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Sexta-feira, 8 de Novembro de 2019
FELIPE AQUINO - O QUE A IGREJA DIZ SOBRE A ALMA DAS PESSOAS QUE MORREM ?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Igreja ensina que quando morremos somos julgados por Deus, podendo ir para o céu, o purgatório terminar a purificação, ou mesmo para o inferno, se rejeitarmos a Deus.

 

 

Veja o que diz o Catecismo da Igreja:

 

 

1008 – A morte é consequência do pecado. Embora o homem tivesse uma natureza mortal, Deus o destinava a não morrer (Sab 2, 23). A morte foi, portanto, contrária aos desígnios de Deus criador e entrou no mundo como consequência do pecado. “A morte corporal, à qual o homem teria sido subtraído se não tivesse pecado” (GS, 18), é, assim, o “último inimigo” do homem a ser vencido (1Cor 15,26).

 

1009 – A morte é transformada por Cristo. Jesus, o Filho de Deus, sofreu Ele também a morte, própria da condição humana. Todavia, a pesar do seu pavor diante dela (Mc 14, 33-34), assumiu-a em um ato de submissão total e livre à vontade de seu Pai. A obediência de Jesus transformou a maldição da morte em bênção (Rom 5, 19-21).

 

1010 – O sentido da morte cristã – Graça a Cristo a morte cristã tem um sentido positivo. “Para mim, a vida é Cristo, e morrer é lucro” (Fl 1, 21). “Fiel é esta palavra: se com Ele morremos, com Ele viveremos” (2Tm 2, 11). A novidade essencial da morte cristã está nisto: pelo Batismo, o cristão já está sacramentalmente “morto com Cristo” para viver uma vida nova; e, se morrermos na graça de Cristo, a morte física consuma esse “morrer com Cristo” e completa, assim, nossa incorporação a ele em seu ato redentor.

 

1011 – Na morte, Deus chama o homem a si. É por isso que o cristão pode sentir, em relação à morte, um desejo semelhante ao de S. Paulo: “O meu desejo é partir e estar com Cristo” (Fl 1, 23) e pode transformar sua própria morte em um ato de obediência e de amor ao Pai, a exemplo de Cristo. (Lc 23, 46)

 

1013 – A morte é o fim da peregrinação terrestre do homem, do tempo de graça e de misericórdia que Deus lhe oferece para realizar sua vida terrestre segundo o projeto divino e para decidir seu destino último. Quando tiver terminado “o único curso de nossa vida terrestre” (LG, 48), não voltaremos mais a outras vidas terrestres. “Os homens devem morrer uma só vez” (Hb 9,27). Não existe reencarnação depois da morte.

 

1014 – A Igreja nos encoraja à preparação da hora da nossa morte (“Livra-nos Senhor, de uma morte súbita e imprevista”: antiga ladainha de todos os santos), a pedir à Mãe de Deus que interceda por nós “na hora da nossa morte” (Ave-Maria) e a entregar-se a São José, padroeiro da boa morte.

 

 

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Leia também: O que há depois da morte?

Será que os mortos estão dormindo?

O que a Igreja ensina sobre a morte?

Com a morte tudo se acaba?

 

Mortos

 

 

1055 – Em virtude da “comunhão dos santos”, a Igreja recomenda os defuntos à misericórdia de Deus e oferece em favor deles sufrágios, particularmente o santo sacrifício eucarístico.

 

Juízo Final

1059 – “A santíssima Igreja romana crê e confessa firmemente que no dia do Juízo todos os homens comparecerão com o seu próprio corpo diante do tribunal de Cristo para dar contas de seus próprios atos” (DS 859,1549)

 

1038 – A ressurreição de todos os mortos, “dos justos e dos injustos” (At 24, 15), antecederá o Juízo Final. Este será “a hora em que todos os que repousam nos sepulcros ouvirão sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para uma ressurreição de vida; os que tiverem praticado o mal, para uma ressurreição de julgamento” (Jo 5, 28-29). Então Cristo “virá em sua glória, e todos os seus anjos com Ele. (…) E serão reunidas em sua presença todas as nações, e Ele há de separar os homens uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos…”

 

1039 – É diante de Cristo – que é a Verdade – que será definitivamente desvendada a verdade sobre a relação de cada homem com Deus (Jo 12, 48). O Juízo Final há de revelar, até as últimas conseqüências o que um tiver feito de bem ou deixado de fazer durante a sua vida terrestre.

 

1040 – O Juízo Final acontecerá por ocasião da volta gloriosa de Cristo. Só o Pai conhece a hora e o dia desse Juízo, só Ele decide de seu advento. Por meio de seu Filho, Jesus Cristo, Ele pronunciará então sua palavra definitiva sobre a história. Conheceremos então o sentido último de toda a obra da criação e de toda a economia da salvação, e compreenderemos os caminhos admiráveis pelos quais sua providência terá conduzido tudo para seu fim último. O Juízo Final revelará que a justiça de Deus triunfa de todas as injustiças cometidas por suas criaturas e que seu amor é mais forte que a morte (Ct 8,6).

 

1041 – A mensagem do Juízo Final é apelo à conversão enquanto Deus ainda dá aos homens “o tempo favorável, o tempo da salvação” (2Cor 6,2). O Juízo Final inspira o santo temor de Deus. Compromete com a justiça do Reino de Deus. Anuncia a “bem-aventurada esperança” (Tt 2,13) da volta do Senhor, que “virá para ser glorificado na pessoa dos seus santos e para ser admirado na pessoa de todos aqueles que creram” (2Ts 1,10).

 

681 – No dia do juízo, por ocasião do fim do mundo, Cristo virá na glória para realizar o triunfo definitivo do bem sobre o mal, os quais, como o trigo e o joio, terão crescido juntos ao longo da história.

 

682 – Ao vir no fim dos tempos para julgar os vivos e os mortos, Cristo glorioso revelará a disposição secreta dos corações e retribuirá a cada um conforme as suas obras e segundo tiver acolhido ou rejeitado a sua graça.

 

 

Ouça também: O que é o juízo particular?

Todos nós iremos passar pelo juízo final?

 

 

Juízo Particular

 

 

1051 – Cada homem, em sua alma imortal, recebe sua retribuição eterna a partir de sua morte, em um Juízo Particular feito por Cristo, juiz dos vivos e dos mortos.

 

1021 – A morte põe fim à vida do homem como tempo aberto ao acolhimento ou à recusa da graça divina manifestada em Cristo (2Tm 1,9-10). O Novo Testamento fala do juízo principalmente na perspectiva do encontro final com Cristo na segunda vinda deste, mas repetidas vezes afirma também a retribuição, imediatamente depois da morte, de cada função das suas obras e da sua fé. A parábola do pobre Lázaro (Lc 16,22) e a palavra de Cristo na cruz ao bom ladrão (Lc 23,43), assim como outros textos do Novo Testamento (2Cor 5,8; Fl 1,26; Hb 9,27; 12,23) falam de um destino último da alma, que pode ser diferente para uns e outros.

 

1022 – Cada homem recebe em sua alma imortal a retribuição eterna a partir do momento da morte, num Juízo Particular que coloca sua vida em relação à vida de Cristo, seja através de uma purificação (Conc. de Lião II, DS 856; Conc. de Florença, DS 1384; Conc. de Trento, DS 1820), seja para entrar de imediato na felicidade do céu (Con. de Lião II, DS 857; João XXII, DS 991; Bento XII, Benedictus Deus; Conc. de Florença, DS 1305), seja para condenar-se de imediato para sempre (Conc. de Lião II, DS 858; Bento XII, Benedictus Deus; Conc. de Florença, DS 1306).

 

 

 

FELIPE AQUINO Escritor católico. Prof. Doutor da Universidade de Lorena. Membro da Renovação Carismática Católica.

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 10:21
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PAULO R. LABEGALINI - DEUS QUER QUE VIVAMOS HOJE

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quando pequenos, pensamos no futuro, pois é comum crianças dizerem que querem ser isso ou aquilo quando crescerem. Quando jovens, nos convencemos que a vida será melhor depois que casarmos e tivermos um filho, depois outro etc. Aí ficamos frustrados porque as crianças não são grandes o bastante para se cuidarem sozinhas e achamos que estaremos melhor quando se tornarem adultas.

O tempo passa e somos provados por termos que lidar com adolescentes e certamente achamos que seremos muito mais felizes quando eles passarem dessa fase. Também falamos que a nossa vida estará completa quando comprarmos aquele carro legal, ou gozarmos aquelas sonhadas férias, ou nos aposentarmos...

A verdade é uma só: não existe melhor fase para ser feliz do que agora mesmo. E, se não agora, então quando? A vida sempre estará repleta de desafios, não é mesmo? O melhor é admitir isso o quanto antes e decidir ser feliz já.

Por um longo tempo eu achei que a minha vida estava prestes a começar, mas sempre havia um obstáculo no caminho: algo a resolver, coisas mal acabadas, dívidas para pagar e, aí sim, a vida boa realmente começaria. Hoje, vejo aqueles obstáculos como sendo a minha própria vida. E essa percepção me ajudou a enxergar que não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho!

Eu já sofri com doença do pânico, doença na córnea, laringite crônica, endocardite, duas tromboses venosas, hérnia de hiato, fiz duas cirurgias – apêndice e hérnia inguinal –, fiquei quase dois anos com problema de unha encravada no pé – removendo-a por duas vezes –, enfim, eu poderia estar dizendo que as doenças me perseguem, no entanto, dou graças a Deus por tudo que passei.

E sou muito feliz convivendo com algumas sequelas e tratamentos: perna meio inchada, meia elástica diariamente, lentes de contato desde que levanto, remédios para o estômago e tantos outros pela manhã etc. Nada disso atrapalha a vontade que sinto em servir a Igreja de Jesus Cristo.

Quando penso que já recebi extrema-unção na cama de um hospital em 1992 e só tinha 2% de chance de vida, valorizo ainda mais cada minuto aqui e agora. Aprendi com os meus pais a nunca blasfemar e sempre repito: a oração cura, a fé salva e a confiança na Providência Divina nos faz superar com dignidade cristã qualquer tipo de problema.

Portanto, valorize cada momento que você tem, principalmente os que pode dividir com alguém que necessita do seu tempo. Pare de esperar até que volte a estudar, ou até perder 10 quilos, ou até que seus filhos saiam de casa, ou até o verão chegar, ou até perceber que não existe melhor hora do que agora mesmo para ser feliz. Trabalhe como se não precisasse de dinheiro, ame como Jesus Cristo ensinou e viva confiando nas orações que afastarão você do pecado.

Imagine que isto aconteceu hoje na sua vida:

‘Fui ao Hospital do Senhor para fazer um check-up de rotina e soube de alguns problemas. Quando Jesus mediu minha pressão, verificou que estava baixa de ternura. Ao tirar a temperatura, o termômetro registrou 40 graus de egoísmo. Fiz um eletrocardiograma e diagnosticaram que eu necessitava de uma ponte de amor, pois minhas veias estavam bloqueadas e não abasteciam meu coração vazio. Eu tinha dificuldade de andar abraçado com os irmãos por ter fraturado o braço, ao tropeçar na minha vaidade. Tinha também miopia constatada por não enxergar além das aparências. Queixei-me de não poder ouvi-lo e Jesus diagnosticou bloqueio auditivo em decorrência das palavras queixosas do dia-a-dia.’

Agora, agradeça e prometa, assim:

‘Obrigado, Senhor, por não ter custado nada a consulta e pela Sua grande misericórdia. Prometo, após ser medicado e receber alta do hospital, somente usar homeopatia – que são os remédios naturais que me indicou e estão no receituário dos Evangelhos. Ao levantar, vou tomar chá de Obrigado Senhor; ao entrar no trabalho, experimentarei uma colher de sopa de Bom Dia Irmãos; e, de hora em hora, um comprimido de Paciência com meio copo de Humildade. Ah, Senhor, ao chegar em casa, vou tomar uma injeção de Amor e, ao deitar, duas cápsulas de Consciência Tranquila.’

E, para arrematar, eis a receita de felicidade dada por Madre Tereza de Calcutá:

‘O dia mais belo? Hoje. A coisa mais fácil? Equivocar-se. O obstáculo maior? O medo. O erro maior? Abandonar-se. A raiz de todos os males? O egoísmo. A distração mais bela? O trabalho. A pior derrota? O desalento. Os melhores professores? As crianças. A primeira necessidade? Comunicar-se. O que faz feliz? Ser útil aos demais. O mistério maior? A morte. O pior defeito? O mau humor. A coisa mais perigosa? A mentira. O sentimento pior? O rancor. O presente mais belo? O perdão. O mais imprescindível? O lar. A estrada mais rápida? O caminho correto. A sensação mais grata? A paz interior. O resguardo mais eficaz? O sorriso. O melhor remédio? O otimismo. A maior satisfação? O dever cumprido. A força mais potente do mundo? A fé. As pessoas mais necessárias? Os pais. A coisa mais bela de todas? O Amor.’

Pois é, tudo isso só tem valor se praticado no momento presente.

 

 

 

 

 

 

PAULO ROBERTO LABEGALINI - Escritor católico. Vicentino de Itajubá - Minas Gerais - Brasil. Professor Doutor do Instituto Federal Sul de Minas - Pouso Alegre.‘Autor do livro ‘Mensagens Infantis Educativas’ – Editora Cleofas



publicado por Luso-brasileiro às 10:14
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HUMBERTO PINHO DA SILVA - O PERIGO DE ESCREVER

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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O meu passatempo favorito, é escrever. Escrever: é, nem mais nem menos, conversar sem ser interrompido.

Mas escrever, ser articulista, ter opinião, não é fácil, mormente em épocas de liberdade…Em ditadura, os censores, cortam; em democracia, muitas vezes, desancam- no nas redes sociais…

Em 1994, era colaborador do: “O Correio do Ribatejo”. Numa das crónicas, desabafei a indignação e tristeza, porque, determinado leitor, não gostando do que escrevera, resolvera enviar-me carta, polvilhada de insultos. Carta anónima… Claro.

Poucas semanas depois, tive a boa e agradável surpresa, ao abrir: “O Correio do Ribatejo”, de 27/Julho/1994 e deparar, em destaque, Carta Aberta, dirigida a minha pessoa, assinada pela leitora: Natalina Milhano Pintão:

 

“Li com emoção e misto de tristeza e admiração, a sua crónica, sobre:” O Perigo de Escrever”.

“ Creio não conhecer o homem, que, semanalmente, nos contempla com um pouco do seu “ pensar”, expresso em ideias profundas, simples e generosas, porque são humanas. Sou dos que gostam de ler, nas páginas de um jornal, além de notícias dos acontecimentos do dia-a-dia, da terra (mais ou menos engalanadas, consoante quem escreve ou manda escrever), artigos de opinião. Essa opinião, leva-me a refletir e comparar a minha opinião, com essa outra opinião.

“ A opinião é igual à minha? É diferente da minha? Não é isso que me ocupa, e muito menos me preocupa. O que eu quero, é pensar… usar a minha cabeça, porque “ cada cabeça sua sentença”, (eu acho que é democrático, e até se ensina nas Escolas: ter opinião responsável).

“ O que me interessa, isso interessa a valer, é saber que o que foi escrito, é verdade, ou pelo menos, a verdade do “ escritor”, sem intenções encapotadas, que expõe “, na praça pública” (como dizia sua avó), a sua opinião transparente.”

 

Seguem depois palavras amáveis, que não interessa transcrever.

 

Voltaire, perguntava, certa vez, a mademoiselle Quinout: “ Que ganhei eu em vinte anos de trabalho? Nada, a não ser inimigos. Tal é o preço que, quase sempre, deve esperar-se da cultura das letras: muito desprezo quando não se triunfa, muito ódio quando se triunfa”.

 

Sempre que o escritor publica livro de sucesso, logo se levantam vozes de inveja…até de amigos…

 

E a critica? Como atua?

A crítica, entre nós, é a impressão escrita sobre o joelho, com a pressa de quem vai salvar o pai, da forca; escrita por amizade, ou por antipatia; as nem sim nem sopas; a de ajuste de contas (agora é que ele vai saber de que força é o filho de meu pai!); a dos ciúmes recalcados… Cruz Malpique, “ Notícias de Guimarães”, de 4/10/91.

Em Portugal, há uma larga tradição de murmúrio. De inveja. De cobiça. E de Preguiça, também. Os valores, raramente são reconhecidos, e os mais inteligentes, constituem o repasto ideal para a calúnia” – Disse, e disse bem, Helena Sacadura Cabral, in: “ Diário de Notícias”, citado no: “O Dia” de 9/9/02.

Em Portugal, e em toda a parte…Salvo raras exceções, o homem é sempre o mesmo. O homem… e a mulher…

 

 

 

 

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA   -   Porto, Portugal



publicado por Luso-brasileiro às 10:04
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JORGE VICENTE - NOVEMBRO

 

 

 

 

 

 

 

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JORGE VICENTE    -   Fribourgo, Suiça

 



publicado por Luso-brasileiro às 09:57
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EUCLIDES CAVACO - MENINO POBRE - Tema e e Voz de Euclides Cavaco

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



Dedicado a todas as crianças a quem a infância não sorriu,partilho convosco este tema dramático que tange realidade.
Veja aqui o video elaborado pelo talentoso amigo Afonso Brandão.

 



https://www.youtube.com/watch?v=MfiV9UYQUQU&feature=youtu.be

 

 

 

Desejos dum excelente fim de semana.

 

 

EUCLIDES CAVACO  -   Director da Rádio Voz da Amizade , Canadá.

 

 

 

 

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NOTICIAS DA DIOCESE DO PORTO

 

 

 

 http://www.diocese-porto.pt/

 

 

NOTICIAS DA DIOCESE DE JUNDIAÍ - SP

 

 

 https://dj.org.br/

 

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Leitura Recomendada:

 

 

 

 

 

Resultado de imagem para Jornal A Ordem

 

 

 

 

 

Jornal católico da cidade do Porto   -    Portugal

 

Opinião   -   Religião   -   Estrangeiro   -   Liturgia   -   Area Metropolitana   -   Igreja em Noticias   -   Nacional

 

 

https://www.jornalaordem.pt/

 

 

 

 

 

 

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HORÁRIOS DAS MISSAS NO BRASIL

 

 

Site com horários de Missa, confissões, telefones e informações de Igrejas Católicas em todo o Brasil. O Portal Horário de Missas é um trabalho colaborativo onde você pode informar dados de sua paróquia, completar informações sobre Igrejas, corrigir horários de Missas e confisões.



https://www.horariodemissa.com.br/#cidade_opcoes 

 

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publicado por Luso-brasileiro às 09:52
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Sexta-feira, 1 de Novembro de 2019
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI - SOBRE AS CELEBRAÇÕES DO DIA DE TODOS OS SANTOS E FINADOS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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As celebrações do “Dia de Todos os Santos” e de “Finados” leva-nos em certos instantes a refletirmos sobre a questão da morte, que embora seja a nossa única certeza, ninguém se sente confortável falando sobre ela e nunca se está preparado para enfrentá-la, mesmo se revelando num dos poucos fenômenos acerca dos quais temos absoluta certeza: basta ter nascido para que se venha a morrer.
Raramente nos detemos a meditar sobre o assunto e nem mesmo nos lembramos desse evento final comum a toda a humanidade, inevitável e certo. Ela constitui um medo universal, que nos aflige e que dependendo de seu grau, algumas vezes, pode ser dominado.
Quando ocorre o falecimento de uma pessoa próxima, que caracteriza uma perda, passa-se a pensar na própria morte, fazendo com que todos os significados e vulnerabilidades pessoais sejam remexidos. As pessoas que passam pelo luto acabam sendo colocadas em uma posição de negligência para o seu sofrimento, quando este deveria ser avaliado para poder ser minimizado.
De fato, elas repensam as suas vidas, entrando até em conflito, chegando a pensar no que poderiam ter feito, o que deixaram de fazer. Em determinados momentos, pode-se pensar que o que o importa é o que ficou, como as boas lembranças e que a vida continua.
Na perda de uma pessoa querida, o luto vai depender da qualidade das relações que tivemos com ela. É difícil acreditar que somos finitos e, em nossos inconscientes, torna-se difícil concebermos a própria morte. Alguns a desafiam, na velocidade, em situações de risco. Outros são surpreendidos por uma doença, uma fatalidade.
Assim, seria bom aceitar a morte com relativa naturalidade e com o respeito que desperta, sem dar-lhe caráter de neutralidade, convivendo fraterna e responsavelmente com os outros, inclusive com aqueles portadores de moléstias graves, a fim de lhes propiciar melhores condições de vida, mesmo acometidos por precárias situações de saúde, oferecendo-lhes também, sempre que possível efetivo apoio psicológico.

 

 

 

 

 


JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor da Faculdade de Direito do Centro Universitário Padre Anchieta de Jundiaí. É ex-presidente das Academias Jundiaienses de Letras e de Letras Jurídicas (martinelliadv@hotmail.com)

 



publicado por Luso-brasileiro às 17:40
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JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI - 05 DE NOVEMBRO. DIA DA CULTURA NO BRASIL

 

 

 

 

 

 

 

 

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         Em homenagem a uma das mais brilhantes figuras que o Brasil já teve, RUI BARBOSA, comemora-se  a 05 de novembro, data de seu nascimento em 1849 na cidade de Salvador, Bahia, o DIA NACIONAL DA CULTURA. Legando-nos maravilhosos exemplos de desprendimento, patriotismo e amor à Justiça, de firmeza de princípios, nada mais coerente do que reverenciarmos tão ilustre personalidade, dotado de grande bagagem intelectual e um dos mais profundos conhecedores da ciência jurídica, como se fosse, em cada ramo do direito público ou do direito privado, um especialista que os dominava com culto esmerado.

Revelando desde a infância uma extraordinária inteligência, unida a uma impressionante força de vontade, concluiu, com esses sentimentos de otimismo e decisão, o curso de Direito na Faculdade do Largo de São Francisco em São Paulo. Como estudante, já revelava o vigor de seus propósitos. Ainda no quarto ano, apesar da escravidão ser um assunto melindroso, do qual poucos ousavam combatê-lo abertamente, Rui clamava contra a legalidade do cativeiro: - “Uma brutalidade que está fora de todas as Constituições e de todas as leis”. Sua pena fulgurante a serviço das questões  sociais a classificava como o “resumo de todos os crimes”.

 

 

Fidelidade às suas convicções

 

 

Uma de suas grandes virtudes foi nunca se trair. Assim, jamais negociou por exemplo, qualquer de seus ideais com determinado cargo de relevância, tornando-se um exemplo para grande parte dos políticos de hoje. Tanto que recusou convite do Visconde de Outro Preto para o posto de Ministro, pois o programa governamental deste não dispunha sobre a Federação (campanha iniciada por ele para união das províncias, hoje, Estados). Sempre defendeu seus direitos e contra as falsas acusações levantadas por um deputado baiano, respondeu: - “Creio na moderação e na tolerância, no progresso e na tradição, no respeito e na disciplina, na impotência fatal dos  incompetentes, rejeito as doutrinas de arbítrio e abomino as ditaduras de todo o gênero”. 

A retidão de seus princípios motivou-lhe uma intensa perseguição, obrigando-o a fugir para Buenos Aires e de lá à Inglaterra, onde escreveu as famosas “Cartas do Extremo Oriente”, sobre o significado da Marinha de Guerra na vida das nações. Em “As Minhas  Conversações” respondeu ao escritor Afonso Celso à acusação de ter sido incrédulo, materialista e ateu:- “Calúnia contra a qual protesta a minha vida, o lugar que sempre teve a religião na minha casa, nas minhas relações domésticas, na educação de meus filhos”. Neste aspecto, ressalta-se, que Rui Barbosa lutou com grande interesse pela liberdade religiosa, elaborando inclusive, o decreto de separação da Igreja do Estado, estabelecendo relações entre o poder eclesiástico e  o civil, combatendo o divórcio e projetos oprimentes ao catolicismo.

 

 

Exímio jurista

 

 

Como constitucionalista, elaborou com refinado texto nossa primeira Carta Magna republicana. Na trilha do Direito Comercial, legou-nos uma obra capital, “Cessão de Clientela”. As suas sólidas noções de economia e tributos se consolidaram no livro “Finanças e Política da República”. Entretanto, seus comentários como civilista e criminalista se caracterizaram prioritariamente pela genialidade de suas análises, ganhando perenidade, mantendo viço e atual o seu pensamento.

O saudoso Prof. Alfredo Buzaid, em trabalho específico pela Editora Saraiva, abordou a  contribuição do jurista baiano ao progresso do Direito Processual Civil e, de modo especial, ao conhecimento da bibliografia estrangeira que possuía sobre a matéria, circunstância até certo ponto pouco divulgada.

O seu valor internacional foi reconhecido em 1907, em  Haia, na Holanda, durante a Segunda Conferência de Paz. Representando o Brasil, impôs-se a todos pelo extraordinário talento e brilhantismo com que se houve para defender a “força do direito contra o direito da força”.  Não hesitou em pregar ante os representantes das Nações lá reunidos o respeito aos fracos e a igualdade jurídica dos povos.

 

 

Patriotismo

 

 

Durante o Império, chegou a ser monarquista, aspecto que não o relegou a uma pessoa controvertida. Ao contrário, em todas as épocas e regimes, a meta que Rui Barbosa sempre perseguiu foi a de construir uma Pátria economicamente forte, moralmente digna e socialmente justa. O seu espírito exuberante necessitava de abertura e atividade, embora em seu caminho se acumulassem decepções. No entanto,  venceu-as  sempre impávido, com aquela têmpera de aço com que desafiou as investidas contra o Direito, a Justiça e a Liberdade. Em meio século de apostolado, ele intentou fazer uma política em seu verdadeiro sentido, aquela em que definia como a que “afina o espírito humano, educa os povos no conhecimento de si mesmos, desenvolve nos indivíduos a autenticidade, a coragem, a nobreza, a previsão, a energia e cria, apura e eleva o merecimento”.

Encerramos com transcrição de parte de texto do brilhante Prof. Buzaid:- “...Se, em sua longa e luminosa trajetória  de homem público, nada mais tivesse feito do que ensinar a boa doutrina para imortalizá-lo, bastaria a lição em que definiu os rumos da nacionalidade que, em sua evolução, busca reencontrar-se, valorizando o homem, pregando a legítima coexistência das classes sociais e dignificando o trabalho, tudo sob a inspiração de Deus” ( “Rui Barbosa – Processualista Civil e Outros Estudos”- Pág. 121 – Ed. Saraiva).

 

 

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor da Faculdade de Direito do Centro Universitário Padre Anchieta de Jundiaí. Ex-presidente das Academias Jundiaienses de Letras e de Letras Jurídicas(martinelliadv@hotmail.com)

 



publicado por Luso-brasileiro às 17:22
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ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS - IMPORTÂNCIA DAS MEMÓRIAS COMPARTILHADAS POR GRUPOS HUMANOS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Nos artigos anteriores tratamos da memória como algo pessoal e individual, mas devemos ter em vista que a memória pode também ser compartilhada por grupos humanos maiores ou menores, como famílias, associações, grupos profissionais, até mesmo nações inteiras.

O mecanismo ativador desse compartilhamento pode ser escrito, mas com maior frequência se dá pelas vias da oralidade.

É de boca a ouvido que na maioria das vezes se transmitem recordações, boas ou más, que tendem a se perpetuar em determinado grupo humano. Toda família compartilha suas recordações, e às vezes de modo implícito há até mesmo “pactos de silêncio” sobre certos assuntos-tabu que não podem ser tratados, porque evocam recordações desagradáveis, as quais se desejaria esquecer. É a esse tipo de assuntos que se refere o ditado popular “não se fala de corda em casa de enforcado”.

O compartilhamento de recordações coletivas tem enorme importância para um grupo minoritário conservar sua própria identidade e afirmar-se como tal, sem se dissolver numa sociedade maior no contexto da qual está inserido. Minorias étnicas, religiosas, profissionais etc. cultivam essas memórias coletivas como mecanismo de defesa e por necessidade de sobrevivência.

Na sociedade europeia dos séculos XVI, XVII e XVIII, existia um costume curioso. Como havia pena de morte, a profissão de carrasco era como outra qualquer, mas havia um sentimento difuso de horror em relação a ela. Por isso, dificilmente o filho de um carrasco conseguiria casar, a não ser com a filha de outro carrasco. Com isso, estabeleciam-se verdadeiros grupos familiares de carrascos, verdadeiras redes que se estendiam no espaço por províncias inteiras e, no tempo, por várias gerações. A mais célebre das famílias de carrascos foi, sem dúvida a família Sanson, que forneceu carrascos à França, durante mais de 100 anos. Em grupos assim fechados, era normal que se desenvolvesse um conjunto de recordações e memórias compartilhadas.

Algo parecido se dava com profissões que, no passado, eram consideradas pouco honrosas, como por exemplo a de atores e atrizes de teatro ou de circo. Constituíam-se verdadeiras dinastias teatrais ou circenses, cada qual com seu conjunto de recordações compartilhadas, atuando à maneira de reforço da identidade daquele grupo minoritário e colocado à margem do conjunto da sociedade.

O senso de identidade profundo do povo judeu, assim como o dos ciganos, pode ser explicado pelo compartilhamento de sua memória coletiva. Sem tal compartilhamento, forçosamente se teriam rompido os elos culturais que, milênios a fio, conservaram-se tão vivos e resistiram a tantas perseguições.

No século XVI, os primeiros missionários católicos chegaram ao Japão e iniciaram sua pregação, alcançando um sucesso muito grande, com numerosas conversões. No final desse mesmo século, entretanto, o cristianismo foi proibido no Japão, sendo os católicos punidos com pena de morte. Durante mais de 200 anos foi proibida a prática religiosa cristã no Império nipônico, de modo que parecia definitivamente extinta. No final do século XIX, porém, na chamada Era Meiji, ocorreu a reabertura cultural do Japão para o Ocidente; foi então permitido o ingresso de missionários europeus e, para espanto desses, descobriram numerosas famílias que haviam conservado sua fé oculta, mas viva, durante gerações inteiras. Como o conseguiram? Obviamente, por meio das memórias compartilhadas e transmitidas pelas vias da oralidade.

O mesmo ocorreu em Portugal e na Espanha com famílias marranas, de origem judaica que, ocultamente, conservaram sua fé ancestral e mantiveram secretamente seus cultos durante séculos, até reassumirem, já no século XX, sua condição explícita de judeus.

A força da memória compartilhada, sobretudo em grupos minoritários que resistem a fatores externos contrários, é realmente muito grande.

 

 

 

 

 

ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS é licenciado em História e em Filosofia, doutor na área de Filosofia e Letras e professor da Unisul. Também é Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Academia Portuguesa da História.

 



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CINTHYA NUNES - AGONIA

 

 

 

 

 

 

 

 

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            Não tenho mais estômago para assistir aos noticiários e nem mesmo para acompanhar as mídias sociais. Sinto-me tão mal, tão desalentada que tenho a sensação de que o mundo acabou e esqueceram de nos avisar. Fico com a impressão de que dia a dia os seres humanos destroem de forma irremediável a vida animal e o meio ambiente, mas que a maior parte das pessoas não ligam para isso ou fingem que não é um fato.

            O misterioso, lamentável e provavelmente criminoso vazamento de óleo no litoral brasileiro, sobretudo no Nordeste, maculando praias, ceifando corais, peixes, répteis e mamíferos que já são obrigados a conviver com a sujeira infecta da dita civilização me causa asco, indignação e profunda tristeza.

            Ver o desespero daqueles que ainda acreditam que a natureza não está a serviço da mais vil espécie da criação divina, lutando para remover a mancha negra e mortal das praias e dos animais contaminados é o que me restaura a esperança em parcela da humanidade. É, no entanto, uma batalha inglória. São como pequenas formigas enfrentando pisadas gigantes. Enquanto isso aqueles que podem de fato fazer algo ficam perdidos entre papéis, pronunciamentos e datas futuras.

            Ao meu sentir uma das coisas que mais causa preocupação é não se saber qual a origem desse óleo, ter alguma informação que permita ações mais eficazes, preventivas até. Quem quer que tenha causado isso, que seja amaldiçoado para todo o sempre e um pouco depois. É uma tragédia que não se pode mensurar a extensão, mas que já deixa seus rastros nefastos. Pobre legado às futuras gerações, com parcelas já descontadas na conta das atuais, ainda que muitos mal se deem conta disso.

            A humanidade se comporta como uma praga que consome seu hospedeiro, alheio ao fato de que o fim também lhe pertencerá. O mundo agoniza em meio ao descaso, à crueldade, à ganância, a ignorância e a vilania humanas. Tantas vidas inocentes relegadas à insignificância, subvertendo o sentido de prioridade, de significado. Não capaz de descrever o quanto acontecimentos como esses me causam pesar e descrença.

            O dia de Finados se aproxima e aqui no Brasil esse é um dia dedicado à memória dos falecidos. Para fazermos jus a esse dia teríamos que incluir um sem número de outras vidas perdidas, todas igualmente dignas. Há muito o que lamentar, mas muito mais a fazer. Não sei se um dia o meio ambiente irá se recuperar. Não sei se a vida vai ser vitoriosa, se a natureza vai conseguir superar mais esse ataque, mas eu me sinto impotente e de luto.

            Palavras pouco ou nada podem diante de tudo isso, mas por ora é somente o que tenho. Diante do papel em branco em deito meus lamentos, desejosa de que meus sentimentos encontrem eco em outros corações e que aqueles que se dispõem a mudar as coisas através de seu trabalho sejam abençoados e tenham seus exemplos multiplicados. Formigas também constroem castelos e destroem montanhas, tudo só dependendo de qual direção escolhemos.

 

 

 

 

Cinthya Nunes é advogada, jornalista , professora universitária e tem ódio de óleo no mar e nas praias.



publicado por Luso-brasileiro às 17:11
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MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE - AS GRADES DO MUNDO

 

 

 

 

 

 

 

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Conheço a moça faz muito. Era novinha ainda. De família com laços desfeitos, buscava, em cidades das proximidades, acertar os descompassos de seu mundo. Vieram os dois filhos de relacionamentos passageiros. Outro moço, no entanto, que chegou em hora que parecia certa, quis os filhos como se fossem dele. Ela expandiu o sorriso tímido. Talvez, a época de guarida. Desconhecia, no entanto, que ele vinha de desencontros maiores, envolvido com o ilícito. As misérias que carregava, não apenas a da falta de dinheiro, escola, formação profissional, impossibilitou-lhe reagir. Prosseguiu ao seu lado, o que fez com que os pais dele assumissem, sob protestos, os meninos como netos. Ela ficou de maternidade dividida com a sogra, que não a considerava nora e impunha regras que não eram as dela. Como se criou no exercício de renunciar-se... Em tempo curto, o companheiro foi detido e, de detenção em detenção, acumularam-se as penalidades e foi para presídio de segurança maior. Após as visitas, executava instruções do companheiro aqui fora, que a dominava em suas carências e necessidade de proteção. Era de miséria, também, em suas emoções, decorrente de sua história.
Conseguiu alugar uma casinha e “resgatar” os filhos da avó por empréstimo. O problema da avó cedida era desgostar dela e discordar com sua omissão à vida desregrada do filho. Considerava que o fortalecia em seus absurdos. Cuidaria das crianças se não fosse a presença dos dois.
No desempenho de uma das ordens do indivíduo, com quem permanecia por medos, perdeu a primariedade. Detida também, conseguiu responder em liberdade para ficar com os garotos. Em breve, a audiência definitiva. Não comparecer, deslocar-se com os filhos para outro Estado, desaparecer no mundo? Possui consciência da sabedoria bíblica: “Não há nada de oculto que não seja revelado” (São Marcos 4, 22), ou como dizia minha avó paterna e já repeti em outros textos: “A terra jurou não guardar segredo”.
O advogado lhe disse que, por certo, será condenada no regime fechado. A decisão é dela. Amadurecida pelo sofrimento, presume que, no cárcere, cumprindo as sanções, por pior que seja, encontrará a liberdade que busca. As algemas do mundo aqui de fora a danificaram demais. A primeira providência é encontrar um abrigo para que seus meninos permaneçam juntos até o retorno. Procurará cumprir as determinações legais no tempo de calabouço e se preparar para o retorno, de mãos dadas com os filhos, pés no chão e olhos no Céu.
 

 

 

 

MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE -

 Professora e cronista. Coordenadora diocesana da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala. Jundiaí, Brasil.

 

***

 

 

 

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publicado por Luso-brasileiro às 17:02
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