PAZ - Blogue luso-brasileiro
Sexta-feira, 12 de Julho de 2019
FELIPE AQUINO - VOCÊ CONHECE A VIDA DE SANTA PAULINA, A PRIMEIRA SANTA DO BRASIL?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Conheça alguns ensinamentos da primeira santa do Brasil

A Igreja recorda no dia 9 de julho a memória litúrgica de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, a primeira santa do Brasil.

Amábile Lucia Visintainer nasceu em Trento (norte da Itália) em 16 de dezembro de 1865. Seus pais Napoleão e Ana eram cristãos devotos, mas muito pobres.

Foi esta precária situação econômica que motivou a família da santa a emigrar para o Brasil em 1875. Os Visintainer se estabeleceram no estado de Santa Catarina, em uma comunidade italiana chamada Nova Trento.

Logo após sua chegada, Amábile conheceu Virginia Rosa Nicoldi e ambas se tornaram melhores amigas. Compartilhavam o mesmo amor por Cristo e sempre rezavam juntas fervorosamente. Até fizeram a primeira comunhão ao mesmo tempo, quando tinham 12 anos.

Durante sua adolescência, a jovem começou a participar do apostolado paroquial dando catequese para as crianças, cuidando dos doentes e idosos, e até mesmo a limpando a igreja. Amábile se dedicava a estes trabalhos de corpo e alma e, sem que ela suspeitasse, dilapidaram sua vocação para a vida religiosa

 

 

.

 

22155_paolina-visintainer-203x300.jpg

 

 

 

Leia também: Você conhece os Santos brasileiros?

Santa Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus

 

 

Com a permissão de seu pai, a santa construiu uma pequena casa, em terreno doado por um barão, onde ia rezar, recebia os enfermos e ensinava as crianças. Sua primeira paciente foi uma mulher com câncer terminal e que não tinha ninguém para cuidar dela.

O dia 12 de julho de 1890 é considerado a data de fundação da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, a primeira congregação feminina fundada no país, que começou com o trabalho de Amábile e Virginia na pequena cabana.

Naquele mesmo ano, as duas amigas e outra jovem fizeram seus votos religiosos. Amábile mudou seu nome para Paulina do Coração Agonizante de Jesus e foi nomeada superiora.

O apostolado das irmãs atraiu muitas vocações. Além de suas obras de caridade, também tinham uma pequena indústria de seda para superar as dificuldades econômicas.

Em 1903, Paulina foi convidada a se mudar para São Paulo. Estabeleceu-se no bairro do Ipiranga, onde fundou a obra “Sagrada Família” para acolher os ex-escravos e seus filhos. Em 1918, a igreja brasileira deu reconhecimento a suas virtudes por seu exemplo vocacional.

Em 1938, contraiu diabetes e seu calvário começou. Tiveram que amputar o seu braço direito e chegou a ficar cega. Madre Paulina morreu piedosamente em 9 de julho de 1942.

Ela foi beatificada em 1991 pelo Papa João Paulo II durante sua visita ao Brasil e canonizada em 2002.

 

 

 

ensinamentos_dos_santos2-300x300.png

 

 

 

Conheça a seguir alguns dos ensinamentos deixados por Santa Paulina:

 

 

  1. “Nunca, jamais desanimeis, embora venham ventos contrários”.
  2. “Fé, fé, alma minha! Para fazer somente a Vontade de Deus”.
  3. “Confiar na sabedoria de Deus, é sentir-se amparado em meio ao temporal da vida”.
  4. “Confiai em Deus e em Maria Imaculada; permanecei firmes e ide adiante!”
  5. “Um coração misericordioso mostra que o perdão inunda a vida de esperança”.
  6. “A base para um sono tranquilo é um dia de labuta repleto de atos de amor”.
  7. “O amor ao trabalho torna mais leva a carga de dissabores que o trabalho possa trazer”.
  8. “O desânimo é caminho para a doença. A luta, alimento para a vitória”.
  9. “Meu Deus, não compreendo vossos desígnios, mas a eles me submeto”.
  10. “A oração é oferenda silenciosa de confiança em Deus”.
  11. “Sede bem humildes, é Nosso Senhor quem faz tudo”.
  12. “Aceitar a Jesus como único Salvador é ter já o Céu no Coração”.
  13. “Vamos passo a passo, mas sempre em frente”.

 

 

 

FELIPE AQUINO - Escritor católico. Prof. Doutor da Universidade de Lorena. Membro da Renovação Carismática Católica.

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 09:46
link do post | comentar | favorito

PAULO R. LABEGALINI - VERDADES QUE EDUCAM O CORAÇÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Paulo Labegalini.jpg

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Olhando a agenda de planejamento diário da Sociedade de São Vicente de Paulo que usei, vi frases maravilhosas proferidas por grandes personagens da História. Seria impossível relatar todas aqui – são quase quatrocentas! –, mas, apenas como referências, eis algumas bonitas:

“Fazei-vos servos uns dos outros pela caridade” (Gal 5, 3).

“Deus quis que não recebêssemos nada que não passe pelas mãos de Maria” (São Bernardo).

“Quem não ama não descobriu a Deus, porque Deus é amor” (1ª João 4, 8).

“Acender o fogo do amor divino em todas as pessoas é continuar a missão do Filho de Deus” (São Vicente de Paulo).

“Há mais felicidade em dar do que em receber” (At 20, 35).

“Vós, pobres, sois para nós a imagem sagrada deste Deus que não vemos e, não sabendo amá-Lo de outro modo, nós O amaremos em vossas pessoas” (Antônio Frederico Ozanam).

“Progredi na caridade, segundo o exemplo de Cristo” (Ef 5, 2).

“A glória de Deus é que o pobre viva” (Mons. Oscar Arnulfo Romero).

Dá para imaginar a motivação para servir o próximo quando eu abria a agenda e lia mensagens como estas? Acredito que o meu coração foi educado a tal ponto que estou mais perto de atender plenamente a este chamado do Papa João Paulo II:

“Voltemos nossa mente e nosso coração para São Vicente de Paulo, homem de ação e de oração, de organização e de imaginação, de comando e de humildade, homem de ontem e de hoje. Que aquele camponês das Landes, convertido pela graça de Deus em gênio da caridade, nos ajude a pôr mais uma vez as mãos no arado – sem olhar para trás – para o único trabalho que importa: o anúncio da Boa Nova aos pobres.”

Aproveitando o assunto, uma história árabe diz que um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para interpretar seu sonho.

– Que desgraça, senhor! – exclamou o adivinho. – Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade.

– Mas que insolente! – gritou o sultão, enfurecido. – Como te atreves a dizer-me semelhante coisa? Fora daqui!

Mandou, então, que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho. Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe:

– Excelso, senhor! Grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que havereis de sobreviver a todos os vossos parentes.

A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso e, imediatamente, mandou dar cem moedas de ouro ao segundo adivinho. E quando este saía do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:

– Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito! Por que ao primeiro ele expulsou do palácio e, a você, pagou uma fortuna?

– Lembra-te, meu amigo, tudo depende da maneira de dizer as verdades. Um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte de comunicar-se. Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra.

Que a verdade deve prevalecer em qualquer situação, não resta dúvida, mas a forma como é comunicada tem provocado, em alguns casos, grandes problemas. A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa: se a lançarmos no rosto de alguém, pode ferir, provocando dor e revolta; mas, se a envolvemos em delicada embalagem e a oferecemos com ternura, certamente será aceita com facilidade.

A embalagem, nesse caso, é o carinho, a compreensão e, acima de tudo, a vontade sincera de ajudar a pessoa a quem nos dirigimos. Antes de ‘jogarmos na cara de alguém o que julgamos ser uma grande verdade!’, seria prudente rezar, dize-la diante do espelho e, conforme for a própria reação, podemos seguir em frente ou adiar o nosso intento – evitando conflitos desagradáveis.

Juntando agora as partes deste artigo, posso concluir que existem dois tipos de verdade: a primeira, está contida no Evangelho e, a segunda, está dentro de cada um de nós – podendo ser aceita ou contestada por outra pessoa.

Eu jamais discuto a ‘Verdade das Escrituras’ e nem as frases proferidas pelos santos; apenas as aceito e sempre procuro incorporá-las em minha vida – são mensagens que recebo de Deus! Quanto à ‘verdade dos homens’, procuro avaliar a intenção de quem a diz e a consequência provocada pelo seu impacto nas pessoas. Em muitos casos, todo cuidado é pouco para ouvir e falar.

O importante é ter sempre em mente que a Verdade de Deus nunca causará prejuízo a ninguém e continuará no nosso meio para educar todos os corações. Portanto, por que não adequarmos as nossas ‘outras verdades’ à vontade Daquele que nos criou? Para isso, não é preciso ser adivinho, mas é necessário agir com sabedoria. O aprendizado está na Bíblia, na santa Missa, nas agendas católicas, enfim, nas lições que vêm do Céu.

Concluindo, quem poderá contestar a Verdade do Evangelho no Sermão da Montanha? Disse Jesus: “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça... os misericordiosos... os puros de coração... os que promovem a paz... os que são perseguidos por causa da justiça... porque será grande a vossa recompensa nos céus” (Mt 5, 3-12).

Amém!

 

 

 

PAULO ROBERTO LABEGALINI - Escritor católico. Vicentino de Itajubá - Minas Gerais - Brasil. Professor Doutor do Instituto Federal Sul de Minas - Pouso Alegre.‘Autor do livro ‘Mensagens Infantis Educativas’ – Editora Cleofas.

 



publicado por Luso-brasileiro às 09:31
link do post | comentar | favorito

HUMBERTO PINHO DA SILVA - ONDE ESTÁ A BOA EDUCAÇÃO ?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lamentam-se os paulistanos – e com razão, – que alguns motoristas de onibus (autocarros), quando encontram idoso, isolado, na paragem, passam adiante.

Esse desrespeito, pelos idosos, verifica-se em todos países, pelo menos nas nações ocidentais.

Outrora, o idoso, era respeitado no local de trabalho e na sociedade

É sabida a história ocorrido com Sócrates: Chegando à Assembleia de Atenas, e vendo que não havia nenhum jovem, que lhe oferecesse o lugar, reclamou: - O dever da juventude é dar o lugar aos velhos, para quando forem idosos, os jovens, de então, façam de igual modo.

Mas as regras da boa educação e etiqueta, parece que foram esquecidas; assim como o tratamento de respeito, a pais e avós.

Antigamente, os progenitores eram tratados por Senhor. Ainda ouvi, no Brasil, muitas meninas, ao falarem com a mãe, dizerem: - “A Senhora, quer que faça o jantar?”

Vem tudo isso a propósito da cena que presenciei – já se passaram muitos anos, – quando viajava no elétrico, número, 13, que parava na Rua Duque de Loulé, no Porto. Em regra, transportava, sempre, muitos estudantes, para Gaia.

Certa vez, o elétrico, encontrava-se repleto. Uma Senhora, entrou com dificuldade, e postou-se de pé, entre os estudantes, que se mantinham sentados.

Então, de repente, ouviu-se uma voz: - “ Não há aluno do Alexandre ou aluna do Rainha, que dê lugar a esta Senhora?! …

Era o Dr. Balacó, professor do Alexandre, que primava, pela delicadeza, e pela disciplina.

Imediatamente, se levantaram, não um, mas todos os rapazes e raparigas, oferecendo o lugar.

Bom tempo, em que os professores eram respeitados, e se faziam respeitar. Se o caso se passasse no século XXI, certamente o Dr. Balacó, era enxovalhado, e ridicularizado, pelo gesto de bom educador.

Como os tempos mudaram! … E como foi que a juventude se tornou tal insensível e desrespeitadora?

Todos sabemos a resposta; mas poucos querem dizer; para não serem politicamente incorretos; e evitarem serem desfeiteados, na praça pública

É que quem não pensa ou age de acordo com a maioria, e com os que têm o poder: é marginado ou besta-quadrada….

Em democracia, como a que temos, quem não é: Maria-vai-com-as-outras, é vítima de mofa, e ridicularizado….E dizem serem democratas!…

 

 

 

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA   -   Porto, Portugal



publicado por Luso-brasileiro às 09:27
link do post | comentar | favorito

EUCLIDES CAVACO - GALO DE BARCELOS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Poema e voz de Euclides Cavaco.Inspirado numa das mais interessantes lendas da nossa Terra dei vida a este poema, que o meu especial amigo

Afonso Brandão ilustrou neste fabuloso video que aqui partilho:
 
 


https://www.youtube.com/watch?v=RQssdUbm8jM&feature=youtu.be
 
 
 
 
 
 

EUCLIDES CAVACO  -   Director da Rádio Voz da Amizade , Canadá.

 

 

 

***

 

 

NOTICIAS DA DIOCESE DO PORTO

 

 

 

 http://www.diocese-porto.pt/

 

 

NOTICIAS DA DIOCESE DE JUNDIAÍ - SP

 

 

 https://dj.org.br/

 

***

 

 

 

Leitura Recomendada:

 

 

 

 

 

Resultado de imagem para Jornal A Ordem

 

 

 

 

 

Jornal católico da cidade do Porto   -    Portugal

 

Opinião   -   Religião   -   Estrangeiro   -   Liturgia   -   Area Metropolitana   -   Igreja em Noticias   -   Nacional

 

 

https://www.jornalaordem.pt/

 

 

 

 

 

 

***

 

HORÁRIOS DAS MISSAS NO BRASIL

 

 

Site com horários de Missa, confissões, telefones e informações de Igrejas Católicas em todo o Brasil. O Portal Horário de Missas é um trabalho colaborativo onde você pode informar dados de sua paróquia, completar informações sobre Igrejas, corrigir horários de Missas e confisões.



https://www.horariodemissa.com.br/#cidade_opcoes 

 

***



publicado por Luso-brasileiro às 09:15
link do post | comentar | favorito

Sexta-feira, 5 de Julho de 2019
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI - UM POUCO DE HISTÓRIA SOBRE 9 DE JULHO DE 1932

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Martinelli.jpg

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nessa terça-feira, 09 de julho, comemoram-se oitenta e sete anos da Revolução Constitucionalista no Brasil, também chamada de Revolução de 1932, porque foi nesse ano que se registrou o movimento na capital paulistana que tinha como objetivo principal a reconstitucionalização do país.

         É que desde 1930, prevalecia a denominada República Nova, originária de um levante que estabeleceu o governo provisório sob a presidência de Getúlio Vargas, que nomeava interventores para administrar os Estados e não obedecia a nenhuma Carta Magna, provocando grande descontentamento nos liberais paulistas que perceberam que a ação política que eles haviam anteriormente apoiado estava sendo desvirtuada, criando-se uma ditadura com atitudes manifestamente arbitrárias.

         A autonomia de São Paulo foi diminuída, com sérios reflexos na economia e o anúncio de que o então ministro da Justiça, Oswaldo Aranha, viria destituir o governador Pedro de Toledo, aumentou ainda mais a insatisfação popular. As primeiras manifestações contra a administração federal ocorreram a 23 de maio na Praça da República, quando tombaram quatro jovens em óbito: Mário Martins de Almeida, Euclydes Bueno Miragaia, Dráusio Marcondes de Souza e Antônio Américo de Camargo Andrade. Os seus nomes deram origem ao MMDC, que passou a simbolizar o heroísmo da juventude paulistana e a partir de 2004, foi acrescido um A na sigla, referindo-se a Alvarenga (Orlando de Oliveira Alvarenga), falecido posteriormente em decorrência das agressões daquele protesto.

         A população bandeirante, há tempos inconformada com o desrespeito às leis e regras por parte do governo de Vargas, contribuiu com recursos materiais para a compra de munições, morteiros, granadas, máscaras antigas e lança-chamas, trabalhando na blindagem de trens e automóveis. No dia 7 de julho, o coronel Euclydes Figueiredo mudou-se para a capital e assumiu o comando da revolta,  ao lado do General Isidoro Dias Lopes. No dia 9 de julho de 1932, começou oficialmente o levante armado. Nesse dia, o interventor Pedro de Camargo telegrafou informando que não podia conter o movimento que se prorrogou até trinta de setembro do mesmo ano, quando os revolucionários não mais resistiram, sendo negociada a sua rendição.

         Durante três meses, os cem mil homens das tropas federais atacaram São Paulo, que tentava se defender com trinta e cinco  mil soldados. E Getúlio também era apoiado por aqui por pessoas como Francisco Matarazzo, dono de um dos maiores impérios empresariais da época. Os aviões de guerra bombardearam até as cidades do interior. No fim do conflito, oitocentos pessoas haviam sido mortas.

         A Revolução constitucionalista contou com apoio manifestado das forças do Mato Grosso, de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul, mas só os mato-grossenses, liderados por Bertoldo Blinger, se mantiveram fiéis. E se foi vencida pela superioridade numérica do inimigo, foi vencedora em seu nobre ideal. Tanto que, no ano seguinte, em 1933, foi organizado o projeto da nova Constituição e neste mesmo ano foi eleita e reunida a Assembleia Constituinte. Era o Brasil novamente sob o regime da legalidade.

         Seria muito bom que a maioria dos políticos atuais se  mirassem no exemplo dos constitucionalistas de 32 que se destacaram pelo idealismo, pela luta por interesses coletivos e pela restauração do Estado de  Direito. E diante do quadro de hoje, precisamos acompanhar de perto os trabalhos de nossos parlamentares e governantes, pressionando-os mediante manifestações e apoiando-os em seus avanços. A participação possibilita atentarmos aos achegos do jogo político, evitando abusos e fiscalizando o que é feito com as coisas públicas.

 

 

CONTINUO AMANDO OS BEATLES E OS ROLLING STONES...

 


         A juventude é apenas um período da vida, pois deve ser encarada como um estado de espírito, um efeito da vontade, uma qualidade da imaginação, uma intensidade emotiva, uma vitória da coragem sobre a timidez, do gosto da aventura sobre o amor e ao comodismo. Na realidade, não se envelhece por haver vivido certo número de anos; fica-se velho quando se abandona seu ideal. Por isso, continuo amando os Beatles e os Rolling Stones... (Homenagem ao Dia do Rock, 13 de julho próximo).

 

 

 

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor da Faculdade de Direito do Centro Universitário Padre Anchieta de Jundiaí. Ex-presidente das Academias Jundiaenses de Letras e de Letras Jurídicas (martinelliadv@hotmail.com)

 

 

 

 

size_960_16_9_cartazes-da-revolucao-de-191.jpg

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 11:50
link do post | comentar | favorito

ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS - A FRANCESA NÃO ESPERAVA AQUELA RESPOSTA...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Armando Alexandre dos Santos.jpg

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O próprio das dinastias é que elas de tal forma se conjugam através dos séculos e das gerações com o seu povo e com o seu país que acabam, num curioso processo de reversibilidade, sendo influenciadas por esse povo ao mesmo tempo que o formam e educam.

De um lado, os monarcas adquirem as características daquele povo de modo admirável, e se transformam em protótipos ou até em arquétipos dele; e de outro lado formam aquele povo e lhe imprimem como que algo da fisionomia própria da respectiva estirpe. Tudo isso numa interação perfeita. O monarca e a nação contraem algo à maneira de um casamento místico, constituindo como que uma só carne e um só sangue.

No caso de D. Pedro II e de sua esposa a Imperatriz D. Teresa Cristina, isso é muito claro. O velho monarca, que o Brasil viu crescer nos degraus do trono e assumiu a Chefia de Estado aos 14 anos de idade, não tinha nenhuma gota de sangue brasileiro, propriamente dito, nas suas veias. Mas era inegavelmente um brasileiro típico de seu tempo e de sua geração, a tal ponto que servia de modelo a todos os pais de família de seu imenso Império. O mesmo se pode dizer, mutatis mutandis servatis servandis, de sua esposa D. Teresa Cristina, napolitana de nascimento, mas transformada em protótipo e arquétipo de todas as mães de família do Brasil. Sua psicologia se tinha, na verdade, “abrasileirado”.

Lembro, no mesmo sentido, um exemplo histórico entre muitos outros: na Espanha, os Bourbon, de origem francesa, souberam se adaptar também perfeitamente ao país, desde princípios do século XVIII com Filipe V, Duque de Anjou e neto de Luís XIV. Sendo francês, ele e depois dele seus descendentes foram pouco a pouco assimilando o espírito e o modo de ser de autênticos "hidalgos" espanhóis, com aquele donaire cavalheiresco que lhes é característico.

É curioso que até as esposas dos reis, geralmente de origem estrangeira, muitas vezes assimilam de modo acentuado as características do povo sobre os quais reinam os seus esposos. E depois de viúvas frequentemente dão ótimas regentes, na menoridade dos filhos.

Vale a pena recordar aqui o caso de D. Maria Bárbara de Bragança, portuguesa, filha de D. João V e irmã de D. José I. Nascida em 1711, viveu até 1758. Casou em 1729 com o príncipe que em 1746 subiria ao trono espanhol como Fernando VI.

Contam os cronistas da época que D. Maria Bárbara era muito feia, e que quando seu esposo (já estavam casados por procuração) a viu pela primeira vez teve um susto enorme e quase desmaiou em público. Mas, passado o primeiro espanto, de tal maneira se entenderam bem os dois, que constituíram um casal unidíssimo, a ponto de Fernando VI enlouquecer de dor quando ficou viúvo.

Na Corte espanhola, a Rainha, sem deixar de ser portuguesa, tornou–se autenticamente uma espanhola. Ela procurava influenciar o seu esposo no sentido de favorecer uma aliança com a Áustria, mais do que com a França de Luís XV. Não é o caso de entrar aqui na exposição dos motivos para essa preferência - com a qual, aliás, estou de pleno acordo: naquelas circunstâncias de fato mais convinha à Espanha uma aliança com a Áustria do que com a França.

Certa vez, a esposa do embaixador de Luís XV foi incumbida por seu marido de procurar influenciar a Rainha no sentido de fazê–la mudar de posição. A francesa se aproximou da Rainha, numa festa da Corte, e começou muito jeitosamente a falar das vantagens para a Espanha de uma aliança com a França: eram nações irmãs, tão próximas geograficamente, com monarcas pertencentes à mesma estirpe... Sem dúvida a Áustria era uma nação muito apreciável, mas ficava distante, tinha outra cultura, outros interesses etc. etc.

A Rainha foi deixando a francesa falar, sem manifestar, pela fisionomia, se estava gostando ou não do que ouvia. Afinal, a francesa chegou ao fim do seu arrazoado com uma pergunta bastante impertinente: - "Vossa Majestade, que todos sabemos ter tão grande influência sobre seu augusto Esposo, o Rei Católico, não acha que faria muito bem mostrando a ele as vantagens de uma aliança com o Rei Cristianíssimo de França?"

Nesse ponto, a Rainha resolveu responder. E a resposta da portuguesa foi de uma espanhola a cem por cento: "Nosotras las mujeres, señora, no entendemos de eses asuntos. Dejémoslos para nuestros maridos!"

Com toda a certeza, não era essa a resposta que a francesa esperava ouvir!

 

 

 

 

ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS   -    É licenciado em História e em Filosofia, doutor na área de Filosofia e Letras, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Academia Portuguesa da História.

 

 

 

b3c335f0b754106a93d66e3c7594272b.jpg

                                    Dona Maria Bárbara de Bragança, rainha da Espanha.

 

 

 

***

 

ENTREGA DO PRÉMIO:

 

COLAR GUILHERME DE ALMEIDA

 

A DOIS COLABORADORES DO NOSSO BLOGUE

 

 

unnamed.jpg

 

 

No final da sessão do dia 28/6/2019, no salão nobre da Câmara Municipal de São Paulo, o Cardeal-Arcebispo de São Paulo, D. Odilo Pedro Sherer, o Desembargador José Renato Nalini (ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo) e o Prof. Dr. Armando Alexandre dos Santos. Os três estão portando o Colar Guilherme de Almeida, que haviam acabado de receber.

 



publicado por Luso-brasileiro às 11:15
link do post | comentar | favorito

MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE - AVIÃO E AVIÃOZINHO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2vl2knt.jpg

 

 

 

 

 

 

 

 


Militar de carreira, Manoel Silva Rodrigues, brasileiro, segundo-sargento da Aeronáutica, flagrado na Espanha, em 25 de junho, com 39 quilos de cocaína, que poderiam ser comercializados pelo valor de 5 milhões de reais. Atuava como comissário de bordo dentro de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) com uma comitiva de seguranças e outros servidores encarregados de preparar terreno para a chegada do presidente Bolsonaro que, depois, seguiria para o Japão.
Quem estaria por trás desse tráfico internacional?
Como afirmou o vice-presidente Hamilton Mourão: ‘É óbvio que, pela quantidade de drogas que ele estava levando, não comprou na esquina e levou, né? Ele estava trabalhando como mula. Uma mula qualificada”.
Constrangedor para o Brasil! E que insensibilidade em relação àqueles que seriam vitimados pelo uso dessa cocaína.
O outro moço, sobre o qual escrevo e conheço, cresceu e reside em bairro da periferia. Tentou por alguns anos a escola, mas a cabeça não correspondeu. Incentivaram-no a tentar novamente, mas não tinha ânimo para isso. Se há trinta anos, depois de seis na escola, desistiu, não conseguiria agora. Como tentativa em preencher os vazios de sua história, juntou-se a um grupo de desapontados como ele e acrescentou a droga. Com pequenos serviços, se manteve por um tempo. Pouco depois, foi “contratado” como aviãozinho em troca do que sorvia. Em contradição ao seu raciocínio mirrado, a vontade de consumir evoluiu. Dia desses, a polícia o levou. A mãe foi se cadastrar para vê-lo, contudo o nome dela – aliás nome algum – estava no rol de visitas, que é fornecido pelo detento. Como faria isso se não sabe escrever? Doloroso!
Um de avião mantido com o dinheiro público, talvez ensandecido pelo lucro, e outro, aviãozinho, enlouquecido pela dependência química.
Em 23 de junho, no Caderno Ilustrada da Folha de São Paulo, o Dr. Dráuzio Varela, médico cancerologista e autor de “Estação Carandiru”, no artigo “O tráfico” fez várias colocações interessantes e dentre elas as de que os especialistas calculam que a venda de drogas ilícitas no Brasil movimenta de R$ 15 bilhões a R$ 20 bilhões ao ano, que são, por “caminhos misteriosos”, depositados em instituições financeiras comandadas por cidadãos socialmente respeitados. Aborda também o fato de que na faixa etária de 18 a 24 anos, mais de 26% estão desempregados. Trabalhar para o tráfico se torna possibilidade concreta e traz a ilusão de que não mais lhe faltará dinheiro.
De certa forma, o avião produz o aviãozinho em diferentes grupos sociais, que são condenados à exclusão e/ou à morte. Que difícil tudo isso!
 

 

 

MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE -

 Professora e cronista. Coordenadora diocesana da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala. Jundiaí, Brasil.

 



publicado por Luso-brasileiro às 11:10
link do post | comentar | favorito

CINTHYA NUNES - TOQUE DE ALVORADA

 

 

 

 

 

 

 

 

Cinthya Nunes Vieira da Silva.jpg

 

 

 

 

 

 

 

 

 

            Sou uma pessoa de hábitos noturnos. Sempre fui, na verdade. Gosto de ler à noite, de trabalhar e me exercitar à noite. Não é que não goste das manhãs. Ao contrário, aprecio sua beleza, seu frescor, sua natureza de renovação. Apenas que não tenho de manhã a mesma energia que tenho quando a noite se adianta.

            Confesso, inclusive, que sou meio mal humorada quando eu acordo. Toda a agitação que sou durante o dia, estou pelo avesso ao amanhecer. Quando eu estudava de manhã, fazia questão de acordar o mais tarde que fosse possível, para dormir o máximo que pudesse. Como se diz por aí, eu até levanto cedo, mas acordo mesmo umas duas horas depois.

            O tempo passou desde que eu tinha que me levantar para estudar as 7 da madrugada. Há tempos tenho a sorte de programar minhas atividades para início às 8h, quando minha alma já se aproximou de meu corpo. Muitas vezes vou aos trancos e barrancos, contudo. Talvez, penso agora, meu subconsciente tenha trabalhado nesse sentido, na minha opção por não ter filhos, já que as crianças pequenas tem uma estranha predileção por acordar o sol.

            Como já contei aqui nesse espaço, há dois meses arrumei uma cachorrinha, algo entre um poodle e um maltês. Juju, ou Jujuba para os íntimos, dorme no meu quarto, assim como os meus 5 gatos. Justo eu que jurava que isso jamais aconteceria, mas pulemos esse fato. Quando chega a hora de irmos deitar, já nos seguem os gatos e a cachorra. Até aí tudo certo. Assim que apagamos as luzes a galera toda fica em silêncio.

            O problema é que a Juju tem um relógio interno que desperta impreterivelmente logo após ou um pouco antes das 7. Já tentamos de tudo, mas sem sucesso. Já pensei que fosse fome e passei a levar uns petiscos para o quarto afim de ver se ganho mais uma mísera meia hora de sono. Até funcionou, mas durou o tempo necessário para ela deglutir a comida. Descobri, meio espantada, que a danada quer é mesmo que eu acorde e me levante!

            Lógico que já tentei dar bronca, dar uns pseudo tapinhas, fechar a porta do quarto, mas ela começa a latir ou a gemer de tal forma que a essa altura, além de acordada, já estou sem sono. É o toque da alvorada, seja segunda ou domingo. Vencida por uma criaturinha que me olha com olhos de quem está pronta para um dia de muitas aventuras, eu desço as escadas, seguida por um séquito de gatos sonolentos, porém famintos.

            Potinhos enfileirados, coloco comida para toda a galera, já acendendo as luzes dos aquários. Ligo a máquina de café e dou início aos meus afazeres. Aos poucos o sono me deixa, mas sei que vai cobrar seu pedágio mais tarde. Termino meu desjejum e ao olhar ao meu redor vejo uma cachorrinha que dorme de barriga para cima, em sua caminha aos pés do sofá e, espalhados em vários locais, os gatos, que já iniciaram sua soneca matutina. Fico eu, repleta de sono, mas também de amor...

 

 

 

CINTHYA NUNES   -   é jornalista, advogada  – cinthyanvs@gmail.com





publicado por Luso-brasileiro às 11:05
link do post | comentar | favorito

JOSÉ RENATO NALINI - GERAÇÕES NO RINGUE

 

 

 

 

 

 

 

José Nalini.jpg

 

 

 

 

 

 

 

O conflito entre gerações é algo que integra o DNA da humanidade. Há sempre um desencontro entre a juventude e a velhice. A primeira infância, por sua natural dependência do mundo adulto, consegue disfarçar as diferenças. Embora hoje, com a “moderna pedagogia” que proíbe proibir e que considera toda disciplina traumatizante, há inúmeros tiranos sendo zelosamente formados por seus pais.

Mas a mocidade é a fase em que mais difícil se torna o entendimento com a maturidade avançada. Isso não é de hoje, é fenômeno constatado em todas as plagas e em todas as épocas. Encontro um texto interessante de Miguel Torga, médico português a cuja obra me afeiçoei, por arte e empenho da saudosa Emy e de Paulo Bomfim.

Em um de seus diários, ele relata uma demorada conversa que teve com grupo de jovens interessados em entrevista-lo. “Vieram de longe para falar dos seus problemas. É sempre dos problemas deles que os jovens de hoje falam. Dos que dizem respeito aos pais, aos avós, aos mais velhos, não querem saber. Se uma palavra tímida da parte desconsiderada os aflora, arredam expeditamente o assunto. Além dos vinte anos, a humanidade e os seus dramas já os não interessam”.

Essa a sensação que Torga teve, ao aceitar um diálogo com o grupo em que ele encontrou um “egoísmo cego e surdo, de que os próprios não tinham sequer consciência. É, de resto, essa crueldade inocente, sem maldade, essa indiferença sem remorsos, que singulariza de maneira terrível como fenômeno social a presente geração”. E aí vem a inevitável comparação com o “meu tempo”: a geração de Torga “lutava apaixonadamente com os progenitores, o que era ainda uma maneira de os honrar. Ela (a presente) ignora-nos, pura e simplesmente. Trata-se, de fato, de uma ruptura total e trágica, de que somos certamente os mais diretos responsáveis, embora nos custe reconhece-lo. Temos o que merecemos. Fizemo-la nascer num mundo sem esperança. Não queiramos agora que nos esteja agradecida e se reveja em nós. Quem não tem futuro não tem passado”.

Sei que nem tudo está perdido. Encontro grupos de jovens que ainda ouvem os mais velhos, que têm religião, que têm disciplina e que sabem o que querem na vida. Muito diferentes da geração “nem-nem-nem” que nossa incúria, omissão e negligência produziu: os que nem estudam, nem trabalham e não estão “nem” aí. Muito menos com vistas a respeitar essa caretada dos idosos.

Também vejo pais amorosos, que fazem suas crias conviverem com os avós e, principalmente, a respeitá-los. Recentemente estive num lar cujo casal reúne, todos os fins de semana, filhos e netos. E que depois da refeição juntos, incentivam as crianças a uma representação teatral. Irmãos e irmãs, primos e primas, convivendo na arte, prestigiando os avós, pais e tios que também os assistem. Ávidos por aplauso, a evidenciar que ainda existe sentimento familiar e convívio saudável em alguns lares. Que eles sejam muitos, são a nossa esperança em tempos de tamanha turbulência.

 

 

 

 

 

JOSÉ RENATO NALINI    -   é Reitor da Uniregistral, docente universitário, palestrante e autor de “Ética Geral e Profissional”, 13ª ed., RT-Thomson

 

 

 

 

thumbnail

 



publicado por Luso-brasileiro às 10:59
link do post | comentar | favorito

PÉRICLES CAPANEMA - AMADURECIMENTOS ESPERANÇOSOS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Péricles Capanema.jpeg

 

 

 

 

 

 

 

 

Um quarto de século tem o Plano Real. O Brasil, antes do real ▬ que passou a ser nossa moeda em 1º de julho de 1994 ▬, era de um jeito; ficou de outro depois dele. Em 1994, inflação ainda descontrolada, brandindo programa radical Lula caminhava para ser eleito em outubro. Sob o clima do real, inflação estancada, sensação de ordem, esperança renovada, FHC ganhou as eleições em 1º turno com 54,24% dos votos, ficou oito anos no Planalto e só entregou o poder ao PT em 1º de janeiro de 2003.

 

Hora de parar e pensar sobre aspectos importantes que mudaram no Brasil, em especial os empurrados para a sombra. Bom apoio para reflexões é a recente entrevista do economista Pérsio Arida, ex-presidente do Banco Central, um dos pais do Plano Real, estampada nas páginas amarelas da Veja.

 

Naquela ocasião, 1994, o estatismo se esgueirava envergonhado pelos cantos no Primeiro Mundo. Caíra a Cortina de Ferro e escancarara o atraso e a miséria do socialismo; ainda sopravam os ventos de liberalização econômica dos governos de Ronald Reagan (1981-1989) e Margareth Thatcher (1979-1990). Entre nós, sina de retardatários, soprava ainda forte o vendaval insalubre do estatismo, impedindo avanços civilizatórios.

 

Assim comentou Pérsio Arida as vendas de estatais na esteira do Plano Real: “As privatizações da Telebrás, dos bancos estaduais, da Vale do Rio Doce. Era tudo tão difícil que precisava de força policial na porta da Bolsa de Valores para segurar os leilões”. Vamos reter o “era tudo tão difícil”. Observa ainda o economista: “Curiosamente, a maior oposição foi do PSDB de São Paulo, pois queríamos privatizar os bancos estaduais”. Em postura regressista, continuavam aferrados ao estatismo todo o bloco esquerdista [não mudou] e igualmente um embolorado nacionalismo estatizante, ufanista, romântico e dogmático. Por isso “era tudo tão difícil”.

 

A desestatização avançou pouco, retrocedeu no período petista, persiste o dinossauro estatal e, indício claro de retrocesso, a Petrobrás ainda refina quase 100% do petróleo. Mas, em medida dinamizadora, a estatal anunciou que em aproximadamente dois anos, vai vender para a iniciativa privada oito refinarias, em torno de 50% da capacidade de refino do Brasil, o que, junto com outras medidas, trará concorrência para o setor da energia ▬ maior produção e preços mais baixos. Entre as medidas complementares anunciadas, o governo tentará executar o projeto intitulado “O Novo Mercado de Gás” para terminar com o virtual monopólio de produção, transporte e distribuição exercido pela estatal.

 

Constam do programa a venda de transportadoras e distribuidoras de gás da Petrobrás, bem como novos regulamentos que diminuirão a intermediação, dando maior força ao consumidor e ao vendedor final. A União pretende estimular a venda de distribuidoras, hoje nas mãos de Estados da federação. O setor terá novos participantes, concorrência acirrada e se espera que o preço da energia baixará enormemente. Com isso, estímulo para a produção e enriquecimento geral da população.

 

“Era tudo tão difícil”. Era, hoje não é mais, está relativamente fácil privatizar, a oposição ficou menor e menos encarniçada. São avanços importantes, amadurecimentos na opinião pública que despertam esperanças. Esperanças que o público, melhorando em suas orientações, estimule um rumo em que o papel indispensável do Estado seja subsidiário. E que a sociedade, com base familiar, se fortaleça. É avanço civilizatório, trará recursos para realizar mais largamente a justiça social.

 

Trato agora de outra matéria, relacionada com a anterior, mas onde a maturação vem sendo lenta. Faz falta avançar célere, abandonar a molecagem destruidora, a esbórnia e assumir por inteiro para bem do Brasil a maturidade produtiva. Maturar é crescer. Em especial os pobres do campo têm direito a esse aperfeiçoamento.

 

Desde os anos 50 sobre o Brasil despencaram sucessivos e amalucados programas de reforma agrária, cujo efeito é invariavelmente baixíssima produtividade, disseminação de favelas rurais, fuga de capitais no campo, burocratismo, empreguismo e gatunagem. Programa delirante de atraso ainda que inconfessado, seus efeitos estão à vista nua: dinheirama pública torrada irresponsavelmente, bilhões e bilhões, favelas rurais, bagunça, favoritismo e roubalheira. É preciso eliminar esse recuo da vida brasileira, acabar com tal involução renitente. Já há numerosos e sérios estudos a respeito, economistas e agrônomos apontam o disparate desse amazônico gasto despropositado. Décadas e décadas de disparates e dilapidação de recursos num programa que nos envergonha em qualquer cenário internacional idôneo. Se nem um tostão tivesse sido desperdiçado nessas maluquices, a situação dos pobres no campo seria hoje melhor, a produtividade mais alta, teriam sido atendidos melhor a saúde e a educação para o povo em geral.

 

Aqui, um obstáculo grosso ao progresso nacional. Como base dessa regressão, em rápidos traços acima recordada, que já chamei de tumores de estimação, temos legislação demolidora, parte constitucional, parte infraconstitucional, entulho que torna inseguras as relações jurídicas, inibe a produção de alimentos, dificulta a verdadeira justiça social no campo. Pior, tal legislação tóxica poderá ser utilizada no futuro por governo de esquerda [será, logo que a oportunidade surja] para jogar o Brasil no caminho de Cuba e da Venezuela. Não custa lembrar, Salvador Allende fez assim no Chile; sem modificar a legislação, apenas lançando mão de vigentes “resquícios legais”, impôs violento programa de expropriações e estatização.

 

A bancada ruralista tem mais de 250 representantes (Câmara e Senado juntos). Luta por financiamentos melhores, subsídios, preços compensadores, portas abertas lá fora para exportação da produção, interesses imediatos. Certo. Todavia, com momento favorável a suas reivindicações, revela apatia com interesses mediatos, ou, por outra, fundamentais, de longo prazo. Não existe nenhuma comissão ou grupo de estudo ▬ e ninguém sequer trata do assunto ▬, de homens da ciência e da experiência, que compulsem toda a legislação vigente, pente-fino, para dela tentar expungir por meio de pertinentes propostas legislativas [PECs e projetos de lei] tudo o que ali fede a intervencionismo e coletivismo; enfim, a socialismo. Por baixo, evidencia imaturidade, medo de andar fora da trilha do politicamente correto e não só da classe rural, mas da opinião pública conservadora em geral. Falava acima de amadurecimento esperançoso. Constato aqui imaturidade decepcionante. Nelson Rodrigues dizia: “Jovens, envelheçam rapidamente”. É o caso de reclamar: “Brasileiros, amadureçam rapidamente”. Em tudo.

 

 

 

 

 

 

PÉRICLES CAPANEMA - é engenheiro civil, UFMG, turma de 1970, autor do livro “Horizontes de Minas"

 



publicado por Luso-brasileiro às 10:50
link do post | comentar | favorito

FELIPE AQUINO - O BRASIL PRECISA DE SANTOS !

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“O Brasil precisa de santos; o Brasil precisa de muitos santos!” As palavras de 1991 do São João Paulo II ainda ecoam forte, a ensinar que santidade não é algo distante, estranho a nossa realidade.

O saudoso papa polonês se empenhou nesse sentido, proclamando santos e beatos mais que todos os papas juntos que o antecederam desde 1538. “Se a Igreja de Cristo não é santa, não é a Igreja de Cristo”, dizia João Paulo II. O Cardeal português José Saraiva Martins, prefeito da “Congregação para a Causa dos Santos”, afirma que a igreja não canoniza muitos santos, citando o ex papa que via nesse ato uma aplicação do Concílio Vaticano II.

 “Sede Santos”

São João Paulo II ao pedir santidade ao Brasil, não pensava, é claro, nos santos, digamos, oficiais. Mas numa Igreja chamada à semelhança com Deus que é santo, numa “santidade fundamental da Igreja, também na vida dos leigos”, capaz de gerar frutos de justiça e paz. No entanto, é inegável a importância para a comunidade cristã, especialmente para os mais novos, de modelos, de pessoas que viveram a nossa realidade, pisaram o nosso chão e venceram. A Igreja, então, com muito cuidado e zelo, analisa a vida de seus fiéis com fama de santidade, sendo a canonização a sentença definitiva pela qual o Papa insere no “Catálogo dos Santos” alguém já proclamado Bem-aventurado, podendo lhe ser prestada veneração.

Processo que pode demorar muitos anos. Seu início só pode acontecer cinco anos após a morte da pessoa.

 

 

 

11141102-279x300.jpg

 

 

Leia também: Você conhece os Santos brasileiros?

Todos os cristãos são chamados a viver a santidade

Um Santo viveu entre nós – São João Paulo II

“O Brasil precisa de santos. Muitos santos!”

A santidade é a vocação do cristão

 

sede_santos.png

 

 

Santidade verde-amarela

 

 

A lista de brasileiros com fama de santidade é longa. Mas fica pequena perto do cotidiano de tantas e tantas pessoas que dedicam sua vida aos outros, a um mundo melhor, à evangelização. São irmãs, padres, advogados, jovens, mártires, deficiente-físico, analfabeta. Manuel, Albertina, Mariano, Marias, Josés. Alguns conhecidos como o jesuíta José de Anchieta. Outros nem tanto, como o coroinha Adílio. Mas em suas regiões atraem muitos em peregrinação, como Nhá Chica, no sul de Minas, Frei Damião no nordeste ou Padre Donizetti no interior de São Paulo.

De uma época já um pouco distante, como os chamados Protomártires do Brasil, martirizados no Rio Grande do Norte por holandeses e índios em 1645, ou recentes, que chegaram a conviver conosco, como o “anjo bom da Bahia”, irmã Dulce, o redentorista radialista Padre Vitor Coelho e o sacerdote mineiro Alderige Torriani.

Muitos não nasceram aqui, mas adotaram nossa terra, como o polonês padre Rodolfo Komorek; salesiano, morou em Lavrinhas, SP, no Colégio São Manuel, hoje uma casa Canção Nova de pré-discipulado (fase de iniciação da comunidade). Morando alí, padre Rodolfo deixou sinais da santidade de Deus: há relatos de bilocação (estar em dois lugares ao mesmo tempo) e até do polonês ter andado na chuva sem se molhar… Na década de 40 contraiu uma grave doença. A tuberculose o levaria a São José dos Campos, então uma estância de tratamento da doença. Analisado por um renomado médico, Nelson D’Avila, foi lhe dado apenas três meses de vida e recomendação de repouso absoluto. Viveu por nove anos na cidade fazendo atos de caridade e celebrando missas no sanatório…

 

intercessao_culto_santos.png

 

 

 

Santidade nas pequenas coisas

 

 

O tema santidade também é abordado insistentemente por Monsenhor Jonas Abib, ao ponto de se cunhar a frase/lema: “Ou Santos ou nada”. O fundador da Comunidade Canção Nova dedicou seu apostolado nos meios de comunicação, junto aos jovens, para se superar o conceito de que santidade é algo distante, própria de pessoas estranhas ou de super-heróis. Ao contrário, espalhou a semente do trabalho santificado, em que cada ação se torna uma oração. Muito ao estilo de São João Bosco que ensinava aos seus meninos que a santidade consiste em fazer bem as pequenas coisas do dia a dia. São Domingos Sávio é fruto desse “modelo” de santidade. Uma santidade que veste camiseta e calça jeans e nada tem de enfadonho ou triste. Pois Dom Bosco também dizia: “um santo triste é um triste santo”…

 

Prof. Felipe Aquino
Osvaldo Luiz

 

FELIPE AQUINO - Escritor católico. Prof. Doutor da Universidade de Lorena. Membro da Renovação Carismática Católica.

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 10:37
link do post | comentar | favorito

PAULO R. LABEGALINI - ENTRE O CÉU E O INFERNO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Paulo Labegalini.jpg

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Certo dia, uma diretora de Recursos Humanos de uma grande empresa morreu e sua alma chegou ao Paraíso, onde conheceu São Pedro. Disse-lhe o santo:

- Bem-vinda, mas não estamos seguros de que você se sentirá feliz conosco. É muito raro uma diretora de sucesso chegar aqui, sabia?

- Eu tenho outra opção? - questionou a mulher.

- Bem, façamos o seguinte: você passa um dia no inferno e outro aqui; então, escolhe onde quer ficar eternamente.

E ela desceu até o inferno. Chegando lá, a diretora entrou num clube maravilhoso e logo encontrou os amigos que trabalharam com ela – todos em trajes de festa e muito felizes. Jogaram golfe, jantaram juntos num ótimo restaurante e se divertiram bastante.

O diabo, surpreendentemente, mostrou-se um anfitrião de primeira classe. Era elegante, charmoso e muito educado. A executiva sentiu-se tão bem que, antes que desse conta, já estava na hora de ir embora.

Subiu, subiu, subiu... e se viu novamente na porta do Paraíso. Nas 24 horas seguintes, a mulher tocou harpa, rezou e cantou. Era tudo tão bonito e sereno que, também, quando ela percebeu, o dia já havia acabado. E São Pedro chegou para perguntar:

- Então, você pode me dizer o que escolheu?

- Senhor, o Paraíso é maravilhoso, mas me senti bem melhor lá embaixo, com meus amigos e aquela vida social intensa, que prefiro voltar pra lá.

Assim, ela, outra vez desceu, desceu... e, quando chegou, encontrou um lugar sujo e cheio de coisas ruins. Viu todos os amigos vestidos com trapos, trabalhando como escravos e aguilhoados por diabos. Dirigiu-se, então, a um dos capetas e perguntou-lhe chorando:

- Não entendo, ontem eu estive aqui e havia um clube! Comemos lagosta, caviar, dançamos e nos divertimos muito; agora, tudo o que existe é um deserto cheio de lixo e meus amigos são uns miseráveis!

O diabo olhou para ela, sorriu e disse-lhe:

- Ontem, estávamos lhe contratando. Hoje, você já faz parte da equipe. Ah, ah, ah...

Caro leitor, não encare esta história simplesmente como mais uma dentre dezenas que lhe contei. Peço que reflita e conclua que isso realmente acontece conosco todos os dias. Nos deparamos com o bem e com o mal a cada instante e decidimos qual o melhor caminho a seguir, não é mesmo? Mas, será que ainda dá para ter dúvidas entre as coisas que nos levarão ao Céu e ao inferno?

Bem, se a dúvida aparecer, pense o que Jesus Cristo faria se estivesse no seu lugar. Faça o mesmo e as portas do Céu se abrirão para você. Se agirmos assim, passaremos: a perdoar mais, a ofender menos, a ter paciência nos momentos difíceis, a amar mais o irmão que nos agride; enfim, tudo o que Jesus faria!

Portanto, quando você estiver para fazer algo que lhe pesará na consciência, pare e pense que está entre o Céu e o inferno. Se cair na tentação e desagradar a Deus, perderá o ‘estado de graça’ que se encontra e, como consequência, poderá ficar sem a proteção Divina no futuro. E eu lhe pergunto: vale a pena perder a companhia do seu anjo da guarda e se lambuzar de pecados?

É importante sabermos que o diabo faz de tudo para nos contratar, mas depois... Ao contrário, quando ficamos disponíveis para atender os chamados de Jesus, vislumbramos grandes recompensas no Paraíso. Mesmo aqui na Terra, só não recebe muitas graças quem não quer!

E para completar a mensagem de hoje, vou lhe contar mais uma história e, ao terminar a leitura, peço que você reflita se está desempenhando bem a sua missão de ‘barbeiro que almeja o Céu’.

Era uma vez um homem que foi ao barbeiro. Enquanto tinha seus cabelos cortados, contava suas experiências com Deus. O barbeiro, ia ouvindo e censurando a forma como o Senhor abençoava seu cliente.

Tantas foram as referências sobre o assunto que, repentinamente, o barbeiro incrédulo, não aguentando mais tanta religiosidade, falou:

- Deixa disso, meu caro. Deus não existe!

Surpreso com tal demonstração de ateísmo, o homem retrucou:

- Por que você diz isso?

- Ora, se Deus existisse mesmo, não haveria tantos doentes, mendigos, guerras etc. Olhe em volta e veja quanta tristeza!

Para não continuar discutindo, o freguês pagou o serviço e foi saindo da barbearia, quando avistou um homem maltrapilho, com longos e feios cabelos, barba desgrenhada e suja abaixo do pescoço. Voltando-se para o barbeiro, comentou:

- Sabe de uma coisa? Você falou da sua descrença em Deus e eu quero lhe dizer que não acredito que barbeiros existam.

Também surpreso, o barbeiro gritou:

- Como? O que tem a ver uma coisa com a outra?

- É claro que tem! Se existissem barbeiros, certamente não haveria pessoas de cabelos e barbas compridas e sem trato, não é?

O barbeiro, então, dando de ombros, respondeu:

- Ora, existem porque evidentemente não vêm a mim!

O fervoroso homem abriu um largo sorriso e disse-lhe:

- Ah! Agora você respondeu porque ainda existe tanta tristeza em torno de nós.

 

 

 

 

PAULO ROBERTO LABEGALINI - Escritor católico. Vicentino de Itajubá - Minas Gerais - Brasil. Professor Doutor do Instituto Federal Sul de Minas - Pouso Alegre.‘Autor do livro ‘Mensagens Infantis Educativas’ – Editora Cleofas.



publicado por Luso-brasileiro às 10:29
link do post | comentar | favorito

HUMBERTO PINHO DA SILVA - CONNOSCO É DIFERENTE !

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Que alegria, que contentamento, que felicidade, se encontra estampado nos olhos da mãe, ao pegar, pela primeira vez, o recém-nascido! …

Ele é tudo, para ela. Quantas horas mal dormidas irá passar? Quantas horas de aflição? Quantas horas de angústia? Porque: o filho amado, está com: febre; não come: rejeita medicamentos; feriu-se gravemente, e chora de dor…

Mas, tudo passa, ao ver o sorriso inocente; o gesto de ternura; a gracinha comovedora do menino…

Deslumbrados com a maravilha – por eles criado, – amam-no de tal jeito, que darão a própria vida, para proteger, sua vida…

Assim, a criança, cresce, lentamente…Lentamente, cria laços de amizade: no infantário; depois na escola… mais tarde na vida…

E pouco a pouco, vai, com desgosto, verificando que os progenitores, não eram, como pensava: super-homens…

O adolescente, irreverente e desiludido, procura, agora, afastar-se. Além de “ignorantes”, os pais, ainda são retrógrados…velhotes, “coroas”…

Em desespero, a mãe, numa tentativa de o prender, encobre-lhe leviandades, paparica-o, e chora baixinho, para que o pai não a ouça… e não ralhe.

Mas a “criança”, agora adulto, tem ânsias de liberdade: libertar-se das amarras paternas… Mostra-lhes vontade imperiosa de navegar… de ser livre…

E, enquanto cresce, desenvolve-se, e se torna homem, os pais, envelhecem… Surgem-lhes as primeiras rugas e adiposidades indesejáveis; achaques próprios da idade; reumatismo; perdas de memória; enfim: chega a caturrice…

Cansado de cuidados e recomendações paternas, começa a censurá-los: o modo como vivem: hábitos antiquados, que os domina; tiques e trejeitos…

E os pais, sempre a envelhecerem… e a paciência do filho, sempre a esgotar-se….

Farto de escutar: velhos e conhecidos episódios; gracinhas de infância; e de os ver adormecer, diante da TV, e nos transportes públicos; de tanta rabugice e caturrice, a “ criança”, que tanto amaram, agora considera-os: dementes, incapazes; e passa a escolher-lhes: a roupa que vestem; a comida que comem; os remédios, que tomam; as horas de dormir e passear…

Apesar do coração paterno chorar tristemente de dor; e a alma continuar jovem… (em corpo velho); os progenitores, tudo perdoam… porque muito amaram…. E muito lhe querem…

Um dia – o dia sempre chega, – partem…para não mais voltarem…

Então, o filho, recorda com tristeza: tempos antigos; conversas e carinhos; conselhos mal ouvidos. E o coração constrangido, começa a chorar de saudade…

Só agora, repara, assombrado, que o seu próprio filho, que pensava ser diferente, porque educara-o com muito amor, está a percorrer as mesmas fases, que ele passou…

Isto é a vida! … A vida, que sempre se renova; mas que é sempre igual…

E nós que pensávamos, que, connosco, seria diferente! …

 

 

 

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA   -    Porto, Portugal



publicado por Luso-brasileiro às 10:21
link do post | comentar | favorito

mais sobre mim
arquivos

Julho 2024

Maio 2024

Março 2024

Fevereiro 2024

Janeiro 2024

Dezembro 2023

Novembro 2023

Outubro 2023

Setembro 2023

Agosto 2023

Julho 2023

Junho 2023

Maio 2023

Abril 2023

Março 2023

Fevereiro 2023

Janeiro 2023

Dezembro 2022

Novembro 2022

Outubro 2022

Setembro 2022

Julho 2022

Junho 2022

Maio 2022

Abril 2022

Março 2022

Fevereiro 2022

Janeiro 2022

Dezembro 2021

Novembro 2021

Outubro 2021

Setembro 2021

Julho 2021

Junho 2021

Maio 2021

Abril 2021

Março 2021

Fevereiro 2021

Janeiro 2021

Dezembro 2020

Novembro 2020

Outubro 2020

Setembro 2020

Agosto 2020

Julho 2020

Junho 2020

Maio 2020

Abril 2020

Março 2020

Fevereiro 2020

Janeiro 2020

Dezembro 2019

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Agosto 2019

Julho 2019

Junho 2019

Maio 2019

Abril 2019

Março 2019

Fevereiro 2019

Janeiro 2019

Dezembro 2018

Novembro 2018

Outubro 2018

Setembro 2018

Julho 2018

Junho 2018

Maio 2018

Abril 2018

Março 2018

Fevereiro 2018

Janeiro 2018

Dezembro 2017

Novembro 2017

Outubro 2017

Setembro 2017

Agosto 2017

Julho 2017

Junho 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

favoritos

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINEL...

pesquisar
 
links