadas pela elite que o sustenta e controla. Com isso, crescem os índices de miserabilidade e indigência. Embora a maioria dos brasileiros ainda não tenha percebido, o país vive um momento de concordata silenciosa, em que fomos conduzidos a uma armadilha que nos deixou em grande vulnerabilidade externa por culpa das más administrações.

         Se persistirmos no manifesto marasmo e no descaso que caracterizam os dias atuais, o que esperar no futuro de adultos que estão  sendo criados hoje, com o objetivo de estar à frente apenas para se fazer ouvir em benefício próprio e não de toda a coletividade? O que será do amanhã quando todos estiverem imbuídos apenas pela ânsia de levar vantagem?

 

 

 

 

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor da Faculdade de Direito do Centro Universitário Padre Anchieta de Jundiaí. É presidente da Academia Jundiaiense de Letras. (martinelliadv@hotmail.com)



publicado por Luso-brasileiro às 17:33
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ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS - QUEM É QUE NUNCA COMETEU UMA GAFE ?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Em matéria de gafes, não há pessoa, por mais educada e autocontrolada que seja, que de vez em quando não cometa alguma. Uma vez cometida, que fazer? Desculpar-se e mostrar arrependimento, geralmente não resolve, pois acaba a emenda saindo pior do que o soneto. Quase sempre o melhor é fingir que não percebeu o mau passo e tocar adiante.

Recordo ter lido, num livro do grande sacerdote e psicólogo francês Pe. Thomas de Saint-Laurent, que certo pregador foi convidado a fazer o elogio fúnebre de um senhor muito distinto e considerado, durante a Missa de corpo presente. Coletou às pressas alguns rápidos dados biográficos do falecido e se julgou em condições de falar ao púlpito.

Entretanto, aconteceu que, à medida que falava, se foi entusiasmando com o que dizia e foi ampliando insensivelmente o âmbito da pauta que fixara. A certa altura, ocorreu-lhe louvar o morto como excelente esposo e pai de família. Ora, esse era precisamente o ponto fraco do falecido: toda a cidade conhecia suas aventuras extraconjugais...

Muitos ouvintes se entreolharam, se puseram a sorrir e a cochichar comentários. Seguiram-se algumas risotas mal abafadas... Só então o fogoso orador se deu conta de que pisara em falso. Que fez ele? Fingiu que nada se passara e se pôs a discorrer sobre outro aspecto do falecido. E tudo prosseguiu com normalidade. Saiu-se bem.

Pior foi o caso ocorrido com o Embaixador Manoel Pio Corrêa, conforme ele mesmo conta em suas interessantes memórias.

Quando jovem, ele participara de um curso nos Estados Unidos, proporcionado pelo Governo norte-americano a jovens diplomatas de vários países latino-americanos. Travou, durante o curso, amizade muito íntima com um colega oriundo de uma nação da América espanhola.

Os dois tinham quase tudo em comum: a mesma idade, a mesma profissão, as mesmas ambições, os mesmos gostos. Ficaram, realmente grandes amigos. Mas, ao término do curso, separaram-se e depois de algum tempo perderam completamente o contato.

Trinta anos depois, já em fim de carreira, o brasileiro foi nomeado Embaixador junto a um governo "X". Ao assumir o novo posto, consultou, como de hábito, a lista do corpo diplomático acreditado no local, e teve a alegria de nela encontrar o nome do antigo amigo, agora embaixador do seu país.

Na mesma hora, telefonou-lhe e imediatamente, como num passe de mágica, se reconstituiu a velha amizade. Sentiram-se, desde o primeiro momento, com a mesma intimidade de trinta anos antes. Emocionados, os dois combinaram um encontro, que se realizou logo depois na residência do hispano-americano.

Grandes abraços, grande confraternização, recordação de fatos de há muito tempo sepultados na memória.

De repente, entre outras lembranças do tempo de rapazes, ocorreu ao brasileiro perguntar:

- Ainda te lembras de uma porto-riquenha dentuça e horrorosa que queria a todo custo casar contigo?

Antes que qualquer resposta fosse dada, abriu-se a porta do salão e entrou, sorridente e comprazida, a embaixatriz. Era precisamente a porto-riquenha dentuça e horrorosa...

Faço um desafio ao leitor: consegue imaginar uma saída para o diplomata brasileiro se safar dessa situação ainda mais horrorosa do que a pobre embaixatriz? Muitas vezes pensei nesse caso, nunca me ocorreu alguma saída. Se ao leitor ocorrer alguma, por favor me comunique e ficarei grato. Pode escrever para aasantos@uol.com.br .

 

 

 

  ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOSé historiador e jornalista profissional, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Academia Portuguesa da História.

 



publicado por Luso-brasileiro às 17:29
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CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA - O MISTÉRIO DO PAPEL

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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            Nessa última semana, assim que entrei na estação de metrô, logo após ter descido as escadas, uma mulher que ali estava parada estendeu a mão na minha frente e me entregou um papel, que supus se tratar de algum anúncio ou propaganda. Frequentemente, inclusive, naquele local, é comum a distribuição de panfletos sobre os mais variados assuntos, especialmente de videntes, tarólogos e coisas do gênero.

            Para não ser mal educada, peguei o papel que me foi oferecido e segui meu caminhar em direção às catracas. Como eu estava escutando um áudio livro e a narrativa estava empolgante, demorei alguns minutos para olhar do que se tratava. Certa de que iria descartar o papel antes mesmo de entrar no vagão, dirigi minha atenção para ele e qual foi a minha surpresa ao constatar que se tratava de um papel em branco...

            Achei que estava deixando passar algo, pois era muito estranho, para dizer o mínimo, receber um pedaço de papel em branco, de uma desconhecida, na entrada do metrô. Virei e revirei o papel e nada pude observar exceto o nada que ali se instalara. Esqueci até mesmo da estória que ouvia e minha mente começou a divagar, supondo as hipóteses possíveis.

            A primeira ideia que me assaltou foi de que o papel pudesse conter alguma substância química não visível a olho nu, algo com antraz ou LSD, sei lá. Imediatamente passei a segurar o quadradinho branco somente pela ponta. Ainda que eu não pudesse imaginar quem teria esse trabalho, tampouco o benefício que teria, precaução é sempre precaução.

            Imaginei também que pudesse ser uma pegadinha e que alguém pudesse estar me filmando, razão pela qual não voltei para perguntar para mulher do que se tratava aquilo. Outra alternativa seria uma campanha publicitária, alguma mensagem que algum anunciante quisesse passar, talvez algo como “quem não se comunica não é visto: contrate um publicitário"! Se fosse isso até que seria interessante, mas ineficaz, já que a mensagem efetivamente não foi transmitida.

            Havia ainda a possibilidade da mulher ser simplesmente uma maluca, distribuindo papéis em branco por aí, já que em termos de loucura o ser humano é bem eclético. O fato é que me diverti com o ocorrido e logo matutei que daria um argumento para uma história ou para uma crônica. Se a imaginação fosse o limite para descrever a cena, eu teria colocado uma mensagem oculta naquele quadrado de papel em branco, como algo vindo de uma realidade paralela, algo que só pudesse ser descoberto por alguém com poderes para tanto.

            Todos esses pensamentos me ocorreram nos poucos metros até a lata de lixo, na qual joguei o misterioso papel, por fim. Decidi que o remetente era o Universo, lembrando-me de que aquele dia, bem como todos os outros a minha frente, são linhas em branco, todas prontas para vida que eu escolher viver ou para as histórias que eu for capaz de escrever...

 

 

 

 

CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA - Advogada,professora universitária, membro da Academia Linense de Letras e escritora.  São Paulo.

 



publicado por Luso-brasileiro às 17:24
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