PAZ - Blogue luso-brasileiro
Sábado, 21 de Setembro de 2019
MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE - PÁGINA DO EVANGELHO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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A moça adentrou a Catedral com olhos doloridos, mas sem perder o brilho. Não a conhecia, apenas fora informada de que viria. Seu porte tristonho, mas sem dobras.
Noite de reflexão e prece com o Padre Jean-Marie Laurier do Instituto Nossa Senhora da Vida, fundado na França pelo Beato Frei Maria-Eugênio do Menino Jesus, OCD. Quando vem ao Carmelo São José, o Padre Jean-Marie, da sabedoria e alma generosa, se encontra com integrantes da Pastoral da Mulher/ Magdala e do Grupo de Bocha Paralímpica. O Prof. Jorge Romualdo, da bondade que salva, faz parte dos dois grupos e os aproximou na claridade de Deus que abençoa muito além dos limites e dos preconceitos do mundo em que vivemos. O seminarista Edisandro Lima Rocha, de nossa Diocese, o acompanhou.
A moça, Tiana de Oliveira, veio para uma oração pelo filho, Walisson de Oliveira Lima, de quem se despedira há poucos dias. O Walisson nasceu com Distrofia Muscular de Duchenne. Com o passar dos anos, seus movimentos foram se reduzindo. Não desistiu. Era dedicado aos esportes paralímpicos. Venceu, como guerreiro, a fraqueza dos músculos, dedicando-se aos estudos e à bocha paralímpica. Venceu através da coragem, dos sonhos infindos e da admiração e carinho dos seus. Sua mãe foi sua grande parceira-anjo nas conquistas e permanece na luta com os portadores de DMD.
O Prof. Romualdo me contou que, antes da despedida, em leito do hospital, o jovem pediu à mãe que elevasse seu braço, já sem resistência para isso, até próximo do rosto dela. Ao atender sua súplica, acariciou-lhe  a face, agradeceu as décadas de cuidado e amor e, logo em seguida, partiu.
A Tiana manteve-se da firmeza necessária e, depois disso, na noite em que a conheci, buscou o consolo na Palavra e em meio a outros atletas, companheiros de seu filho, ou seja, permaneceu em pé. Para quem assume sua história, com olhar no Céu, não há obstáculo que acovarde. Dentre as postagens de seu Facebook, que me emocionam: “Vai, meu amor, voa. Hoje você tem asas, é livre para seguir. Só não esqueça que eu te amo!”
No dia seguinte, o Padre Jean-Marie comentou com a Madre Maria Madalena de Jesus Crucificado, do Carmelo São José, que o encontro da noite anterior fora como uma página do Evangelho.
Tenho pensado sobre aquela noite: o Deus da Esperança afagou os corações doloridos e disse de Ressurreição.
 

 

 

 

MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE -

 Professora e cronista. Coordenadora diocesana da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala. Jundiaí, Brasil.

 



publicado por Luso-brasileiro às 10:18
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Quinta-feira, 19 de Setembro de 2019
JOSÉ RENATO NALINI - O PONTO FRACO, DA CLAVA FORTE

 

 

 

 

 

 

 

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O Brasil dos contrastes e dos paradoxos não chegou a um consenso a respeito da excessiva judicialização em que se viu mergulhado.

Os ufanistas sustentam que este é o magnífico resultado de uma Constituição Cidadã que acreditou no sistema Justiça e escancarou suas portas, antes reservadas a poucos. Hoje, há sempre um juiz pronto a apreciar as demandas e a assegurar a fruição de direitos que, sem tal providência judicial, restariam como promessas descumpridas.

Saudável, portanto, alcançar-se a cifra de mais de cem milhões de processos. É um termômetro democrático do qual o Brasil deve se orgulhar.

Mas tudo tem um outro lado. Para uma parcela de preocupados com esta inflação de demandas judiciais, o quadro é patológico. Irreal e kafkiana a situação de uma República em que, aparentemente, todos estão litigando contra todos. É muito fácil concluir assim: se cada processo tem ao menos duas partes, autor e réu, quando se fala em cem milhões de processos está-se a considerar um litígio que envolve duzentos milhões de brasileiros. É um verdadeiro absurdo! Sem considerar que um dos benefícios que a Constituição de 1988 produziu foi o alargamento da legitimidade processual, com ações coletivas e a possibilidade de inúmeras pessoas ocuparem o polo ativo de uma única ação. Essa potencialidade alcançaria número ainda maior de litigantes.

Mas não é só. Os processos começam aos milhares a cada dia. Solucionam as questões neles contidas?

É só indagar para os deserdados da Justiça, os órfãos das decisões que encerraram o processo, mas não resolveram o conflito. Número considerável de feitos chega à resposta final com fórmulas processuais. Não se atingiu o âmago da controvérsia. Ele resta lá, deixando pessoas insatisfeitas, ressentidas e frustradas.

Sem falar que a duração dos processos é indefinida. Há um direito fundamental do cidadão ao andamento razoável do processo e também à fruição de todos os instrumentos essenciais a que ele chegue a termo. Só que o sistema judiciário brasileiro é bastante sofisticado. O apreço ao chamado “duplo grau de jurisdição” levou ao paroxismo de um “quádruplo grau de jurisdição”. Nesse percurso, mais de cinquenta oportunidades de reapreciação do mesmo tema podem ocorrer, diante de um sistema recursal caótico. Costumo dizer aos alunos que os contratos de prestação de serviços advocatícios serão preferencialmente cumpridos pelos sucessores. Ou das partes, ou até mesmo dos profissionais que são os únicos providos de capacidade postulatória.

Onde estão as falhas?

Isso depende do ângulo pelo qual se observe o fenômeno. Conceda-se espaço para os que estão satisfeitos com a situação. Para estes, não há falhas. Tudo funciona a contento.

Para outros, o fenômeno resulta do excesso de Faculdades de Direito. O Brasil possui mais faculdades de direito do que a soma de todas as outras existentes no restante do planeta. A diplomação de milhares de bacharéis implica em crescimento ao infinito de advogados e também das chamadas carreiras jurídicas. E o ensino do direito é o ensino da litigância. O processo é uma arena de astúcias, onde sobrevive o mais esperto, o mais diligente, às vezes – não raro – o mais ardiloso.

Alguns pensadores se preocupam com a intensa tutela estatal sobre a população. Ninguém consegue mais discutir um problema sem leva-lo a juízo. Não se questiona essa deficiência ética de não se cumprir a palavra empenhada, de não honrar as obrigações, por se confiar na atuação judicial.

Uma Democracia Participativa reclama cidadão partícipe. Cidadão que observe espontaneamente a lei, que possa dialogar com o adverso, desnecessário chamá-lo à barra dos tribunais.

Assim é que a atual situação brasileira em nada contribui para despertar a consciência cívica dos indivíduos, capacitando-os ao exercício da cidadania. Quem não consegue resolver questiúnculas da vida rotineira não terá condições também de influenciar a gestão da coisa pública. E isso explica muito sobre a atual situação desta sofrida República.

E outro aspecto pode ser também relevante para equacionar o tema. O prolongamento das ações judiciais, a imprevisibilidade das decisões, à falta de precedentes que preponderem nas várias instâncias, a criatividade e o voluntarismo de alguns, assusta os investidores internacionais.

O Brasil tem urgência de capital externo e algo que amedronta aquele que poderia auxiliar nossa Pátria a deixar a sua fragílima condição é justamente o funcionamento singular de nossa Justiça. Passivos trabalhistas, gula fiscal e tributária, insegurança jurídica e uso indiscriminado de uma principiologia à la carte, formam um quadro que põe em fuga quem poderia se tornar parceiro.

Solucionar tudo de uma vez é impossível. Mas não é demais pensar em revisão dos sistemas de recrutamento dos profissionais das carreiras jurídicas. Exigimos erudição e capacidade de memorização, quando precisamos de servidores – sim, juízes, promotores, defensores, procuradores, delegatários, são todos servidores do povo – que não se esqueçam de que Justiça é ferramenta para solucionar problemas. Não para institucionalizá-los. E que todos esses detentores de parcela da soberania estatal são também destinatários do comando fundante de edificar uma pátria justa, solidária e, se possível, fraterna.

O ponto fraco da “clava forte” brasileira está na preservação de esquemas anacrônicos e superados de seleção daqueles que têm a missão de fazer com que a Justiça prevaleça, não que se converta em mais um fator de desalento para o brasileiro sacrificado que mostrou recentemente não mais confiar nas suas velhas instituições.

 

 

 

 

JOSÉ RENATO NALINI  é Reitor da Uniregistral, ex-Secretário da Educação do Estado de São Paulo – 2016/2018 e Presidente da Academia Paulista de Letras – 2019/2020.



publicado por Luso-brasileiro às 15:07
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PÉRICLES CAPANEMA - A FOSSILIZAÇÃO DAS SOCIRDADES COMUNISTAS

 

 

 

 

 

 

 

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Faz falta clareza solar a respeito da relação entre sociedades fósseis e comunismo. Em ampla proporção o comunismo caiu na Europa Oriental pela paradeira prevalente em grandes faixas do público. O sistema gestava estagnação, difundia o torpor, causava sensação de imobilidade. Em especial, socava goela abaixo letargia e fechamento de horizontes pessoais para a juventude e para os setores mais talentosos do público, enquistados em todas as faixas, desde o operariado até as camadas letradas. Fossilizados os regimes, na decomposição, aquilo explodiu como um cadáver apodrecido. Uma vez mais, a utopia, cega à natureza humana, gerou o desastre. Outro título possível para o artigo: A fossilização das sociedades igualitárias. Ainda: A fossilização das sociedades coletivistas. No caso, é a mesma coisa, igualitarismo, coletivismo, comunismo. Horizontes fechados, poucas aspirações, pouco consumo, o atraso levando à involução.

 

É o que oferecem ainda hoje os petistas ao Brasil, petrificados na utopia perversa, desde os mais radicalizados até os proclamados moderados e setores que são seus companheiros de viagem ou inocentes úteis. De outro modo, suas iscas na realidade acarretarão a fossilização, por via rápida ou gradual. Lembra a velha disputa entre jacobinos, os radicais, e girondinos, os moderados, na Revolução Francesa.

 

O petista Rui Costa, reeleito governador da Bahia, tenta agora tornar viável a amarga receita tóxica, que vem envenenando povos há mais de século, girondinamente colocando nela água e açúcar. Em entrevista à Veja (Páginas Amarelas, 18.9.19) dá o tom da política que espera vencedora: “O certo era ter apoiado o Ciro Gomes lá atrás. Nenhuma outra liderança teria condições de superar o antipetismo”. Contudo, o político soteropolitano continua namorando o chavismo, disparado na via jacobina: “Assim como considero um exagero dizer que o Brasil é uma ditadura, não tenho elementos para classificar a Venezuela dessa forma”.

 

Rui Costa vem afivelando bem a máscara do moderado, com ela espera desfilar a partir de agora na Sapucaí da política. E não está só, vários outros dirigentes do PT apostam no mesmo recurso, como entre outros, Jaques Wagner e Camilo Santana. De começo, para não parecer um dinossauro, evita propor estatização, menina de olhos da esquerda: “O cenário mundial mudou. É preciso um novo olhar sobre gestão pública. Nos governos petistas, sistemas de água e esgoto foram financiados pela União. Não é possível replicar isso hoje. Devemos abrir os horizontes. Na Bahia, por exemplo, eu já tenho uma política para atrair negócios em parcerias público-privadas”.

 

Quem diria, um petista proclamando que estatização é para gente de horizontes acanhados. Tem razão, ainda que tardia, é para quem favorece atrofia nas personalidades, anemia na economia e fossilização social. Só que antes não se sentiam obrigados a exprimir o óbvio.

 

Finalmente, o governador baiano avisa que, postas certas condições, não recusaria candidatura presidencial em 2022: “Hoje, quero construir com outras lideranças essa alternativa [um projeto de país, seja lá o que isso possa significar]. Mas é óbvio que, se digo que estou disposto a construir algo, então estou disposto a assumir qualquer tarefa”.

 

Espumou imediatamente a Comissão Nacional Executiva do PT, para Rui Costa atitude conveniente, pois consolida sua imagem de moderado. Respigo dois pontos da nota: “O eventual apoio do PT a Ciro Gomes, se à época já não se justificava porque nunca foi intenção dele constituir uma alternativa no campo da centro-esquerda, hoje menos ainda, dado que ele escancara opiniões grosseiras e desrespeitosas sobre Lula, o PT e nossas lideranças”. Continua o órgão dirigente petista defendendo Nicolás Maduro: “Nossa visão sobre a Venezuela considera primeiramente que o país vizinho se encontra sob criminoso embargo econômico e tentativa de intervenção militar estadunidense (com apoio do governo Bolsonaro), o que denunciamos em todos os fóruns”. O PT, petrificado, ORCRIM em tantos episódios recentes nossa história, porta-bandeira ufano do atraso, sonha dia e noite em impor o bolivarianismo.

 

Pela via girondina, com a hoje provável vitória kirchnerista, a Argentina será gradualmente empurrada rumo à situação venezuelana. Estamos imunes a tal quadro? Óbvio, não. A volta do PT ao Planalto, por meio de suas alas jacobinas ou girondinas, é a ameaça mais próxima de fossilização social para o Brasil, no que terá apoio entusiástico da CNBB, CPT, MST e forças afins. No exterior, virão apoios da China e da Rússia, que já vêm sustentando a tirania chavista. E aí, fuga de capitais, consumo em frangalhos e generalização da miséria.

 

Tal ameaça é potencializada pelo mantra generalizado de que é preciso diminuir as desigualdades sociais no Brasil. De acordo, é política saudável, necessária e urgente, desde que colocadas certas premissas. Como tais balizas quase nunca são colocadas, o mantra na prática bafeja a fossilização.

 

Para que a sociedade tenha igualdade proporcionada (lembro Aristóteles) ou, se quisermos, desigualdades harmônicas, é mais urgente hoje favorecer a plenitude, sinônimo de vida. Estimular as potencialidades da vida em todos os âmbitos, moral, institucional, econômico. E com isso, pela mais ampla aplicação do princípio da subsidiariedade, fortalecer a sociedade em relação ao Estado. Um choque de fundo perpassa o Brasil, plenitude versus atrofia. A aplicação das receitas comunistas, puras ou em solução diluidora, inibe o impulso rumo à perfeição, que é a atração pela plenitude.

 

Meses atrás publiquei livrinho de contos sob o título “Brigo pelos homens atrofiados”, utilizando o pseudônimo Zeca Patafufo, que tratava desse tema. Na historinha, o personagem Adamastor Ferrão Bravo advertia figuras do governo dos Estados Unidos, desenhando ampla visão de conjunto, da qual retiro o seguinte e já peço perdão pela extensão do texto: “O coletivismo cobra seu preço. Mesmo nos Estados Unidos seu perigo é maior que o do individualismo. Se estourarem guerras ou crises econômicas com recessão prolongada, aos olhos do público, o consumo, dado por excessivo, poderá ser restringido drasticamente por pilhas de medidas autoritárias; outro motivo para restrições, a degradação ambiental, que estaria atingindo níveis intoleráveis. E, então seria mais que normal para uma montoeira de gente, alegado o estado de necessidade, desrespeitar individualidades e, congruente, frear o desenvolvimento e, com isso, ficará forçoso rifar liberdades hoje existentes ▬ espaços de oportunidade e crescimento pessoal ▬, confrangimentos impostos até mesmo por autoridade mundial. Será meio de cultivo para correntes atreladas a ideias românticas da vida tribal, adeptas do pouco consumo, que de momento fazem a cabeça quase tão-só de pessoas do mundo universitário. Decrescimento e crescimento negativo viraram ali conceitos na moda. Essa batelada de disparates pavimenta a rota do apagão do homem”.

 

O que a torna viável o apagão? As sociedades fósseis.

 

 

 

 

 

 

PÉRICLES CAPANEMA - é engenheiro civil, UFMG, turma de 1970, autor do livro “Horizontes de Minas"

 



publicado por Luso-brasileiro às 15:00
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FELIPE AQUINO - QUAL SERÁ A MINHA VOCAÇÃO E A MINHA PROFISSÃO?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Deus nos criou para uma missão neste mundo; e para isso nos dotou de talentos adequados para cumpri-la. Quando realizamos o desejo de Deus, então, somos felizes porque nos sentimos realizados e úteis. Então, é fundamental descobrir a nossa vocação.

Quando você realiza sua vocação, dá sentido a sua vida. Cada pessoa é chamada (vocação vem do latim ‘vocare’ = chamar) por Deus a ter uma vida realizada e plena.

Tomar consciência de que a vocação é um chamado de Deus à vida deve nos alertar de como viver bem esta vida que nos foi dada não só como um presente, mas também como missão.

Vocação é diferente de profissão, embora possa haver uma interface entre ambas. A sua profissão é definida por suas aptidões, já a vocação define um “estado de vida”; é algo mais profundo dentro de você; é algo “existencial”, compreende toda a sua pessoa, toda a sua realidade psicológica, mental e espiritual.

Há jovens que têm dúvida em discernir sobre a sua vocação, especialmente se vão se casar ou serem consagrados e celibatários. Essa é uma questão fundamental. Quem tem um desejo muito forte de se casar, ter filhos, constituir uma família, então, deve seguir esse caminho e nele servir a Deus como bom pai, boa mãe, bom esposo (a), bom profissional, etc.

 

 

 

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Leia também: Como discernir a vocação?

3 pontos para levar em consideração ao discernir a vocação

Qual a vontade de Deus para o trabalhador?

Qual a vontade de Deus para minha vida?

A santidade é a vocação do cristão

Amar o trabalho para ser feliz…

Oração pelas vocações

 

 

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Os que são chamados por Deus para o sacerdócio, ou para uma vida religiosa celibatária, terão mais atração para esta opção do que para o casamento. Deus coloca no coração da pessoa este desejo, embora ele tenha de cultivá-lo com sua graça, oração, etc. Evidentemente a decisão deve ser tomada com um bom conhecimento do que seja tanto a vida conjugal quanto a celibatária de um consagrado a Deus. E nisto muito ajuda a orientação espiritual de uma pessoa madura.

Quem deseja seguir a vida religiosa deve estar ciente de que fará uma “entrega radical” de sua vida a Deus e a seu Reino, sem viver para si mesmo e para uma família. Será como Jesus, “alter Christus”, um outro Cristo, que disse que não tinha “nem onde reclinar a cabeça”; isto é, nada possuía, era desapegado de tudo, vivia só para Deus. Sua vontade era “fazer a vontade do Pai” (João 6,30), este era “seu alimento” (João 4,32). Quem deseja seguir esta vocação deve estar ciente de que deve “dar a vida para ganha-la” (Mt 16,24), como o grão de trigo que morre na terra para dar fruto (João 12, 24). É uma “chamada radical” e que não admite meio termo, sob pena da pessoa ficar frustrada.

Já para a vida conjugal, é necessário o discernimento para verificar se há o desejo sincero de dividir a sua vida com alguém, de forma exclusiva, na fidelidade ao outro em todos os instantes até a morte, vivendo para ele e para os filhos.

Então, para o bom discernimento da vocação é preciso que você olhe para você mesmo com olhos abertos, sem medo e sem se esconder de você mesmo. E peça a Deus que o ajude a se conhecer. Se você se confrontar com você mesmo, então se conhecerá e não se iludirá.

Escolhido o caminho a seguir, então, vá em frente com determinação, atento aos acontecimentos, em direção àquilo que se sente chamado. Nesta caminhada você vai descobrindo se tem ou não as disposições exigidas pela realidade que escolheu.

Já na vida secular, para aquele que optou pelo casamento ou por uma vida celibatária no mundo, nem sempre é fácil escolher a profissão e muitos se enganam. Isso exige também que você se conheça com clareza; identifique seus talentos e aptidões. Não adianta, por exemplo, querer ser médico se você não pode ver sangue. Não adianta querer ser engenheiro se detesta física e matemática… Seja coerente.

Pode ser que um psicólogo (a) o ajude com testes vocacionais e orientações adequadas. Mas, acima de tudo é preciso “ouvir o coração”: o que você gosta de fazer? Quais são as suas aptidões e interesses? Também saiba ouvir os outros que estão perto de você. Muitas vezes as pessoas identificam os nossos valores e talentos e os revelam a nós.

 

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Assista também: Como discernir minha vocação? Algumas vezes somos obrigados a tomar uma decisão difícil para mudar o rumo de nossa vida profissional, quando sentimos que não gostamos do que estamos fazendo, do trabalho que realiza, etc. Eu mesmo mudei radicalmente o rumo de minha vida aos 20 anos de idade quando já estava às vésperas de receber a espada de oficial do Exército na Academia Militar. Eu sentia que não era o meu interesse, o meu gosto, por que eu queria ser professor. Então, deixei a Academia e fui ser professor universitário, o que fiz durante 40 anos. E fui e sou feliz nisso, ensinando.

Para o cristão, o discernimento da vocação ou da profissão, exige a oração, a relação de intimidade com Deus, pois foi Ele quem o criou e deseja que você se realize. Não podemos esquecer do que Jesus disse: “Sem mim NADA podeis fazer” (João 15,5).

 

 

 

 

FELIPE AQUINO Escritor católico. Prof. Doutor da Universidade de Lorena. Membro da Renovação Carismática Católica.

 



publicado por Luso-brasileiro às 14:48
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PAULO R. LABEGALINI - PAZ, FÉ, AMOR E ESPERANÇA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quatro velas estavam queimando calmamente quando uma delas disse: ‘Eu sou a Paz! Apesar da minha luz, as pessoas não conseguem manter-me acesa. Acho que vou apagar...’ E diminuindo devagarzinho, apagou.

A segunda vela falou: ‘Eu me chamo Fé! Infelizmente quase ninguém me percebe e não faz sentido eu continuar queimando.’ Assim que também apagou, a terceira vela se manifestou: ‘Sou o Amor! Não tenho mais forças para queimar porque ninguém cuida de mim.’ E, sem demora, perdeu toda a luz.

De repente, entrou uma criança na sala quase escura, viu as três velas apagadas e perguntou chorando à quarta vela: ‘Por que as outras não estão queimando até o fim?’ Ouviu, então, a resposta: ‘Não tenha medo de ficar no escuro, criança. Eu sou a Esperança e, enquanto eu estiver acesa, poderemos acender também a Fé, a Paz e o Amor.’

Com esta história, pretendo hoje desenvolver a alegria de viver em cada um de nós e, sem esperança na Misericórdia Divina, isso seria impossível. Desde que a ‘Vela da Esperança em Deus’ nunca se apague dentro do nosso coração, poderemos continuar caminhando – crescendo na fé, espalhando o amor e buscando a paz.

Mas, o correto não seria o inverso? Não teríamos que primeiro cultivar a fé, plantar o amor e pregar a paz para termos mais esperança na salvação? Acompanhe antes esta outra história e voltaremos ao assunto:

Dois irmãos moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, mas, por desavenças, não se falavam há anos. Certa manhã, um carpinteiro veio procurar emprego na casa do irmão mais velho e logo recebeu uma missão do proprietário: construir uma cerca bem alta, de modo a separar definitivamente as terras da família.

Na semana em que o carpinteiro trabalhou, o dono da fazenda fez uma viagem de alguns dias e, quando voltou, ao invés da cerca, avistou uma linda ponte sobre o riacho – ligando as duas propriedades. Enfurecido, pegou o machado e foi se aproximando para destruí-la, quando percebeu que seu irmão mais novo vinha feliz em sua direção, gritando: ‘Que gesto maravilhoso, mano! Esta ponte veio para nos unir definitivamente!’

Após se abraçarem demoradamente, foram atrás do carpinteiro para lhe agradecerem pelo excelente serviço e convidá-lo para uma grande festa em família, mas, olhando o horizonte e com a caixa de ferramentas nas mãos, o bom homem lhes disse: ‘Eu adoraria ficar, mas ainda tenho muitas outras pontes a construir!’

Agora, já dá para concluir a ‘ordem das coisas’? É preciso sempre ter esperança para colher bons frutos ou é plantando o bem que crescerá em nós a esperança? Eu penso que tanto faz, pois as duas coisas andam juntas. Quando falamos na esperança da graça de Deus em nossas vidas, sabemos que ela só continuará existindo se Lhe apresentarmos boas obras, assim como toda boa obra realizada nos enche de esperança em chegar ao Céu, concorda?

No caso dos irmãos fazendeiros que brigavam, a ponte foi a obra necessária para manter a esperança de união definitiva da família e, no caso das velas que queimavam, foi a esperança que reacendeu a luz do amor, da fé e da paz na vida da criança; portanto, como lição geral, não é a ordem em que isso ocorre que importa.

E quando se perde a esperança, o que fazer? Eu diria: fortalecer-se na fé, receber muito amor e cultivar a paz! Basta agir com dignidade cristã que, aos poucos, a esperança volta para ficar e, voltando, faz crescer o sentimento essencial em nossas vidas: o amor! Santo Agostinho dizia que ‘o amor não se gasta como dinheiro; o dinheiro se esgota quando é usado, enquanto o amor cresce com o uso’.

É difícil separar uma coisa da outra, não? Se não desejarmos fazê-lo, basta não amarmos o pecado e, cada vez mais, nos santificaremos a ponto de evitarmos as coisas mundanas que nos afastam de Deus. É importante alguém dar esperanças a quem precisa; não apenas isso, mas principalmente falar com o coração à frente da boca, passando muita credibilidade nas palavras de paz, de amor e de fé.

Portanto, em qualquer ordem: viva construindo pontes de esperança ou de caridade; ame profundamente a chama da paz – para que nunca se apague; aumente a fé que está em seu coração, rezando o Terço todos os dias; e se, por engano, você for parar no inferno, o próprio diabo levará sua alma ao merecido lugar – já reservado, no Paraíso. Assim seja!

 

 

 

 

PAULO ROBERTO LABEGALINI - Escritor católico. Vicentino de Itajubá - Minas Gerais - Brasil. Professor Doutor do Instituto Federal Sul de Minas - Pouso Alegre.‘Autor do livro ‘Mensagens Infantis Educativas’ – Editora Cleofas.



publicado por Luso-brasileiro às 14:41
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HUMBERTO PINHO DA SILVA - QUANDO DOIS POLÍTICOS HONESTOS, SE ENCONTRAM

 

 

 

 

 

 

 

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A cena que vos vou contar, ocorreu há muitos anos, numa pequena povoação transmontana, com deputado de esquerda, e Presidente de Câmara, de partido de direita:

O Prof. Doutor Bragança Tender, deslocara-se, com sua comitiva, a Carrazeda de Ansiães, em plena campanha eleitoral, para persuadir os habitantes, a votarem no: “PS”.

Como Homem honesto e respeitador, que era, dirigiu-se à Câmara, para cumprimentar o Presidente.

Conversaram, amigavelmente, sobre os problemas do concelho, e o que se tinha feito para minimizar o abandono em que a Vila havia mergulhado.

No final da cordial visita, o deputado, declarou: pelo que ouvira e vira, nada havia a criticar. Pena era, que, como Câmara do “ CDS”, favorecesse os correligionários, em detrimento dos outros.

O Presidente nada argumentou. Mandou chamar os variadores, e após as apresentações, cada um falou do seu pelouro.

Ao terminarem a dissertação, virou-se para Bragança Tender, e, disse enfaticamente:

- “ Destes, que aqui estão, só um é do meu partido. Prefiro competência e honestidade, a cores partidárias…”

Admirou-se, o Professor, de tal procedimento, e retirou-se pensativo.

Durante o comício, realizado na Vila, o ilustre deputado, após apresentar o programa do partido, concluiu:

“ - Não voto aqui, mas se fosse eleitor, sabem em quem escolheria para Presidente da Câmara?!”

Fez-se profundo silêncio. Esperava-se, ansiosamente o anúncio do candidato socialista, para vir a dirigir o destino do concelho; mas…após prolongada pausa, concluiu:

“- No atual Presidente! …”

O reputado Professor, há muito que faleceu; mas, sua honestidade e patriotismo, permanecerá, para sempre na memória dos que o ouviram.

Militar num partido, não devia ser meio de obter emprego ou cargo rendoso; mas, servir a nação, respeitar adversários, e reconhecer-lhes mérito, quando o há.

Infelizmente muitos militam nos partidos, não para servirem a Pátria, mas para se servirem…

              E acontece, tanto na esquerda, como na direita…

 

 

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA   -   Porto, Portugal



publicado por Luso-brasileiro às 14:08
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EUCLIDES CAVACO - GOTAS DE ORVALHO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



Mesmo as simples gotas de orvalho merecem ser cantadas em poesia e admiradas como maravilha da natureza.

Arte videográfica de Afonso Brandão.
 
 
 


https://www.youtube.com/watch?v=xQ4jZm74BPs&feature=youtu.be
 
 
 
 
 
Desejos dum excelente fim de semana
 
 
 
 
 

EUCLIDES CAVACO  -   Director da Rádio Voz da Amizade , Canadá.

 

 

 

***

 
 
 

 
 

O PARECER DA DIOCESE DO PORTO, SOBRE O CASO DA FREIRA ASSASSINADA EM PORTUGAL

 

 

 

 

Diocese do Porto | Voz Portucalense

https://www.diocese-porto.pt/pt/noticias/voz-portucalense
 
 
 
 
 

 

O bárbaro assassinato da Irmã Maria Antónia, em São João da Madeira, está a ter uma repercussão internacional fora do comum. Fundamentalmente, porque a Agência Fides, das Pontifícias Obras Missionárias, do Vaticano, deu a notícia de forma muito detalhada.

No mínimo, o martírio da «Irmã Tona» tem muito de paralelo com tantas mulheres, de todas as idades, que, na defesa da sua honra e dignidade, acabaram por pagar com a vida a resistência ao agressor depravado. Muitas foram mesmo declaradas beatas e santas. E este caso concreto obriga-nos a alguma reflexão social que sintetizo em três pontos.

Primeiro: se bem que, por natureza, todos sejamos “imagem e semelhança de Deus”, de facto, no comportamento, há verdadeiros monstros. Não sei se por culpa própria, isto é, se agem em liberdade, ou se sem responsabilidade moral, no caso das patologias mais graves. Seja como for, a sociedade tem a obrigação de os curar, se tal for possível, ou, no mínimo, de proteger os mais vulneráveis da sua ação devastadora. Neste caso concreto, não sei se se fez isso. Não sei se as prisões são centros de recuperação ou «escolas do crime requintado». Não sei.

Segundo: o sistema judiciário falhou redondamente. A dar crédito aos jornais, foi preciso duas tentativas (?) de violação, a juntar aos antecedentes criminais, para se emitir um mandado de captura do malfeitor. E a execução deste demorou tanto que, para a Irmã Antónia… já não foi a tempo. Alguém tem de ser responsabilizado por isto. Se é pouco previsível que o sistema judicial seja «chamado à pedra», pelo menos moralmente algumas pessoas hão de sentir-se culpadas pelo homicídio da religiosa.

Terceiro: com honrosa exceção da Câmara Municipal de São João da Madeira, nenhum político, nenhum (e nenhuma…) deputado desses radicais, nenhum organismo que diz defender os direitos humanos, nenhuma feminista veio condenar o ato. Nenhum e nenhuma! Porquê? Porventura porque, para elas (e para eles…) as vidas perdem valor se se tratar de pessoas afetas à Igreja. Sumamente, se defenderem a sua honra.

Critérios… Que, obviamente, não são os meus.

 

Da: " VOZ POUTUCALENSE"

 

 

 

 

 

 
 
 
 

NOTICIAS DA DIOCESE DO PORTO

 

 

 

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NOTICIAS DA DIOCESE DE JUNDIAÍ - SP

 

 

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Leitura Recomendada:

 

 

 

 

 

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Jornal católico da cidade do Porto   -    Portugal

 

Opinião   -   Religião   -   Estrangeiro   -   Liturgia   -   Area Metropolitana   -   Igreja em Noticias   -   Nacional

 

 

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Horário das missas em, Jundiai ( Brasil):

 

http://www.horariodemissa.com.br/search.php?opcoes=cidade_opcoes&uf=SP&cidade=Jundiai&bairro&submit=73349812

 

 

 Horário da missas em São Paulo:


http://www.horariodemissa.com.br/search.php?uf=SP&cidade=S%C3%A3o+Paulo&bairro&opcoes=cidade_opcoes&submit=12345678&p=12&todas=0

 

http://www.horariodemissa.com.br/search.php?uf=SP&cidade=S%C3%A3o+Paulo&bairro&opcoes=cidade_opcoes&submit=5a348042&p=4&todas=0

 

 

Horário das missas na Diocese do Porto(Portugal):

 

http://www.diocese-porto.pt/index.php?option=com_paroquias&view=pesquisarmap&Itemid=163

 

 

 

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publicado por Luso-brasileiro às 14:05
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Sábado, 14 de Setembro de 2019
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI - DIA DA CRUZ

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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  Em 14 de setembro, celebra-se o Dia da Cruz, em homenagem ao grande símbolo cristão.  Este dia pode ter nomes diferentes, dependendo da denominação ou crença religiosa. Para anglicanos e luteranos, o dia da Cruz é conhecido como Santo Dia da Cruz, mas também pode ser conhecida como Festa da Cruz Gloriosa.

 Na realidade, a tradição católica comemora nesta data a chamada Festa de Exaltação da Santa Cruz, onde diferente do que ocorre no feriado de Sexta Feira Santa, paixão de Cristo e crucificação, tem-se o objetivo de exaltar esse instrumento pelo qual se acredita que Jesus alcançou a vitória sobre a morte e os pecados.

Devemos refletir, por isso, sobre o mundo atual, marcado pelas desigualdades, egoísmos e injustiças, e passarmos a lutar contra as malesas reinantes.

Nessa trilha, invocamos Cora Coralina: “Se temos de esperar, que seja para colher a semente boa que lançamos hoje no solo da vida. Se for para semear, então que seja para produzir milhões de sorrisos, de solidariedade e amizade... (Cora Coralina).

 Busquemos entender a mensagem desta celebração para lutarmos intensamente por um mundo mais justo e fraterno, onde o respeito à dignidade humana possa ser sua característica máxima.

Aproveitemos assim para meditarmos sobre o grau de participação que estamos desenvolvendo na busca de um universo melhor para todos, procurando desvencilharmos da pesada carga de negligências, incompreensões, defeitos e individualismo que vêm assenhorando nossas mentes, impedindo-nos de contemplar a Verdade em razão da névoa de interesses materiais que tem cegado o entendimento quase geral das pessoas.  

Assim, aliados à nossa fé e à simpatia que temos por determinado credo precisamos alcançar uma convivência humana harmoniosa, na qual todos os seres humanos sejam respeitados, independentemente de sexo, raça, situação financeira e principalmente da crença que adotam.

Por inúmeras circunstâncias, nossa sociedade é marcada por gritantes contrastes, descasos, segregação, violência, crimes ambientais e uma série infindável de ocorrências que lesam e impedem a satisfação das mínimas aspirações populares. Esses quadros demonstram que a presença do Ser Superior na vida humana se faz necessária para propiciar o equilíbrio dos justos.

 

 

 

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Paciência e tolerância, essenciais à vida em sociedade.

 

 

 

O Dia da Compreensão Mundial, comemorado anualmente em 17 de setembro, objetiva conscientizar as pessoas sobre uma das principais características que a humanidade deve ter para que haja o máximo de paz, a compreensão. Sua proposta é justamente incentivar a reflexão sobre como  lidar com tantas diferenças formadas por vários fatores, como faixa etária, geração, cultura, religião, educação e etc. entre as pessoas e respeitar e procurar entender os sentimentos do próximo. A ideia é fazer com que todos os líderes de governo e sociedade em geral pensem e equilibrem os seus julgamentos com paciência e respeito aos outros e tornar as pessoas mais humanas e compreensíveis, tentando transformar o mundo em um lugar mais tranquilo para todos viverem. Além do mais,  “...cada problema começa a se resolver quando decidimos fazer do amor a lei da nossa vida...” (Mahatma Gandhi).

 

 

Preservação da Camada de Ozônio

 

 

A natureza, sabiamente, guarneceu o nosso planeta com a camada de ozônio. Ela funciona como um escudo que nos protege dos raios solares de intensidade mais elevada, perigosos e maléficos à vida. O homem tem lançado grandes quantidades de gás carbônico na atmosfera, o que está causando sua diminuição e o aquecimento em nível global, além de sérios transtornos ao clima e a todo o mundo em geral. Por isso, existe o Dia Internacional de Proteção à Camada de Ozônio, comemorado em 16 de setembro, data que marca o aniversário da ratificação do Protocolo de Montreal, ocorrido em 1987. O tratado visa à redução e à proibição de substâncias que a destroem, como os gases CFC, proibidos em 2000 e que eram muito utilizados em geladeiras. Quase todos os países assinarem esse documento. Os Estados Unidos e a China, duas potências mundiais, no entanto, não o fizeram tentando justificar seu ato impróprio através de alegações infundadas e extremamente materialistas.

 

 

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor da Faculdade de Direito do Centro Universitário Padre Anchieta de Jundiaí. Ex-presidente das Academias Jundiaienses de Letras e Letras Jurídicas

 

 

 

 

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ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS - MONARQUIA: POR QUE NÃO?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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No próximo dia 13 de julho, será realizado em nossa cidade o Primeiro Encontro Monárquico-Cultural de Piracicaba. Nele, fui convidado a discorrer sobre o tema “Monarquia: por que não?”. Procurarei mostrar que a maior parte das objeções levantadas contra essa forma (ou regime) de governo procede de meros preconceitos que não resistem a uma simples análise desapaixonada. Na verdade, a Monarquia é uma instituição antiquíssima, de eficácia comprovada nas mais diversas culturas do planeta, maleável e perfeitamente adaptável às atuais condições de vida dos povos de nações modernas e desenvolvidas do Primeiro Mundo, como Inglaterra, Japão, Canadá, Bélgica, Holanda, Suécia, Noruega, Dinamarca, Espanha e outras mais.

Habitualmente, os propagandistas da Monarquia mostram, numa perspectiva histórica, o desempenho excepcional do Brasil Império, sobretudo no reinado de D. Pedro II, em comparação com o triste saldo de 130 anos de instabilidade, de golpes, de contragolpes, com seis constituições, a última das quais, com 31 anos de idade, já sofreu mais de 100 emendas. Mais do que emendada, pode-se dizer que é remendada a atual Constituição brasileira.

Outros propagandistas conjugam essa análise histórica com argumentação teórica muito sólida, mostrando como, independente do caso brasileiro, em tese o sistema monárquico tem condições de funcionar muito melhor do que o republicano. Meu livro “Parlamentarismo, sim! Mas à brasileira, e com Poder Moderador eficaz e paternal”, cuja 3ª. edição foi recentemente lançada em São Paulo, conjuga essas duas abordagens, a histórica e a da Teoria Política.

Outros, ainda, comparam, na atualidade, o desempenho das monarquias e das repúblicas em nossos dias, e daí tiram argumentos solidíssimos em favor das monarquias. Um amigo gaúcho. Dr. Fernando de Abreu e Silva, me encaminhou há poucos meses um interessantíssimo estudo muito bem feito, escrito por Mauro F. Guillén, professor de Sociologia da Universidade de Pennsylvania, que comparou o desempenho de 137 nações do mundo inteiro desde 1900 até 2010. O título do estudo é “Monarchies, Republics, and the Economy”. Foi um estudo exaustivo, que tomou em consideração não apenas a economia, como também os índices de atendimento às necessidades da população, as instituições políticas, sociais, de ensino, até mesmo índices de saneamento básico, de saúde, expectativa de vida, taxas de suicídios etc. etc. E, com aquela frieza e aquela exatidão desapaixonada dos verdadeiros acadêmicos (tão diferentes da pseudo-intelectualidade de esquerda do nosso país!) conclui que, de todos os pontos de vista, o desempenho das monarquias é incomparavelmente superior ao das repúblicas.

Nas repúblicas, muito dificilmente um homem público chega a simbolizar perfeitamente seu povo. O prazo de seu governo é curto demais para isso. Só mesmo em casos excepcionais isso se dá. Durante a II Guerra Mundial, sem dúvida De Gaulle simbolizou a França e conseguiu encarnar as virtudes do povo francês de modo muito intenso. Mas, terminada a Guerra, cessaram as condições excepcionais e ele retornou ao panorama nas dimensões normais de um presidente de república. Em poucos anos estava desgastado. Pouco restou daquela aura fantástica que o envolvia quando, durante a guerra, ele lançava suas proclamações entusiásticas e entusiasmantes pelo rádio, conclamando o povo francês a resistir contra os invasores nazistas: “Moi, je suis la légitimité, je suis la France!”

Com as monarquias, é muito diferente. Um monarca reina, em princípio, até morrer, depois é seu filho, depois é seu neto e daí por diante. Esse longo convívio de um povo com uma dinastia produz um efeito muito singular. O próprio das dinastias é que elas de tal forma se conjugam através dos séculos e das gerações com seu povo e com seu país que acabam, num curioso processo de reversibilidade, sendo influenciadas por seu povo ao mesmo tempo em que formam e educam esse povo. De um lado, os monarcas adquirem as características daquele povo de modo admirável, e se transformam em protótipos ou até em arquétipos dele; e de outro lado formam aquele povo e lhe imprimem como que algo da fisionomia própria da respectiva estirpe. Tudo, numa interação perfeita. O monarca e a nação contraem algo a maneira de um casamento místico, constituindo como que uma só carne e um só sangue.

Isso que estou afirmando pode parecer poesia, pode parecer retórica, mas é a mais pura verdade. Fica para outra ocasião desenvolver mais esse tema.

 

 

 

ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS é licenciado em História e em Filosofia, doutor na área de Filosofia e Letras e professor da Unisul. Também é Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Academia Portuguesa da História.

 



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CINTHYA NUNES - CORES DA PRIMAVERA

 

 

 

 

 

 

 

 

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            Uma de minhas estações do ano preferidas, a primavera é uma festa. Embora nem sempre venha com as temperaturas amenas que a tornariam muito melhor, é um período repleto de beleza e poesia visual. Mesmo em uma cidade grande e cinza como São Paulo há uma grande variedade de flores que se revelam em copas de grandes árvores, em moitas ou mesmo em pequeno vasos.

            Os ipês são um espetáculo à parte. Espalhados em muitas cidades e estradas, parecem como buquês em escala gigante, explodindo em cores e formas. Quando eu morava no interior, na cidade de Araras, ficava maravilhada por estar em uma avenida lindamente arborizada por ipês cor-de-rosa. Quando floresciam, todos juntos, forravam o pavimento com as flores que iam caindo e enfeitavam o céu com as que nasciam nas primeiras horas da manhã.

            Aqui em Sampa continuo cercada por essas árvores magníficas, mas agora são os amarelos, em sua maioria e alguns brancos. Na frente de casa mesmo temos uma árvore vovozinha. Pequena e mirrada, tem mais de 50 anos e em algumas primaveras temos um volume um pouco maior de flores, mas, já meio ranzinza, resolve não mostrar suas cores e permanece dormente, como nesse ano, por sinal. Fico um pouco frustrada porque tendo um ipê para chamar de meu, não posso contempla-lo  em toda sua glória.

            No quarteirão de casa, por outro lado, há um ipê branco que esnoba suas amigas árvores. Trata-se de uma planta já muito bem formada, com copa ampla e imponente. Durante a primavera ele floresce de duas a três vezes, radiante, ficando parecido com algodão doce ou com uma pequena nuvem amarrada por um cabo de madeira. Impossível lhe ser indiferente e, como se soubesse disso, deita as flores pelo chão, formando um suntuoso e alvo tapete. É muito comum ver pessoas tirando fotos desse ser maravilhoso, por certo no desejo de eternizar o que dura tão pouco.

            Curiosamente, hoje, dia em que escrevo esse texto, ocorreu um fenômeno que me parece curioso. Como se tivessem combinado, dezenas de ipês brancos amanheceram completos em flor. Como donzelas vestidas de noiva, as árvores extrapolaram, com flores tão brancas que pareciam glaciais. Algo impossível de ignorar, de não admirar.

            Há alguns meses descobri que há ipês verdes e fiquei encantada com isso. Somente os imaginava rosas, roxos, amarelos e brancos e desconhecia a existência de outras variações. A paleta de cores da natureza é muito maior e melhor do que podemos supor e ela sempre pode nos surpreender positivamente.

            Penso que os ipês são, além de belos, um exemplo de que é preciso ter olhos e sensibilidade para amar as coisas pelo tempo no qual existem e que não importa o quanto se seja belo, um dia tudo se vai. Passadas as flores, os ipês são como simples árvores, destituídas de algum outro traço de especial beleza. Essas árvores nos ensinam que não há tempo a perder, pois as flores não estarão sempre a esperar pelo nosso olhar, que a vida corre a nossa revelia. Ainda nos ensinam que é preciso ter paciência, que antes de nos vestirmos de flores, precisamos perder todas as folhas e esperarmos a dádiva dos botões.

 

 

 

CINTHYA NUNES   -   é jornalista e advogada   - cinthyanvs@gmail.com



publicado por Luso-brasileiro às 16:58
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MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE - VINTE MIL PEDRAS NO CAMINHO

 

 

 

 

 

 

 

 

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“Vinte Mil Pedras no Caminho – A história de um piloto de avião que se tornou morador da Cracolândia” é a trajetória de Fabian Nacer, ex-usuário de drogas, narrada pelo jornalista e escritor brasileiro Jorge Tarquini.
A transparência em seu relato é surpreendente. Logo no início, questiona-se: “Até aos 12 ou 13 anos, acreditava no discurso adulto, de que a droga faz mal, vicia. Aos poucos, os amigos bacanas que não passam mal e nem parecem drogados ou viciados me provaram o contrário”. Surge, também, nessa idade, o desejo de não ser excluído do grupo, que lhe era próximo, e usava drogas. Prossegue: “Eu escolhi, por desconhecimento, por curiosidade e por pressão do grupo. E fiquei nela por 22 anos, para sair depois de doze quilos de maconha, dez quilos de cocaína, 20 mil pedras de crack, 250 LSDs, incontáveis chás de lírio e cogumelo, heroína, lança, seis anos de rua e vinte e cinco internações”. Paralelamente ao uso de drogas, vinha a compulsão por sexo. Procurava desconectar-se de sua existência na Terra e fazer tudo que viesse à sua cabeça, sem censura alguma.
Incrível como ele se assume arrogante e manipulador, principalmente em relação ao pai e à mãe para conseguir o que queria, embora considerasse que não se encaixava no novo casamento dos pais. Um outro problema apontado, ainda que não a culpe, é a mãe fisicamente presente e emocionalmente distante.
Viveu, segundo ele, uma adolescência, a mil por hora, sem medo, sem contenção, sem freio, sem se privar de nada. Cheirar cocaína era a maneira de atravessar o tempo ficando o mais longe possível de si mesmo e um dos grandes enganos: considerar que a pessoa que controla a droga, e não a droga que o controla.
O uso do crack o faz considerar que conhece o demônio. Sentiu nessa droga algo de espiritual para o mal. Segundo Fabian, a partir do crack “você passa a não ter necessidade de absolutamente nada: o demônio que encarna em você te preenche” e passa a viver duas manias: procurar no chão o que não caiu e ficar preocupado com o que não existe. Acreditava que era vigiado e monitorado por um “Exército Branco”.
Descobriu que carecia lutar contra si mesmo. Ele era o seu maior inimigo. Recaindo na real, afirma: “Dependente químico é um cara que sofre de autopiedade. Só que também é um manipulador, um mentiroso. É inimigo dele mesmo, pois tem um ego completamente destruído, um ego doente”. A partir dessa descoberta, fez o caminho de volta. Segundo Nacer não há outra alternativa.

 

 

 

 

MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE -

 Professora e cronista. Coordenadora diocesana da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala. Jundiaí, Brasil.

 



publicado por Luso-brasileiro às 16:52
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FELIPE AQUINO - QUER SABER COMO ERAM CELEBRADAS AS PRIMEIRAS MISSAS ?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Conheça um relato de São Justino escrito no primeiro século sobre como eram celebradas as primeiras missas. 

 

Antes de ler o relato da santa missa, é interessante saber um pouco da vida de quem o escreveu:

 

 

 

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Quem foi São Justino?

 

Justino, nasceu na Palestina, na cidade de Siquém, em uma família que não conheceu Jesus. Ele buscou com empenho em toda sua vida alcançar a verdade. Ele tinha essa sede e providencialmente pôs em sua vida um ancião que se aproximou dele para falar sobre a filosofia. E ele apresentou o ‘algo mais’ que faltava a Justino. Falou dos profetas, da fé, da verdade, do mistério de Deus e apresentou Jesus Cristo.

Justino se tornou um grande filósofo cristão, sacerdote, um homem que buscou corresponder diariamente a sua fé. E depois dos padres apostólicos, ele foi intitulado como o primeiro santo, padre. A Sagrada Tradição foi muito testemunhada nos escritos deste santo.

Por inveja e por não aceitar a verdade, um filósofo denunciou São Justino, que foi julgado injustamente, flagelado e por não renunciar a Jesus Cristo, foi decapitado.

 

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Leia também:
A Missa na História do Mundo

Onde eram celebradas as missas nos primeiros séculos?
Como era a Eucaristia no começo da Igreja?
A Missa: parte por parte
A Missa na Bíblia

 

 

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A celebração da Eucaristia

 

A ninguém é permitido participar da Eucaristia, a não ser àquele que, admitindo como verdadeiros os nossos ensinamentos e tendo sido purificado pelo batismo para a remissão dos pecados e a regeneração, leve uma vida como Cristo ensinou.

Pois não é pão ou vinho comum o que recebemos. Com efeito, do mesmo modo como Jesus Cristo, nosso salvador, se fez homem pela Palavra de Deus e assumiu a carne e o sangue para a nossa salvação, também nos foi ensinado que o alimento sobre o qual foi pronunciada a ação de graças com as mesmas palavras de Cristo e, depois de transformado, nutre nossa carne e nosso sangue, é a própria carne e o sangue de Jesus que se encarnou.

Os apóstolos, em suas memórias que chamamos evangelhos, nos transmitiram a recomendação que Jesus lhes fizera. Tendo ele tomado o pão e dado graças, disse: Fazei isto em memória de mim. Isto é o meu corpo (Lc 22,19; Mc 14,22); e tomando igualmente o cálice e dando graças, disse: Este é o meu sangue (Mc 14,24), e os deu somente a eles. Desde então, nunca mais deixamos de recordar estas coisas entre nós. Como que possuímos, socorremos a todos os necessitados e estamos sempre unidos uns aos outros. E por todas as coisas com que nos alimentamos, bendizemos o Criador do universo, por seu Filho Jesus Cristo e pelo Espírito Santo.

No chamado dia do Sol, reúnem-se em um mesmo lugar todos os que moram nas cidades ou nos campos. Lêem-se as memórias dos apóstolos ou os escritos dos profetas, na medida em que o tempo permite.

Terminada a leitura, aquele que preside toma a palavra para aconselhar e exortar os presentes à imitação de tão sublimes ensinamentos.

Depois, levantamo-nos todos juntos e elevamos as nossas preces; como já dissemos acima, ao acabarmos de rezar, apresentam-se pão, vinho e água. Então o que preside eleva ao céu, com todo o seu fervor, preces e ações de graças, e o povo aclama: Amém. Em seguida, faz-se entre os presentes a distribuição e a partilha dos alimentos que foram eucaristizados, que são também enviados aos ausentes por meio dos diáconos.

Os que possuem muitos bens dão livremente o que lhes agrada. O que se recolhe é colocado à disposição do que preside. Este socorre os órfãos, as viúvas e os que, por doença ou qualquer outro motivo se acham em dificuldade, bem como os prisioneiros e os hóspedes que chegam de viagem; numa palavra, ele assume o encargo de todos os necessitados.

Reunimo-nos todos no dia do Sol, não só porque foi o primeiro dia em que Deus, transformando as trevas e a matéria, criou o mundo, mas também porque neste mesmo dia Jesus Cristo, nosso salvador, ressuscitou dos mortos. Crucificaram-no na véspera do dia de Saturno; e no dia seguinte a este, ou seja, no dia do Sol, aparecendo aos seus apóstolos e discípulos, ensinou-lhes tudo o que também nós vos propusemos como digno de consideração.

Da Primeira Apologia a favor dos cristãos, de São Justino, mártir (Séc.I)
(Cap.66-67: PG 6,427-431)

 

 

 

FELIPE AQUINO Escritor católico. Prof. Doutor da Universidade de Lorena. Membro da Renovação Carismática Católica.

 



publicado por Luso-brasileiro às 16:38
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VALQUÍRIA GESQUI MALAGOLI - HISTÓRIAS PRA CONTAR

 

 

 

 

 

 

 

 

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            Penso que a engrenagem que faz girar a roda da vida e, portanto, movimenta esse mundão... seja o mundo paralelo de histórias que nesse aqui se tem pra contar. Histórias que, portanto, a gente conta. Histórias que, lá e cá, se cruzam.

            Cada um tem sua versão, uma de outra às vezes bem inversa, do mesmo acontecimento.

Ah, os pontos de vista!!! Quanto, não raro, um do outro dista!!!

Melhor nem entrar no mérito das histórias que, em paralelo do paralelo, não se conta(m). Nem a gente delas fala, nem elas próprias de si.

A gente fica calado, fechado que nem um coco, como se diz.

Isso (do coco) se pode dizer. O que o coco guarda... isso nem pensar.

Isso vai além do que diz a letra da canção, sucesso do Capital Inicial, quatro vezes você: “O que você faz quando/ Ninguém te vê fazendo/ Ou que você queria fazer/ Se ninguém pudesse te ver”.

Vai além, porque o que se faz, sim, é possível esconder do outro. Já o que se pensa... isso até de si mesmo é possível esconder.

Será?

Será que a gente é tão fingido a ponto de contar pra si mesmo uma lorota dessa proporção?

Você quer a resposta dissimulada ou a verdadeira?

Seja qual for sua resposta (expressando fielmente ou disfarçando seu querer) eu posso fingir também a minha. Podemos, ambos, em prol de uma suposta segurança, mentir a torto e a direito.

E, ambos, isto posto, fingimos acreditar.

Isso faz a roda girar. E a brincadeira assim não para nunca.

Pode ser bacana. Podemos nos divertir até...

Até o bacana virar babaca. E a gente perceber que de tão forte a brincadeira já está fraca.

E a gente não engana mais ninguém. E a gente começa a quebrar os espelhos da casa. Ou a gente muda de casa. Vai morar numa caixa.

Caixa de Pandora?

A caixa que não é caixa, e, sim, um jarro. E que, então, no próprio nome já não se dá a conhecer como de fato é.

Fato esse que é história, antes, estória. Invenção contrastando a realidade. Contrariando-a não, mas, um esforço fictício no intuito de ilustrar o real. Algo assim. Só que diferente disso.

Onde é que vamos parar?

Oxalá não paremos jamais. Embora sem saber aonde iremos dar.

E quando em dado lugar (onde iremos dar), possamos dar de nós algo de bom. Quiçá, ao menos, uma boa história pra contar.

 

 

 

Valquíria Gesqui Malagoli, escritora e poetisa, vmalagoli@uol.com.br

 



publicado por Luso-brasileiro às 16:17
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