. Acostumados desde pequenos apenas a comandar seus aparelhos e computadores, afastaram-se do mundo maravilhoso da leitura. E não adianta justificar que se pode efetivar tal hábito pela informática, que nunca será a mesma coisa que o contato com os livros, nem o encanto será idêntico ao extraído das páginas manuseadas.
No dia 27 de fevereiro, comemora-se o Dia Nacional do Livro Didático no Brasil, que surgiu com o intuito de relembrar uma das principais ferramentas utilizadas pelos professores na educação dos alunos, presente no cotidiano de ambos, o livro é fundamental para a formação de um estudante. Sua trajetória no Brasil iniciou-se em 1929, com a criação do Instituto Nacional do Livro (INL). Ao longo dos anos, a política oficial para passou por diversas adaptações, até chegar ao atual Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), criado em 1998.
Ele tem como objetivo subsidiar o trabalho pedagógico dos professores por meio da distribuição de coleções de livros didáticos aos alunos da educação básica, os quais têm suma importância para o processo de aprendizagem no desenvolvimento do ser humano como aluno. Ainda é fundamental para a formação das estratégias de ensino, pois norteia o caminho a ser traçado pelo educador.
Sendo um instrumento de apoio e que auxilia a maior parte dos alunos, vamos valorizar o livro didático, pois é com ele que descobrimos caminhos e aprendemos lições para o resto da vida. Possivelmente, é um dos primeiros contatos dos jovens com a leitura, além de contribuir para ajudar o professor a traçar estratégias de ensino.
Por isso, mesmo com a internet e todo o progresso tecnológico, sua importância é extrema e também nos convida a uma séria reflexão: valorizar o livro, seja ele de que natureza for. Mesmo porque, o livro é a prova de que somos capazes de sonhar, imaginar, inventar e transformar um mundo de fantasias em realidade.
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor da Faculdade de Direito Padre Anchieta de Jundiaí. Ex-presidente das Academias Jundiaienses de Letras e de Letras Jurídicas (martinelliadv@hotmail.com)
Na 1ª. Guerra Mundial surgiram dois novos e mortíferos instrumentos de luta, que trariam grandes consequências para a evolução do pensamento militar no século XX: o avião e o carro de combate;
No início do conflito, quando os aeroplanos serviam quase só em missões de reconhecimento, para espionarem a retaguarda e a movimentação das forças inimigas, era comum se cruzarem, nos ares, aviadores inimigos e até se saudarem, batendo ambos continência. Mas logo passaram a trocar tiros de pistola ou carabina, e começaram os primeiros duelos aéreos, geralmente acompanhados pela “torcida” que, da terra, assistia aos combates. Descobriram-se técnicas de correção de tiro, técnicas de colocação do adversário num ângulo morto em que ele, sem poder defender-se, ficava à mercê do antagonista, depois os combates passaram a ser feitos com metralhadoras e descobriu-se um sistema de sincronizar os disparos, de modo a que as balas passassem por entre as pás da hélice sem atingi-las. A aviação de caça se desenvolveu muito, mas somente por exceção foram usados, nessa guerra, aviões em missões de bombardeio.
No período entre Guerras, porém, a aviação progrediu muito mais, os aviões aumentaram de tamanho e de autonomia de voo, passaram a poder voar em altitudes mais elevadas, A aviação se tornou uma arma autônoma nas Forças Armadas dos vários países e os aviões passaram a ser usados como bombardeiros e também para transporte rápido de tropas, para deslocamentos de paraquedistas e comandos. Igualmente a função de “limpar” o terreno adversário previamente ao avanço da infantaria, que outrora era função da artilharia, passou a ser atribuição da força aérea, por meio de bombardeios prévios. Sem o maciço bombardeio das praias da Normandia teria sido impossível o desembarque do Dia-D. Durante a 2ª. Guerra, a aviação militar teve progressos ainda mais assinalados, chegando às superfortalezas voadoras e, já no final do conflito, à aviação a jato.
Quanto aos carros blindados, remotos sucessores dos primitivos elefantes usados em guerras da Antiguidade, eles foram usados na 1ª. Guerra, mas episodicamente de modo restrito. Eram, na realidade, veículos simples, apenas protegidos por chapas de metal. Tinham como meta aliar a mobilidade dos veículos ligeiros à segurança de uma mini-fortificação. Já eram pequenas fortalezas móveis, mas ainda frágeis, não resistindo a projéteis mais potentes e carecendo de mobilidade em terrenos acidentados. Entre as Guerras, houve um grande progresso na blindagem e no sistema de locomoção dos tanques, que passaram a ter rolamentos com esteiras, adaptando-se melhor aos terrenos acidentados. Numerosos teóricos estudaram e aprofundaram o tema. Na Alemanha dos anos 1930, os tanques, estudados por Erwin Rommel, foram muito aperfeiçoados e produzidos em grande quantidade. Mesmo antes de a Alemanha nazista declarar oficialmente que iria rearmar-se (renunciando assim à condição de nação desmilitarizada que lhe fora imposta pelos vencedores de 1918), já em território soviético, com pleno apoio de Stalin, técnicos alemães desenvolveram projetos e iniciaram a fabricação de blindados. Eles eram indispensáveis para a blitzkrieg (guerra relâmpago), permitindo rápido deslocamento das forças de combate, numa ação combinada de tanques, artilharia e aviação. Também nos EUA e na Inglaterra houve progressos nos tanques, no período 1918-1939.
Curiosamente, aviões militares e tanques tiveram origem na mesma tradicional arma: a Cavalaria. Tanto o tanque de guerra quanto o avião eram vistos, pelos que os usavam, como uma espécie de sucedâneo do antigo cavalo de guerra, com todo o simbolismo e o significado desse nobre animal.
ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS - é licenciado em História e em Filosofia, doutor na área de Filosofia e Letras, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Academia Portuguesa da História.
Estou certa de que ninguém aguenta mais ler ou ouvir notícias ruins e tristes. De várias formas, de modos diferentes, estamos todos doentes, mental ou fisicamente. Adoecemos como sociedade e como indivíduos. A pandemia causada pelo coronavírus não é a única culpada dessa calamidade que vivenciamos, mas piorou muitas coisas e revelou outras tantas.
Ao menos aqui no Brasil, estamos prestes a completar um ano desde que nossas vidas mudaram, desde que convivemos com a ameaça constante da doença e das ausências precoces. Acredito que não haja mais ninguém que não tenha perdido um familiar, um amigo ou ao menos um conhecido. Quem não se deu conta de que experimentamos tempos de guerra é porque não contabilizou as baixas sofridas.
O medo no presente e a insegurança no futuro vem agravando doenças do corpo e da alma. Nunca antes tinha sabido de tantas mortes em tão curtos espaços de tempo. Nessa altura das coisas, nem sabemos mais o que é ou não atribuível ao vírus. No fim das coisas, as lágrimas têm o mesmo gosto salgado e a tristeza habita os mesmos espaços. A dor das perdas não se gradua conforme uma tabela de males.
Dias atrás o Padre Arlindo, lá de Lins, no noroeste paulista, despediu-se desse mundo. Um AVC o levou. Em janeiro de 2020 ele fora nosso cúmplice, meu e das minhas irmãs, na realização de uma cerimônia surpresa para comemoração das Bodas de Ouro dos meus pais. Esteve conosco durante toda a festinha que organizamos, proferindo belíssimas palavras em uma benção, rindo e nos fazendo rir. Foi uma presença marcante que se estendeu, meses depois, já durante a pandemia, para o batizado da Olívia, minha sobrinha. Sempre gentil, sorridente, falava com a lucidez e a simplicidade de quem sabe que Deus precisa de poucas e singelas palavras para se fazer presente.
Poucos dias depois e mais uma notícia, dessa vez de um amigo da família, provavelmente vitimado pela COVID-19. E o meio de tudo isso, sem que a gente consiga firmar os pés em algum lugar seguro, a vida prossegue com suas outras exigências, pois é preciso comer, alimentar, pagar, lutar. Não há trégua para quem vive.
Hoje, dia em que escrevo esse texto, faço-o com a tristeza profunda por uma amiga que partiu cedo demais, após ter perdido a batalha contra um câncer agressivo. E eis que tudo fica parecendo uma brincadeira de mau gosto, um filme idiota que não podemos desligar antes do fim. Além de linda, era gentil, educada, inteligente, bondosa, batalhadora e mãe amorosa de uma filha pequena. Acho que foi a primeira vez em que chorei desde que a pandemia começou, pensando em como tudo isso nos privou da convivência que agora é impossível.
Vasculhando meu celular encontrei mensagens que troquei, nos últimos anos, com o Padre e com minha amiga. Agora são só registros de memórias, um pedacinho daqueles que se foram, um memorial digital e reservado. Meu celular já possui outros espaços vazios, palavras e sons que me recuso a apagar, como se fossem excesso de arquivos e não lembranças preciosas.
Não sei quem de nós vai restar ao final e nem se sequer haverá um final. Gostando ou não, nossa vida mudou irremediavelmente. O desafio agora é sobreviver, buscando a felicidade em todos aqueles que continuam ao nosso lado, dividindo conosco essa provação, quiçá evolutiva.
Há espaços vazios por todos os lados, para onde quer que se olhe, até mesmo dentro de nós mesmos. Que o Criador se compadeça de nós...
CINTHYA NUNES é jornalista, advogada, professora universitária e lamenta profundamente pela Gisele, que se foi cedo demais – cinthyanvs@gmail.com/www.escriturices.com.br
Li, no “L’ Osservatore Romano”, em janeiro, a entrevista com a escritora húngara Edith Bruck, nascida em 1931, sobrevivente de Auschwitz, que recebeu, no sábado, dia 20 de fevereiro, a visita do Papa Francisco.
Durante sua entrevista em janeiro, afirmou: “Memória é vida. Escrever é respiração”.
Sua entrevista me reportou ao livro “Blue Nights”, não ficação, publicado no Brasil pela Editora Harper Collins, que terminei de ler há poucos dias por indicação de meu amigo José Renato Nalini, presidente da Academia Paulista de Letras. A autora norte americana, Joan Didion (1934), possui reconhecidos os seus trabalhos como jornalista, ensaísta e romancista tanto nos Estados Unidos quanto em outros países.
Em um curto espaço de tempo, perdeu o marido – também escritor, John Gregory Dunne, e viu sua filha ficar gravemente doente.
Dentre as memórias, desde o casamento de sua filha, na Catedral de São João, o Divino em Nova York, destaca as flores brancas em suas tranças, a tatuagem de jasmim-manga transparecendo sob o tule e os colares havaianos. Nas lembranças tocantes, Didion analisa seus próprios medos, angústias e dúvidas e, ao fazê-lo, compara sua vida ao período das chamadas noites azuis.
Em alguns lugares, como e Nova York, onde reside, logo depois do solstício de verão, há um tempo em que os crepúsculos se tornam mais longos e azuis. Ao longo do curso de mais ou menos uma hora, essa cor se aprofunda, tornar-se mais intensa ao mesmo tempo em que empalidece e escurece. Segundo a autora, a noites azuis são o oposto do término da luminosidade, mas são também seu aviso.
Há os questionamentos: Encarar como perda? Encarar como separação? O que significa para nós o termos? O que significa para nós não termos mais? O que significa deixar partir?
Em meio às reminiscências, percebe que pensava somente na proximidade dos dias escuros, sem uma consciência maior das fragilidades, da velhice ao longo da vida e da impossibilidade de superar sozinha determinados obstáculos. Constata que hoje ela sabe o que é fragilidade e medo.
Repito a colocação da escritora Edith Bruck: “Memória é vida. Escrever é respiração”.
Gostei demais do livro, que retrata o ser humano em sua essência e fico, para cada acontecimento, com o crepúsculo azul, que esmaece, perde a luz, mas se recupera em um tempo vindouro.
MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE -
Professora e cronista. Coordenadora diocesana da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala. Jundiaí, Brasil
Não pode existir “invisibilidade cidadã”. O status da cidadania é incompatível com a invisibilidade. Todavia, a Covid19 exibiu a situação de invisibilidade de milhões de brasileiros, aqueles desconsiderados pelas estatísticas oficiais, mas que são seres humanos que sofrem, choram e anseiam por uma vida digna.
O Brasil tão incapaz de adoção de políticas estatais compatíveis com a Quarta Revolução Industrial é o mesmo que desconhece o potencial de um dos serviços públicos mais exitosos e confiáveis de que dispõe. O sistema falível de controle das identidades e de cadastros públicos dispõe de uma rede de mais de quinze bases de dados, todas incompletas. Enquanto isso, o Registro Civil das Pessoas Naturais, anônima e silenciosamente, continua a dispor de um acervo de extrema valia para corrigir tal situação e para alavancar projetos consistentes de nova formatação da sociedade tupiniquim.
Três especialistas no tema apontaram o resultado dessa deficiência, por eles considerado como “três verdades inaceitáveis: 1) Um número significativo de pessoas não consta nos cadastros públicos; 2) Um número significativo de pessoas nem sequer tem documentação adequada; 3)Como resultado, boa parte dos brasileiros não tem nenhuma relação formal com o Estado” (Ronaldo Lemos, Eduardo Mufarej e Cláudio Machado, “Apagão de Identidades”, FSP, 5.4.2020)
Talvez aos três experientes profissionais tenha escapado a percepção de algo que, por ser tão antigo e tão natural, passa de forma despercebida para a sociedade. Em cada distrito, em cada vilarejo ou povoado desta imensa Nação, existe um Registro Civil das Pessoas Naturais, a delegação extrajudicial mais próxima à população e a mais democrática do sistema.
O constituinte de 1988 foi muito inspirado quando escolheu a delegação para a outorga dos antigos cartórios. Hoje, eles são exercidos por profissionais competentes, pois aprovados em severo concurso público de provas e títulos realizado pelo Poder Judiciário. A cujo jugo, nem sempre suave, estão permanentemente submetidos.
A tática de significativa conveniência para o Estado brasileiro é que não há um centavo de dotação pública para que o serviço funcione. O governo deixa de investir na delegação e leva percentual considerável dos emolumentos, que são a remuneração do titular da serventia.
Prática essa que, levada a outros setores essenciais à finalidade do Estado, teriam transformado para melhor a face de um Brasil de tamanhos contrastes.
Não adianta ignorar a obsolescência do sistema cadastral brasileiro e deixar de observar o êxito com que o Registro Civil executa sua missão. A antiquada metodologia de carteiras de identidade de papel não é própria ao mundo digital. O e-título já mostrou sua eficiência. A falta de coordenação dos inúmeros bancos de dados pode ser substituída pela capilaridade das delegações extrajudiciais do registro das pessoas naturais.
Existe um IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, encarregado de coletar todos os dados dos nacionais para nutrir estudos de planejamento e execução de políticas estatais. Ora, o dispendioso recenseamento decenal pode ser – e, na verdade o é – diuturnamente realizado pelos esforçados registradores civis que estão em 13 mil localidades do Brasil.
Saber quantos são os brasileiros, quando e onde nascem, sua cor, tudo é obtenível no acervo do RCPN. Se a alternativa é a identidade única, a concentração de dados num só documento, isso também se mostra viável para uma estrutura que funciona a contento, muito embora seus préstimos não sejam devidamente reconhecidos pelo Estado. Aliás, numa perspectiva que evidencia a cegueira estatal, impõe-se ao registrador civil o ônus de oferecer gratuitamente aquilo que tem inevitável custo. Nada contra a gratuidade para os comprovadamente carentes. Mas esse ônus não pode recair sobre quem foi habilitado por seleção de mérito para exercer uma atividade estatal pela qual responderá em caráter privado. É frontalmente contrário ao princípio da liberdade de iniciativa privada impor gratuidade a préstimo considerado essencial por parte do governo. Este é que deve responder por esse dispêndio. Afinal, o capitalismo cansou de ensinar que não existe almoço grátis.
A identidade digital já funciona em grande parte do Brasil. O Registro Civil das Pessoas Naturais funciona junto às maternidades, a partir do esvaziamento da profissão de parteira. As crianças não escolhem dia e horário para nascer: vêm à luz aos sábados, aos domingos, à noite ou de madrugada. Nenhuma criança brasileira, nos centros urbanos mais adiantados, sai da maternidade sem a certidão do seu assento de nascimento. E sem o seu número de CPF. Por que isso não pode ser ampliado para a vacinação, carteira de saúde, Registro Geral e tudo o mais que deva constar do Documento Único?
Nada impede que essa identidade abrangente seja utilizada de forma digital para obtenção dos serviços públicos e redução da burocracia que sufoca o brasileiro, assim como a mais elevada carga tributária do globo.
A estrutura do IBGE precisa ser deslocada para o RCPN, mediante convênio, o que já é possível à luz da Lei 13.484/2017 e do Provimento 66 do CNJ e os dados essenciais à formulação de políticas estatais estarão disponíveis para o planejamento do governo.
Isso pode ser também estimulado pelo Poder Judiciário, que é detentor da condição de produzir significativo impacto na implementação das políticas públicas. Os tribunais influenciam a definição de alternativas pelo poder político. O Judiciário é o fiscalizador, o controlador, mas também o orientador das delegações extrajudiciais. Nada impede, ao contrário, tudo recomenda, que ele assuma papel assertivo para que os demais Poderes, tão inebriados com eleições e reeleições, coligações e utilização de Fundos Partidário e Eleitoral, produzam normatividade que responda aos crescentes desafios do mundo digitalizado.
O Brasil tem criticado a interferência do Judiciário na política. Mas não pode se omitir quando constata a ineficiência de sistemas imprescindíveis ao aperfeiçoamento da frágil Democracia pátria. Investir no aprimoramento cadastral, na prática efetiva de oferta de serviços públicos hoje tão deficientes, como o controle de vacinações, de matrículas, de vagas nos hospitais, de obtenção de benefícios previdenciários e assistenciais, é algo que reduzirá, paulatinamente, a invisibilidade dos brasileiros que hoje, excluídos das benesses, mas incluídos nas desgraças, merecem adequado tratamento. Por parte dos três Poderes da República, mas também por parte da Universidade, da Academia, da intelectualidade e de todos os brasileiros que possam vir a ser designados sob a abrangente designação de “homens e mulheres de boa vontade”.
As novas gerações agradecem pelo eventual empenho que venha a ser demonstrada no sentido de reduzir os gaps escandalosos que uma das maiores economias mundiais apresenta, em cotejo com os níveis desejáveis de convívio justo e solidário.
JOSÉ RENATO NALINI é Reitor da UNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Presidente da ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS – 2019 -2020
A maioria das pessoas conhece a Astrologia através dos horóscopos publicados nos jornais. Muita gente lê e acredita nas previsões que são feitas, alguns inclusive seguem as sugestões dadas pelos astrólogos. Mas será que já se perguntaram no que se fundamentam estas previsões? Há base científica? Ou ainda, lembrando que nem tudo pode ser explicado pela ciência, há base racional para a Astrologia? E, fora estas questões, é lícito (ou, ao menos, convém) a um católico recorrer às previsões astrológicas? São questões relevantes, que precisam ser analisadas atentamente e respondidas com precisão. Além do mais, quando se procura entender as origens e as relações da Astrologia com o mundo atual, percebe-se claramente que hoje ela está muito ligada aos movimentos conhecidos por “New Age” ou, Nova Era. No que consiste esta tal de Nova Era?
A New Age (Nova Era) é, segundo os místicos e astrólogos, o advento da Era de Aquário. Para eles, estamos no final da Era de Peixes, dominada pelo pensamento cristão repressivo, retrógrado e preconceituoso. O próximo Eon (ou Era), será o fim da dominação cristã e o início de um tempo de luz, tecnologia e paz. Como disse, a filosofia da Nova Era está intimamente ligada à Astrologia e esta, por sua vez, usa uma roupagem falsa de ciência quando utilizada (erroneamente) conceitos da Astronomia.
Tanto a Astrologia quanto a noção de Eras estão relacionadas com os movimentos da Terra. Basicamente a Terra possui três movimentos principais. O primeiro é o de rotação em torno do próprio eixo, que dura aproximadamente 24 horas e determina os dias e as noites. O segundo movimento é o de translação em torno do Sol, que dura um pouco mais que 365 dias. Ele determina quais partes do céu estão visíveis a noite pois, se no movimento da Terra o Sol fica na frente de alguma parte do céu, não podemos vê-la. Temos que esperar alguns meses para estarmos num outro ponto da órbita. Desta forma, falamos de “céu de inverno” e “céu de verão”, por exemplo. Quem gosta de espiar o céu sabe: as três Marias aparecem bem no verão e o Escorpião no inverno. O terceiro movimento é o de Precessão. É o mesmo movimento executado por um pião quando está próximo de parar. É uma pequena oscilação do eixo de rotação.
Portanto, os movimentos da Terra determinam que partes do céu podemos ver em cada época do ano e em cada momento do dia e da noite. Para demarcar o céu e as estações do ano, os astrônomos dividiram ele em regiões. São as constelações. As estrelas de uma mesma constelação não precisam estar ligadas entre si. É apenas uma divisão aparente do céu, para facilitar a localização das estrelas. Atualmente, a União Astronômica Internacional divide o céu em 88 constelações, de tamanhos diversos.
Durante o ano o Sol passa na frente de 13 constelações. São as constelações do Zodíaco. Tenho certeza que você conhece, pelo menos, 12 delas. São os signos, Áries, Peixes, Touro, Escorpião, etc. Não há nada de especial com elas, exceto que o Sol passa pela sua frente. Os astrólogos dizem que seu signo é Peixes, por exemplo, porque o Sol estaria na frente de Peixes de fevereiro a março. Usei este tempo verbal, porque, de fato, o Sol não está na frente de Peixes durante o período que eles falam. É que eles não fazem observações, e também não sabem fazer contas, e parece que não tem vergonha disso.
A Terra gira um pouco inclinada em torno do Sol, por isso ele cruza em março e setembro, o equador celeste, uma linha imaginária que divide o céu em duas calotas, uma norte e outra sul. O ponto exato em que o Sol cruza este equador em março chama-se Ponto de Áries. Hoje, este ponto está sobre a constelação de Peixes, não de Áries. Ele mudou (e continua mudando) de posição por causa do terceiro movimento que citei, da Precessão dos Equinócios. Este movimento tem um período de 25800 anos. Neste tempo, o Ponto de Áries passa por alguns milênios sobre algumas constelações. É daí que os astrólogos tiram a estória das Eras. De Áries este ponto passou para Peixes (agora) e por volta de 2600 estará na constelação de Aquário.
Mas se os astrólogos não sabem nem quando o Sol está de verdade na frente de uma constelação, imagina calcular em que época o Ponto de Áries estará sobre a constelação de Aquário! Alguns dizem que já ocorreu na década de 60, outros que será neste ano e os mais precavidos põem a data mais além. Nenhum deles, porém, consulta uma tabela astronômica.
Do ponto de vista filosófico a Astrologia se baseia na ideia de que existem tempos propícios para determinadas atividades e que estudando os ciclos da natureza através dos movimentos celestes podemos conhecer e até prever estes momentos mais favoráveis e usar isto para nosso bem. Como escrevi antes, os astrólogos usam alguns conceitos de astronomia de modo completamente errado e por isso não sabem calcular os “ciclos da natureza”. Independente disso, muitos acham que mesmo assim a filosofia por trás da astrologia faz sentido, pois somos parte integrante de uma natureza muito ampla e estamos integrados a ela. Aí é que a astrologia tem se confundido nos dias atuais com os movimentos Nova Era.
A Astrologia é condenada pela doutrina católica por que é uma forma de adivinhação que se presta a tentar usar poderes ocultos da natureza, lê-se no parágrafo 2116 do Catecismo da Igreja Católica que: “Todas as formas de adivinhação hão de ser rejeitadas (…). A consulta aos horóscopos, a astrologia, (…) escondem uma vontade de poder sobre o tempo, sobre a história e, finalmente, sobre os homens, ao mesmo tempo que um desejo de ganhar para si os poderes ocultos. Essas práticas contradizem a honra e o respeito que, unidos ao amoroso temor, devemos exclusivamente a Deus”. O Catecismo enfatiza ainda mais no parágrafo 2117 que “mesmo que seja para proporcionar a este [o próximo] saúde, são gravemente contrárias à virtude da religião”.
Diversos cientistas já provaram que a Astrologia não funciona, que suas previsões não se tornam realidade e que mesmo que não sejam feitas previsões, o uso dos “tempos propícios” não favorece quem os identifica. Cientificamente dizemos que não há relevância estatística, é um atestado de que não existem estes tempos ou então que, caso existam, não faz diferença conhecê-los, pois não muda nada. Do ponto de vista científico a Astrologia é uma perda de tempo pois é bobagem, do ponto de vista da fé ela é um grave perigo pois nos afasta de Deus, conforme explica o Catecismo. A Astrologia é, portanto, errada e perigosa. Meu signo é a cruz.
08/2011
ALEXANDRE ZABOT - Fisico. Doutorado em Astrofisica. Professor da Universidade Federal de Santa Catarina. www.alexandrezabot.blogspot.com.br
Idoneidade é um substantivo feminino que deriva do termo larino “idoneitas - atis”, que expressa a qualidade de idóneo, e também significa a capacidade, aptidão, habilitação e competência.
A idoneidade, característica de alguém que é idóneo, revela alguém conveniente, apto, capaz, que possui certas condições para desempenhar certos cargos ou realizar certas obras.
Idoneidade é sinónimo de competência, aptidão, capacidade, autoridade e habilitação.
A idoneidade moral e física são requisitos para que um indivíduo seja qualificado para um emprego, sendo que em alguns casos a entidade empregadora exige a apresentação de um atestado de idoneidade moral e física.
A idoneidade moral é o conjunto de qualidades que recomendam o indivíduo à consideração pública, com atributos como honra, respeitabilidade, seriedade, dignidade e bons costumes. A idoneidade significa, também, a qualidade de boa reputação, do bom conceito que se tem de uma pessoa. Uma pessoa que possui idoneidade moral significa que ela é considerada honesta e honrada no ambiente em que está inserida, ou seja, é uma pessoa de bem, e esse requisito é avaliado a partir do cumprimento de normas e padrões. A idoneidade também está relacionada com uma forma de conduta e é um pré-requisito para as pessoas que queiram exercer alguma profissão mais qualificada. Por exemplo, para ser polícia É necessário ter uma conduta escorreita( que não apresenta defeito) e uma conduta ilibada(pura e sem mácula).
Idoneidade cadastral e financeira.
Idoneidade cadastral significa que a pessoa não tem dívidas pendentes em Bancos ou outras instituições de crédito, ou seja, que a pessoa tem a”ficha limpa”. A idoneidade cadastral é um requisito básico para obter financiamento para adquirir habitação própria.
Idoneidade financeira representa a qualidade de quem desfruta de crédito, existindo um atestado que pode comprovar a idoneidade financeira de um indivíduo.
Idoneidade de Jesus Cristo. Ninguém esteve melhor preparado, e ninguém se mostrou mais idóneo para ensinar do que Jesus Cristo. No que toca às qualificações Jesus foi mestre ideal. Isto é verdade, visto tanto no ângulo divino como no humano. No sentido mais profundo, Jesus foi “um mestre vindo da parte de Deus”.
O conhecimento das Escrituras: Jesus mostrou-se perfeitamente qualificado neste particular. Prova-o o episódio da sua tentação, quando enfrentou os esforços do demónio, que pretendia confundi-lo com citações das Escrituras. Prova-o a conversa na estrada de Emaús, quando Jesus explica as Escrituras relativas à sua pessoa. No decorrer do seu ministério, Jesus citou passagens de pelo menos vinte livros do Antigo Testamento e mostrou estar perfeitamente familiarizado com o conteúdo dele. De facto, Ele o conhecia tão bem que chegou mesmo a contrastar sua precariedade com a inteireza daquilo que Ele ensinava. Jesus não só conhecia as Escrituras, como também as assimilou de tal modo que as podia aplicar livre e perfeitamente às necessidades e ocorrências do dia.
Jesus também aprendeu na sinagoga, pois, no seu tempo, estava ela espalhada por todos os lugares, e a frequência a ela era hábito arraigado, quando não coisa obrigatória..Wilson acha que Jesus ia à sinagoga pelo menos uma vez em cada sábado, e isso por vinte anos ou mais. Nela havia exercícios religiosos aos sábados. Nas segundas e quintas-feiras, nos dias de festa e nos de jejum. A sinagoga era instituição puramente educacional ou instrutora. Lá a Lei(os cinco primeiros livros da Bíblia) era lido por uma pessoa, um intérprete explicava um versículo cada vez, aplicando a leitura à vida do povo em geral. Assim se lia toda a Lei de três em três anos e meio. A segunda leitura do dia era tirada dos profetas, sendo lidos e explicados três versículos de cada vez. Desta natureza foi a leitura que Jesus fez na sinagoga de Nazaré. Algumas vezes faziam-se perguntas para que os assistentes respondessem. Ainda recitavam, também, em uníssono certas passagens escriturísticas. Assim foi que Jesus aprendeu a Lei e os profetas, habilitando-se para refutar os rabinos e perguntar-lhes:”Não lestes nas Escrituras?”.Ligada à sinagoga havia uma escola elementar para meninos, que funcionava nos dias de semana. Existia essa escola onde existiam vinte e cinco alunos, e era obrigatória. Na verdade não se admitia que um judeu ortodoxo vivesse em lugares sem escola; caso vivessem em lugares separados por um rio, ambas as localidades deviam ter a sua escola, a não ser que se vencesse o rio por uma ponte. O menino judeu começava a frequentar a escola aos seis anos, e estudava as Escrituras até aos dez, começando pelo Levítico. Estudava a Lei, a história dos profetas e a poesia, recebendo assim, educação religiosa e moral,. Dos dez aos quinze anos, estudava as interpretações orais da Lei, e aos treze tornava-se “filho da Lei” e membro responsável da congregação da sinagoga.
Percebe-se que Jesus conhecia de cor quase todas as Sagradas Escrituras não só pelas citações directas que delas fazia, mas também pelas numerosas alusões fazia à Lei, a Isaías. A Jeremias, a Daniel, a Joel, a Oseias. a Miqueias, a Zacarias e Malaquias, e principalmente os salmos. .
Jesus compreendia a natureza humana. Ao lado do conhecimento das Escrituras, é muito importante a compreensão da natureza humana. Todo aquele que lida com a natureza humana deve conhecer alguma coisa a esse respeito Assim como o médico precisa diagnosticar antes de receitar qualquer remédio, também o professor precisa compreender a vida humana e os seus problemas, para depois aplicar o remédio das Sagradas Escrituras.
Em última análise, ensina-se as pessoas, e não a Bíblia. As próprias Escrituras foram dadas para ensinar, corrigir e disciplinar “para que o homem e a mulher sejam completos. Jesus não só compreendeu a mente judia em geral, quanto as suas facções e seitas, mas também compreendia tudo o que se passava no íntimo de cada pessoa. A Bíblia diz “ele bem sabia o que havia no homem” João, 2,25. O Mestre, sem dúvida, escafandrou a vida humana até suas maiores profundezas. Certamente ee podia dizer se os seus ouvintes eram bons ou maus, atentos ou desatentos amigos ou inimigos, interessados em seu ensino ou não, compreendendo-o ou confundindo-o, concordando com ele ou discordando.
Pensamentos sobre a idoneidade.-
“Uma pessoa idónea nem permite o mal desenvolver o seu projecto, pensamento ou raciocínio” .
“Uma pessoa idónea não sente vergonha de ser tansparente e verdadeira”.
Todos nós, cada um com o seu grau de conhecimentos e com o seu grau de responsabilidades procuremos agir com idoneidade.
(continua no próximo número)
ANTÓNIO FRANCISCO GONÇALVES SIMÕES - Sacerdote Católico. Coronel Capelão das Frorças Armadas Portuguesas. Funchal, Madeira. - Email goncalves.simoes@sapo.pt
Escrevi alguns artigos sobre tumores de estimação, fixações obscurantistas de parte da opinião nacional, frutos de décadas de propaganda enganosa, que repercute nas instituições de ensino, imprensa, legislação e, consequentemente, nas políticas de Estado. Os temas enganosamente trabalhados viram xodós dos bem-pensantes, ícones do politicamente correto. Acabam como crenças enraizadas e muito generalizadas que dão origem a credulidades ▬ metástases que tomam o organismo. São tumores de estimação. Infeccionam tudo, a política, as normas vigentes, a economia. Em geral, feitas as contas, representam crueldade para todos, em especial sofrem os mais desassistidos. É o caso da reforma agrária, tumor de estimação, fator de pobreza e atraso. A embusteirice pelo estatismo é outra.
Desde os anos 50 a reforma agrária vem sendo alardeada como panaceia para os problemas do campo. Ao ser imposta, invariavelmente traz produtividade baixíssima, produção, quando há, pequena e instável, vira foco de roubalheira e trambiques, poço sem fundo onde se joga irresponsavelmente dinheiro público, bem como ocasião de brigas, ilegalidades e demagogia comunista. Em duas palavras, estimula a desordem no agro e agrava a pobreza. É só visitar os assentamentos [chamados por tantos e com razão de favelas rurais] Brasil afora. Há relatório do TCU a respeito, estudos sérios de especialistas, não vou aqui tratar deles.
Por que empreguei pústulas diletas? Arranjei outra expressão, foi só para não repetir tumores de estimação, usada anteriormente. Mas é a mesma coisa, são morbidezes que intoxicam a imprensa, o mundo político, a legislação. Ninguém mexe nelas, como incompreensivelmente alguns doentes não deixam ninguém tocar nas pústulas. Ficam lá, intactas, diletas, infeccionando o corpo inteiro, sinais precursores da morte.
Tudo isso vem a propósito de notícia recente, o governo Bolsonaro paralisou 413 processos de reforma agrária. A razão, explica em ofício Geraldo Melo Filho, presidente do INCRA, é a falta de recursos orçamentários, cada vez mais escassos. De outro modo, existindo dinheiro em caixa, voltariam as vistorias, o passo inicial; e continuaria a maluquice destruidora da implantação ampla da reforma agrária, com base na legislação vigente. Quase 900 mil quilômetros quadrados, mais que a área somada dos estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, mais do que utiliza o agronegócio para enriquecer o Brasil, já foram esperdiçados nesse disparate empobrecedor que não cessa nunca. E seus promotores querem mais, mais e mais.
“Nada aprenderam, nada esqueceram”, teria comentado Talleyrand a respeito da nobreza exilada que voltava à França com a derrota de Bonaparte e ascensão de Luís XVIII. Entre nós também a aplicação da reforma parece nada ter ensinado ▬ nada igualmente teriam ensinado os desastres de sua aplicação em outros países. Em mentes misteriosamente refratárias à realidade óbvia, continuam ativos os germes da propaganda enganosa, que nos intoxicam há quase um século. São pústulas deletérias sem dúvida, mas diletas.
A reação natural à paralisação dos tais 413 projetos seria de alívio ▬ hosana, pelo menos a destruição será menor. Geraldo Mello Filho, e aqui ele ecoa opinião difundida em meios oficiais e de divulgação, julgou necessária uma segunda justificativa, como se a primeira ▬ a falta de recursos ▬ que soou como desculpa, não fosse suficiente: “Isso não significa que toda e qualquer vistoria será proibida. Em casos devidamente justificados, fundamentando o caso concreto pela necessidade de interesse público e social, as vistorias seriam autorizadas pela administração central”. Triste; a observação da realidade dantesca da reforma agrária é míope e desfocada; assim dos fatos embaçados e romantizados não nasce o juízo objetivo. Ele brota de opiniões impostas, crenças quase inamovíveis. Curto, em ambiente opressivo, escutamos o recitar monótono de mantras e slogans; são preconceitos que alimentam retrocessos.
Também um órgão de expressão, o CNDH (Conselho Nacional dos Direitos Humanos), ligado ao Ministério da Mulher, está querendo saber por qual motivo a reforma agrária está parada. Onde já se viu? Parada? Horror. À vera, os direitos humanos ficariam bem mais protegidos se tal parada se prolongasse indefinidamente. Em poucos lugares do Brasil se agridem mais os direitos humanos que nos assentamentos e seu entorno. Perguntem aos infelizes vizinhos deles.
De passagem sustento o óbvio ululante. O lógico e benéfico ao bem comum seria acabar com a reforma agrária assentada na legislação vigente. E ajudar de outra maneira, então efetiva, quem precisar: o Brasil tem muita terra pública, que seja entregue com critério a particulares que queiram e possam trabalhá-la.
Volto ao assunto. É claro, diante de tal situação, não poderia faltar a moxinifada dos partidos de esquerda e de organizações a eles ligadas. Eriçaram-se. A CONTAG (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) e a CONTRAF (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura Familiar) propuseram no STF uma ADPF (arguição de descumprimento de preceito fundamental). O governo, ao não levar adiante a reforma agrária, estaria descumprindo preceitos constitucionais fundamentais. A ADPF vem com pedido de liminar: anulação do memorando que determina a interrupção do processo de reforma agrária no Brasil. Que se arranje o dinheiro não importa onde, a reforma agrária precisa ser executada sem parar. A ADPF é copatrocinada pelo PT, PSOL, PC do B, PSB e Rede Sustentabilidade.
Não sei que efeito prático terá a tal ADPF. A propósito, tenho repetido a necessidade de reforma ▬ limpeza de entulho ▬ da legislação constitucional e infraconstitucional, envenenada durante décadas por mentalidade totalitária, intervencionista e coletivista. Salvador Allende implantou enérgico programa de comunistização do Chile sem recorrer a legislação nova. Com base em legislação de governos burgueses, “los resquicios legales”, pôde impor sua pauta.
No Brasil, nesse particular, nada mudou nesses dois anos de governo. Infelizmente, não acho que vai mudar proximamente. Os setores dirigentes estão com a cabeça posta, via de regra, em outros problemas. E assim é previsível, continuará intacta a legislação constitucional e infraconstitucional que pode levar o Brasil, sob governo de orientação diferente da atual, a viver situação parecida à da Venezuela. Onde está a cabeça? Por exemplo, temos o espírito tomado pelos despautérios escritos no whatsApp pelo demitido ministro do Turismo que insultou o colega: “Ministro Ramos, o Sr é exemplo de tudo que não quero me tornar na vida, quero chegar ao fim da minha jornada EXATAMENTE como meus pais me ensinaram, LEAL aos meus companheiros e não um traíra como o senhor”. Ou pela formação de grupos para disputar a presidência da Câmara. Ou do Senado. Etcétera, problemas emocionantes, superficiais e efêmeros não faltam. O problema que tenho levantado não desperta emoções, não é superficial, não é efêmero. Demanda solução longa e difícil. Contudo, é fundamental caminhar na direção da solução inteira. Resolvido, equiparia o Brasil, por décadas, de condições muito favoráveis ao crescimento na liberdade.
PÉRICLES CAPANEMA - é engenheiro civil, UFMG, turma de 1970, autor do livro “Horizontes de Minas"
Examinando o seu interior talvez você tenha descoberto pessoas com quem você se desentendeu gravemente e que guarde delas mágoa e ressentimento. Isto faz mal a você.
É preciso reconciliar-se com essas pessoas para que você tenha paz. Esta reconciliação não é um ato sentimental, mas uma decisão que você precisa tomar. Assim você tirará todo sentimento de culpa que possa haver em você.
É claro que você não é obrigado a conviver com pessoas que não o compreendam, mas não podemos excluir alguém de ser amado. Somos todos filhos do mesmo Pai; logo, somos irmãos; isto é uma realidade. Então, mesmo as pessoas que não gostamos, as que não gostam de nós, ou até os que nos prejudicaram, são nossos irmãos e filhos de Deus.
Não pode haver para você “pessoas descartáveis”, a quem você despreza ou menospreza. Não pode haver “gente importante” ou menos importante. A marca registrada que Deus pôs em cada um é a mesma: um filho amado.
Você não poderá estar bem com Deus se não aceitar os seus filhos. Nenhum pai gosta de ver um filho desprezar outro. É por isso que terminantemente, Jesus proíbe-nos, de julgar. “Não julgueis para que não sejais julgado. Porque do mesmo modo que julgardes, também será vós julgados e com a mesma medida com que tiverdes medido, também vós sereis medidos” (Mt 7,1-2).
Se você quer viver em paz consigo e com Deus, então não julgue e não condene o outro; senão, a justiça de Deus cobrará a pena de cada um dos seus pecados.
Cada pessoa humana está sujeita a fraquezas e tem o direito de enganar-se, de decepcionar você, de estar cansada, irritada ou confusa em certas ocasiões, etc. Da mesma forma tem o direito de pensar diferente de você, de sofrer conflitos interiores e tudo mais. Também as pessoas de seu convívio são assim: pais, irmãos, esposa, filhos, colegas. Eles podem nos decepcionar, fracassar, etc., e você deve estar preparado para entender isto e ajudá-los.
Leia também: Você é generoso?
Dificuldades e condições para o diálogo
Por que morre a planta do amor?
Não reaja com críticas, queixas ou lamúrias infantis nestas horas, mas, seja maduro e caridoso, e ajude ao outro em sua angústia.
Fala-se muito hoje em “relações humanas”, mas isto nada mais é do que viver como verdadeiros irmãos. Algumas coisas são importantes de serem lembradas.
Ninguém dá o que não recebeu e que não tem. Se o comportamento de alguém não agrada você, pergunte a você mesmo por que esta pessoa é assim. Se você analisar bem verá que nela há alguma carência de formação, de amor… que talvez não haja em você. Então, como cristão, não a condene, mas a compreenda com paciência.
Às vezes uma pessoa é azeda ou mal-humorada perto de você, não porque está perto de você, mas porque ela é assim com todos. No fundo elas carregam uma dor intensa que não tem nada a ver com você. Então, olhe-a com benevolência e tente ajudá-la ao invés de sair dali falando mal dela. Ela também é irmã sua.
Diante de uma pessoa amarga que irrita você, faça esta pergunta: Se eu tivesse estado na mesma situação desta pessoa e tivesse recebido o mesmo que ela recebeu, será que eu seria melhor que ela? Alguns psicólogos dizem que os defeitos que mais nos desagradam nos outros são exatamente os mesmos nossos. Isto pode ajudá-lo a mudar o seu interior.
As pessoas nos respondem da mesma forma que nós as tratamos. Se você lhes dá afeto e carinho, recebe o mesmo de volta. Então, mate o mau humor do seu colega com um sorriso e uma palavra amiga. Plante amor onde não há amor, e você colherá amor.
Assista também: Como posso ser uma pessoa mais tolerante?
O cristão jamais paga o mal com o mal, mas com o bem. Esta foi uma máxima que Jesus deixou:
“Não resistais ao mau. Se alguém te ferir a face direita, oferecei-lhe também a outra (…). Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos perseguem e maltratam” (Mt 5,39-44).
Lembre-se, sempre, o cristão nunca paga o mal com o mal. Se Jesus manda-nos viver assim, então, este é o caminho da vitória e da paz. Ou será que você duvida do Mestre? Pode estar certo de que a sua vida será transformada a partir do momento em que você passar a se preocupar com o bem estar dos outros. Isto fará o seu ego inchado, sensível e doloroso, começar a se esvaziar, quebrando a venenosa autopiedade que faz você sofrer. Você experimentará a verdadeira e autêntica felicidade que nunca passa.
Com esta nova ótica de vida deixamos de imitar os outros ou de tentar impressioná-los, e também de competir com o outro. Você será autêntico como Deus quer, e feliz.
Nós mesmos colocamos um fardo pesado em nossos ombros: necessidade de reconhecimento, de elogios, de destaque, de louvor ou aprovação dos outros, etc. É a nossa soberba, orgulho, vaidade… ou o que mais você quiser chamar.
Retirado do livro: “A luta contra a depressão”. Prof. Felipe Aquino. Ed. Cléofas.
FELIPE AQUINO - é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino
Um dia, eu estava assistindo um filme com o meu filho e quando o ator falou que ‘todos nós fazemos milagres se quisermos’; o Alexandre me disse: ‘Pai, aí está um bom tema para o seu artigo’. Mas, antes de explorar o assunto, vou contar esta história:
Havia um menino se preparando para a primeira comunhão e, de tanto ouvir falar das coisas de Deus, queria se encontrar com um anjo. Sabia que teria um longo caminho pela frente, portanto, encheu uma pequena mochila com pastéis, latas de guaraná e começou sua caminhada. Quando chegou na praça, encontrou um velhinho olhando os pássaros. O menino sentou-se junto dele, abriu a mochila e ia tomar um gole de refrigerante quando percebeu que o senhor idoso estava com fome.
Então, ofereceu-lhe um pastel e o velhinho, muito agradecido, aceitou e deu um gostoso sorriso – tão gostoso que o garoto quis ver de novo! Ofereceu-lhe também seu guaraná e mais uma vez o velhinho sorriu ao menino.
Estavam felizes e ficaram ali sentados sem se falarem, comendo pastel e bebendo guaraná pelo resto da tarde. Quando começou a escurecer, o garoto resolveu voltar para casa, mas, antes de sair, deu um grande abraço no velho, que retribuiu com o maior sorriso que o menino já havia recebido.
Chegando em casa com a alegria estampada na face, sua mãe perguntou surpresa: ‘Filhinho, o que você fez hoje que lhe deixou tão feliz?’ Ele respondeu: ‘Passei a tarde com um anjo! Sabe, ele tem o mais lindo sorriso que eu jamais tinha visto!’
Enquanto isso, o velhinho entrou radiante na sua cabana e a filha também lhe perguntou: ‘Por onde esteve que voltou tão contente?’ Ele não vacilou e respondeu sorrindo: ‘Comi pastéis e tomei bastante guaraná no parque. Deus é muito bom!’
Bem, não é difícil concluir que aquele menino realizou um ‘pequeno milagre’ na cabeça do idoso. Como teria sido o dia do velhinho sem a presença do garoto? Talvez, não teria se alimentado, nem sorrido e, quem sabe, receberia o desprezo de muita gente. Porém, com as bênçãos de Deus, apenas alguns pastéis, guaraná e amor fizeram a felicidade de mais um irmão carente. Só quem já ajudou alguém e recebeu um largo sorriso sabe como é gostoso.
Outro fato que desejo contar se refere a uma mulher de 53 anos que entrou em estado de coma. De repente, ela ouviu uma voz perguntar:
- Quem és?
- Sou a mulher do prefeito da cidade.
- Não pergunto com quem estás casada, pergunto quem és.
- Sou mãe de quatro filhos bem-educados e todos já encaminhados.
- Não pergunto quantos filhos tens, mas quem és.
- Sou pós-graduada em psicologia e sempre exerço com dignidade a minha profissão.
- Mas não perguntei qual é a tua profissão e sim quem és!
- Ah, já sei o que queres saber! Sou católica, quase sempre cumpri os meus deveres de caridade e, também, quase não faltei à missa aos domingos.
- Quase? Então, quase cumpriste a tua missão, não é?
E, num instante, milagrosamente recuperou-se, mas nunca esqueceu daquela frase: ‘Quase?’ Com a certeza de que ainda havia muito a fazer, resolveu ter mais tempo às coisas de Deus para, um dia, conseguir responder com convicção à pergunta: ‘Quem és?’
Então, ela se dedicou mais à oração e amou os pobres até alcançar os 87 anos. Ao morrer, tudo foi diferente, sem muita tristeza, pois era considerada uma pessoa santa. Muitos não sabiam que havia sido a mulher do prefeito, nem que tinha estudado, nem quantos filhos e netos tinha, mas diziam que havia ajudado dezenas de pessoas.
Portanto, também é fácil concluir que a nossa vida é um verdadeiro milagre de Deus e, quem não a aproveita, desperdiça a chance de entrar no Reino eterno. E para não jogar fora o dom da vida, realmente podemos realizar ‘pequenos milagres’ que, somados, nos darão um passaporte para o Céu! Lá, encontraremos pessoas que amaram como Jesus as amou.
Tenho certeza que todos sabem que temos os dons necessários para construir um mundo melhor – sem fome e violência –, mas o egoísmo e a ganância nos impedem de praticar a partilha e dar amor aos que sofrem. Você já pensou que pode – agora mesmo! – saciar a fome de um irmão? E levar a Palavra de Deus àquele que está perdendo as esperanças, não está ao seu alcance? É difícil rezar um terço pela paz no mundo? Você vive plenamente a sua fé?
Voltando ao filme que assisti com o meu filho, sou obrigado a concordar que, realmente, todos nós fazemos ‘milagres’ se quisermos aceitar as missões que recebemos do nosso Criador. Eu agradeço sempre por perseverar na fé e trabalhar nas Pastorais da Igreja. A cada dia, mais portas se abrem e mais chamados eu atendo para não precisar vacilar na resposta da pergunta: ‘Quem és?’
PAULO R. LABEGALINI - Cursilhista e Ovisista. Vicentino em Itajubá. Engenheiro civil e professor doutor do Instituto Federal Sul de Minas (Pouso Alegre - MG).
Ouvi esta “conta” narrada pelo “tio” Jacinto, na terra natal de minha mãe.
Certo serão, do mês de Agosto, noite quente e de lua cheia, estava sentado nas escaleiras do “tio” Jacinto, juntamente com outros jovens, quando este, depois de ter olhado fixamente para a lua redonda e luminosa, disse:
- Sabem, o que significa aquelas manchas escuras, que aparecem na lua?
Ninguém respondeu. Então, começou a contar velha história, que, segundo nos declarou, escutara da boca de sua querida avozinha:
Macedo de Cavaleiros
Era uma vez um homem, que nunca ia à missa, esse desleixo era motivo de escândalo, na aldeia, pois ele ia para o campo trabalhar.
Ora, certa ocasião em que tapava com silvas secas, fenda num cercado, fenda por onde poderiam entrar animais: cabras, porcos, ovelhas, apareceu-lhe Nosso Senhor, e disse-lhe:
- Não sabes que não se trabalha ao domingo?
-Sei, Senhor, mas… - respondeu o homem, desculpando-se da falta.
-Não há mas, nem meio mas: domingo é domingo. Terás teu castigo pelo mau exemplo que dás. E, para que o castigo te sirva de escarmento aos outros, como tu, serás bem visível para todos: aparecerás na lua, nas noites claras, sobraçando esse molho de silvas.
Dai em diante, quem afirmar a vista para a lua cheia, lá verá a sombra do desgraçado, com seu molho de silvas às costas.
Concluiu o “tio” Jacinto, muito empertigado.
Vila Flor - Porta da Igreja Matriz
Todos tentamos, vislumbrar, na lua, o homem curvado, com seu molho de silvas.
Então, meu priminho João, apontou para o céu com o indicador, esticando muito o braço:
- Eu vejo! …Eu vejo! …Eu vejo! …
-Não apontes, rapaz, para as estrelas, que te nascem cravos, nas mãos – Recomendou o “tio” Jacinto.
Todos se riram, troçando do cachopo. Mas meu priminho, muito compenetrado, ficou a mirar, receoso, as mãos.
E todas as manhãs, logo que levantava o sol, vinha ligeiro, ainda em pijama, ao meu quarto, para eu lobrigar se já haviam cravos….
HUMBERTO PINHO DA SILVA - PORTO, PORTUGAL
Moncorvo - Memória de Campos Monteiro
JORGE VICENTE - Fribourgo, Suiça
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NOTICIAS DA DIOCESE DO PORTO
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HORÁRIOS DAS MISSAS NO BRASIL
Site com horários de Missa, confissões, telefones e informações de Igrejas Católicas em todo o Brasil. O Portal Horário de Missas é um trabalho colaborativo onde você pode informar dados de sua paróquia, completar informações sobre Igrejas, corrigir horários de Missas e confissões
Em novembro de 2007, a Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU) proclamou o dia 20 de fevereiro como o Dia Mundial da Justiça Social. Uma data de extrema importância por objetivar a erradicação da pobreza, a promoção de empregos, a igualdade de gênero e o acesso ao bem-estar social e justiça para todos. Além disso, a comemoração evidencia a importância do atendimento, sem quaisquer distinções dos serviços essenciais e básicos (atenção médica, cultura e nutrição, etc.) e o desenvolvimento lastreado na isonomia de direitos, na solidariedade coletiva, na harmonia e no respeito ao ser humano dentro e entre os países.
A Justiça Social é concebida como o equilíbrio entre a base financeira e o pilar social de uma determinada comunidade, obtido por meio da criação de proteções a favor dos mais fracos e desfavorecidos, ilustrando-se tal conceito, pela figuração de que enquanto “a justiça comum e tradicional é cega, esta deve tirar a venda para ver a realidade e compensar as desigualdades que nela se produzem”. No mesmo sentido, diz-se que, enquanto a chamada “justiça comutativa é a que se aplica aos iguais, a justiça social corresponderia à justiça distributiva, aplicando-se aos desiguais”. O seu mais importante teórico contemporâneo é o filósofo liberal John Rawls que no livro “Uma Teoria da Justiça” de 1971 defende que uma sociedade será justa se respeitar três princípios: garantia das liberdades fundamentais para todos; correspondência equitativa de oportunidades e manutenção de diferenciações apenas para favorecer os diferentes.
Dessa forma, constatamos que o Brasil está longe de alcançar uma posição de destaque nesses propósitos. Na verdade, grande parte dos homens públicos está comprometida com interesses próprios e de grupos econômicos, deixando de lado o coletivo; muitas de nossas instituições estão sendo ocupadas por pessoas gananciosas e corruptas; as diferenças prevalecem e a indignação maior provém do desinteresse dos órgãos oficiais com as questões cruciais da população. Infelizmente, essas nuvens sombrias parecem pairar de modo permanente, afastando quaisquer sinais de mudança. Efetivamente não dá mais para suportar o drama de muitos, o desemprego, a desesperança dos jovens diante do descaso com a educação, saúde e a crescente violência, tentando-se maquiar a realidade com os mais variados subterfúgios.
Precisamos intensificar esforços para consolidar um mínimo da Justiça Social. Para tanto, é urgente deixarmos de lado o comodismo e o egoísmo e lutarmos decisivamente pela busca de caminhos que garantam uma vida digna à maioria dos brasileiros e não apenas a uma minoria privilegiada, propiciando- lhes terra, trabalho, moradia e condições para exercer a cidadania.
Ao pesarmos o triste cotidiano, verificamos a imediata necessidade da transmissão dos verdadeiros valores, para se situar os paramentos do certo e do errado. Tais princípios básicos, além dos pertinentes à ordem e ao Direito, devem servir como referências ao ser humano, tornando-o eticamente responsável e ao mesmo tempo solidário, fraternizando-se com aqueles com quem convive. Imprescindível que o povo se organize e procure soluções ao seu modo, reivindicando, fiscalizando e cobrando de nossas autoridades a satisfação de seus anseios constitucionalmente garantidos.
João Carlos José Martinelli é advogado, jornalista, escritor e professor da Faculdade de Direito do Centro Universitário Padre Anchieta de Jundiaí. É ex-presidente das Academias Jundiaienses de Letras e Letras Jurídicas (martinelliadv@hotmail.com)
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