Uma das minhas récitas de Natal que reflete um dos preceitos que mais cultivo na vida A AMIZADE que hoje aqui partilho convosco neste video elaborado pela nossa estimada amiga Gracinda Coelho.

https://www.youtube.com/watch?v=eCZGeBhUfhE&t=2s

Desejos dum maravilhoso fim de semana.

EUCLIDES CAVACO  -   Director da Rádio Voz da Amizade , Canadá.

***

Palavra do Pastor, com Dom Vicente Costa, 

Bispo diocesano de Jundiaí

2º Domingo do Advento

https://youtu.be/cI1iJ2GSLAY

***

Desde 1998 a Organização das Nações Unidas estabeleceu 03 de dezembro como Dia Internacional do Portador de Deficiência. Essa iniciativa tem como objetivo promover uma maior compreensão dos assuntos concernentes à deficiência, procurando também aumentar a consciência dos benefícios trazidos pela integração dos cidadãos portadores de necessidades especiais em cada aspecto da vida política, social, econômica e cultural. 

  Efetivamente, eles não clamam por pena, mas por mais chances de competir no mercado de trabalho. Desejam apenas mais respeito e dignidade, além de maiores facilidades de acessos a serviços e equipamentos públicos, às atividades culturais e de lazer, entre outros direitos que lhes são constitucionalmente assegurados.

         Essa data é de extrema importância para se discutirem os desafios dos deficientes em todo o mundo, principalmente em nosso país, que além dos inúmeros problemas gerais e estruturais, sofrem muita discriminação. Por isso, um caminho mais produtivo para substituir o preconceito seria canalizá-lo construtivamente para torna-lo independente, tanto quanto a si próprio, como consequentemente em relação à sociedade.

Talvez seja este o caminho para atingir um degrau a mais na evolução do desenvolvimento e integração da pessoa nestas condições. Celebrações como desse domingo, levam-nos a refletir sobre importantes questões de cidadania que afetam tais indivíduos e que não podem mais ser tidas, como de puro assistencialismo, mas sim de Justiça e Dignidade.

       DIA INTERNACIONAL DE LUTA CONTRA A AIDS

Instituído pela ONU – Organização das Nações Unidas, o DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS, primeiro de dezembro, visa conclamar os povos de todo o mundo sobre os efeitos da doença e das formas pelas quais pode ser evitada. As campanhas preventivas, no entanto, não podem se restringir a informações e acessos a preservativos. Diante da atual banalização do sexo, deve-se combater a moléstia  de todos os modos  possíveis, mas não se olvidar da questão da preparação e formação, para que o sexo se realize com  orientação segura, conhecimento, responsabilidade, embasamento religioso e moral.

                BREVE REFLEXÃO

Efetivamente, se pretendemos ter uma sociedade onde o viver e o conviver sejam valores máximos, faz-se necessário um esforço maior em dar a todos, iguais possibilidades de participação, já que, “quando uma pessoa tem negado os seus direitos todos estão perdendo” (Dalmo Dallari)

MOMENTO DE POESIA

Com “Dezembro” de Carlos Drummond de Andrade, reverenciamos esse mês tão importante e ao mesmo tempo repleto de encantos e emoções: “Quem me acode/ à cabeça e ao coração/ neste fim de ano,/ entre alegria e dor?// Que sonho,/ que mistério,/ que oração?// Amor”.

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor universitário. É presidente da Academia Jundiaiense de Letras (martinelliadv@hotmail.com)

Recebi do meu bom amigo José António Falcão - membro da Academia Portuguesa da História e da Academia Nacional de Belas-Artes, autor de numerosos livros sobre museologia e História da Arte Portuguesa, alguns dos quais premiados pela UNESCO - dois trabalhos primorosos de sua lavra. O primeiro deles é um alentado e magnificamente bem impresso volume intitulado “Terras sem Sombra: Torna-Viagem - O Brasil, a África e a Europa (da Idade Média ao Século XXI)”. Trata-se de uma obra que focaliza e analisa a Música Sacra portuguesa, tanto do ponto de vista histórico como propriamente artístico, e ao mesmo tempo perpetua a recordação do “Festival Terras sem Sombra-2016”, organizado por Falcão, com apresentações de música sacra portuguesa em igrejas históricas de várias partes da província lusitana do Baixo Alentejo.

“Torna-Viagem” era a designação que tradicionalmente se dava aos portugueses que saíam de Portugal e andavam “pelas sete partidas do mundo” afora, ou que emigravam para o Brasil, para a África ou para as Índias, e depois retornavam à Mãe-Pátria enriquecidos não só do ponto de vista material, mas também culturalmente, aportando novos olhares e novas interpretações. A cultura portuguesa, essencialmente universal e ecumênica (no bom e etimológico sentido do termo), beneficiou-se de modo notável com esse intercâmbio de influências culturais. Em termos brasileiros, basta lembrar a linda igrejinha de Nossa Senhora do Ó, em Sabará-MG, com seus maravilhosos painéis chineses, para termos um bom exemplo do intercâmbio cultural e artístico Oriente-Ocidente realizado pelos portugueses.

O volume consta de uma bem articulada coleção de estudos musicológicos avulsos, escritos por especialistas, sobre as peças apresentadas em cada uma das sessões do festival e sobre diversos aspectos da Música de Portugal e do nosso Brasil, que constituiu o foco particular do Festival de 2016 (daí a designação “Torna-Viagem” do título). Meu amigo Falcão abre o volume, com o estudo introdutório “Brevíssima História da Música Sacra” e redige também notas históricas sobre o patrimônio arquitetônico e artístico das diversas igrejas nas quais ocorreram as sessões.

Trata-se de obra para ser lida, saboreada e guardada com carinho muito especial. Sobretudo em tempos de decadência cultural como os atuais, é sumamente estimulante nos voltarmos para nosso passado, rico e fecundo em cultura, arte e bom gosto.

O segundo presente com que me brindou o distinto amigo foi um número de “INVENIRE - Revista de Bens Culturais da Igreja”, contendo, entre outros, o artigo “Memoria Ecclesiae”, que escreveu sobre o resgate do patrimônio cultural da Diocese de Beja, resgate esse que promoveu de modo sistemático científico durante os 33 anos que dirigiu o Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico da Diocese de Beja-DPHA, instituído em 1984 pelo então bispo D. Manuel Franco Falcão e mantido por seu sucessor, D. Frei António Vitalino Dantas.

O DPHA, constituído basicamente por voluntários com formação universitária ou técnica nas áreas da Arte e da História, se propunha estudar, salvaguardar e valorizar o riquíssimo patrimônio cultural religioso do Sul de Portugal. O Baixo Alentejo, região em que ao longo dos séculos se interpenetraram influências culturais romanas, ibéricas, árabes e judaicas, manteve-se invariavelmente aberto ao Mediterrâneo e ao Atlântico, de modo que em sua arquitetura, nas obras artísticas depositadas em suas igrejas e casas religiosas, e até mesmo em seu patrimônio cultural de tipo imaterial, no seu folclore e culinária, se notam influências múltiplas. É uma área de estudos privilegiada, porque esse rico patrimônio não foi dilapidado ou desvirtuado, como aconteceu em outras partes de Portugal. No início do último quartel do século XX, porém, rapidamente se manifestou na região, até então bastante conservadora em seus hábitos preservacionistas, a febre das inovações e modernizações, pondo em risco um patrimônio até então em sua mor parte preservado. Foi para salvá-lo que se constituiu o DPHA, que iniciou seus trabalhos sem recursos econômicos, apenas com muito idealismo.

A iniciativa parecia quixotesca a destinada ao fracasso, mas pouco a pouco se firmou e atraiu a colaboração do Estado e dos Municípios, assim como de paróquias, associações religiosas e simples particulares contagiados pelo entusiasmo preservacionista da cultura que partia de Falcão e seus auxiliares diretos. Passo a passo, o DPHA organizou uma Rede de Museus da Diocese de Beja, com dez unidades, que recuperou em grande parte as igrejas e edifícios religiosos históricos da região, assim como os respectivos acervos artísticos; estabeleceu roteiros turísticos e efetuou exposições sistemáticas em vários países europeus; promoveu encontros científicos internacionais, congregando especialistas em preservação cultural provenientes de vários países; criou o Festival Terras sem Sombra de Música Sacra, realizado anualmente (foi considerado pela imprensa internacional o 5.º melhor festival de música clássica do mundo); proporcionou formação técnica especializada a centenas de pessoas interessadas, transformando-as em ativistas da preservação cultural; e publicou ampla bibliografia especializada de altíssimo nível, com mais de 40 livros publicados. Tudo isso com muito talento, muito idealismo, com recursos econômicos levantados a cada passo, diante de cada dificuldade que surgia e se transformava em novo desafio.

Em 33 anos de atividade ininterrupta, o Departamento se tornou referência na área da preservação do patrimônio cultural, não apenas no âmbito luso, mas em toda a Europa e mais além. Seu diretor, nosso amigo Falcão, recebeu diversos prêmios e referências honrosas da UNESCO, do ICOM (International Council of Museums), do ICOMOS (International Council on Monuments and Sites) e de outros organismos internacionais.

É lastimável que a nova administração diocesana tenha resolvido extinguir, em 2017, esse órgão que tanto brilho deu duas administrações anteriores. Insensibilidade? Falta de cultura? Desejo de um mal entendido espírito modernizante? Seja lá o que for, faz lembrar o que vimos (e infelizmente ainda vemos) em tantas partes do Brasil. Não fosse D. Duarte Leopoldo e Silva se ter esforçado tanto nas primeiras décadas do século XX, não teríamos hoje o maravilhoso Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de São Paulo; e não tivesse a população do bairro paulistano da Penha teimosamente resistido, a antiga e venerável igreja de Nossa Senhora da Penha teria sido destruída; o então Cardeal-Arcebispo D. Paulo Evaristo Arns julgava mais acertado destruí-la e, em troca, fazer um centro comunitário... 

ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS, é historiador e jornalista profissional, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Academia Portuguesa da História e da Academia Ptracicabana de Letras.

            Há pouco tempo escutei de uma pessoa que me é bem próxima, que a vida na verdade é uma mentira. Aos 87 anos, ela analisava o quanto perdera de tempo com coisas que não valiam a pena e que não significaram nada. Vista em perspectiva, aproximando-se do término do primeiro ato, a vida lhe pareceu uma grande enganação. Embora ela tenha dito isso sem aparentar sofrimento, confesso que a afirmação deixou marcas em meus pensamentos.

            Concluí já faz algum tempo que a vida nem de longe respeita ou segue nossos juvenis sonhos. A vida é uma fúria indomável. Não aceita seguir planos pré-traçados, não permite ensaios. A grande questão, penso eu, é que passamos uma parcela muito significativa da nossa vida esperando que conosco as coisas sejam diferentes, pois o tempo nos pertence. Não somos capazes de compreender o equívoco de crer que nossas horas nos pertencem, assim como o planejamento delas.

            Acredito que já tenha passado pela primeira metade de minha vida e a cada dia que passa eu me torno uma pessoa mais realista, mais ciente de que os dias são presentes que desperdiçamos a esmo, mas não de forma impune. O tempo, esse diabrete, escorre como água pelos nossos dedos e quando nos damos conta de que nos passou perna, nada ou quase nada há a fazer.

            Quando imaginei um texto a partir da frase que menciono acima,  não  tinha a ideia de escrever algo para  entristecer as pessoas, mas apenas para provocar uma reflexão. Agora, contudo, após meia página de palavras já deitadas no papel, sinto que fui, provavelmente, na direção oposta. A vida é uma mentira que alguém nos contou ou é uma mentira porque somos induzidos a acreditar que temos o controle sobre algo incontrolável? Talvez a vida não seja uma mentira, mas uma ilusão...

            Chega ser engraçada a forma como corremos atrás de coisas que em tese deveriam  nos fazer felizes, sempre mirando um ponto de chegada, esquecidos do caminho e das razões pelas quais  nos colocamos em marcha de caminhada. Crianças tolas da Criação, somos pontos microscópicos no mosaico da história, mas vivemos como se fôssemos o único quadro a ser pintado pelo Criador.

            Em que momento da vida nossos olhos se abrem para o essencial? Qual o segundo do  nosso Despertar? Por que razão não somos capazes de entender que viver é um milagre diário e que conviver com quem amamos é uma dádiva temporária? Para meu desespero, sinto como se a maior parte das pessoas que amo estivesse fazendo aniversário ao contrário e não tenho tempo para indecisões, para postergações.

            Há despedidas para todos os lados, todos os dias. Algumas são partidas anunciadas, enquanto outras são inesperadas. Também há chegadas, é certo, mas elas  já são em menor número. Volto meus pensamentos para a frase que vem me atormentando e por ora só sei sentir que a vida é curta demais para tentarmos decifrá-la. Até disso ela nos priva: da possibilidade de decifrá-la. Para nós, só há o mistério da existência...

CINTHYA NUNES – jornalista, advogada e professora universitária.

cinthyanvs@gmail.com

 
Dois fatos, acontecidos há poucos dias, me amarguraram. O primeiro um pouco distante, a respeito do assassinato de uma garota de programa argentina, dentro de uma cela na “Agrupación Especializada”, um quartel da Polícia Nacional do Paraguai, onde ficam presos perigosos.  Segundo o noticiário, o autor é o narcotraficante carioca Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, conhecido por Marcelo Piloto, em seguida expulso do país e transferido para um presídio brasileiro de segurança máxima. 
Piloto, oriundo do Morro do Urubu, em Pilares, na Zona Norte do Rio, iniciou sua vida no crime como assaltante. Entrou no tráfico após ter ficado preso com José Benemário de Araujo e assumiu o comando da favela de Manguinhos. Como revendedor de drogas e armas, compradas no Paraguai, prenderam-no naquele país em dezembro do ano passado. Segundo informações, a jovem, de 18 anos, chamada pelo celular que Marcelo possuía na cela, o visitava pela segunda vez e entrou de forma irregular no presídio.  Golpeou-a por dezesseis vezes com uma faca. Já havia um processo de extradição dele para o Brasil e, para tentar impedir que isso acontecesse, matou a mocinha.
Que doloroso usar a vida da garota como forma de garantir sua permanência no Paraguai. Meu Deus, será que os gritos de dor e desespero dela não foram ouvidos de imediato, a fim de ser salva?!  Será que o sangue que escorreu através da faca não abriu ferida de arrependimento nele?! Será que os que foram coniventes com o celular dentro da cela e com a entrada da jovem no local não têm pesar algum?!

Sociedade cruel de descartes em nome do crime, poder, dinheiro,  consumismo...
O outro episódio diz respeito a uma adolescente de 14 anos, em um ônibus urbano de Jundiaí, em direção à escola. Um adulto inescrupuloso esfregou-se nela e tentou encoxá-la.  O terror a paralisou. Desceu no próximo ponto e ligou para a mãe. A mãe, que tem experiências tristes de homens-animais, que sugam meninas para seu prazer, indiferentes às cicatrizes que provocam, ficou transtornada. A ocorrência foi feita na DDM, mas responsabilizar o indivíduo não será fácil. A mãe viu na filha a história dela. E a filha, nos seus pesadelos, carrega ainda o olhar de mosca varejeira e o sorriso sarcástico do homem. Sociedade cruel de descarte da pureza de um corpo de menina para saciar taras.
Iluminai-nos, Senhor!

MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE -

 Professora e cronista. Coordenadora diocesana da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala. Jundiaí, Brasil.

Não haverá de identificar-se com o presente escrito quem imagine serem as lembranças um privilégio do tempo passado.

Por isso e não à toa diz-se que “recordar é viver”.

Mas, deixemos de lado – por força do espaço – as nuanças nostálgicas, que linhas mais linhas devorariam.

Antes, num exercício de vida e morte, pois, viver é morrer também, partamos – literalmente – para os finalmentes.

Desafiou-me minha caçula a acompanhá-la num jogo em seu iPad.

“Afora a diversão ao seu lado, o que em si seria um deleite, que malefício poderia haver?” pensei.

Juntaríamos nossos conhecimentos musicais e “batata”, como diz meu irmão, seria fácil... fácil!

Somente eu não contava com a forma como ali, naquele universo, o tempo voa.

Voa mesmo. A jato.

Corri buscar meus óculos. Pouco adiantou.

Aí, foram os ouvidos que falharam, porque, naquele ritmo que se impunha, quando eu finalmente ouvia (após mínimos segundos de música tocada)... “babau”, como meu irmão diria também, o tempo já se esgotara.

É que meu irmão e eu somos de um tempo em que as diversões eram outras, sabem?

No final das contas, em que muito pouco eu ajudei, digamos que, ok, não sofri por assim dizer nenhum malefício mesmo.

Mas, inegavelmente, meu orgulho se feriu. Isto não é ruim; é aprendizado.

“Carambolas!” penso agora: bastariam alguns instantes mais para eu matar quase todas as charadas musicais: título da canção ou da banda.

No entanto, o que me injuria de verdade é perceber, enquanto tudo evolui, exatamente a quantas evolui!!!

Não é por acaso que, a cada geração, as relações de amor, amizade etc. e tal e quetais vão ficando cada vez mais instantâneas.

Será por isso que meus filhos e os filhos dos meus amigos dos tempos de colégio e de brincadeiras na rua andam sempre aflitos com o que virá?

Será exatamente por saberem-no de antemão efêmero?

Em compensação... dia desses, no caixa de um supermercado, reencontrei-me com a Gláucia, colega dos tempos de escola. Ela estava com a filha.

Ah, demos um abraço gostoso. Demorado, considerada a situação.

Foi um abraço em paralelo à disposição das compras na esteira. Porém, recobrei a esperança.

Acho que enquanto existir quem se esmere em abraçar, ela igualmente sobreviverá.

Valquíria Gesqui Malagoli, escritora e poetisa, vmalagoli@uol.com.br

Foi-se a época em que o demônio era adorado somente às ocultas. Hoje, entre tantos abusos que temos assistido no mundo tanto a nível moral, social, na educação entre outros, o campo religioso não ficou para trás.

Já havia escutado rumores, não quis acreditar que era tão explícito, resolvi assistir o 1º episódio da série intitulada "O mundo sombrio de Sabrina."

Para minha surpresa encontrei ali algo muito mais grave e alarmante do que esperava. Logo de cara uma invocação satânica dita em latim referindo-se ao Demônio como “senhor e pai”.

Expressões como “louvado seja Satã”; “Graças a Satã”; “batismo nas trevas”; “Igreja da Noite”; “Academia das artes ocultas”; são comuns no dia-a-dia das personagens principais.

Menções a “detalhes litúrgicos” dentro da prática satânica são ditos abertamente, sem restrição alguma e até mesmo com interesse de expô-los. Com naturalidade planejam obter sangue humano para o ritual do batismo. Comer carne humana também é um item desejado pelas bruxas.

A necromancia não pôde faltar. Salem (o gato preto que acompanha Sabrina) na verdade é um espírito ancestral de sua família que foi invocado em um ritual de bruxaria na floresta.

O Mal não para por aí. Temos dentro desse primeiro episódio a figura de Baphomet (metade homem/metade bode); que sai do tronco de uma macieira da qual Sabrina precisa obter o “fruto do conhecimento”, fruto este chamado de malus malum (maçã do mal).

Ora, Baphomet é um demônio. No estudo da demonologia é tido como um dos anjos caídos da alta hierarquia.

Pasme, pois ainda não acabou. Temos outra figura intrigante, o padre da Igreja da Noite. Além disso, introduziram uma completa maldição wiccana dita em latim com todas as letras com a finalidade de destruir uma pessoa, ou seja, uma verdadeira escola de bruxaria a qualquer ora do dia e em qualquer local, sem falar das alusões ao movimento feminista e ao estímulo da prática da vingança, tudo através de rituais de bruxaria.

Fica cada vez mais evidente que o Mal não está brincando em serviço. É muito preocupante que nossos adolescentes, jovens e por vezes até mesmo crianças serão expostas a tal produção.

Muitos na ignorância indagam: Qual o problema em assistir? É só um filme! Exagero! Não tem nada de mais, isso é só ficção!

ATENÇÃO! No mundo espiritual, principalmente quando nos referimos às realidades infernais, os danos podem ocorrer por onde menos esperamos.

Satanás é perito em enganar. É lobo em pele de cordeiro, sabe atrair, seduzir, encantar para depois agarrar a sua presa.

As chances de assistir e se contaminar através das invocações e expressões já citadas anteriormente são altíssimas e as consequências não são poucas.

Com as coisas ocultas não se brinca nem por curiosidade.

Escrevo esse artigo como um alerta aos pais para que sejam vigilantes quanto ao que seus filhos estão assistindo. E a vocês queridos jovens e adolescentes, tenham cuidado, não se deixem levar pela curiosidade, nem pela banalização do Mal. O inferno é uma realidade e não uma metáfora bíblica. Os demônios existem, são anjos caídos e não mitologia. Constantemente estão à espreita aguardando uma mínima oportunidade para destruir.

“Sede sóbrios e vigilantes. O vosso adversário, o diabo, rodeia como um leão a rugir, procurando a quem devorar. Resisti-lhe firmes na fé.” (I Pd 5,8-9a)

IR. ALEXANDRE MAZZALI   -   é fundador da Comunidade Dominus Salus, Diocese de Jundiaí/SP. É licenciado em Filosofia pelo Centro Universitário Claretiano. É bacharel em Teologia pela Faculdade São Bento/SP. Possui estudos em demonologia e exorcismo pelo Ateneo Pontificio Regina Apostolorum (Roma).

Eu nasci numa família de nove irmãos. Perto da minha casa, morava um tio, que tinha quinze filhos. Um pouco mais longe, morava o senhor Guatura com seus 24 filhos e mais um adotivo. Era assim há uns cinquenta anos. E que festa era! Faltava bola para jogarmos futebol no quintal; então, fazíamos bolas de pano.

No aniversário de cada filho, bastava convidar os primos para a casa já ficar cheia. Minha mãe fazia um delicioso “pão de ló” coberto com suspiro. Era o manjar dos deuses! Cada um tinha o direito – só naquele dia – de tomar um guaraná “caçula”. Para acabar devagar, pedíamos ao papai para fazer um furinho na tampa. Que tempo bom!

Não tínhamos quase nada, só um rádio. Não havia TV, internet, fogão a gás, geladeira, batedeira, freezer, nem micro-ondas, mas não nos faltava nada, havia muitos irmãos e muito amor.

É por isso que o Catecismo da Igreja diz que “a Sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja veem, nas famílias numerosas, um sinal da bênção divina e da generosidade dos pais” (n.2373). E ainda: “O filho não é algo devido, mas um dom. O “dom mais excelente do matrimônio” e uma pessoa humana” (n. 2378).

Ora, se Deus diz, pela boca da Sua Igreja, que “os filhos são o dom mais excelente do matrimônio”, então, dentro dessa lógica, quanto mais filhos melhor. Ninguém rejeita um dom de Deus, certo? Nunca vi alguém rejeitar um presente. É por isso que, no altar, o padre pergunta aos noivos: “Prometem receber os filhos que Deus lhes enviar, educando-os na fé de Cristo e da Igreja”?

Leia também: Que a família seja de Deus

Qual a vontade de Deus para a família?

Devemos ter filhos neste mundo cruel?

Filhos tornam o casamento mais feliz

Aceitar a família para ser feliz

Filhos, uma bênção de Deus

Família, fonte de santidade

Bem, sabemos que o mundo mudou muito nesses cinquenta anos. A vida ficou mais cara e os pais têm mais dificuldades para criar e educar os filhos. Mas não há justificativa para irmos ao outro extremo, pois há muitos casais que já não querem ter filhos ou adiam o nascimento destes por muitos motivos.

Todos os países da Europa já estão com a população diminuindo, e muitos deles fazendo fortes campanhas para aumentar a natalidade. O Japão, por exemplo, está investindo três bilhões de ienes para fomentar o nascimento de mais crianças.

O Brasil tem somente 20 pessoas por km2, enquanto o Japão tem 330; dezesseis vezes mais. E eles querem aumentar a população, pois esta está envelhecendo. E o Brasil quer diminuí-la.

A Igreja ensina que cada casal deve viver segundo a “paternidade responsável”, isto é, deve ter todos os filhos que puder criar adequadamente. O critério de natalidade não deve ser o egoísmo, o medo ou o comodismo, mas o amor a Deus e ao filho, “o dom mais excelente do matrimônio”. Num casal cristão não pode faltar “a fé que move montanhas”. A Bíblia diz que “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11,6) e que o “justo vive pela fé” (Rom 1,17, Hab 2,4). Hoje faltam filhos porque falta fé.

Quanto maior uma família tanto mais alegria há nela. Como é gostoso, nos fins de semana, os cinco filhos, o genro e as quatro noras, mais os doze netos! É uma festa que não tem preço! É claro que tudo isso custou caro, muito trabalho, suor e lágrimas. Mas é uma festa contínua. Só quem dela participa sabe o seu significado.

Nós damos valor a uma família grande sobretudo na hora da dor e do sofrimento, quando todos se juntam para ajudar aquele que sofre. Como foi bom ver meus filhos e noras acompanhando, todos os dias, em revezamento, a minha esposa no hospital, em São Paulo, em um mês de internação, antes de Deus a chamar! Como é bom compartilhar as alegrias e as lágrimas com aqueles que têm o nosso sangue!

Ouça também: A importância da Família

Portanto, mesmo com as dificuldades da vida moderna, o casal deve, na fé, não negar a Deus os filhos que puder ter. Afinal, o Catecismo diz que “os pais devem considerar seus filhos como filhos de Deus e respeitá-los como pessoas humanas” (n.2222).

A maior glória que podemos dar ao Senhor é gerar um filho, pois nada neste mundo é tão grande e belo quanto ele. A nossa liturgia reza que “tudo o que criastes proclama o Vosso louvor”. Pode a criação dar mais glória a Deus do que quando surge uma vida humana? Um cientista disse que “o Cosmos chorou quando viu o homem surgir”.

Infelizmente, caiu sobre o mundo todo um pavor estranho, um medo enorme de ter filhos; mas o casal cristão não deve se deixar levar pelo pânico de muitos ecologistas exagerados e de outros catastrofistas de plantão.

FELIPE AQUINO - Escritor católico. Prof. Doutor da Universidade de Lorena. Membro da Renovação Carismática Católica.

Sempre que assisto uma missa, tenho pena de quem está afastado dos caminhos do Senhor e nem ao menos se dá ao direito de ouvir o chamado que Ele todos os dias nos faz – como no Evangelho de hoje, sexta, 30 de novembro. É difícil de acreditar, mas tem gente que leva a vida como se tudo terminasse aqui na terra – sem se preocupar com o julgamento final. Não é para ter pena e procurar evangelizar essas pessoas?

Nós, leigos, temos a obrigação de ajudar os sacerdotes na missão de levar o Evangelho a todos e, assim, tentar evitar a condenação de muitas almas. Portanto, se você conhece alguém que precisa entrar nos planos da salvação de Deus, arregace as mangas e ajude a combater os pecados do mundo. Comece, por exemplo, pregando as palavras de Jesus Cristo, segundo São Mateus:

“Quando o Filho do homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso. Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda.

Então o rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde benditos de meu Pai! Recebei como herança o reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar.’

Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?’ Então o rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo, que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’

Depois o rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. Pois eu estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e ...’ Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna.” (Mt 25, 31-46) – Palavra da Salvação.

Diante de tanta sabedoria, seriam desnecessárias quaisquer outras explicações, mas vou tentar resumir algumas conclusões. Deus observa cada gesto nosso aqui na terra e, certamente, tudo será considerado no dia do juízo final. Mesmo que a nossa mão esquerda não saiba o que a direita andou fazendo, Nosso Senhor sabe exatamente qual foi a intenção de cada gesto nosso. Lembro também da letra daquele salmo que virou música famosa: “Senhor, eu sei que tu me sondas, sei também que me conheces. Se me assento ou me levanto, conheces meus pensamentos.”

Juntando isso tudo, conclua: o que você espera que a sua alma herdará? Lembre-se que só há duas opções: o castigo eterno ou a vida eterna. Tanto um destino quanto o outro são muito fáceis de conseguir e só depende de cada um de nós. Rezando e fazendo o bem, herdaremos o céu; caso a opção seja o inferno, basta abraçarmos as tentações do mal – que nos rondam a cada dia. E nem é preciso contar a ninguém, pois o Senhor nos sonda, não é mesmo?

Há pessoas que precisam de sinais de Deus para acreditar que o paraíso existe! Encontrando alguém assim, hoje eu contaria que o corpo do Papa João XXIII ainda se encontra conservado décadas após a sua morte – mesmo sem ter sido embalsamado! Ele, o chamado ‘Papa bom’, até já foi exposto na Capela de São Jerônimo, na Basílica de São Pedro, para visitação pública.

Dom Virgílio, Ex-Cardeal do Vaticano, declarou: “Uma vez retirado o tecido que o cobria, o rosto do abençoado apareceu intacto, com os olhos fechados e a boca ligeiramente aberta, conservando os traços que imediatamente lembravam a aparência do venerado Pontífice. Nada em seu corpo se decompôs. É como se ele tivesse morrido ontem – parecia tranquilo. A serenidade que teve em vida, ele levou consigo na morte.”

Sabemos que há centenas de corpos não deteriorados, após dezenas de anos enterrados – todos eram católicos e recebiam Jesus Cristo na Eucaristia diariamente! Quem não enxerga esses sinais – Deus mostrando o caminho da salvação –, o que pode esperar herdar após a morte?

Eu quero ir para o lugar onde as almas desses santos servos de Cristo estão. E você?

PAULO ROBERTO LABEGALINI - Escritor católico. Vicentino de Itajubá - Minas Gerais - Brasil. Professor Doutor do Instituto Federal Sul de Minas - Pouso Alegre.‘Autor do livro ‘Mensagens Infantis Educativas’ – Editora Cleofas.

Muitas vezes ouço dizer:

“ Fulano, teve berço! …”

Ter berço, é ser educado. Educado no modo de se exprimir; na forma de agir; e na conduta, que mostra, nas diferentes situações da vida.

É nos primeiros anos da existência, que o indivíduo assimila os hábitos, que formar-lhe-ão o carácter.

E este, forma-se, e aperfeiçoasse, na casa paterna. A Família, é fundamental para a evolução da criança; é no seu seio, que se inicia o desenvolvimento de aptidões, e se prepara a integração na sociedade.

Educar, é, portanto, ensinar bons hábitos, que por sua vez, formar-lhe-ão o carácter.

Educa-se não para o presente, mas para o futuro: inculcando hábitos, que repetidos, tornar-se-ão usuais, sem pensar.

Há hábitos maus, e hábitos bons:

Hábitos que elevam o individuo: pensamentos sadios; uso diário de regras e palavras, que lubrificam as relações interpessoais.

E hábitos nefastos, tais como: discordar de tudo; lamentar-se da falta de sorte – como se a sorte não fosse (quantas vezes) resultado de atitudes; contestar, sem motivo, tudo que se ouve, são hábitos, que cavam na alma a sensação de fracasso, desanimo, tristeza, e prejudicam a saúde do corpo e da alma.

Tanto uns, como outros, são, em regra, fruto do ambiente familiar, em que se foi criado.

Todos sabemos, que o hábito, uma vez adquirido, e repetido, fica tão entranhado, que dificilmente se consegue extirpa-lo.

Pais há, que se lamentam do péssimo comportamento dos adolescentes, e do mau carácter do filho, olvidando, que é sempre resultado da deficiente educação que lhe foi administrado.

Educação sem disciplina, complacente, sem corretivo, na boa intenção de não traumatizar, nunca dá bom resultado.

O autoritarismo é tão prejudicial como o “ deixa correr”; esperar que a idade, o tempo, melhore, é engano em que muitos caiem.

O adulto, comporta-se, na coletividade, consoante foi educado: do jeito como viu os: pais e avós agirem.

Como a planta, a que se quer dar determinada direção, tem que ser orientada enquanto jovem, porque tornando-se adulta, já não é possível; a criança, precisa adquirir, desde tenra idade, bons hábitos.

Não basta inculcar regras, é preciso educar-lhes, principalmente a alma; mostrar-lhe a diferença entre o bem e o mal.

Educar é trabalho insano, e só se conhece, que se acertou, quando a criança, atingindo a idade adulta, demonstra pela conduta e carácter, se teve “ berço”

A culpa de haver tanta violência e injustiça, é, em parte, das mães – porque são elas, que, em regra, têm a maior fatia na educação dos filhos – Já Ezequiel citava o antigo provérbio, mas sempre atual: “ Tal mãe, tal filha” - Ez16:44

HUMBERTO PINHO DA SILVA   -   Porto, Portugal