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Sexta-feira, 17 de Junho de 2022
ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS - O RIO PIRACICABA E O SALMO DO REI DAVI

 

 

 

 

 

 

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Quando contemplo, da janela do meu apartamento, o belíssimo rio Piracicaba, recordo da também belíssima frase do Rei Davi: “Fluminis impetus laetificat civitatem Dei” (Salmo 45, 5). Como são, infelizmente, cada vez menos numerosas as pessoas que ainda cultivam e entendem o idioma do velho Lácio, traduzo: “o ímpeto do rio (ou o rio caudaloso) alegra a cidade de Deus”.

Essa frase bíblica, que podemos aplicar perfeitamente ao nosso rio Piracicaba, além de seu sentido místico e simbólico, tem também um sentido material e prático. Para uma cidade, realmente, é benéfica e causadora de alegria a presença de um rio com águas abundantes. Para se entender o sentido dessa frase, há que inseri-la no contexto do citado salmo, mais especificamente dos seus primeiros seis versículos: “Salmo para o fim, dos filhos de Coré, para os mistérios. Deus é nosso refúgio e nossa força; nosso auxílio nas tribulações que nos cercavam de todas as partes. Por isso não temeremos ainda que a terra seja abalada, e sejam transladados os montes para o meio do mar. Bramaram e turbaram-se suas águas; estremeceram os montes pela sua fortaleza. Um rio caudaloso alegra a cidade de Deus; o Altíssimo santificou seu tabernáculo. Deus está no meio dela, não será comovida; Deus a ajudará desde o raiar do dia.”

O sentido místico e anagógico do salmo 45 foi explicado pelo jesuíta São Roberto Bellarmino (1542-1621), na sua “Explanatio in Psalmos”, que costuma ser editada como complemento à monumental obra “Commentaria in Scripturam Sacram”, do exegeta Pe. Cornélio a Lapide (1567-1637), também da Companhia de Jesus.

São Roberto Bellarmino começa por dizer que alguns autores mais recentes entendiam o salmo 45 como sendo um cântico de ação de graças do rei Davi, pela vitória que obteve com o auxílio de Deus sobre seus inimigos, mas esse não era o entendimento dos antigos Padres da Igreja, como Santo Ambrósio, São Jerônimo, Santo Agostinho, São Basílio, São João Crisóstomo, Teodoreto e Eutímio, que com grande consenso ensinaram que esse salmo deve ser entendido como tratando da libertação da Igreja Católica de seus perseguidores infiéis. O título do salmo, segundo esses autores antigos e o próprio São Roberto Belarmino, confirma essa interpretação: se se destina “para o fim” e “para os mistérios”, não podia referir-se a fatos passados, mas somente a futuros e ainda desconhecidos.

A referência aos montes que estremecem e são transladados para o meio do mar agitado, seguida da alusão ao rio caudaloso que alegra a Cidade de Deus, tem uma explicação muito bonita, em sentido figurado, que é dada por São Basílio e São João Crisóstomo, e endossada por São Roberto Bellarmino:

“Podem todas essas coisas ser entendidas de modo figurado, entendendo-se por terra os homens terrenos; por montes, não somente os homens terrenos, mas aqueles que têm poder e são soberbos, como o eram os grandes reis inimigos da Igreja; por mar, se entende a amargura da tribulação e dos sofrimentos que nos últimos tempos envolverão a todos os ímpios. É desse modo que a terra será abalada quando os ímpios que amam a terra se abalarem, turbados com temor horrível, como diz o Livro da Sabedoria, 5, 2. E os montes serão transladados para o meio do mar, quando os antigos grandes reis que perseguiam a Igreja forem mergulhados no mais profundo abismo, e então bramarão e se turbarão as águas dos mares, quando a futura última tribulação de modo horrível turbar os ímpios, e os seus reis, ante a força de Deus, porque então se manifestará quão grande é o poder da cólera de Deus contra os pecadores. Mostra [o salmo] a seguir porque o povo de Deus não temerá quando se turbar a terra e os montes forem transferidos no meio do mar; e diz a razão disso, porque, em lugar da abundância de amargura que turbará os ímpios, será dada à Igreja uma abundância de felicidade, que a encherá de regozijo, e em lugar da instabilidade dos montes, que se verão lançados no meio do mar, à Igreja será dada uma perpétua estabilidade, porque Deus estará no meio dela. E diz que o ímpeto do rio alegrará a cidade de Deus, ou seja, não temerá  o povo de Deus quando se turbar a terra, porque não invadirão a Igreja as ondas do mar amargo; mas, pelo contrário,  as águas doces e claras do rio com grande ímpeto, e evidentemente em grande quantidade, com abundância de felicidade a alegrarão. (...) E conclui mostrando de onde e quando se darão essas coisas, ao dizer que Deus a ajudará desde o raiar do dia, ou seja, no início do dia da eterna felicidade. A Escritura, com efeito, compara o tempo da infidelidade às trevas da noite, o tempo da fé à aurora, e a visão de Deus à claridade do dia (Rom. 13, 12)”. (Roberti Bellarmini Politiani ... Explanatio in Psalmos. Veneza: Thomas Bettinelli, 1747, pp. 166-167).

Desde os tempos mais recuados da História, as povoações e cidades, na sua imensa maioria, quase sempre se formaram à beira de algum curso de água. Mesmo as cidades litorâneas, normalmente se situam junto à foz de algum rio, que lhes fornece água doce. Raríssimas são as cidades não banhadas por algum rio em função do qual vivam.

O rio Piracicaba representa, para nossa cidade, uma verdadeira bênção. Seria impensável a cidade de Piracicaba sem seu rio. Ainda que, por hipótese, fosse possível abastecer suficientemente a cidade com gigantescos poços artesianos ou com água trazida de outras partes, Piracicaba não teria razão de existir sem o seu rio.

 

 

ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS  -  é licenciado em História e em Filosofia, doutor na área de Filosofia e Letras, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Academia Portuguesa da História.



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JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI - 17 DE JUNHO - DIA MUNDIAL DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO E À SECA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No dia 17 de junho comemoramos o Dia Mundial de Combate à desertificação e à Seca. A data foi escolhida pela Assembléia-Geral da ONU em 1994, pois foi proclamada na ocasião a Convenção sobre a Luta contra a Desertificação. Por esses e por outros motivos, essa celebração é extremamente oportuna para promovermos a sensibilização da opinião publica sobre a necessidade de fomentar a cooperação internacional no combate à desertificação e aos efeitos da seca.

De acordo com a Convenção da ONU a desertificação corresponde à degradação da terra nas zonas áridas, semiáridas e sub úmidas secas, devido a vários fatores, como por exemplo, variações climáticas ou atividades humanas, como constantes desmatamentos. Por outro lado, a seca é um fenômeno natural que ocorre quando se verifica o déficit de água por um longo período de tempo provocando danos no decorrer normal da atividade humana, especialmente, nos setores agrícola e pecuário e propiciando o desenvolvimento e a propagação de pragas e pestes e, consequentemente, a perda de seres vivos.

Tanto a Desertificação, como a seca são perdas da capacidade de renovação biológica das zonas áridas, semiáridas e sub úmidas. São dois  processos que mais seriamente ameaçam a humanidade, caracterizando um problema mundial que atinge, pelo menos, um quinto da população do planeta ao longo de mais de cem países, causando imensas repercussões. De acordo com as tendências atuais, em termos geraus, 135 milhões de indivíduos correm o risco de ter de se deslocar de sua zona de origem para outra em melhores condições por viverem em desertos que se formam a cada dia. A situação se caracteriza pela pobreza, fome e destruição de recursos naturais vitais (água, vegetação e solo).

Tal fenômeno se estende a todos os outros continentes (com exceção da Antártica), principalmente em países com clima árido e semiárido. Parte do território brasileiro apresenta uma condição climática caracterizada por períodos de seca prolongada e chuvas concentradas, onde predominam os climas semiárido e sub úmido seco.

   Ao longo dos anos, a ocupação humana e a exploração dos recursos naturais vêm impactando as regiões  secas do país, provocando a degradação da terra, a perda da cobertura vegetal nativa e a redução da disponibilidade de água. A intensificação de tais processos levou crescentes frações dessas regiões à condição de áreas degradas pela desertificação.

A aspiração ecológica faz parte do exercício da cidadania. Por isso, a proteção do meio ambiente não é uma tarefa exclusiva das autoridades, mas um compromisso de toda a sociedade. Assim,  mais do que nunca, devemos despertar e cultivar o ideal de conservação ambiental, propagando a consciência ecológica para que a natureza que ainda existe consiga recompor-se equilibrada e permanentemente. E no caso da desertificação, uma das maiores formas de combatê-la pela população, é a permanente economia de água e evitar o desequilibrado corte de árvores. Assim, todos tem responsabilidade na tentativa de evitá-la.

                                                                                            

 

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor da Faculdade de Direito do Centro Universitário Padre Anchieta de Jundiaí. É ex-presidente das Academias Jundiaienses de Letras e de Letras Jurídicas. É autor de diversos livros.



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CINTHYA NUNES - ITÁLIA X PORTUGAL

 

 

 

 

 

 

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Mal eram onze da manhã e toda a família já conseguia ver que tia Nicoleta estava bêbada. Todo domingo era a mesma coisa, fazia mais de vinte anos. Ela começava a cantarolar as músicas italianas do tempo das vitrolas. Eu até já conhecia algumas de cor, de tanto ouvir. Com o rosto afogueado, a tia ficava com a voz mole, escorregadia. Parecia até que as palavras queriam fugir, cansadas daquela mesmice, mas ela não deixava.

 Zia Nicoleta, poveretta, era uma mulher triste. Tudo culpa do Nonno Nino, que a proibira de se casar com o Manuel, o português dono da padaria do bairro. Nunca mais Helena quis se casar ou namorar ninguém. Era mulher de um só amor, dizia. Vivia das lembranças do primeiro beijo e da tristeza da despedida, depois do Manuel ir embora num repente, sem avisar ninguém.

O caso era bem suspeito, por sinal. Todo mundo sabia que o Nonno era muito ciumento, mas se mordia de ciúmes não era da filha e muito menos da mulher. O velho Nino tinha era ciúmes das galinhas. Não de qualquer galinha, é claro, mas de algumas em especial. Criara três simpáticas penosas desde que eram pintinhos. Encontrou as bichinhas ciscando, desemparadas, sem uma galinha mãe por perto. Algumas migalhas de pão depois e elas já lhe pertenciam.

Pia, Lia e Fia eram tratadas como rainhas. Rainhas galinhas, mas definitivamente rainhas. As aves dormiam dentro de casa, empoleiradas no mancebo de madeira. Comiam apenas do bom e do melhor e seguiam felizes na inocência de quem tem cérebro pequeno. Até que tudo mudou. Uma das galinhas desapareceu. Só uma única pena foi encontrada no local.

Os cachorros e gatos da rua foram considerados suspeitos em potencial e o Nonno fez questão de entrar nos quintais de todos os vizinhos procurando pela Lia. O velho oscilava entre o ódio e o choro. O responsável iria pagar caro por aquela barbaridade. E a raiva pelo portuga nasceu naquele momento, quando o Nonno olhou para a padaria, que ficava do outro lado da rua.

A placa com o prato do dia, disposta logo na entrada do estabelecimento que também servia almoços aos domingos, era Galinha a cabidela. Só podia ser isso. Fia fora assassinada cruelmente. Era culpa daquele português cheio de conversinha mole. Se ele queria ter Nicoleta como esposa, isso era problema dele. A filha tinha o gênio medonho da mãe e sabia se defender, mas suas inocentes galinas? Crueldade pura. Não teria mais casório e pronto.

 Começou como discussão e terminou como briga feita feia demais. O Nonno era um homem forte e o franzino Manuel perdeu uns dois dentes, quebrou uma costela e no dia seguinte fechou a padaria, mudou de cidade e Nicoleta foi proibida de falar com ele novamente.

Desde então, todo domingo, dia do tradicional macarrão com frango e da família reunida, Nicoleta afogava as mágoas, na companhia do tinto suave e da música que a fazia se lembrar de como havia, por acidente, há décadas, atropelado a galinha favorita do pai e de como Manuel trocara, por um beijo, a tarefa de dar sumiço no cadáver.

 

 

CINTHYA NUNES é jornalista, advogada, professora universitária e já criou muitas galinhas, as quais nunca comeu, tampouco atropelou . cinthyanvs@gmail.com/www.escrirturices.com.br

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 11:30
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MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE - BAGAGEM

 

 

 

 

 

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Falando em bagagem vazia, em meio a uma roda de conversa, na qual disseram sobre o frio que passam os moradores de rua, uma integrante disse que é falta de vontade deles irem para um abrigo. Muitos não aceitam.
Ela, que já passou por essa situação há décadas, disse que não falassem sem ter um conhecimento maior.
Foi moradora de rua e alcoolista como decorrência de agressões. Penso, também, que moradores de rua, dependentes químicos, prostituídos e prostituídas são sempre efeito de alguma ou várias coisas. São derivados de abandono, maus-tratos, violência de diversos tipos, baixa autoestima...
Contou-nos sobre o período, há décadas, em que passou pela rua. Pelas histórias dela me recordei da música: “Pobre Andarilho”: “Eu sou um pobre andarilho/ Que vive na solidão/ Andando sem rumo na vida/ Na estrada da ilusão. / O meu martírio é tão grande/ Tudo na vida é espinho/ Estou vagando sem rumo/ Igual uma ave sem ninho. / Vivo sozinho no mundo/ Sem lei, sem paz, sem amor/ Cumprindo o cruel destino/ De um homem sofredor. / A Deus eu peço e imploro/Que tenha penas de mim/ Perdido e abandonado/ Não sei qual será meu fim. (...) É muito triste a sina/ De quem não tem paradeiro. / Vivo sozinho no mundo/ Sem ler, sem paz, se amor, / Cumprindo o cruel destino/ De um homem sofredor”.
Em primeiro lugar, segundo a moça, se os moradores de rua não causarem incômodo, são invisíveis. Como se não importassem. Apenas um acumulado de carne e roupas em um canto qualquer. Naquela época, de acordo com ela, o mesmo acontecia em relação aos abrigos: vistos como uma massa de gente, atendida por uma ou mais noites, que às sete da manhã necessitava estar na rua. Além disso – segundo ela– os que vão para as ruas estão sem perspectiva de futuro e o abrigo também não lhes oferecia essa possibilidade de mudança. Houve casos de mulheres abusadas por gente que comandava os abrigos, por ela chamados de albergues.
Hoje, a questão de abrigamento para moradores de rua prevê outros passos em direção à reintegração social. A visão da Gestora de Assistência e Desenvolvimento Social da Prefeitura, Maria Brant de Carvalho Falcão, e passos dados são dignos de aplausos, contudo, penso eu, estar na rua é um estágio muito avançado da degradação humana.
Há poucos dias, uma pessoa que faz campanha solidária ligada à pobreza menstrual, contou que fora entregar o material recebido na Cracolândia. A voluntária, que realiza um trabalho no local, lhe disse que não adiantaria, pois as mulheres não possuem calcinha. A que ponto se chega! São decorrência de alguma desdita. E como fazer para que recuperem o sentido da vida?

 

 

MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE -

 Professora e cronista. Coordenadora diocesana da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala. Jundiaí, Brasil.



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ANTÓNIO FRANCISCO GONÇALVES SIMÕES - 40 - FAMOSO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A palavra “famoso” provém. oo  substantivo”fama” com o sufizo “oso” formandoinvulgar o adjectivo “famoso”. Provém, também, do latim “famosus, a, um”..É um adjectivo que indica  aquilo que tem muita fama: afamado, célebre, conhecido, notável, renomado, que é muito bom,, excelente.. Há palavras relacionadas com este adjectivo “famoso”: famosamente, famigerado, hospitalar. Insigne, lendário. célebre, rememorável. popular. memorável, invulgar,extraordinário, excepcional, explêndido. inesquecível excelente.afamado,conhecido, ilustre.

Famoso  e a Bíblia. Na Bíblia, existem diversos salmos que são indicados para as mais diversas situações. No entanto, existem alguns deles que ficaram  conhecidos por serem os mais famosos.

 

Vejamos os mais famosos:

 

1. Salmo 91: Este é um dos salmos mais famosos e importantes da

Da Bíblia. Ele pode ser usado para agradecer e pedir protecção em qualquer momento da nossa vida. A força  energia deste salmo  estão na acção de pedir desculpas   e muar de comportamento.

“Aquele que  habita no  esconderijo o Altíssimo, à sombra do omnipotente descansará. Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o um refúgio, a minha fortaleza, e Nele confiarei”. Ele é o Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e  nele confiarei. Porque  ele te livrará

Do laço do passarinho, e da perste prniciosa.Ele te cobtrirá com as suas penas e broquel. Não trás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia, nem da peste perniciosa. Ele te cobrirá com as suas penas., e debaixo das suas  asas t confiarás; a sua verdade terá o teu escudo e broquel.. Não terás  medo do terror de noite nem da seta que voa de dia, nem da peste que anda na escuridão, nem da mortandade que assola ao meio –dia.Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti. Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios. Porque tu,, ó Senhor és o meu refúgio. No   Altíssimo fizeste a tua habitação. Nenhum mal se acontecerá, nem praga alguma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os seus caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em  pedra. Pisarás o leão e a  cobra, calcarás aos peso filho do leão a cobra, e a serpente. Porquanto tão encarecidamente me amou, também eu o  livrarei, pólo –lo - ei em retiro alto, porque conheceu o meu nome Ele me invocará,  e eu lhe  responderei; estarei com ele na angústia; dela o retirarei e o glorificarei. Fartá-lo-ei com longura de dias, e lhe mostrarei a minha salvação”.

 

2. Salmo 23.Este salmo ressalta a importância de  se viver consciente da presença de Deus, a importância de viver em temor e com a certeza de  se estar num lugar seguro. Por isso ele está ntre os salmos mais famosos.

“o Senhor é o meu pastor, nada me faltará. Deitar-me em verdes pastos,, guia-se mansamente a águas tranquilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome

. Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque  tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam. Preparas uma mesa perante mim  na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda. Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias”.

 

3. Salmo 51. Este salmo, conhecido como um dos salmos de penitência mais famosos da Bíblia, é especial para purificar a alma, adquirir firmeza, vencer a raiva impulsiva e cuidar da estabilidade do espírito. Apropriado também contra caluniadores, invejosos, pessoas vingativas e  feiticeiras, pois a força deste salmo está na confiança que a pessoa tem no Altíssimo. Apropriado também contra caluniadores, invejosos, pessoas vingativas e feiticeiras, pois a força este salmo está na confiança que a pessoa tem no Altíssimo.

“Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas  transgressões, segundo a multidão  das tuas misericórdias. Livra-me completamente da minha iniquidade, e purifica-me do um pecado porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua  vista, para  que sejas purificado quando falares e puro quando julgares”.

 

4. Salmo 40 , Este também é um dos salmos mais famosos e é especial para receber graças e bênçãos quando: estiver atravessando dificuldades financeiras, tiver doença na família, sentir necessidade de aprender algo ou precisar encontrar palavras adequadas para  libertar-se de alguma situação constrangedora. O poder deste salmo está na maneira de receber as maravilhas enviadas por Deus.

“ Esperarei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor. Tirou-me dum lago horrível  dum charco  de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha., firmou os meus passos. E pôs um novo cântico a minha boca, um hino ao nosso Deus, muitos O verão. E temerão, e confiarão no Sonhor".

 

5.Salmo 37. Este salmo é indicado para  os que precisam valorizar as riquezas d alma, para os reencontros, renovar a dedicação, estreitar os laços afectivos, redescobrir a beleza do universo e favorecer as mudança  profissionais. Ele é um dos  salmos mais famosos, profissionais. Ele é um dos salmos mais famosos, pois o seu poder está nas vibrações positivas de clareza.

“”Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniquidade. Porque cedo serão ceifados como a erva, e murcharão como a verdura. Confia no Senhor e faz o bem. Habitarás na Terra, e verdadeiramente serás alimentado. Deleita-te também no Senhor e te concederá os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele e ele o fará”. E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio dia”.

 

 

ANTÓNIO FRANCISCO GONÇALVES SIMÕES   -   Sacerdote Católico. Coronel Capelão das Frorças Armadas Portuguesas. Funchal, Madeira.  -    Email   goncalves.simoes@sapo.pt



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JOSÉ RENATO NALINI - O VERDE DA ESPERANÇA

 

 

 

 

 

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            A Amazônia entrou na agenda planetária, assim que sua destruição foi acelerada nos últimos três anos. O mundo sabe de sua importância para mitigar os efeitos do aquecimento climático, fruto da insanidade e ganância dos humanos. Cientistas alertaram o governo, sem obter qualquer êxito. Seus apelos não conseguiram comover a sociedade, que se fora coesa, impediria a delinquência perpetrada contra esse patrimônio ainda ignorado pela maior parte da população.

            Mas há instrumentos mais eficazes do que os postulados da ciência. A imagem é uma ferramenta eficiente de persuasão. E é isso o que Sebastião Salgado sabe fazer com o talento e sensibilidade que o convertem num dos brasileiros mais lúcidos, coerentes e importantes para a salvação de nosso maltratado bioma.

            Ele não começou agora. Ele chegou a visitar a Amazônia mais de sessenta vezes em sete anos. Comoveu-se com o desmatamento, com os incêndios, com as grilagens, invasões, agressão desmesurada contra ribeirinhos, comunidades tradicionais e as etnias indígenas que resistiram ao genocídio iniciado no século XVI.

            Salgado ama a Amazônia: “Tenho a esperança de que minhas fotografias traduzam essa generosidade da Amazônia”. Generosidade da natureza, doadora espontânea de oxigênio, de cor, de vida em abundância. Por isso é que a mostra das fotos é um depoimento amoroso: um poema ecológico e idílico.

            Sebastião Salgado, o maior fotógrafo brasileiro e, com certeza, de toda a Terra, começou a visitar a Amazônia nos anos 1980 e intensificou suas viagens nos anos 2000, por conta do projeto “Gênesis”. A proposta era sedutora: retratar lugares ainda intocados do planeta.

            Ele pode, portanto, comparar o que era a Amazônia até há vinte e dois anos e o que ela é hoje: “constatei uma grande ferida na Amazônia, ela estava machucada. Vi regiões que, naquela época que eu tinha trabalhado, eram florestas totalmente virgens, e elas já estavam bem, bem destruídas. Aí vi que era o momento de fazer um trabalho maior”.

            O planeta recebeu, estarrecido, as fotos dos incêndios e da destruição da mata com o uso intensificado da motosserra e dos “correntões” puxados por dois tratores, que fazem o extermínio por atacado. Derrubam centenas de grandes árvores e levam consigo as pequenas, no plano predeterminado de produzir terra arrasada.

            Essas imagens constituem o maior libelo contra a política antiambiental perpetrada no mais valioso bioma brasileiro. É como se as fotos bradassem “Eu acuso!”. Pedindo a punição dos dendroclastas e dos inimigos da natureza.

            Ele confessa que, nos anos 1980, sua curiosidade eram os humanos que habitavam a região. Pensou “que era um ser humano que eu imaginava muito diferente de mim. Mas descobri imediatamente que eram exatamente como eu. Tudo o que era sério e essencial para mim, era sério e essencial para eles”.

            Esquecem-se os que patrocinam o extermínio da última grande floresta tropical do globo que ali residem cerca de vinte e cinco milhões de brasileiros, muitos dos quais empenhados em preservar o habitat que lhes garante o sustento. Assustados, apavorados, irresignados com o plano de eliminação do verde. Decepcionados, pois isso é obra de brasileiros como eles! Como é que o Brasil chegou a tal retrocesso?

            Sebastião Salgado lamenta o desmanche da Funai, do Ibama e de outras instituições consolidadas, idealizadas justamente para a proteção do patrimônio da biodiversidade e compatíveis com o tratamento constitucional conferido ao ambiente.

            Como a era é a das teorias conspiratórias, além da desestruturação oficial, colabora para piorar o quadro o impacto da crise climática. Ele constatou secas nunca antes registradas.

            Salgado e sua mulher, Lélia Wanick Salgado, são ecologistas de fato. Mantêm um projeto de reflorestamento em Minas Gerais que já recuperou áreas mortas e que é um êxito internacionalmente reconhecido.

            Mas é com suas fotos, já exibidas no mundo civilizado e agora oferecidas ao público brasileiro que ele procura conscientizar os próprios brasileiros para que defendam o que é seu. A Amazônia não é do governo, não é da República, não é do Estado brasileiro. Ela é do povo, o único titular da soberania. Se o povo quiser, a tragédia pode terminar.

            A exposição de fotos de Sebastião Salgado está no SESC Pompeia, rua Clélia, 93, na capital, podendo ser visitada aos domingos das 10 às 18 e das terças aos sábados das 10 às 21 horas, até 10 de julho. A entrada é gratuita!

As fotos são em branco e preto, também para que sintamos a importância do verde que, calcinado, se transforma em triste espetáculo de infinitos tons de cinza.

 

 

JOSÉ RENATO NALINI é Reitor da UNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Presidente da ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS – 2021-2022. 

 

 

 



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ALEXANDRE ZABOT - O CIENTIFICISMO E A PROMOÇÃO DO ABORTO

 

 

 

 

 

 

Alexandre Zabot

 

 

 

 

 

 
Escrito em 09/2015


Na raiz da promoção massiva do aborto também está a falta de uma visão da vida como algo sagrado, ou como um mistério. O homem atual sente-se dominador da natureza, e não como administrador. Será que a Ciência não é culpada disso? Afinal, foi a Ciência que nos deu poder de manipular a natureza e portanto, em última análise, só por causa do poder que ganhamos dela é que nos sentimos donos da natureza.
Na realidade o argumento está mal colocado. É verdade que a Ciência nos deu poder sobre a natureza (ainda que limitado). Mas esse poder não é mau em si, pois pode ser empregado de uma forma boa ou má. Mais uma vez estamos diante do grande dilema existencial humano: fomos criados livres por Deus. Cabe a cada um de nós escolher qual caminho tomar e arcar com as consequências.
A Ciência é algo desejado por Deus desde o princípio pois é um fruto natural da inteligência humana, dom do Criador. Quando bem utilizada, faz com que admiremos a Criação e encontremos nela reflexos de Deus. Eu diria até mais, que quando a pesquisa científica é orientada de acordo com os princípios éticos da lei natural colocada por Deus no coração de todos os homens, essa Ciência contribui para os desígnios de Deus no mundo. Ou seja, a boa pesquisa científica faz parte dos muitos e tão diversos mecanismos que a Providência Divina utiliza para levar o mundo ao fim último desejado pelo Criador.
Um cientista que trabalha de acordo com a reta razão, acredite em Deus ou não, irá encontrar-se com o mistério no seu trabalho. Normalmente, esse mistério se revelará por meio da beleza da natureza. Mas também poderá aparecer na bondade de todas as coisas que notavelmente estão ordenadas para uma harmonia entre si. Além disso, as grandes leis que regem os fenômenos naturais são coerentes entre si e formam uma espécie de tecido lógico impressionante e mais admirável ainda por ser compreensível para nós. Ou seja, o cientista que usa bem sua razão irá encontrar na natureza os atributos de Deus: a beleza, a bondade e a verdade.
Mas o que significa um cientista agir com a reta razão? Significa muitas coisas, mas principalmente que ele não extrapola para além do mundo material as conclusões empíricas que a Ciência lhe permite obter. A Ciência fala sobre o mundo material, não sobre o que lhe causou ou sobre a finalidade para que foi criado.
Entretanto, muitos cientistas querem passar a ideia de que a Ciência permite concluir sobre as razões e as finalidades do universo, algo que é um abuso tremendo e que comumente chamamos de cientificismo, ou seja, uma espécie de doutrina científica que não encontra fundamento na própria Ciência mas que mesmo assim é assumida por muitas pessoas. Cabe denunciar este cientificismo sem, no entanto, confundi-lo comCiência em si.
A consequência mais imediata do cientificismo é fazer o homem esquecer que a natureza foi criada e que não lhe pertence. Ou seja, que desde o início Deus nos colocou como meros administradores da sua criação e nos convidou a levá-la à plenitude com Ele, dando-nos um poder imenso de sermos co-criadores através do nosso trabalho.
Para o cientificista é lícito fazer qualquer violência à natureza desde que lhe seja conveniente. Muitos mascaram essa “conveniência” sob causas “bonitas”. É o caso das células tronco embrionárias, da eugenia, do aborto de tantos outros crimes contra a vida que são justificados com algo bom para o ser humano, como uma terapia ou a simples escolha de fazer da própria vida o que se quiser.
Não vou entrar no mérito destes argumentos, mas quero sublinhar que no fundo eles têm uma origem comum: ganhamos tanto poder sobre a natureza com a Ciência que não percebemos mais o caráter sagrado da natureza como Criação de Deus. Muitos a veem como um meio para satisfazer os desejos do homem.
Só a fé cristã permite conciliar plenamente a Criação e a Razão que Deus nos deu. É somente sob a perspectiva de sermos também nós criaturas de Deus e de estarmos aqui para cumprir um desígnio sagrado que podemos tomar consciência de que a natureza deve ser usada para este mesmo desígnio e que não temos o direito de fazer violência contra a própria identidade das coisas.
Dizer que a vida humana só começa na 14ª semana de gravidez (ou qualquer outra semana) é um exemplo de como distorcemos a própria identidade das coisas. Não podemos estabelecer um momento para quando começa a vida humana. Não importa quando surgem as faculdades neurológicas do feto, ou quando ele tem ou não condições de sobreviver fora do útero materno. De modo mais geral, nada que possa ser dito sobre as atividades naturais do feto pode ser usado como determinante do início da vida. Fazendo uma regressão extrema, nem mesmo o momento da entrada do espermatozoide no óvulo pode ser usado, pois não acontece num instante, mas num espaço de tempo.
Não podemos cair no jogo de discutir quando a vida começa, pois a questão não é essa, mas se temos ou não o direito de interferir. O começo da vida está cercado de mistério, pois é o início da existência de todo ser humano. Tentar definir esse momento é assumir que a vida humana é algo somente natural e esquecer que temos alma, que fomos desejados desde toda a eternidade por Deus Criador e que também somos suas criaturas. Respeitar o caráter sagrado da vida é algo que só faz sentido se limitamos a Ciência ao seu lugar correto de método investigativo e não tentamos usá-la inapropriadamente para validar filosofias malignas.
É plenamente possível e necessário conciliar a Fé cristã com a Ciência. Somente assim poderemos admirar a criação e levá-la ao fim determinado pelo seu Criador. A vida, especialmente a vida humana, um grande mistério, que o cientista deve aprender a admirar e aceitar que não pode ser violado.
 
 
 
 

ALEXANDRE ZABOT   -    Fisico. Doutorado em Astrofisica. Professor da Universidade Federal de Santa Catarina.   www.alexandrezabot.blogspot.com.br



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JORGE VICENTE - FOZ CÔA - A minha rua.

 

 

 

 

 

 

Jorge Vicente.jpeg

 

 

 

 

 

 

Pode ser uma imagem de ao ar livre e texto que diz "Joz Côa A minha rua Nasci na rua da Portela, Passei por lá a juventude. Recordações das melhores, Hoje, a ruela da saudade!... Na minha rua tinha amigos, Muitos colegas da escola. Residiamos no alto da rua, Era ainda pacata terriola!... Havia a célebre Pracinha, Prás melhores brincadeiras. Eramos bons companheiros, Amizades verdadeiras!... Ficam muitas recordações, Ficou a casa da saudade. Vizinhos de quem gostava, Bons amigos de verdade!... Jorge Vicente"

 

 

 

 

JORGE VICENTE - Fribourg ( Suiça)



publicado por Luso-brasileiro às 10:49
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FELIPE AQUINO - VOCAÇÃO SACERDOTAL E RELIGIOSA: COMO DESCOBRIR SE SOU CHAMADO A VIVÊ-LA ?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jesus chamou para apóstolos “aqueles que Ele quis”, depois de passar a noite em oração. A Igreja viu nisso o chamado ao sacerdócio e também às outras formas de vida religiosa. É Jesus quem chama o jovem à vida sacerdotal, o que não é fácil. A vida religiosa exige muitas renúncias para ser “todo de Deus”, estar a serviço do Seu Reino para a edificação da Igreja e a salvação das almas.

A palavra “vocação” vem do latim vocare, que quer dizer “chamar”. Deus põe no coração do jovem esse desejo de servi-lo radicalmente, em tempo integral, sem divisão.

 

 

Alguns sinais indicativos da vocação:

 

 

Para discernir esse chamado divino, o jovem precisa, sem dúvida, de um bom orientador espiritual, um padre ou um leigo experiente para ajudá-lo. Penso que alguns sinais indicativos da vocação de um jovem ao sacerdócio ou à vida religiosa sejam esses:

1. Ter vontade de entregar a vida totalmente a Deus sem guardar nada para si; ser como Jesus, totalmente disponível ao Reino de Deus. Ser um outro Cristo – alter Christus. Abraçar o celibato com gosto, oferecendo a Deus a renúncia de não ter esposa, filhos, netos, vontade própria etc. É um casamento com Jesus. Ele disse que receberá o cêntuplo nesta vida e a vida eterna depois quem deixar tudo por causa d’Ele e do Seu Reino. Jesus disse que as raposas têm seus ninhos, mas que Ele não tinha nem mesmo onde reclinar a cabeça. Isso é sinal de uma vida despojada de tudo. Nada era d’Ele, nem a gruta onde nasceu, nem o burrinho que O levou a Jerusalém. O barco de onde pregava e viajava, o manto que os soldados sortearam também não eram d’Ele. Nem a casa onde vivia em Cafarnaum pertencia ao Senhor. Tudo Lhe foi emprestado. Cristo era despojado de tudo; a Ele só pertencia a cruz.

Dom Bosco disse que não pode haver graça maior para uma família do que ter um filho sacerdote. É verdade. O padre faz o que os anjos não podem fazer: perdoar os pecados, realizar o milagre da Eucaristia, tornar presente o Calvário em cada Missa para a salvação do mundo.

 

 

 

 

 

 

Leia também: A vocação sacerdotal

Todos os cristãos são chamados a viver a santidade

Qual será a minha vocação e a minha profissão?

A santidade é a vocação do cristão

O que é uma “vida consagrada”?

Como discernir a vocação?

 

 

 

 

2. A vocação religiosa exige que o candidato tenha o desejo de trabalhar como Jesus pela salvação das almas, sem pensar em um projeto para a sua vida. Exige entrega total nas mãos de Deus, desejo de viver mergulhado no Senhor. Tem de gostar de rezar, de estar com Deus, de meditar Sua Palavra e participar da liturgia, pois sem isso não se sustenta uma vocação sacerdotal.

O demônio tem muitas razões para tentar um sacerdote ou um religioso, pois este lhe arrebata as almas. Então, o religioso consagrado tem de viver uma vida de extrema vigilância, muita oração e mortificação, como disse Jesus.

 

3. Amar a Igreja de todo o coração, tê-la como Mãe e Mestra, ser submisso aos ensinamentos do seu Magistério. Ser fiel à Igreja e a seus pastores, nunca ensinando algo que não esteja de acordo com o Sagrado Magistério da Igreja. Viver o que diziam o Santos Padres: sentire cum Ecclesia. Amar o Papa, os bispos, Nossa Senhora, os anjos e santos, os sacramentos, a liturgia e tudo o que faz parte da nossa fé católica. Amar a Bíblia e gostar de meditá-la todos os dias. Desejar estudar Teologia, Filosofia e tudo o mais que o Magistério Sagrado da Igreja nos recomenda e ensina. Gostar de fazer meditações, retiros espirituais e uma busca permanente de santidade. Almejar, como disse São Paulo, atingir a estatura adulta de Cristo; ser um bom pastor para as ovelhas.

 

Assista também: Como discernir minha vocação?

Curiosidades sobre a Vocação Religiosa

 

 

 

 

 

4. Desejar viver uma vida de penitência, na simplicidade, na pobreza evangélica, na obediência irrestrita aos superiores, aberto a todos por um diálogo franco. Ser tudo para todos. Estar disposto a obedecer sempre o seu bispo ou seu superior a vida toda, qualquer que seja a decisão dele sobre você.

 

5. Estar disposto a dar até a vida pela Igreja, pelas almas e por Jesus Cristo.

Talvez, eu tenha sido um pouco exigente, mas para aquele que deseja ser um “sacerdote do Deus Altíssimo”, creio que não se pode pedir menos do que isso. Quem opta pela vida sacerdotal deve se entregar de corpo e alma a ela; não pode ser mais ou menos sacerdote ou religioso. Seria uma frustração para a pessoa e para Deus. É melhor ser um bom leigo do que um mal religioso.

 

 

 

FELIPE AQUINO - é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino



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HUMBERTO PINHO DA SILVA - O COMPLEXO DE INFERIORIDADE DO PORTUGÛES

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na nossa terra, neste bonito jardinzinho plantado junto ao Atlântico, varanda florida sobre o mar azul, o povo é hospitaleiro e subserviente, acocorando-se diante de quem vem de fora, mormente de carteira recheada.

Quando faleceu Rebelo da Silva, Ramalho, referindo-se ao seu Portugal, escreveu:

" (...) " Sabes agora ò pátria qual é a diferença característica que te distingue de todos os países do mundo, e que vivamente te retrata na tua inépcia? É que se um homem que deixasse em Madrid, em Paris, em Londres, em Florença, em Berlim ou em Bruxelas, lá vinte mil homens a pé, levando no coração o luto nacional, o teriam acompanhado à derradeira morada. Tu mandaste um coche da Casa Real!" – " As Farpas”

Era assim como a nação respeitava os ilustres. E agora?

Em 2 de Abril de 2003, "O Público", publicou longa entrevista a António José Saraiva, onde este analisou o âmago do sentimento nacional:

"Os portugueses são acomodativos. Perdem facilmente o sentimento...Por exemplo, os filhos de portugueses, em Paris, quase todos decidem ser franceses. Uma coisa que a me entristece.... Um português acha sempre que o estrangeiro é melhor. Tem razão para achar, quando olha para um pais desenvolvido. Mas a gente vê um país, como o basco, a lutar pela sua personalidade e percebe o que é nacionalismo, o que é o patriotismo."

Na mesma entrevista acrescenta:

" Um castelhano só fala castelhano em qualquer parte do mundo. A gente ouve, mesmo em Paris, e apercebe logo que ele é castelhano. Não fala francês direito. O português, coitadinho, adapta-se, fala português pretendendo falar francês, e quando chega, vem cheio de "pirres", " à gouche"..."

Assim continua na década vinte, no nosso século, a mentalidade de muitos. Nos últimos anos, inesperadamente, surgiu onda saudosista dos descendentes de portugueses, que mal conhecem a língua de Camões, não sabem a História da nossa Pátria, e muitos,as tradições, os usos e costumes; mantendo, todavia, sua verdadeira nacionalidade... Para obterem assim as regalias – não os deveres, – dos cidadãos europeus...

Afortunadamente o atual Presidente da República, tudo tem feito para inverter o complexo que tantos: políticos, desportistas, artistas e figuras públicas, sofrem, considerando que é seu dever exprimirem-se no idioma do país que visitam.

Estando na Foz de Iguaçu, visitei a Argentina, num grupo de brasileiros. Todos ou quase todos, falavam castelhano apalhaçado. Apenas eu falei português. Fui compreendido perfeitamente e até louvado!

Dizia Eça ,que no seu tempo os casquilhos falavam francês, agora falam inglês. É bonito, é chique, e dá status...

E os bacocos nacionais, ao ouvi-los, escancaram a boca de espanto, e pensam estupefactos: Como é culto!... Como é inteligente!...Como é importante!...

 

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA



publicado por Luso-brasileiro às 10:20
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PINHO DA SILVA - DESTINO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eu, sou de Deus, não sou de mais ninguém:

as mãos, são para erguer !

 

As chamas, nunca descem: sobem!...Sobem sempre!...

Meu coração, é lenha para arder.

 

Siga cada um de nós o seu destino,

e não siga mais nada:

- a lua, e sempre a lua; o sol, é sol,

e com eles se faz a madrugada.

 

 

 

PINHO DA SILVA (1915-1987) – Nasceu em Santa Marinha, Vila Nova de Gaia. Frequentou o Colégio da Formiga, Ermesinde, e a Escola de Belas Artes, do Porto. Discípulo de Acácio Lino, Joaquim Lopes e do Mestre Teixeira Lopes. Primo do escultor Francisco da Silva Gouveia. Vilaflorense adotivo, por deliberação da Câmara Municipal de Vila Flor.
Tem textos  dispersos por várias publicações, entre elas: “O Comércio do Porto”, onde mantinha a coluna “ Apontamentos”, e o “Mundo Português”, do Rio de Janeiro, onde publicou as “ Crônicas Lusíadas”. Foi redator do “Jornal de Turismo”, membro da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, e secretário-geral da ACAP. Está representado na selecta escolar: " Vamos Ler", da: Livraria Didáctica Editora, com o texto : " Bacos e redes".


publicado por Luso-brasileiro às 10:09
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PAULO R. LABEGALINI - VAIDADE E ESPIRITUALIDADE

 

 

 

 

 

 

Paulo Labegalini.jpg

 

 

 

 

 

 

Durante uma palestra, um professor amigo pediu a palavra e expôs um conto interessante. Falou de uma donzela que encontrou um sapo na floresta, que lhe disse:

– Se me beijar, deixarei de ser sapo e me transformarei num competente professor.

Ela o levou para casa e passou a cuidar dele. Algum tempo depois, o sapo perguntou-lhe:

– Você não vai me beijar para nos casarmos?

– É claro que não! – respondeu ela. – Posso ganhar muito mais dinheiro com um sapo falante do que com um professor.

Bem, isto caracteriza a desvalorização da nossa carreira em todos os níveis, mas o enfoque aqui é outro. Quanta gente agradece o pouco dinheiro que ganha e dignifica o trabalho que tem! Há pessoas que lutam dia e noite pela sobrevivência e nunca reclamam! A melhor explicação para isso está na espiritualidade que conquistaram.

E segundo um sacerdote, em outra palestra que nos proferiu, existem alguns aspectos relevantes da espiritualidade:

1 – Não receber a graça de Deus em vão: é preciso caminhar na fé e servir o próximo, produzindo frutos na evangelização.

2 – Saber partilhar: Jesus era rico em amor e dividiu seu tesouro com os pobres. É um exemplo que precisa ser imitado.

3 – Ter compaixão: sempre expressar aquilo que apaixona o nosso humilde coração.

4 – Superar fraquezas: com oração, viver uma grande experiência Divina nas tribulações.

5 – Abandonar-se em Deus: confiando na Eucaristia e nas promessas de Cristo. Abraão e Sara tiveram filho com mais de 90 anos!

Dizemos que os homens são como pássaros: voam de dia e voltam ao ninho à noite. O problema é que o ‘dia’, às vezes, significa anos de escuridão para o ser humano. O importante, então, é disponibilizar tempo para o coração. Se estivermos envolvidos com bons propósitos, a chama de amor nunca se apagará.

São Paulo escreveu que ‘quem semeia pouco, colhe pouco; dê conforme seu coração decide’. E não podemos esperar sempre os mesmos resultados porque, como na ‘Parábola do Semeador’, cada semente depende do terreno em que foi lançada. Se o solo for fértil em esperança, a semente germinará.

O mesmo Paulo falou: “Quando estou fraco é que sou forte!” Com certeza, se referiu ao amor de Cristo que nos congrega como irmãos. Costumo afirmar que, infelizmente, a doença deste século é a vaidade. Quando tudo dá certo, dizemos: ‘Eu fiz!’; e desprezamos a graça de Deus e a ajuda de tantos aliados que, na fraqueza, são pilares para a nossa sobrevivência.

No século XIX, um grande pregador foi convidado a discursar para o rei e, quando ia começar a reflexão que havia preparado, ‘deu branco’! Ele, então, pregou falando de sua fraqueza e de como era pequena a sua sabedoria. Assim, realizou uma das melhores oratórias de sua vida e encantou a todos. Pois é, sem vaidade, tudo flui melhor.

E ainda lembrando do que nos disse o sacerdote, se com todo pecado que existe no mundo não conseguimos acabar com a Igreja, é porque ela é verdadeiramente santa e encabeçada por Cristo! A segurança que precisamos para viver deve ser fortalecida por meio da espiritualidade, e a Igreja é a ponte entre Jesus e os homens de fé. O que vem de Deus, chega a nós através dos ensinamentos precisos da Igreja.

A Bíblia mostra as pessoas como eram: com suas fragilidades e seus pecados. Retrata a Verdade! Jesus teve até prostitutas e ladrões como antepassados distantes, o que prova que a santidade pode ser alcançada em qualquer condição de existência; mas cuidado: ninguém toma o Céu por assalto! Embora o Paraíso não deva ser almejado somente por santos, somente nele chegará quem se aproximar de Deus aqui na Terra. Por exemplo: quem acolhe o próximo com amor e caminha na fé, está próximo do Senhor.

E Deus nos ama tanto que não nos poupa de sofrimentos para crescermos em espiritualidade. Nas situações adversas, se desejarmos, acumulamos muitos tesouros no Céu. Posso falar por mim que, com tantas doenças e brigas em família, aprendi grandes lições. E as recompensas têm sido maravilhosas, como também aconteceu no final da semana passada em Curitiba.

Um outro dia, um padre (Maikol) convidou-me para dirigir umas palavras à assembleia que participava da missa na linda igreja de Sant’Ana, na Paróquia de Abranches. Já é a quarta vez que faço uma ‘pequena homilia’ na Celebração da Eucaristia e, confesso, não é fácil. Aceito porque sou chamado a testemunhar o amor de Deus por nós.

Mas, isso é valorizar a espiritualidade ou cultivar a vaidade? Se eu não rezar e me policiar cada vez mais, posso cair em tentação e inverter os valores. Pode até parecer estranha esta colocação: a vaidade e a espiritualidade caminham muito próximas de nós a todo momento; porém, quanto mais crescermos em espiritualidade, mais nos afastamos da vaidade. É uma luta constante!

 

 

PAULO R. LABEGALINI   -  Cursilhista e Ovisista. Vicentino em Itajubá. Engenheiro civil e professor doutor do Instituto Federal Sul de Minas (Pouso Alegre - MG).



publicado por Luso-brasileiro às 10:00
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EUCLIDES CAVACO - DIA MUNDIAL DE DOADOR DE SANGUE

 

 

 

 

 

 

 

 
 
 
 
 
Neste breve video de menos de 2 minutosdeixo este soneto onde expresso o meu preito de gratidãoa todos quantos têm a coragem e a generosidade de doar o seu sangue a quem percisa , salvando implicitamente muitas vidas. Veja neste video...https://www.youtube.com/watch?v=TcEK-F7QJ0Y
 
 
 
 
 
 
 

 

 

 

 

O meu fraterno abraço de sincera amizade.
 
 
 

  EUCLIDES CAVACO  -   Director da Rádio Voz da Amizade , Canadá.

 

***

 
 
 

 

NOTICIAS DA DIOCESE DO PORTO

 

 http://www.diocese-porto.pt/

 

 

NOTICIAS DA DIOCESE DE JUNDIAÍ - SP

 

 

 https://dj.org.br/

 

***

 

Leitura Recomendada:

 

 

Resultado de imagem para Jornal A Ordem

 

Jornal católico da cidade do Porto   -    Portugal

 

Opinião   -   Religião   -   Estrangeiro   -   Liturgia   -   Area Metropolitana   -   Igreja em Noticias   -   Nacional

 

https://www.jornalaordem.pt/

 

***

HORÁRIOS DAS MISSAS NO BRASIL


https://www.horariodemissa.com.br/#cidade_opcoes 

 

Site com horários de Missa, confissões, telefones e informações de Igrejas Católicas em todo o Brasil. O Portal Horário de Missas é um trabalho colaborativo onde você pode informar dados de sua paróquia, completar informações sobre Igrejas, corrigir horários de Missas e confissões

 

***



publicado por Luso-brasileiro às 09:50
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