PAZ - Blogue luso-brasileiro
Sábado, 29 de Setembro de 2018
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI - PRECISAMOS OUTORGAR AOS IDOSOS, RESPEITO E DIGNIDADE PLENA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Organização das Nações Unidas declarou 1.° de outubro como o Dia Internacional do Idoso e a celebração se baseia na Declaração dos Princípios para os Idosos, estabelecida na reunião geral da entidade de 3 de dezembro de 1982. Por outro lado, a Lei n.° 11.433, de 28 de dezembro de 2006 instituiu o Dia Nacional do Idoso, a ser celebrado também nessa data. Em homenagem a data, invocamos os cinco princípios básicos que norteiam o texto composto dezoito itens:

 

 

         INDEPENDÊNCIA – Idosos devem ter acesso a comida, água, abrigo, roupas e cuidados médicos; devem ter oportunidade de trabalho e estudo e devem morar em sua própria casa o maior tempo possível.

 

         PARTICIPAÇÃO – Idosos devem permanecer integrados à sociedade, participando da elaboração e implantação de políticas que afetem diretamente o seu bem-estar; devem desenvolver maneiras de servir à comunidade e dividir seus conhecimentos com os jovens.

 

         BEM-ESTAR – Idosos devem ser beneficiados pela proteção dos familiares ou da comunidade, por serviços legais e de assistência social, por planos de saúde; devem ter seus direitos humanos respeitados.

 

         DESENVOLVIMENTO – Idosos devem estar aptos a buscar oportunidade para desenvolver seus potenciais e ter acesso aos recursos educacionais, culturais, religiosos e de recreação que a sociedade ofereça.

 

         DIGNIDADE – Idosos devem viver com dignidade e segurança, livres de explorações e maus-tratos; devem ser tratados com justiça, independentemente de idade, sexo ou raça.

 

 

         Frente aos inúmeros dados de recentes pesquisas a situação em que encontra o idoso no Brasil é grave. Impõe-se uma reflexão profunda sobre a questão e todos os meios devem ser acionados, através de uma política social para, inclusive, preparar os jovens para o encontro com a velhice. Precisamos lutar por seus direitos, quer material, quer espiritual, econômico, jurídico, moral, cultural e recreativo, e promover uma constante reflexão sobre a sua posição no contexto social e no seio familiar, incutindo uma educação de respeito, que habitue desde logo, as crianças, ao amor dos anciãos, procurando lhe propiciar sempre melhor qualidade de vida.

 

 

                   A não-violência é “o

                   amor na sua perfeição”

 

 

 

“A não-violência absoluta é a ausência absoluta de danos provocados a todo o ser vivo. A não-violência, na sua forma ativa, é uma boa disposição para tudo o que vive. É o amor na sua perfeição”. Essa frase é Mahatma Gandhi  e em sua homenagem, pela a dedicação e repercussão de sua causa e o intenso apreço por princípios fundamentais de Direito, de respeito à dignidade humana e de combate à tirania que sempre manifestou, a ONU – Organização das Nações Unidas, declarou dois de outubro, data de seu  aniversário, o Dia Internacional da Não Violência.

 

 

São Francisco, precursor da

     preservação ecológica

 

 

Comemoramos quarta-feira, 04 de outubro, o Dia dos Animais, data escolhida porque a Igreja Católica celebra o Dia de São Francisco de Assis, que amava demasiadamente a natureza, a ponto de chamar o Sol e a Lua de irmãos e enxergar, nos bichos, provas da bondade de Deus. Nascido num povoado italiano, filho de pai rico, muito cedo se entregou ao sacerdócio com tal desprendimento, que sua opção pelos pobres e pelo despojamento inspirou ordens religiosas. Deixou-nos um testemunho de liberdade que ainda ressoa como paradigma de futuro, tanto que o presépio, um dos enfeites natalinos mais tradicionais, também foi por ele criado. Inspirados em seus exemplos, devemos abraçar a causa dos animais, garantindo-lhes vida e respeito.

 

 

            Breve reflexão

 

 

 

“Quando se é capaz de lutar por animais, também se é capaz de lutar por crianças ou idosos. Não há bons ou maus combates, existe somente o sofrimento dos mais fracos, que não podem se defender” (Brigitte Bardot).

 

 

 

 

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e e professor universitário. É presidente da Academia Jundiaiense de Letras (martinelliadv@hotamail.com)

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 17:59
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ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS - UMA ÉPOCA DE ESPLENDOR E EUFORIA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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O fim da Belle Époque é unanimemente situado em 1914, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, mas seu começo é mais discutido. Alguns o colocam em 1870, com a Guerra Franco-Prussiana, seguida da queda de Napoleão III, da Comuna de Paris, do estabelecimento e consolidação da Terceira República francesa. Outros preferem situar o início da Belle Epoque mais para o fim do século XIX, assinalando como marco a Exposição Universal de Paris, de 1889.

Desde um ponto de vista cultural, mais do que político, podemos afirmar que a Belle Époque constituiu um período mais ou menos prolongado, no qual as ciências progrediram de modo muito rápido e acentuado, assim como as artes e a cultura em geral, acompanhando paralelo desenvolvimento econômico e dentro de um quadro de relativa tranquilidade política no continente europeu. Esse período marcou uma fase de otimismo desenfreado, de autossuficiência, de certeza de que o mundo, afinal, estava chegando à sua era de ouro.

Do ponto de vista psicológico, a Belle Époque foi, também, uma era de grande euforia. O anseio que, desde os tempos do Iluminismo, tomara conta da Europa inteira, parecia em vias de se realizar: a técnica, a Ciência, acabaria por extinguir todos os males, todas as doenças. Realmente, na Belle Époque ocorreram progressos assinalados em muitas ciências. A Medicina e a Biologia deram verdadeiros saltos. A Química, a Física, a Engenharia, igualmente avançaram de modo notável.

Embora a primazia econômica, em nível internacional, já estivesse em posse da Inglaterra e em vias de passar para o âmbito dos Estados Unidos, culturalmente a França ainda era a capital indiscutível do globo inteiro.  Pode-se, mesmo afirmar que a Belle Époque marcou o apogeu do predomínio cultural francês no mundo.

Hoje, com o predomínio maciço do norte-americanismo, do american way of life, é difícil, para as gerações mais novas, avaliar o que foi, no passado, a influência da França. Quando a França espirrava, o resto do mundo assoava o nariz - dizia-se correntemente. O francês era o segundo idioma de qualquer pessoa culta, em qualquer parte do mundo. Era a língua internacional da diplomacia. Em francês eram redigidos os tratados internacionais, em francês eram feitas as comunicações em congressos científicos.

Em 1910, visitou o Brasil o jornalista e político francês Georges Clemenceau. No livro que escreveu, com anotações de sua viagem, comentou, a respeito de São Paulo, que, como todas as pessoas com quem ele se relacionou falavam o francês com perfeita correção e quase sem sotaque, ele às vezes tinha que fazer força para admitir que estava num país estrangeiro e não estava numa província francesa.... É claro que, nessa viagem, Clemenceau somente se relacionou com pessoas das elites culturais e políticas, não podendo ter acesso a outros segmentos sociais majoritários. Mas, mesmo assim, como indício da influência cultural francesa, o depoimento é muito significativo.

A Belle Époque foi um período prolongado de paz na Europa (pois eram jogados para outros continentes, menos felizes, os embates bélicos causados pelos diversos interesses europeus em oposição), de acentuado progresso econômico, e essas duas circunstâncias propiciaram um desenvolvimento extraordinário da cultura em geral.

A literatura teve manifestações inovadoras, nas artes surgiram estilos novos, como o impressionismo e o art-nouveau, houve a chegada do cinema, a difusão do telefone, do telégrafo sem fio e da luz elétrica, das bicicletas, dos automóveis e dos aeroplanos, firmando-se assim  a crença inabalável no mito do progresso.

No período ocorreu, também, uma grande expansão imperialista das potências europeias, que, literalmente, repartiram entre si o mapa da África. Os europeus, inflados de orgulho pelo brilho da sua civilização, julgavam-se com a missão de verdadeiros apóstolos do progresso, junto aos povos considerados inferiores.

Também foi um período de fermentação cultural e ideológica muito fecundo, com grandes polêmicas de natureza política (monarquia x república e conservadores x radicais), social (com o aparecimento de várias correntes anarquistas ou de fundo socialista, contestando abusos do sistema capitalista), religiosa (laicistas x católicos), até mesmo étnico-raciais (o famoso affaire Dreiyfuss).

Foi nesse ambiente que teve início, em 1905, a publicação das historietas de Bécassine, a primeira personagem feminina de histórias em quadrinhos. É o que se verá no próximo artigo.

 

 

 

 

 

ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS, é historiador e jornalista profissional, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Academia Portuguesa da História.

 



publicado por Luso-brasileiro às 17:55
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CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA - ÓDIOS SOCIAIS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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            Em várias oportunidades eu já me manifestei no sentido de gostar do lado bom que as redes sociais podem oferecer. Uma dessas vantagens é a possibilidade de poder trocar ideias, de ser um espaço democrático. Contudo, preciso registrar que tenho repensado esse meu posicionamento, sobretudo em tempos de intolerância e política.

            Tenho por hábito não excluir ninguém das minhas redes sociais, mas tenho me segurado a cada dia mais para não fazer isso ou mesmo para não apagar meu perfil e simplesmente deixar a vida para o real mesmo. Ao menos, desse lado de cá da tela ainda é preciso o olho no olho.

            Não costumo polemizar nas postagens alheias, da mesma forma como prezo por respeitar as opiniões alheias. Seja no real ou no virtual, jamais me achei no direito de querer fazer valer meu ponto de vista em conversa dos outros. Desde criança eu aprendi que o nome disso é educação. Posso não saber muitas regras de etiqueta, mas aprendi o básico para viver em sociedade.

            O que tenho notado, no entanto, é que as pessoas não se deixam intimidar pelo espaço alheio. Invadem e, repletos de “coragem”, escondidos por detrás de uma tela, escrevem o que bem lhes apetece, doa a quem doer. No meu caso, inclusive, há quem seja “habitual debatedor” dos meus dizeres, mas que mal me cumprimenta quando me encontra pessoalmente.

            O que mais me cansa nas redes sociais é o ódio que vem crescendo e se alastrando. Tudo é motivo para revolta. Em tempos de política, principalmente, a situação fica quase insuportável.  Não se pode comentar sobre algum candidato que rapidamente se é tachado de umas mil coisas, sem que sequer você tenha a chance de se manifestar a respeito.

            Tudo hoje parece estar reduzido a um simplismo ridículo e dualista, como se só houvessem dois lados, como se tudo fosse uma questão de bem e mal. Não sei quem vai ganhar essas eleições, mas estou certa sobre quem já perdeu: o bom senso!

            Causa-me espanto ainda constatar que em um mundo globalizado, ao invés de estarmos nos transformando em uma imensa aldeia global, estamos cada vez mais segmentados, separados em guetos invisíveis e cruéis. Só se fala em minorias, em subdivisões e em quanto as pessoas são melhores por serem diferentes e eu vou me confundindo, pensando que deveria ser ao contrário, que a busca pela igualdade é que levaria à evolução.

            Não sou uma alienada e é claro que sei que há muito desigualdade nesse mundo. Muita gente com muito pouco e muito poucos com quase tudo. Claro que há batalhas que deverão ser travadas. Por óbvio que há quem sofra mais que outros, mas o que me irrita absolutamente é ver pessoas se valem de bandeiras apenas para declarar guerra e nunca para postular a paz.

            A seguirmos fatiando o mundo, pouco ou nada sobrará que nos possa unir. Enquanto o ódio for o tempero, todos morreremos de fome...

 

 

 

CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA - Advogada,professora universitária, membro da Academia Linense de Letras e escritora.  São Paulo.

cinthyanvs@gmail.com

 



publicado por Luso-brasileiro às 17:49
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MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE - VIVÊNCIA DE DEFESA À VIDA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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A vivência de defesa à vida, através da reflexão e do abraço ao Fórum de Jundiaí, no último dia 16 de setembro, organizado pelo Vereador Douglas do Nascimento Medeiros, com apoio de nosso Bispo Dom Vicente Costa e participação efetiva do Padre Leandro Megeto, coordenador diocesano de ação evangelizadora, fez-me um bem imenso. Sem questões partidárias, sem interesses escusos em nome do cristianismo, me renovou a esperança no mundo em que Jesus sonhava quando esteve conosco pelas ruas da Galileia. Que momento forte, de congraçamento, de claridade para ensolarar a alma; de sim firme ao Deus Criador, cujo Espírito, conforme narra o Livro do Gênesis (1,2), pairava sobre as águas. Dava-lhe vida.
Cada um, ao chegar à praça, trazia consigo sorrisos, abraços e o sentimento de que a fé não está em ideologias, mas sim no Verbo.  “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1, 14).
Aconteceram as falas, a partir do Vereador Douglas: o enfoque político de acordo com a Doutrina Social da Igreja, como resposta ao convite para construção responsável da sociedade humana. Padre Leandro Megeto apresentou uma belíssima análise sobre a proteção e o amparo ao ser humano desde a fecundação. O Pastor José Carlos Marion prosseguiu com uma palavra intensa e generosa sobre a unidade dos cristãos, destacando a prece do Pai Nosso. O Dr. Eurico Alonço Malagodi, médico obstetra, preparadíssimo, trouxe, com propriedade, os ensinamentos da Ciência sobre o início da vida humana. E aliou as maravilhas da criação com o as fases do desenvolvimento humano no caminho para o útero e nele; do ser distinto da mãe, que se abriga em seu ventre durante nove meses ou um pouco menos. Tive, também, a oportunidade de me expressar. Contei sobre a história de duas mulheres: uma que se permitiu abortar, a outra que realizava abortos e suas dores trágicas no arrependimento. Não podemos nos esquecer de que, no aborto, 50% de culpa é do homem. Acompanhei de perto.
Tudo isso foi possível porque centenas de pessoas estiveram presentes com sua proposta de defesa à vida, com o sonho de Deus, em seu coração, para todos os seres humanos, em especial aos mais vulneráveis: os bebês que se encontram na gruta materna. E como foi do Céu o abraço ao Fórum em oração de amor.
Diversos atos concretos foram anunciados no evento, dentre eles, o Núcleo de Estudos em Defesa da Vida, coordenado pelo Dr. Malagodi, e o atendimento ativo e receptivo às mulheres que desejem abortar e/ou tenham dúvidas por meio da Associação Maria de Magdala. 
Bendito seja Deus pela manhã de 16 de setembro, plena de vida em essência. Parabéns pela iniciativa, Douglas Medeiros.

 

 

 

 

MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE -

 Professora e cronista. Coordenadora diocesana da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala. Jundiaí, Brasil.



publicado por Luso-brasileiro às 17:44
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VALQUÍRIA GESQUI MALAGOLI - SEM TÍTULO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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“Nascida em Jundiaí,/ hei de morrer, porém,/ sem ser de ninguém,/ nem ser só daqui/ porque se me embrenha/ nesta alma retinta/ o que, embora, eu sinta.../ foge-me qual lenha/ que queima – é carvão!/ E eu sigo sem rumo,/ sem bússola ou prumo.../ sempre em confusão!”.

Versos velhinhos.

É relendo coisas que escrevi e escrevo que penso: quem eu sou? Tudo isso, sim, eu posso, mas, não devo.

E na vida não é o dever quem comanda?

Ah, esse tal dever não é direito.

Enganaram-me. Ou isso... ou não entendi... direito.

Uma coisa é lá na infância lograrem enganar-nos. No entanto, disso a continuidade dá-me espasmos.

Queria ser tal e qual a escandalosa maioria.

Fazer o que, se nem a todos é fácil fingir alegria?

Desde que ser feliz virou ditadura, perdeu a graça.

O engraçado é que, por outro lado, se a gente anda triste, vem um e nos estilhaça.

“Um bicho é a felicidade,/ em constante cio./ Irracional, nos invade,/ e intimida a um pio./ Noutra hora é bicho indefeso,/ que se assusta à toa,/ que a tudo e em todos vai preso,/ e do chão não voa./ Metamórfica, se ausenta;/ ganha asas... Ligeira,/ vendo outro colo, se senta –/ fugaz... passageira...”.

É tanta oferta do que leva a nada que a vontade é de virar avestruz e se esconder.

“O dentro de mim/ é onde quero estar,/ mas ele é um confim.../ não o consigo achar!/ Dizem “fica perto,/ bem da vista adiante”;/ estes vão, decerto,/ de mim, mui distante.../ Saberão quem sou?/ O que quero, e penso?/ Ou são sábios, ou.../ seu juízo é infenso./ Ai, que torvelinho/ é ir, às cegas, só,/ por longo caminho,/ engolindo pó,/ sobre os próprios rastros,/ sem avistar cais,/ tendo, acima, os astros,/ à margem, chacais!”.

Caso eu me encontrasse, quem sabe?... talvez tudo ficasse mais fácil.

Ou caso todo mundo igualmente o obtivesse.

Viveríamos mais na prática, e menos na prece.

Cada um, assim na sua, menos motivo teria pra acusar o outro na rua.

Acontece que, ilusões à parte, querendo ou não, se o inferno são os outros, feliz ou infelizmente, o céu é por ali também.

Falando em outro, outro dia declamei um poema sem título.

Imbuídos de espírito solícito, amigos precavidamente convencionais aconselharam-me a nominá-lo.

“O poema sem nome” ele agora se chama

 

 

 

Valquíria Gesqui Malagoli, escritora e poetisa, vmalagoli@uol.com.br

 



publicado por Luso-brasileiro às 17:39
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JOSÉ RENATO NALINI - OS HERÓIS DO CONSUMO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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           Antigamente os pais mostravam aos filhos os bons exemplos de quem servia de paradigma. Os valores eram outros, não aqueles que agora predominam. Uma era em que “ser” valia a pena; “ter” era uma circunstância. Padrões eram os produtores de mudanças saudáveis na vida do semelhante.

          Um dos grandes temas da cultura de massas, observa Jean Baudrillard, citando Edgar Morin, é a constatação de que, em lugar dos “heróis da produção”, hoje vigora o culto aos “heróis do consumo”. Houve tempo em que se louvava o empreendedor, o “self made man”, o fundador, o pioneiro, o explorador, que por sua vez substituía o santo, o ermitão, os varões históricos. Hoje são os astros do show ou os esportistas, alguns príncipes dourados de feudais internacionais. Ou seja: os grandes esbanjadores.

            Anuncia-se com despudor a aquisição de mansões, barcos, palácios, quintas, prédios e aviões particulares. “Todos os grandes dinossauros que entretêm a crônica das revistas ilustradas e da TV são sempre celebrados pela vida em excesso e pela virtualidade de despesas monstruosas”.

            A indústria automobilística exerceu um papel significativo na mutação cultural – para pior – da comunidade humana. Para Baudrillard, “o automóvel surge como lugar privilegiado do desperdício diário e a longo prazo, quer privado, quer coletivo. Não apenas pelo seu valor de uso sistematicamente reduzido, pelo coeficiente de prestígio e de moda invariavelmente reforçado, pelas somas desmedidas nele investidas mas, de maneira ainda mais profunda, pelo sacrifício coletivo e espetacular de chapas metálicas, de mecânica e de vidas humanas que o acidente representa, um “happening” gigantesco e o mais belo da sociedade de consumo, através do qual, na destruição ritual da matéria e da vida, ela tira a prova da sua superabundância”.

            É que a sociedade de consumo precisa de seus objetos para existir e sente, sobretudo, necessidade de os destruir. O uso conduz ao desgaste lento. O mais excitante é o desperdício violento.

            Hoje, o uber acena com a virada de rumo. Será que a juventude se conscientizará de que não é preciso ter carro para se locomover? Um dia a cidade será devolvida ao seu habitante e deixará de ser o espaço prioritário do mais egoístico dos meios de transporte?

 

 

 

 

 

            JOSÉ RENATO NALINI é desembargador, reitor da Uniregistral, escritor, palestrante e conferencista



publicado por Luso-brasileiro às 17:34
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FELIPE AQUINO - QUAL A MISSÃO DOS ANJOS ?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Bossuet dizia que:

 

“Os anjos oferecem a Deus as nossas esmolas, recolhem até os nossos desejos, fazem valer também diante de Deus os nossos pensamentos… Sejamos felizes de ter amigos tão prestativos, intercessores tão fiéis, intérpretes tão caridosos”. Porventura, não são todos eles espíritos servidores, enviados ao serviço dos que devem herdar a salvação? (Hb 1,14). Os anjos estão presentes desde a criação do mundo (cf. Jó 38,7); são eles que fecham o paraíso terrestre (Gn 3,24); protegem Lot (Gen 19); salvam Agar e seu filho (Gen 21,17); seguram a mão de Abraão para não imolar Isaac (Gen 22,11); a Lei é comunicada a Moisés e ao povo por ministério deles (At 7,53); são eles que conduzem o povo de Deus (Ex 23, 20-23); eles anunciam nascimentos célebres (Jz 13); indicam vocações importantes (Jz 6, 11-24; Is 6,6); são eles que assistem aos profetas (1 Rs 19,5). Nos Evangelhos eles aparecem na infância de Jesus, nas tentações do deserto, na consolação do Getsêmani; são testemunhas da Ressurreição do Senhor, assistem a Igreja que nasce e os Apóstolos, enfim… prepararão o Juízo Final e separarão os bons dos maus. Toda a vida de Jesus foi cercada da adoração e do serviço dos Anjos. Desde a Encarnação até a Ascensão eles o acompanharam.

 

 

 

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Leia também: Quem são os Anjos?

Os anjos sabem o que se passa em nosso interior?

Onde estão os anjos na Liturgia da Igreja?

Qual a diferença entre anjos e arcanjos?

Podemos relacionar-nos com os anjos?

Uma curiosidade sobre os Anjos

A existência dos Anjos

 

 

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A Sagrada Escritura diz que quando Deus introduziu o Primogênito no mundo, diz: “Adorem-no todos os Anjos de Deus” (Hb 1,6). Até hoje a Igreja continua a repetir o canto de louvor que eles entoaram quando Jesus nasceu: “Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos homens, objetos da benevolência divina” (Lc 2, 14). São eles que protegem Jesus na infância (Mt 1, 20; 2, 13.19); são eles que servem Jesus no deserto (Mc 1,12); o reconfortam na agonia mortal (Lc 22, 43); eles o poderiam salvar das mãos dos malfeitores se assim Jesus quisesse (Mt 26, 53).

Da mesma forma que os anjos acompanharam a vida de Jesus, acompanharam também a vida da Igreja, e a beneficia com a sua ajuda poderosa e misteriosa (At 5, 18-20; 8,26-29; 10,3-8; 12,6-11; 27,23-25). Eles abrem as portas da prisão (At 5, 19); encorajam Paulo (At 27,23 s); levam Filipe ao carro do etíope (At 8,26s), etc. São Paulo acentua a subordinação dos anjos a Cristo vitorioso sobre o pecado e a morte (Hb 1,7-14; Ef 1, 21; Cl 2, 3). Na Festa dos Santos Arcanjos, a Igreja reza ao Senhor assim: “Ó Deus, que organizais de modo admirável o serviço dos anjos e dos homens, fazei sejamos protegidos na terra por aqueles que vos servem no céu. (Oração do dia). O Catecismo nos ensina que: “Ainda aqui na terra, a vida cristã participa, na fé da sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus” (§336). “Quando o Filho do Homem vier na sua glória com todos os seus anjos…” (Mt 25,31).

 

 

Ministros da Liturgia celeste

 

 

No Apocalipse os Anjos aparecem como ministros da liturgia celeste, oferecendo a Deus a oração dos justos. “Na minha visão ouvi também ao redor do trono, dos Animais e dos anciãos, a voz de muitos anjos, e número de miríades de miríades e de milhares de milhares bradando em alta voz: Digno é o Cordeiro imolado de receber o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a glória, a honra e o louvor” (Ap 5, 11). “Eu vi os sete Anjos que assistem diante de Deus. Foram lhes dadas sete trombetas. Adiantou-se outro anjo, e pôs-se junto ao altar, com um turíbulo de ouro na mão. Foram-lhe dados muitos perfumes, para que os oferecesse com as orações de todos os santos no altar de ouro, que está diante do trono. A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com as orações dos santos, diante de Deus” (Ap 8,2-5).

Na Liturgia a Igreja se associa a eles para adorar o Deus três vezes Santo: “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus do universo…”. Na despedida dos defuntos a Igreja roga: “Para o Paraíso te levem os anjos”.

Na Festa dos Santos Arcanjos a Igreja ora assim: “Nós vos apresentamos, ó Deus, com nossas humildes preces, estas oferendas de louvor; fazei que levados pelos anjos à vossa presença, sejam recebidas com agrado e obtenham para nós a salvação” (Sobre as oferendas).

 

 

 

 

FELIPE AQUINO - Escritor católico. Prof. Doutor da Universidade de Lorena. Membro da Renovação Carismática Católica.

 

 

***

 

 

ELEIÇÕES 2018: ENTENDA PORQUÊ O SEU VOTO É IMPORTANTE

 

 

 

 

Neste vídeo, o Prof. Felipe Aquino começa uma série sobre política, falando da importância do seu voto.

Confira:

 

https://youtu.be/nAkkY4tjFfE

 

 

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 17:13
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PAULO ROBERTO LABEGALINI - O CÃO E O COELHO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Eram dois vizinhos. O primeiro comprou um coelho para os filhos e, assim que o viram, as crianças do outro vizinho também pediram um bicho ao pai. O homem, então, comprou um pastor alemão, e começou a rolar o seguinte papo entre os vizinhos:

-         Ele vai comer o meu coelho!

-         De jeito nenhum, imagina! O meu pastor é filhote. Vão crescer juntos e pegar amizade. Eu entendo de bicho, não há problema.

De fato, cresceram juntos e brincavam sempre. Tudo gerava felicidade para os filhos dos vizinhos até que o dono do coelho foi passar um final de semana com a família na praia, deixando o seu animal sozinho.

No domingo, antes de voltarem de viagem, a família que tinha o cachorro estava reunida na sala assistindo TV, quando entra o pastor alemão com o coelho arrebentado entre os dentes, todo sujo de terra e, é claro, morto. Foi um desespero geral. Dizia o homem:

- O vizinho estava certo. E agora, como vamos explicar esta violência?

A primeira providência foi bater duro no cachorro e, cada vez que pensavam como reagiriam os filhos dos vizinhos ao verem o coelho morto, davam mais umas pauladas no cachorro. E, enquanto o pastor latia e lambia os ferimentos no quintal, a família toda se apressou em dar um banho no coelho, secá-lo e colocá-lo bem limpinho na sua casinha. Ficou lindo, até parecia estar dormindo.

Algumas horas depois, ouviram os amigos chegando da praia e logo começaram os gritos das crianças. Em menos de cinco minutos, o dono do coelho veio bater à porta – branco, assustado, parecia que tinha visto um defunto. E, começou outro papo entre os vizinhos:

-         O que foi, que cara é essa?

-         O coelho ... o coelho ...

-         O coelho, o que?

-         Morreu!

-         Como morreu? Ainda hoje parecia tão bem quando esteve aqui no quintal de casa brincando.

-         Morreu na sexta-feira, antes de viajarmos.

-         Na sexta?

-           Foi. Morreu atropelado na sexta. As crianças o enterraram no quintal e, agora, ele voltou pra casinha!

Bem, a história termina aqui. O que aconteceu depois, não importa, mas ficou claro a injustiça que cometeram com o fiel amigo do coelho – o pobre cachorro. Imagine o pastor alemão que, desde sexta-feira, procurava em vão pelo amigo de infância. Após muito farejar, descobre o corpo enterrado e, provavelmente com o coração partido, desenterra o coitadinho do coelho, vai mostrá-lo para os donos e ...

Sempre que lembrarmos desta história, iremos pensar no cachorro como um grande injustiçado ou até mesmo um herói. Por outro lado, aqueles que o surraram, mesmo sem saberem de todos os fatos, tentaram usar da mentira para esconder um possível ato de covardia do animal.

É comum sermos os donos da verdade para tentarmos encobrir as nossas falhas, não? Julgamos antecipadamente os fatos e tiramos conclusões precipitadas que venham a nos favorecer de alguma maneira, concorda? Por isso é que o mundo caminha para rumos tão pecaminosos! Falta justiça, amor e compreensão nos corações humanos. Em decorrência disso, vêm ambição, falta de perdão e vida materialista – fundamentados no consumismo e crenças absurdas!

Antes de julgarmos e batermos em alguns ‘cachorros’ para tirarmos proveito da situação, temos que refletir no exemplo de humildade que o grande injustiçado da humanidade – Jesus Cristo – nos deixou: o lugar onde Ele nasceu foi emprestado, o barco que navegou foi emprestado, o burrico que montou foi emprestado, os pães e peixes que multiplicou foram emprestados, o local onde instituiu a Eucaristia foi emprestada e o túmulo em que O sepultaram também foi emprestado. Só a cruz foi exclusivamente Dele!

 

 

 

 

PAULO ROBERTO LABEGALINI - Escritor católico. Vicentino de Itajubá - Minas Gerais - Brasil. Professor Doutor do Instituto Federal Sul de Minas - Pouso Alegre.‘Autor do livro ‘Mensagens Infantis Educativas’ – Editora Cleofas.



publicado por Luso-brasileiro às 17:07
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HUMBERTO PINHO DA SILVA - DISCORRENDO SOBRE COTAS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Que a mulher em nada é inferior ao homem, é opinião que ninguém contesta. Em certos casos, talvez, lhe seja superior.

Que cada um é senhor do seu corpo – seja homem ou mulher, – é, igualmente, verdade incontestável, ainda que existam limites. Não me refiro à Moral; mas à Medicina, a fim de se evitarem sérios problemas de saúde: - físicos e psíquicos.

Mas, pode-se pensar (devido a irrefletidas atitudes,) que há quem pretenda: guerra de sexos: - feminino contra o masculino; como se fossem antagónicos.

Eu sei que não é assim, já que um, completa o outro.

Depois da exacerbada “ luta de classes”, luta tão querida dos partidos socialistas, que resultou numa maior justiça social, no século XX; surge, agora, nova “ guerra”: a “guerra” das cotas.

Pretende-se, com isso, proteger: raças, religiões e o sexo feminino; olvidando, que as cotas, em geral, são deprimentes para os beneficiários – mesmo não sendo verdade, e sei que o não é, – leva a pensar que se está, v.g.: na Universidade, não por mérito, mas devido à cor da pele, ou por ser filho, por exemplo: de emigrante ou estrangeiro.

Todavia, o emprego de cotas, torna-se ainda mais burlesco, quando alguém é preferido, devido ao sexo, para ocupar cargos no parlamento ou certos lugares cimeiros da nação.

Para governar, com rigor e justiça, deve-se escolher sempre os mais competentes: já que se trata de cargos de responsabilidade extrema, que obrigam a legislar e estabelecer diretrizes, que podem beneficiar ou prejudicar, milhões de cidadãos indefesos.

No entanto, parece, a escolha, não se basear na competência, ou pelo menos só nisso, mas na igualdade: tantos homens, tantas mulheres.

Ao conversar com amigo, sobre vantagens e malefícios das cotas, este saiu-se com uma muito boa:

- “Olha cá!: tu sabes que há mais moças que rapazes no ensino superior, já que elas são mais estudiosas e – como dizem: “ Há sete mulheres para um homem”. Como estamos na moda das cotas, por que não criar uma, para entrarem na Faculdade, mais rapazes que meninas?”

Fiquei atónito; mas refletindo melhor, conclui: a ideia é aproveitável, já que se pretende, em tudo, a igualdade: - tantos homens, tantas mulheres…

 

 

 

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA   -   Porto, Portugal



publicado por Luso-brasileiro às 17:04
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EUCLIDES CAVACO - BALADA DE OUTONO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Esta é a minha saudação ao Outono que hoje mesmo iniciou no hemisfério Norte. Aqui partilho consigo esta minha récita com desejos duma magnifica semana.
 
 
 
 
 
 


https://www.euclidescavaco.com/balada-outono
 
 
 
 
 
 

EUCLIDES CAVACO  -   Director da Rádio Voz da Amizade , Canadá.

 

 

 

 

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Palavra do Pastor, com Dom Vicente Costa, 

 

Bispo diocesano de Jundiaí

 

  26º Domingo do Tempo Comum

 

 https://youtu.be/SnlVFAv2ruY

 

 

 

 

***

 

 

https://dj.org.br/semana-nacional-da-vida/

 

 

Semana Nacional da Vida

 

 

De 1 a 8 de outubro celebramos a Semana Nacional da Vida que nesta edição terá como tema “A Fecundidade do amor na Família”. Este é um momento em que todos nós nos unimos na luta em favor da defesa da vida, em todas dimensões, desde sua concepção até seu fim natural.

A Comissão Diocesana para a Vida e a Família já encaminhou para todas as paróquias da Diocese o subsídio para que as comunidades celebrem a semana da Vida. (Convite para que as comunidades se organizem e celebrem a semana)

Encerrando esta semana, no dia 8 de outubro celebramos o Dia do Nascituro (os bebês que ainda estão sendo gestados). Neste dia celebramos o valor inviolável da dignidade da vida humana, desde o início. Em Jundiaí, celebramos este dia com um ato ecumênico em defesa da vida e do nascituro. Este dia, que é promovido pela Igreja Católica, será realizado no dia 9 de outubro, às 18h, na Câmara Municipal de Jundiaí, onde estará presente nosso Bispo, Dom Vicente Costa.

Anime sua comunidade e participe deste ato em defesa da vida!

Câmara Municipal de Jundiaí: Rua Barão de Jundiaí, 128, Centro.

 

 

 

 

 

 ***

 

 

Leitura Recomendada:

 

 

 

 

 

Resultado de imagem para Jornal A Ordem

 

 

 

 

 

Jornal católico da cidade do Porto   -    Portugal

 

Opinião   -   Religião   -   Estrangeiro   -   Liturgia   -   Area Metropolitana   -   Igreja em Noticias   -   Nacional

 

 

https://www.jornalaordem.pt/

 

 

 

 

 

 

***

 

 

 

Horário das missas em, Jundiai ( Brasil):

 

http://www.horariodemissa.com.br/search.php?opcoes=cidade_opcoes&uf=SP&cidade=Jundiai&bairro&submit=73349812

 

 

 Horário da missas em São Paulo:


http://www.horariodemissa.com.br/search.php?uf=SP&cidade=S%C3%A3o+Paulo&bairro&opcoes=cidade_opcoes&submit=12345678&p=12&todas=0

 

http://www.horariodemissa.com.br/search.php?uf=SP&cidade=S%C3%A3o+Paulo&bairro&opcoes=cidade_opcoes&submit=5a348042&p=4&todas=0

 

 

Horário das missas na Diocese do Porto(Portugal):

 

http://www.diocese-porto.pt/index.php?option=com_paroquias&view=pesquisarmap&Itemid=163

 

 

 

***

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 17:00
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Sábado, 22 de Setembro de 2018
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI - O SONHO É O QUE LEVA A GENTE À FRENTE...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eu também sou vítima de sonhos adiados, de esperanças dilaceradas, mas, apesar disso, eu ainda tenho um sonho, porque nós não podemos desistir da vida”. Essa foi um das inúmeras famosas frases de  Mater Luther King nos anos 60 para indicar seu desejo que a igualdade racial nos Estados Unidos um dia se concretizasse.

Em sua música “Imagine”, John Lennon nos anos 70 conclamava a sonharmos com um mundo de paz:- “Imagine que não há paraíso/ É fácil se você tentar/ Nenhum inferno abaixo de nós/ Acima de nós apenas o céu/ Imagine todas as pessoas/ Vivendo para o hoje/// Imagine não existir países/ Não é difícil de fazer/ Nada pelo que matar ou morrer/ E nenhuma religião também/ Imagine todas as pessoas/ Vivendo a vida em paz///Você pode dizer/ Que sou um sonhador/ Mas não sou o único/ Tenho a esperança de que um dia/ Você se juntará a nós/ E o mundo será como um só”.

        E quando os Beatles anunciaram o fim da famosa e revolucionária  banda, restou indignação: “o sonho acabou”. No entanto, tal constatação não traduziu a realidade. Realmente mais do que nunca é preciso sonhar, participar e modificar as estruturas equivocadas dos sistemas reinantes e buscar a solução dos conflitos em geral, uma convivência mais harmoniosa e justa para todos. A busca de uma paz permanente é o que se almeja para uma vida digna para todos os seres humanos.

Isso mesmo, o sonho é o que leva a gente à frente. “Se a gente for seguir a razão, fica aquietado, acomodado” no dizer de Ariano Suassuna. Por isso o ditado popular considera “forte aquele que não desiste dos seus sonhos, mesmo com tantas dificuldades no caminho”. E para conquistá-los precisamos querer, tentar e nunca desistir. Nessa trilha, a medida de nossa idade depende de uma premissa: enquanto sonharmos, seremos jovens.  Na realidade, não se envelhece por haver vivido certo número de anos; fica-se velho quando se abandonam ideais, sonhos e inconformismos. Pode-se dizer com toda convicção que coragem é ter na essência espírito guerreiro e coração sonhador!

"Sonhar é acordar-se para dentro" costumava apregoar Mário Quintana. Mas temos que conceber que o mundo só melhorará se transportarmos o que desejamos para fora e batalharmos para que se transformem em realidade. Permanentemente devemos dar chances para os sonhos e realizá-los. Só assim a esperança prevalecerá e só ela é capaz de edificar uma situação harmoniosa entre as pessoas, circunstância extremamente necessária.

Nessa trilha, o poeta Augusto dos Anjos concebeu: “A Esperança não murcha, ela não cansa/ Também como ela não sucumbe a Crença,/  
Vão-se sonhos nas asas da Descrença,/ Voltam sonhos nas asas da Esperança”.

 

 

DA SÉRIE “VERDADES INCONTESTÁVEIS”

 

 

- Não podemos, nem devemos destruir nossos sonhos; temos que destruir os obstáculos que nos impedem de realizá-los.

- Que o tempo leve embora as mágoas e as más recordações, mas deixe ficar os sonhos junto com as esperanças!.

- Não sejamos empurrados por nossos problemas;  sejamos conduzidos por nossos sonhos.

-"Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado" (Roberto Shinyashiki).

 

 

BREVE REFLEXÃO

 

“O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos” (Eleanor Roosevelt).

 

 

FELICIDADE É UM SENTIMENTO SIMPLES...

 

“Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade” (Mário Quintana)

 

 

 

 

 

 

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor universitário. É presidente da Academia Jundiaiense de Letras (martinelliadv@hotmail.com)

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 15:48
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ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS - ADVERTÊNCIA OPORTUNA DE PAULO BONFIM

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Passei algumas semanas “de férias”, sem escrever esta coluna, mergulhado nos intermináveis acabamentos da minha tese de doutorado. Durante essas semanas, acontecimentos extremamente importantes se passaram no Brasil. Refiro-me à propalada “greve dos caminhoneiros” e ao quadro geral dentro do qual se inseriu essa greve. A situação é preocupante. De crise em crise, o Brasil republicano cada vez mais parece se aproximar de um desfecho que pode ser calamitoso.

Não é de boa norma para um jornalista, mormente quando está retornando de férias, usar o espaço de sua coluna para transcrever textos de outros autores. Isso é feio, dá a impressão de que lhe faltou assunto ou, pior ainda, faltou vontade de trabalhar e sobrou preguiça...

Mas não resisto a usar o espaço desta coluna para, mais uma vez, publicar um texto antológico e verdadeiramente luminoso de nosso bom Amigo o Poeta Paulo Bomfim. Digo “nosso” porque Paulo, um jovem paulista de 91 anos de idade, não só é meu amigo muito querido, mas também o é de Evaldo Vicente, o prestimoso proprietário, diretor, dinamizador e quase fac-totum  de “A Tribuna Piracicabana”.

O texto foi escrito pelo Poeta de São Paulo há muitos anos, mas conserva atualidade impressionante. Chama-se “Advertência”. Aí vai ele:

 

“Advertência

“Ai daqueles que brincam com a esperança do povo!

“Ai daqueles que se banqueteiam junto à fome de seus irmãos!

“Ai daqueles que são fúteis numa hora grave, indiferentes num momento definitivo!

“Ai daqueles que corrompem para tirar proveito da corrupção, que envenenam o mundo pela volúpia de caminhar impunemente entre ruínas!

“Ai daqueles que fazem da mentira a verdade de suas vidas!

“Ai daqueles que usam os simples como degraus de sua vaidade e instrumentos de sua ambição!

“Ai daqueles que fabricam com a violência a trama do medo!

“Ai daqueles que roubam ao próximo a alegria de existir!

“Ai daqueles que usam o dinheiro e o poder para prostituir, humilhar e deformar!

“Ai daqueles que se atordoam para fugir das próprias responsabilidades!

“Ai daqueles que traficam a terra de seus mortos, enxovalham tradições e traem compromissos com o presente e com o futuro!

“Ai daqueles que se fazem de fracos no instante de tempestade!

“Ai daqueles que se acomodam a tudo, que se resignam a tudo, que se entregam sem lutar!

“Ai daqueles que loteiam seus corações, alugam suas consciências, transacionam com a honra, especulam com o bem, açambarcam a felicidade alheia e erguem virtudes falsas sobre os pântanos!

“Ai daqueles que concordam em morrer vivos!”

 

           Até aqui, as inspiradas palavras do nosso Poeta maior.  Não precisam de qualquer comentário. Só precisam ser lidas, meditadas e, sobretudo, tomadas a sério.

 

 

 

 

 

 

ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS, é historiador e jornalista profissional, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Academia Portuguesa da História.



publicado por Luso-brasileiro às 15:44
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CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA - O ENCONTRO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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A cada um é dado acreditar ou não. Não raras vezes eu perco minha fé também. E é preciso dizer que eu não deveria. Muito verdade que nem um quinto dos meus planos de futuro, dos meus sonhos de menina se concretizaram. Aprendi foi a sonhar diferente, a viver de acordo com o que a vida me apresentou.

Por outro lado, não posso me queixar. Em um país em que muitos vivem abaixo da linha da miséria e que outros tantos ficam se equilibrando nela, vivo sem grandes limitações, trabalhando, com saúde e ao lado de uma família que amo e que me ama. Ainda assim, humana que sou, tenho meus momentos de desilusão, nos quais a minha fé se abala.

Dia desses, estava eu muito chateada com alguns acontecimentos, questionando-me sobre qual seria o meu propósito nesse mundo. Caiu-me um manto de tristeza e foi como se eu me sentisse abandonada pelos meus melhores sentimentos. Implorei a Deus que me mostrasse o que eu deveria fazer, o que estava ao meu alcance para mudar as coisas. A despeito disso,  dessa sensação de desamparo, dirigi-me ao trabalho, para mais dois longos períodos.

Quando esperava para pegar o terceiro metrô na sequência, um senhor, aparentando estar próximo dos setenta anos, perguntou-me se aquele vagão iria para determinado local, ao que eu lhe respondi que sim. Contou-me que havia sido investigador de polícia, que se formara em história, geografia e Direito. Relatou-me ainda que andava meio confuso, que não se lembrava muito das coisas, que vivia se esquecendo de lugares nos quais sempre estivera.

            Fiquei compadecida dele, de sua aparência frágil e nele vi o reflexo de muitos de meus receios. Íamos para o mesmo local, para uma outra estação na qual pegaríamos um trem urbano. Seguimos conversando um bom papo e como ele era repleto de histórias, eu mais ouvia do que falava. Curiosamente, até mesmo no trem tínhamos uma grande parte do percurso em comum.

            Fiz questão de acompanha-lo pelo máximo de tempo que pude, pois me preocupava que ele se perdesse, sobretudo por estar, como ele me dizia, estranhando o fato de que, muitas vezes, ele não sabia direito onde estava ou mesmo para onde ir. Em cerca de 40 minutos eu já parecia conhece-lo há séculos.

            Muito educado, ele somente me chamava de doutora, já que em algum momento eu lhe contara que era advogada. Contou-me histórias engraçadas, casos de seu tempo na polícia e um pouco sobre a família. Peguei-me pensando como às vezes um simples bom papo, ainda que com um estranho, tem o poder de nos fazer refletir e até mesmo relevar fatos menos importantes.

            Quando chegou ao meu destino, despedi-me dele alertando para que se cuidasse e perguntasse às pessoas caso se sentisse perdido novamente. Antes, contudo, perguntei-lhe o nome e ele me respondeu que se se chamava Divino. Antes de se despedir de mim ele me disse que acreditava muito em Deus e que Ele por certo iria me prover de tudo aquilo que eu desejava.

            Não sei dizer ao certo a razão, mas o fato é que tudo aquilo me deixou extremamente emotiva. Andei por mais dois quarteirões com lágrimas nos olhos e o coração repleto de bons sentimentos, afinal de contas, não é todos os dias que o Divino surge diante de nossos olhos...

 

 

 

 

CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA - Advogada,professora universitária, membro da Academia Linense de Letras e escritora.  São Paulo

 



publicado por Luso-brasileiro às 15:34
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