PAZ - Blogue luso-brasileiro
Sábado, 24 de Novembro de 2018
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI - 27 DE NOVEMBRO NO BRASIL - UM DIA PARA COMPREENDERMOS OS PACIENTES DE CÂNCER

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Portaria do Ministério da Saúde GM nº 707 de dezembro de 1988 instituiu 27 de novembro como o Dia Nacional de Combate ao Câncer com a finalidade de mobilizar a população quanto aos aspectos educativos e sociais no controle do câncer. O principal objetivo desta data é alertar a população brasileira sobre os diferentes tipos de tratamentos e, principalmente, como evitar esta doença, considerada a segunda que mais mata no Brasil e no mundo. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde – OMS, aproximadamente 30% das mortes provocadas por ela, seria evitada, caso se fizesse o diagnóstico prematuramente, ou com ações preventivas para garantir hábitos mais saudáveis.

Por outro lado, o câncer não reconhece fronteiras sociais, econômicas ou culturais. O mundo sofre com a doença, que cresce no mesmo ritmo que o envelhecimento da população. A OMS prevê que, em 2020, saltaremos para 10 milhões ao ano. Vivemos uma epidemia que exige ações efetivas. Encarar o câncer como um problema de saúde pública implica enfrenta-lo de forma preventiva e investir em políticas de promoção da saúde que foquem hábitos de vidas saudáveis.

Essa data se constitui também numa ocasião para refletirmos sobre a importância de compreendermos a situação dos seus pacientes. São notórias as graves consequências advindas de um resultado de câncer, cujo resultado por si só, já provoca um grande impacto. O paciente sabe que percorrerá um longo e demorado calvário, às vezes também dispendioso, para ver um possível restabelecimento do seu quadro clínico, nem sempre obtido e que pode deixar inúmeras sequelas. Às incapacidades físicas e psíquicas provocadas pela dor, somam-se as incertezas quanto ao futuro, os tratamentos traumáticos e o temor de morte iminente. Assim, quando alguém é acometido por tal moléstia, há uma grande repercussão sobre ela. Muitas pessoas modificam completamente seus hábitos, passam a rever conceitos, valores, crenças, comportamentos e atitudes. Para entendê-los nesta fase, o individualismo dos amigos e dos familiares deve ser substituído pelo respeito sincero a estes, até mesmo ao desgaste provocado pelos efeitos da moléstia.

Mais do que nunca, o processo de cura conferido aos pacientes de câncer, por se cercar de peculiaridades, deveria integrar-se especificadamente no rol dos direitos humanos básicos. Mesmo porque, a dignidade da pessoa é um princípio ao mesmo tempo espiritual e moral, que se revela singularmente na autodeterminação consciente e responsável da própria vida e na necessária estima que alcança os seres vivos.

 

 

Luta contra a AIDS, ato de legítima defesa social!

 

 

Celebra-se a primeiro de dezembro, o DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS, uma data de suma relevância para que a sociedade se conscientize da grave situação provocada pela moléstia e das formas de evita-la. E a doença não pode ser encarada só como problema biomédico, mas também como reflexo de uma sociedade doente, onde existe a cultura da morte, cujos sinais são o narcotráfico, a violência, a miséria, a marginalização, a destruição do meio ambiente e a sexualidade comercializada e reduzida a mero consumo, desvinculada da educação para o amor, para o respeito à própria vida e à dos outros. Assim, reitere-se neste espaço que a proteção dos valores morais, sem os quais a sociedade entra em decomposição, é um ato de legítima defesa social, devendo-se combater a moléstia de todas as formas possíveis, mas não se olvidar da questão da preparação e formação, para que o sexo se realize com informação, conhecimento, responsabilidade, embasamento religioso e espiritual.

 

 

Um ritmo alegre e próprio

 

 

02 de dezembro foi escolhido como o DIA DO SAMBA no Brasil pois foi nessa data que o famoso compositor Ary Barroso, um dos mais famosos compositores de samba da história, visitou pela primeira vez Salvador na Bahia.  Compositor da música "Na Baixa do Sapateiro", uma ode à capital baianada, o então vereador Luis Monteiro Costa propôs homenageá-lo, celebrando a data deste ritmo no calendário regional, que com o passar dos anos acabou se tornando uma comemoração a nível nacional.

 

 

 

 

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor da Faculdade de Direito do Centro Universitário Padre Anchieta de Jundiaí. É presidente da Academia Jundiaiense de Letras (martinelliadv@hotmail.com)

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 16:27
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JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI - A COMPREENSÃO E A PAZ MUNDIAIS SE CONSOLIDAM COM GESTOS DE SOLIDARIEDADE

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nesta época de desafios é preciso refletir e pensar o passado, chamando atenção para os grandes erros que a nossa história, seja pessoal ou coletiva, produziu. Um desses equívocos parece que veio para ficar, o que quer dizer que se fixou como base de boa parte de nossa conduta. Trata-se da nossa incapacidade de conviver com o diferente e as formas encontradas para solucionar os problemas de convívio humano onde o que menos importa parece ser o diálogo, a comunicação direta e honesta, sem truques, golpes, violências, onde a veneração pela vida do outro e sua forma específica de manifestação e expressão, fossem considerados.

Sabemos que a lista de tipos sociais que são alvos de discriminação e exclusão que nossa sociedade construiu é grande. E ressurgem  diariamente  manifestações preconceituosas em todo o mundo contra minorias étnicas, mulheres, homossexuais, pobres, índios, negros, portadores do HIV, crianças, integrantes da terceira  idade entre tantos, além da intolerância religiosa que se tornou uma das principais causas de perseguições.

O DIA DA COMPREENSÃO MUNDIAL que se comemora a 17 de setembro, objetiva conscientizar-nos sobre uma das principais características que a humanidade deve ter para que haja o máximo de paz, a compreensão. Sua proposta é justamente incentivar a reflexão de como lidar com tantas discordâncias de vários fatores, como faixa etária, geração,  religião, educação e etc. entre as pessoas, respeitar e procurar entender os sentimentos do próximo.

               Como um instrumento para o entendimento ela é uma atitude plural, mútua, que tem sua origem, no entanto, no conhecimento que temos de nós mesmos. Com efeito, os seres são distintos em aspectos físicos, comportamentais, de valores e ideias e por isso é fundamental que seja criada uma cultura de acatamento, seja no cotidiano de cada indivíduo e também no ambiente social. Ela é entendida por isso, como um fator fundamental para que seja mantida a harmonia mundial e também respeitados os anseios de todos.

A divergência é um direito dos homens, porém é muito importante que seja mantida uma harmonia no grupo em que se vive, para conseguirmos atingir um bom nível de convivência, sempre pensando nas necessidades do outro. Só no respeito às diferenças é que podemos construir comportamentos, estabelecer planos e mudar atitudes – as nossas e as de terceiros. Há que se entender a importância de cada ato pessoal como um fator que facilite a harmonia e a construção de um grupo. Além do mais, citando Mahatma Gandhi, vale dizer que  “...cada problema começa a se resolver quando decidimos fazer do amor a lei da nossa vida...” .

A data também visa alertar todos os líderes de governos e da sociedade em geral a pensarem e equilibrarem os seus julgamentos com paciência e apreço aos semelhantes e tornar os indivíduos mais humanos e compreensíveis, tentando transformar o mundo em um lugar tranqüilo para todos viverem, principalmente diante das ameaças que as grandes potências lançam ultimamente umas contra as outras.

 

 

“A PAZ É A TRANQUILIDADE DA ORDEM”

 

 

O DIA INTERNACIONAL DA PAZ, 21 de setembro, foi instituído pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 1981 para “comemorar e fortalecer os ideais de paz em cada nação e cada povo entre elas”. Dizia com grande brilhantismo Santo Agostinho: “A paz é a tranqüilidade da ordem”. Com efeito, em sua dimensão mais ampla paz significa tranqüilidade pública, concórdia e ausência de hostilidade.

Diante da ameaça que paira sobre todos, é hora de assimilarmos gestos de boa vontade e unirmos nossas mãos em atitudes concretas de partilha, para a construção de uma nova sociedade, em que as desigualdades não sejam tão ostensivas e chocantes e a Justiça possa efetivamente cumprir seu papel, para progredirmos em conjunto, rumo a tão almejada convivência pacífica, compreendida como fruto da eliminação da miséria e do desenvolvimento integral de todos os povos.

 

 

 

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor universitário. É presidente da Academia Jundiaiense de Letras (martinelliadv@hotmail.com)



publicado por Luso-brasileiro às 15:35
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ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS - POUPAR EM PATACÕES: POR QUE NÃO ?

 

 

 

 

 

 

 

 

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Leio no noticiário de hoje que a infeliz Venezuela, vitimada pelo socialismo bolivariano, cortou mais 5 zeros de sua moeda, que passa a ser denominada “bolívar soberano”, para diferenciar do “bolivar forte”, que por sua vez desde 2008 possuía 3 zeros a menos que o velho “bolivar”.

Qualquer brasileiro de pouco mais de 60 anos de idade já conviveu, neste Brasil republicano, pelo menos com sete padrões monetários oficiais, sem falar nos paralelos: o velho cruzeiro, até 1965 (ainda chamado informalmente, pelos mais antigos, de “mil-réis”, de onde derivou a corruptela “merreca”, ainda em uso hoje); em seguida, o provisório cruzeiro novo, com 3 zeros a menos; depois, de novo o cruzeiro "tout court", até 1986, quando Sarney o podou em outros três zeros e o transformou no cruzado; este, por sua vez, seria novamente podado e rebatizado como cruzado novo em 1989; já no ano seguinte, 1990, por um novo avatar, o cruzado novo de novo se metamorfoseou no cruzeiro, que em 1993 se transformaria, com 3 zeros a menos, no “cruzeiro real”. Em 1994, com a dolarização da economia, entrou em cena a URV, que vigorou por alguns meses e se transmutou, ainda em 1994, no real, que começou valendo mais do que o dólar e hoje, vinte e quatro anos depois, vale menos que 30% da moeda norte-americana (apesar de esta também ter perdido valor, em termos efetivos, no mesmo período).

O que foi a inflação maluca do Brasil é algo difícil de conceber. No início do Plano Real, quando se sepultou a velha moeda republicana, o economista João Sayad celebrou: “Aqui jaz a moeda que acumulou, de julho de 1965 a junho de 1994, uma inflação de 1,1 quatrilhão por cento. Sim, inflação de 16 dígitos, em três décadas. Ou precisamente, um IGP-DI de 1.142.332.741.811.850%. Dá para decorar? Perdemos a noção disso porque realizamos quatro reformas monetárias no período e em cada uma delas deletamos três dígitos da moeda nacional. Um descarte de 12 dígitos no período. Caso único no mundo, desde a hiperinflação alemã dos anos 1920.” (Observações sobre o Plano Real. Est. Econ. São Paulo. Vol. 25, p. 7-24, 1995-96)

Desvalorizado ou não, fato é que o atual real já está durando há 24 anos... Para uma moeda da república brasileira, é um prodígio de longevidade. O preço que está custando essa longevidade é alto, é mesmo altíssimo para o contribuinte brasileiro. Recessão, desemprego, falências e concordatas em série, altíssimas taxas de juros...

Desde a década de 1960, incontáveis notas de formatos, cores e caras diferentes circularam por este Brasil. Apareciam, circulavam um pouco e iam perdendo rapidamente valor, corroídas pelo câncer implacável da inflação. Poucos anos ou poucos meses depois de lançadas, já estavam esquecidas, já eram desprezadas por todos, até mesmo pelos colecionadores, porque já eram velhas para serem usadas, mas ainda não eram antigas para serem guardadas.

Para os brasileiros da minha geração, acostumados a essa mutabilidade monetária, causa não pequena estranheza saber que a Áustria cunha ainda hoje moedas que há mais de 250 anos circulam ininterruptamente em muitos países do mundo.

De 1740 a 1780 reinou no Sacro Império a grande Maria Teresa, aquela que, por sua força moral, foi aclamada pela Dieta húngara não como Rainha, mas como Rei da Hungria. "Moriamur  pro  Rege  nostro  Maria  Theresia!" (morramos por nosso Rei Maria Teresa!) - bradaram os magiares na Dieta, quando Maria Teresa, atacada pelo rei Frederico II, da Prússia, foi conclamar os húngaros à defesa do Império ameaçado.

Em 1751, mandou ela cunhar um thaler, moeda com 23,4 gramas de prata, tendo numa face a efígie da soberana, e as armas dos Habsburgos na outra. Essa moeda, que inspiraria a criação do dólar norte-americano, estava destinada a ser a mais prestigiosa, difundida e durável das moedas. Entre os árabes e os povos da África, logo se tornou cotadíssima, passando a servir como espécie de moeda universal, por todos aceita e na qual todos confiavam. A tal ponto o prestígio da grande Imperatriz perdurou nos incontáveis thalers que circularam pelas areias do Saara, às margens do Mediterrâneo ou ao longo do Nilo, que ainda em meados do século XX prosseguia em circulação o velho thaler - ou pelo menos contrafações fiéis dele, com a Imperatriz, a águia bicéfala, os dísticos latinos e tudo mais...

Mussolini foi um dos mais notáveis falsificadores de thalers austríacos, mandando cunhar grande número deles "made in Italy" quando da invasão da Abissínia, em 1936. Na Abissínia, aliás, durante todo o reinado de Hailé Salassié, que se estendeu de 1930 até 1974, o thaler austríaco era quase moeda oficial. Os ingleses, durante a II Guerra Mundial, também precisaram cunhar a moeda teresiana para poderem comerciar com certas tribos africanas que não aceitavam libras esterlinas...

Ainda em nossos dias, tal continua sendo a procura do thaler, que a República austríaca decidiu, em 1989, voltar a cunhar thalers do Sacro Império! No ano de 1989, cerca de 3 milhões de thalers foram oficialmente cunhados pela Casa da Moeda da Áustria.

Não seria uma boa ideia o governo brasileiro cunhar e pôr em circulação os velhos e saudosos patacões de 2 mil réis, com a efígie de D. Pedro II, mas de prata autêntica? Por que não se experimenta?

 

 

 

 

ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS, é historiador e jornalista profissional, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Academia Portuguesa da História e da Academia Ptracicabana de Letras.

 



publicado por Luso-brasileiro às 15:28
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CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA - CHEGADAS E PARTIDAS

 

 

 

 

 

 

 

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            Na semana que passou eu escrevi sobre um especial reencontro que estou vivendo através da criação de um grupo virtual, no WhatsApp. Lá reencontrei amigos de cujos nomes já nem me lembrava, bem como outros que eu aparentemente tinha deixado em algum lugar do meu coração, dormente, temporariamente esquecidos.

            O engraçado é que por mais que eu saiba que todos nós agora temos feições muito diferentes daquelas que tínhamos há quase trinta anos, nos tempos em que cursávamos o colegial, atual ensino médio, eu ainda os imagino daquele modo, congelados no tempo. Trocando mensagens através do aplicado, descobri que vários deles também tem a mesma sensação.

            Fico pensando que será curioso um encontro presencial entre pessoas que muito provavelmente não se reconhecem ao vivo. Embaixo de cabelos brancos, ruguinhas e vários quilos a mais, permanecemos por ali, jovens em alma e é nesses momentos que eu me dou conta de que o tempo passou realmente, doa a quem doer.

            Aos poucos fomos nos lembrando de nossos professores e não deixa de ser triste o fato de que muitos deles já morreram, embora as histórias por eles protagonizadas sejam dignas de serem repetidas e já estejam incorporadas aos nossos subconscientes. Alguns professores morrem para se transformar em lágrimas, enquanto outros se transformam em mitos.

            Os colegas foram sendo adicionados ao grupo conforme foram sendo encontrados. De um em um já estamos em 65 membros. Alguns foram adicionados ao grupo e sem fazem qualquer comentário ou registrarem presença, saíram de fininho. Já outros pertencem ao grupo que começa a dizer bom dia logo cedo e que não termina o dia em sem um desejo de boa noite.

            Até mesmos os risos virtuais já tomaram a proporção de uma sala de aula, abafando qualquer outra conversa que se queira insinuar. Quase todas as interações são sobre saudades, sobre o que o tempo fez com o outro e como podemos fazer para nos encontrarmos. Alguns, que estão mais próximos, já se mexeram e se visitaram, inaugurando uma nova fase, uma época de reencontros.

             E foi na tentativa de agruparmos outros amigos é que descobrimos a morte prematura de mais uma. Aos 43 anos ela se foi,  dormindo. Vimos pelas redes sociais. Já se vão dois anos de sua morte e nossos pêsames e lamentos por uma amiga de colégio se deram tardiamente. Foi um choque, pois a foto de seu perfil estampa ainda a menina que ria conosco e que ocupa várias das fotos que levamos ao grupo para nos ajudar a preencher as lacunas que a memória deixou.

            De toda essa experiência eu fico com a certeza de que não há tempo a perder, que o tempo de ter todo o tempo do mundo já passou... Agora é brincar de viver!

 

 

 

 

CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA - Advogada,professora universitária, membro da Academia Linense de Letras e escritora.  São Paulo.

cinthyanvs@gmail.com



publicado por Luso-brasileiro às 15:24
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MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE - VIVÊNCIAS DE BELEZA E HUMANIDADE

 

 

 

 

 

 

 

 

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Vivências de beleza e humanidade... Foi exatamente o que aconteceu no Polytheama no último dia 12 de novembro, durante o Festival da Associação Socioeducacional Casa da Fonte, que tem como mantenedora a Companhia Saneamento de Jundiaí – CSJ, e seus Parceiros - EMEBs Cléo Nogueira Barbosa e Ivo de Bona, Escolas Estaduais Alessandra Cristina Rodrigues Pezzato e Dom Joaquim Justino Carreira, CECE “José De Marchi”-, além do convidado especial, CECE “Romão de Souza”. 
Um passo acolá, um passo ali e um passo cá, ora com leveza, ora com firmeza, no Teatro Polytheama. Aliás, o Polytheama carrega pegadas fortíssimas na lembrança de muita gente e se faz memória naqueles que atravessam, com seus dons, o palco.
Pequeninos que integraram o espetáculo -, muitos deles não conheciam o Teatro -, disseram-nos que levariam, aquele dia, para a vida inteira. 
Juntamos os passos, desde fevereiro, em torno da história, das formas e dos tons de nosso querido artista internacional Inos Corradin. E foi incrível transformar as lembranças dele da Itália, da lendária “Commedia d’ella Arte”, em performances para a apresentação. Como a proposta era de muita alegria, incluímos os espetáculos circenses do Brasil. Surgiram os músicos, cantores, trapezistas, malabaristas, a menina Moana, palhacinhos, Fantastic Circus, magia dos arcos e bolas, acrobacias, piruetas, globo da morte, adultos encenando solidariedade, o ovo do Cirque Du Solei, capoeira e dança afro voltadas para o circo... O popular e o clássico. Teve até um poema, feito por adolescentes nossos, Bruna e Otávio, com versos assim: “Se me dissessem que, além da pizza, / a Itália nos daria outro presente, / eu estranharia/ sem saber que Inos viria para a gente”.
Deslocamo-nos de vinte quilômetros do centro, do Jardim Novo Horizonte, onde ainda existe, em recordações esmaecidas, o apito do trem da Sorocabana, que levava ou trazia esperança. E estar à margem da cidade grande, sem conhecer como ela é, onde estão os seus encantos e as possibilidades de alargar as estradas individuais, é uma espécie de cativeiro, atrofia sonhos. Chegar até lá é um exercício de salvação. Algo como: pertence-me, sou capaz e dispenso, portanto, o que existe de sinistro nas vielas escuras.  O homenageado, com seu jeito sensível e simples de ser, fez com que diversos dos partícipes comentassem que se sentiram importantes por ter um grande artista que lhes assistiu. E os beijos e abraços, ao final, misturaram carinho e arte.
Nosso aluno desde os oito anos, hoje com dezessete, Renato Wesley, conhecido por Índio, compôs uma canção especial, “Pensamento”, para o dia, a respeito de sua caminhada na Casa da Fonte, da qual destaco o verso: “...Pode ser difícil, mas sigo em frente/ sem medo e contente...” 
 Identifico esse acontecimento com a palavra africana Ubuntu, que traduz um modo de viver, uma convivência social pautada pelo altruísmo, fraternidade e colaboração entre os seres humanos; a importância das alianças e do relacionamento das pessoas, umas com as outras. Que permaneça!
 
 

 

 

MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE -

 Professora e cronista. Coordenadora diocesana da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala. Jundiaí, Brasil.



publicado por Luso-brasileiro às 15:17
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VALQUÍRIA GESQUI MALAGOLI - VAGOS LUMES

 

 

 

 

 

 

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“não estou longe de mim/ estou tão perto/ que vou dentro/ mas se me busco/ tal verdade ofusco/ sou cidade escura/ uma Paris apagada/ intimíssima encruzilhada/ descoberta que não dura/ se me abrasa um lume/ incendeia a alma/ queima e cai a casa/ sou aquele vagalume/ sou do breu a asa”...

Poesia à parte, disse-me Guilherme: “eu nunca vi um vagalume”.

Não estranhei.

A não-estranheza, essa sim, é-me a razão do estranhamento...

Como é possível soar natural que as novas gerações desconheçam a natureza?

Como é possível a natureza andar tão estranha às próprias entranhas?

Como é possível, à luz de novidades sucessivas, a juventude com coisa alguma se assombrar?

Pobres serezinhos alados quase exterminados!

Pobre também a humanidade sem asas!

Por um instante – que voa... evapora... – penso que, à falta de voos concretos, o pensamento eleva-se e sobrevoando-nos sobra.

Nisso, lembro que sobra pouco tempo talvez.

Muito pouco! Muito ou pouco? Quem sabe?

Saberão os vagalumes restantes?

Saberão alguns de nós, à falta deles, à luz portanto de sua ausência?

Lançaria, pois, sua quase não existência uma luz. Uma nova luz sobre o que vai e os que vão, nós, abaixo de si. Abaixo e aquém de seu voozinho intuitivo.

Intuitiva, natural e inocentemente lançar-se-ia esta nova luz.

Não. Nova não. Antiquíssima.

Luz de tempos menos impermanentes quem sabe.

Luz de farol. Luz-sinal.

Sinal de que é bem capaz que até aqui não tenhamos feito bom uso deles – os sinais dos tempos a vagalumear pelos ares de antanho e de agora, desde o início até o sabe-se lá quando.

Eis que um estranhamento me assoma agorinha mesmo: se Guilherme nunca viu um vagalume, eu, por minha vez, quanta coisa jamais chegarei a ver e crer!!!

            É... nem tudo, de fato, nos cabe, nem, por conseguinte, nos será dado a ver.

            Dado.

            Enxergássemos fosse a luz fosse a falta que ela faz, veríamos por meio dela que viver é dádiva.

            Viver nos é dado.

            Oxalá soubéssemos viver.

            Há quem julgue fazê-lo devidamente.

            Queira tudo que há de mais sagrado existir um tantão assim de gente assim. Mas, gente assim que o faça, não só que o pense ou julgue.

            Perdão por eu andar meio cética com relação a isso.

              Podem, aliás, julgar-me à vontade.

           Eu mesma já o fiz primeiro.

 

 

 

Valquíria Gesqui Malagoli, escritora e poetisa, vmalagoli@uol.com.br

          



publicado por Luso-brasileiro às 15:12
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FELIPE AQUINO - SIM. HÁ UM CAMINHO MAIS INTELIGENTE E MAIS SUAVE !

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pare um instante e reflita no que dizem essas poucas linhas…

 

 

Realmente hoje temos muita ciência, mas pouca sabedoria. O primado da técnica sobre a ética e da ciência sobre a moral não garantem a felicidade do homem moderno. Isto faz com que ele tenha medo daquilo mesmo que construiu com suas mãos e sua inteligência. Há um caminho mais suave para se viver e ser feliz. Que caminho é esse?

É por onde se observa coisas simples e naturais, medita e equilibra: ciência e fé. Por exemplo:

A rua mais limpa não é aquela que se varre mais vezes, é a que se suja menos.

A consciência mais tranquila não é a que se confessa muito, mas a que peca menos.

Ser rico não é se matar de trabalhar, de negociar, às vezes até passando os outros para trás. Ser rico não é ter muito, é precisar de pouco.

Ser culto e erudito não é apenas devorar muitos livros, mas também saber aprender com os outros.

Ser saudável não é fazer muito regime e muita ginástica; é comer menos, dormir mais, se agitar pouco.

Ter saúde não é tomar frascos e frascos de vitaminas; é se alimentar bem, sem exagero, com uma ração balanceada, colorida, saudável.

 

 

 

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Leia também: A autêntica meditação cristã

A Ciência e a fé podem conviver em harmonia?

O dom da Sabedoria

 

 

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Se realizar não é falar muito e parecer “o bom”; é saber usar o silêncio para degustar a sabedoria que os outros nos passam e que nos enriquecem.

Ser humilde não é se desvalorizar e enterrar os próprios talentos, é ser fiel à verdade de sua vida e de sua realidade.

Ser casto não é fazer penitências pesadas para vencer as tentações, é fugir delas, na vigilância e na oração.

Ser eficiente não é correr contra o tempo, é saber usar o tempo, contar com ele. Tudo que é feito sem contar com ele, ele se incumbe de destruir.

Ser perfeito não é querer imitar os outros, é desenvolver os próprios talentos e aceitar a sua realidade.

Ser produtivo não é se matar de trabalhar, é trabalhar sempre, sem pressa, mas sem parar, como a planta.

 

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Quando você não conseguir fazer alguma coisa de maneira rápida, não desista; apenas tente fazer devagar.

Que tal seguir um caminho mais suave, mais natural, mais humano?

 

 

 

FELIPE AQUINO - Escritor católico. Prof. Doutor da Universidade de Lorena. Membro da Renovação Carismática Católica.

 



publicado por Luso-brasileiro às 14:45
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PAULO R. LABEGALINI - AS APARIÇÕES AO LONGO DO TEMPO

 

 

 

 

 

 

 

 

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Eu gostaria muito de ver e de conversar com Nossa Senhora aqui na terra, mas como as aparições da Virgem Maria só ocorrem em casos de extrema importância, sigo rezando e trabalhando para ser digno de encontrá-la um dia no céu.

Sabemos que a Igreja Católica é bastante reservada quanto à autenticidade das mensagens atuais da Mãe de Deus em todo o mundo, porém não proíbe as divulgações de muitas delas. Se tudo caminhar como esperamos, as aparições da Rainha da Paz em Medjugore, por exemplo, serão reconhecidas e merecerão todo crédito do Vaticano no futuro – assim como em Lourdes e em Fátima.

Miriana Soldo, uma das mensageiras, recebeu um dia estas palavras de nossa querida Mãe: “Queridos filhos, eu chamo vocês para o amor e a misericórdia. Deem amor uns para com os outros, como seu Pai dá isso para vocês. Tenham um coração misericordioso. Para você que também deseja, não permita que as boas obras de misericórdia esperem. Toda misericórdia que vem do coração traz você mais perto do meu filho.”

Se Nossa Senhora insiste em pedir amor ao próximo e atenção às boas obras, é porque também insistimos na teimosia de não atendê-la. Assim, Ela – na condição de Mãe – se entristece vendo muitos filhos precisando de ajuda e outros esbanjando riqueza; se entristece vendo seus filhos envolvidos em pecados mortais e afastados de Deus; e se entristece, mais ainda, vendo obras católicas maravilhosas sendo edificadas com o esforço de tão pouca gente!

A minha fé me leva a acreditar em muitas revelações recentes de Maria Santíssima, porque várias aparições de seres celestes já ocorreram no passado e são relatados na Bíblia: Moisés e Elias apareceram no Monte Tabor (Lc 9, 28-36); os apóstolos comeram e beberam com Cristo Ressuscitado (At 1, 4); dois anjos e Jesus apareceram à Maria Madalena (Jo 20, 11-18); Gabriel apareceu à Maria na Anunciação (Lc 1, 26-38); uma multidão de anjos surgiram na noite de Natal (Lc 2, 9-14) etc. Portanto, por milagres de Deus, é possível que tais fatos voltem a acontecer.

Uma certeza nós temos: Jesus Cristo voltará! “Vigiai, pois, porque não sabeis a hora em que virá o Senhor” (Mt 24, 42). Eis que São Paulo nos aconselha: “Por isso, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos os homens, mas particularmente aos irmãos na fé” (Gal 6, 10). E, fazendo o bem, certamente os frutos virão.

E também nossa bendita Mãezinha nunca nos decepciona. Ela continuará abençoando aqueles que estiverem no caminho do bem, da verdade e do amor. Mesmo não aparecendo a cada um de nós, Ela sabe as boas intenções dos nossos corações e, quando não conseguimos atingir plenamente o nosso objetivo, também nos abençoa pelo esforço desprendido. Eis uma história que completará o sentido destas palavras:

Toda tarde, numa região muito seca, o patrão mandava seus empregados buscarem água num poço distante. Entre eles, havia um velho manco que nunca conseguia chegar com o pote cheio. Devido um defeito na perna, ele derrubava água no caminho e se chateava bastante com isso. Alguns anos se passaram e, um dia, o esforçado trabalhador disse ao patrão:

- Estou muito triste em não trazer a mesma quantia d’água que os outros. Peço que me desculpe e até me castigue pelo meu fracasso.

Mas, o patrão o confortou:

- Se não fosse pela água que você derrama no caminho, não existiriam as belíssimas árvores e flores que brotaram durante todos esses anos, e este lugar seria muito triste! As sementes precisavam de um pouco d’água todos os dias e você as atendeu.

Portanto, mesmo sem vermos Nossa Senhora pessoalmente, o importante é continuarmos nos esforçando para sempre nos aproximarmos dela. Assim, com certeza, Ela estará ao nosso lado e, nessa caminhada, toda água derramada também será abençoada.

 

 

 

PAULO ROBERTO LABEGALINI Escritor católico. Vicentino de Itajubá - Minas Gerais - Brasil. Professor Doutor do Instituto Federal Sul de Minas - Pouso Alegre.‘Autor do livro ‘Mensagens Infantis Educativas’ – Editora Cleofas.

 



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HUMBERTO PINHO DA SILVA - TAMBÉM HÁ SANTOS NAS IGREJAS EVANGÉLICAS !

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Se pensam que nas Igrejas Evangélicas – e até nas seitas, – não há santos, estão redondamente enganados.

Claro, que não aparecem nos altares, nem são canonizados; mas que são santos; ah!: isso são!

Havia – já lá vão muitos anos, – na 1ª República, em Vila Nova de Gaia (Portugal), um homem bom. Homem rico, que por muito amar os pobres ficou pobre, por amar muito a Deus.

Era pastor anglicano. Sabia ser justo viver do altar, mas preferiu ser o altar a viver do seu trabalho e da sua grande fortuna.

Seu nome era: Diogo Cassels; mas o povo, os operários, os carenciados, por muito lhe quererem, chamavam-no, carinhosamente: o Sr. Dioguinho.

Dioguinho, junto com as tarefas pastorais, mantinha: escola – para educar os meninos cristãmente; – e, a “ Sopa dos Pobres” – para alimentar os que tinham fome.

Portugal, naquele tempo, estava atulhado em terríveis dívidas. Havia desemprego generalizado, e os que trabalhavam, mal granjeavam para sustento dos filhos.

Como cristão, como sacerdote temente a Deus, sentia obrigação: de cuidar, de zelar, de amenizar, o sofrimento dos operários; e pobreza envergonhada – que sempre atinge a classe média, em anos de crise.

Todos os meses, o bom homem, ia de porta em porta, pelas casas inglesas – o Sr. Dioguinho era britânico, – e pedia…tornava a pedir… rogava, suplicando, contributo para a “ Sopa dos Pobres”; porque, o que possuía, da sua grande fortuna, já não bastava para acudir a tanta necessidade.

Certa ocasião, as casas de pasto, as mercearias, que lhe forneciam os alimentos, disseram-lhe, perentoriamente: “ Ou paga o que nos deve, ou nada mais haverá fiado! …”

 

Diogo Cassels.jpg

 

Dioguinho levou as mãos à cabeça, desesperado. Aflito, atormentado, recorreu a amigos. Calcorreou as firmas de origem inglesa, da baixa portuense; bateu à porta da colónia inglesa, e arrecadou substancial quantia… Assim supunha.

Regressou radiante. Contou e recontou o dinheiro recebido. Fez contas e mais contas… Fez cálculos e mais cálculos… mas nada: faltavam cinco contos para saldar a divida aos fornecedores…

- “ Os necessitados ficarão sem a “ Sopa dos Pobres.” - Pensou.

Nervoso, mordendo os lábios ressequidos, procurou descortinar amigo, que lhe acudisse a tal aperto. Mas as diligências foram em vão.

Só Deus o poderia ajudar. Mas seria ele merecedor de tal auxílio? …

Dirigiu-se, estonteado, à capela; pelo caminho, encontrou a Bertinha – mocinha que lhe servia de secretária, – agarrou-a com ansiedade, pelo braço, e, numa súplica, disse-lhe:

- “ Peço-te, menina, um grande favor: Vem comigo à capela, orar a Deus, para que me acuda! …”

No dia seguinte, pela manhã. Manhã luminosa, cheia de Sol, chegou o carteiro. Entre a correspondência vinha uma…que incluía cheque no valor de cinco contos!

Junto, trazia bilhete: “ Sei que veio procurar-me, para acudir os seus pobres. Não estava; mas ai vai “isso”, para ajudar.”

Após o almoço o Sr. Dioguinho, agradecendo a Deus, dirigiu-se ao Banco de Londres, para receber o dinheiro.

Mal lhe entregaram os cinco mil escudos, o rosto desfigurou-se de contentamento. Cambaleou. Agarrou-se ao balcão…Escorregou… e caiu. Antes de morrer, ainda teve tempo de pronunciar:

- “ Graças a Deus! Os pobres não passaram fome! …”

Assim morreu o pastor, o santo, que tudo doou aos pobres. O sacerdote, que sendo rico, se tornou pobre, para que os pobres fossem menos pobres.

Também há santos nas Igrejas Evangélicas! …

 

 

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA   -   Porto, Portugal



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EUCLIDES CAVACO - FOLHAS DE OUTONO - Poema e voz de Euclides Cavaco

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Mais uma poema falando do Outono, o qual nos convida a ler e ouvir nas entrelinhas a fazer uma instrospecção pessoal.
Veja e ouça este leve poema neste link formatado por Mena Aur. 
 


https://www.euclidescavaco.com/folhas-outono
 
 


Desejos duma semana preenchida de boas surpresas.
 
 
 
 
 
 
Desejos duma excelente semana.
 
 
 
 
 

EUCLIDES CAVACO  -   Director da Rádio Voz da Amizade , Canadá.

 

 

 

 

***

 

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Palavra do Pastor, com Dom Vicente Costa, 

 

Bispo diocesano de Jundiaí

 

  

Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo – Jo 18, 33-37

 

 

https://youtu.be/H2HYLtPHMng

 

 

 

 

 

 

 

 

 

***

 

 

 

 

 

 

Leitura Recomendada:

 

 

 

 

 

Resultado de imagem para Jornal A Ordem

 

 

 

 

 

Jornal católico da cidade do Porto   -    Portugal

 

Opinião   -   Religião   -   Estrangeiro   -   Liturgia   -   Area Metropolitana   -   Igreja em Noticias   -   Nacional

 

 

https://www.jornalaordem.pt/

 

 

 

 

 

 

***

 

 

 

Horário das missas em, Jundiai ( Brasil):

 

http://www.horariodemissa.com.br/search.php?opcoes=cidade_opcoes&uf=SP&cidade=Jundiai&bairro&submit=73349812

 

 

 Horário da missas em São Paulo:


http://www.horariodemissa.com.br/search.php?uf=SP&cidade=S%C3%A3o+Paulo&bairro&opcoes=cidade_opcoes&submit=12345678&p=12&todas=0

 

http://www.horariodemissa.com.br/search.php?uf=SP&cidade=S%C3%A3o+Paulo&bairro&opcoes=cidade_opcoes&submit=5a348042&p=4&todas=0

 

 

Horário das missas na Diocese do Porto(Portugal):

 

http://www.diocese-porto.pt/index.php?option=com_paroquias&view=pesquisarmap&Itemid=163

 

 

 

 ***

 




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Quinta-feira, 15 de Novembro de 2018
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI - INEXISTE ATITUDE MAIS INDIGNA DO QUE SEPARAR AS PESSOAS EM RAÇAS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O significado do Dia da Consciência Negra, que se comemora no Brasil a 20 de novembro é o de dizer que a raiz do preconceito e da discriminação está na imposição duradoura de uma cultura excludente e intolerante, e lembra a data em que foi assassinado, na mesma data no ano de 1695, o líder Francisco Zumbi, do Quilombo dos Palmares, herói e um dos principais símbolos da resistência negra à escravidão.

Trata-se de uma celebração de extrema importância já que traz à sociedade uma reflexão sobre a realidade brasileira, já que em nosso país persiste um quadro de hipocrisia racial, ou seja, apesar de se negar a prática de atos preconceituosos, eles incidem nas mais variadas manifestações e setores sociais, mesmo sendo tipificados como crimes inafiançáveis. Constata-se assim, que apesar de alguns progressos, a injustiça ainda prevalece com sérios prejuízos aos negros.

Como muito bem apontou Matilde Ribeiro, ex-secretária especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, “o fim do sistema escravista- há mais de cem anos -, alterou o regime jurídico dos antigos escravizados. Porém, não trouxe perspectiva de libertação dos descendentes de negros com plena inserção na sociedade, no mercado de trabalho, no sistema educacional, no acesso à moradia digna, à posse da terra e à cidadania” (Folha de São Paulo – A-3- 11.12.2005).

Inexiste atitude mais indigna do que separar as pessoas em raças, as quais para os cientistas se revelam na parte visível do grupo humano - e esta se constitui num sistema fechado. Ou seja, as diferenças nas aparências dos indivíduos se devem à mutação e à migração. A primeira é um fenômeno genético e a segunda é uma situação social, embora as duas estejam inter-relacionadas. Foram as mudanças para novos ambientes que levaram a uma adaptação, que ao longo das gerações, foram causando modificações nos seres. Assim, a única concepção correta é a de que todos são idênticos, pertence à mesma espécie, embora cada indivíduo possa manter sua própria identidade e características exclusivas, frutos do maior ou menor ajustamento à uma região ou cultura. Qualquer teoria em contrário, não possui nenhuma base científica, apenas enfoque ideológico, porém manifestamente equivocado.

Evidencia-se a cada dia que promover a igualdade racial é de extrema importância ao desenvolvimento social e econômico de um país. Mais do que nunca, é preciso combater veementemente todas as formas de racismo e exclusão social.  O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA foi criado para refletirmos de que todos têm direito à vida, à liberdade e à felicidade e que tais atributos independem das aparências, credos e idiomas.

 

 

                                     A importância de Palmares

 

 

            Palmares, que teve a duração de aproximadamente um século, foi o principal quilombo (grupo comunitário) a se contrapor ao sistema escravista colonial vigente (séculos XVII e XVIII). Segundo o sociólogo Clóvis Moura, ela se constituiu em embrião de uma nova nação, “surpreendentemente progressista para a economia e os sistemas de ordenação social da época”. Seu ideal permanece vivo. E por uma simples razão: em novas formas, sob outros pretextos, as injustiças ainda persistem.

 

 

            23 de novembro. DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS

 

        

         Saibamos reconhecer os muitos gestos de afeto e dedicação dos outros para conosco. É o momento de dizer nosso “muito obrigado” aos familiares, vizinhos e companheiros de trabalho. Sejamos gratos a todos os que nos ajudam e cuidam do alimento, da saúde e de nosso bem-estar espiritual e material. Ao crescer em nós a experiência da gratidão, vamos perceber que o Dia de Ação de Graças vai se tornando ação de graças de todos os dias.

 

 

 

                                              Breve Reflexão

 

 

            “O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem” (Guimarães Rosa).

 

 

 

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor universitário. É presidente da Academia Jundiaiense de Letras (martinelliadv@hotmail.com)



publicado por Luso-brasileiro às 12:16
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ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS - THOMAS EDISON, HOMEM SÍMBOLO DE UMA ÉPOCA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Pessoalmente, gosto muito de considerar as épocas históricas enquanto representadas por modelos humanos de homens símbolos característicos. É impossível falar da Antiguidade Clássica sem lembrar de Péricles ou do trio de grandes filósofos que plasmaram o pensamento grego e até hoje dão forma ao nosso pensamento ocidental: Sócrates, Platão e Aristóteles. É impossível falar do Renascimento sem imediatamente recordarmos as figuras de Maquiavel, de Lourenço de Médici ou de Leonardo da Vinci. Quando o assunto é Revolução Francesa, desde logo outro trio nos vem à mente, bastante sanguinário por sinal; refiro-me às figuras sinistras de Danton, Marat e Robespierre.

A vida de um homem-chave, bem estudada, ajuda a compreender melhor a sociedade e o tempo em que ele viveu. Longamente esteve proscrito, pela “inquisição” acadêmica do século XX, o gênero biográfico, considerado elitista e ultrapassado; privilegiou-se, a partir da famosa “École des Annales”, a história social, econômica, quantitativa. Por influência do marxismo, durante décadas se impôs esse modelo, com pequenas variações. Foi somente depois de entrada em cena da chamada “Terceira geração dos Annales”, que a pesquisa historiográfica se foi libertando das amarras e limitações do reducionismo economicista do marxismo e se abriu para a consideração dos aspectos culturais das sociedades do passado. O processo libertador das amarras do positivismo, iniciado em 1928 com Marc Bloch e Lucien Fèbvre, deu assim mais um passo – pois, queira-se ou não se queira, o marxismo não se distancia muito do velho, fossilizado e ridicularizado positivismo. Ambos surgiram no mesmo contexto histórico e cultural do século XIX e o que têm em comum é muito mais do que os separa. Voltarei a escrever sobre isso, que não constitui o tema central do artigo de hoje.

Falando do gênero biográfico, foram precisamente dois membros da “terceira geração” dos Annales, os medievalistas Jacques Le Goff (1924-2014) e Georges Duby (1919-1996), que relançaram a voga das biografias de grandes vultos históricos. Duby publicou, em 1984, a biografia de William Marshall (com nome afrancesado para Guillaume le Maréchal), cavaleiro inglês que galgou todos os graus da escala da nobreza cavalheiresca do século XII e chegou, mesmo sendo analfabeto, a regente da Inglaterra. E Le Goff deu a lume, em 1996, uma volumosa biografia do rei-cruzado São Luís IX, personagem altamente representativo do século XIII. Depois dessas publicações, o gênero biográfico voltou à “legalidade acadêmica”. Como as roupas, os cortes de cabelo, os automóveis e os produtos de consumo em geral, também os gêneros historiográficos têm seus modismos...

Um homem símbolo de sua época que gostaria de focalizar hoje não é medieval, mas bem mais recente. Falarei de Thomas Alva Edison (1847-1931), o conhecidíssimo inventor da lâmpada elétrica, que corresponde bem precisamente ao modelo humano de um inventor de excepcional talento, capaz de utilizar, em proveito do progresso tecnológico, as mais recentes descobertas nas áreas de diversas ciências. A esse título, foi um homem típico de seu tempo.

Mas não o foi somente a esse título. Também no momento em que a Revolução Industrial dava um verdadeiro “salto qualitativo” para a produção massiva, num ritmo e num estilo novo que se convencionou chamar fordista, Edison foi, ademais de cientista e inventor, um verdadeiro capitão de empresas. Fundou e dirigiu inúmeras delas, erigindo um verdadeiro império econômico que estendeu seus tentáculos por muitos países e constituiu uma das maiores fortunas do mundo. Também a esse título foi, sem dúvida, homem típico de seu tempo.
Edison não foi um “gênio isolado”, um pesquisador colocado numa espécie de torre de marfim, sem contato com seus semelhantes. Pelo contrário, recrutou, organizou e propulsionou uma equipe de trabalho muito grande, fazendo convergir para o mesmo fim os esforços de incontáveis cérebros. Muitos dos auxiliares diretos dele eram inventores que ficaram ofuscados pelo brilho maior de Edison, mas que poderiam por si sós, individualmente, se ter tornado famosos pelo seu talento pessoal.

Edison possuía uma capacidade de trabalho descomunal. É muito repetida, em livros dos mais diversos gêneros, uma frase atribuída a ele: "gênio é um por cento de inspiração e noventa e nove por cento de transpiração".

 

 

 

ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS, é historiador e jornalista profissional, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Academia Portuguesa da História e da Academia Ptracicabana de Letras.

 



publicado por Luso-brasileiro às 12:11
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CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA - RECORDAR É VIVER

 

 

 

 

 

 

 

Cinthya Nunes Vieira da Silva.jpg

 

 

 

 

 

 

 

            Em outros momentos já comentei que gosto do bom uso que se pode dar para as novas tecnologias. Mídias sociais e aplicativos de comunicação podem ser extremamente úteis se utilizados para coisas boas. Para além de otimizar tempo que seria gasto em longas reuniões, possibilitando troca de opiniões em tempo real, bem como para permitir que se possa estudar das mais variadas formas, ainda viabiliza reencontros impraticáveis fisicamente.

            E foi através do WhatsApp que, na semana que se passou, pude reencontrar, ainda que virtualmente, meus amigos de colegial, o que os mais novos conhecem como ensino médio. Acordei em uma manhã e vi que tinha adicionada a mais um grupo entre as dezenas das quais faço parte no referido aplicativo de celular. Em poucos minutos mais e mais pessoas, cujos nomes fui reconhecendo aos poucos, foram chegando e trazendo de volta memórias de quase trinta anos atrás. E foi assim que eu me senti entrando em uma máquina do tempo virtual...

            De início tive um sobressalto, pois embora houvesse nomes muito familiares, de pessoas com as quais mantenho contato até hoje, de forma quase ininterrupta, vi surgirem nomes dos quais eu simplesmente não era capaz de associar a nenhum rosto, a nenhuma memória. Senti-me mal com isso, pois como pode um amigo desaparecer de nossas lembranças? Pessoas com as quais trocamos confidências juvenis, com as quais convivemos por longas aulas com os olhos quase fechando de sono ou fazendo força para não cair na gargalhada pelas coisas mais tolas possíveis...

            Vê-los se reapresentando novamente, cada qual com suas respectivas histórias de vida, com cônjuges, filhos e toda bagagem que se acumula após quase trinta anos de caminhada, foi algo emocionante. Ao mesmo tempo em que estamos mais velhos, alguns mais gordos, com menos (ou nenhum, rs) cabelo, com marcas de expressão circundando os olhos, ainda é possível vislumbrar, em um olhar mais atento, mais gentil, que ainda somos os mesmos, só crianças crescidas.

            É preciso, no entanto, registrar que para alguns o tempo foi extremamente generoso, seja porque os conservou na aparência ou porque realmente os melhorou. De algum modo, porém, estamos todos como um bom vinho, apurados em nossas essências, trilhando o caminho do qual a vida nos incumbiu. Triste, por outro lado, saber que nem todos ainda estão por aqui, desse lado da linha do horizonte. Partiram jovens, deixando a perplexidade do inexplicável e a dor da saudade.

            Comemorar, assim, nosso reencontro é também relembrarmos aqueles que partiram. Colegas queridos cuja história se abreviou precocemente. Lembrei-me especialmente de um deles, sempre sorridente e acompanhado de seu saxofone. Quando minhas memórias foram voltando, lembrei-me de que eu fazia a ele pedidos especiais de músicas que eu gostava. Chorei por uma saudade que eu nem sabia que tinha...

            Nesse grupo, em menos de uma semana, dei minha risada sozinha, olhando para as mensagens que não param de chegar. Quantas histórias boas! Éramos, nos termos atuais, politicamente incorretos, mas ninguém morreu por isso! Todos tínhamos apelidos, mesmo que não soubéssemos. Agora mesmo, de muita gente só me recordei pelo apelido, percebendo que talvez eu nem soubesse o nome, até porque éramos chamados por números na escola. Descobri, por uma amiga de memória de elefante, que o meu era 1094! Acho que as chances de que eu me lembrasse disso sozinha beiram o zero.

            Cada um de nós está de um lado do Brasil, havendo aqueles que estão até em outros continentes, mas ainda assim, de um jeito doido, estamos de novo todos juntos. Já marcamos encontros que talvez não ocorram por conta das distâncias e da vida mesmo de cada um, mas se eu fechar os olhos, estou de novo com 15, 16 anos e meus amigos estão todos por ali, ansiosos pelo futuro, repletos de planos, medos e sorrisos. Talvez eles não saibam, mas acabamos de inventar a máquina do tempo...

 

 

 

 

CINTHYA NUNES VIEIRA DA SILVA - Advogada,professora universitária, membro da Academia Linense de Letras e escritora.  São Paulo.

cinthyanvs@gmail.com



publicado por Luso-brasileiro às 12:04
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