05/2015
ALEXANDRE ZABOT - Fisico. Doutorado em Astrofisica. Professor da Universidade Federal de Santa Catarina. www.alexandrezabot.blogspot.com.br
A comemoração do “Dia das Bruxas”, o popular “Halloween” que ocorre no dia 31 de outubro pouco tem a ver com a nossa cultura. A sua origem remonta às festas pagãs da Idade Média, que celebravam a passagem do outono para o inverno, nas quais imensas fogueiras eram acesas no alto das colinas, para afugentar os maus espíritos. Acreditava-se que as almas dos mortos visitavam a Terra no dia 31 de outubro, razão pela qual aquelas lanternas feitas com abóboras serviam, na verdade, para orientá-los neste retorno terreno durante o Dias das Feiticeiras.
Elas foram levadas aos Estados Unidos por imigrantes, principalmente irlandeses e acabaram por influenciar, curiosamente, a solenidade cristã de “All Hallows’Eve” (Dia de Todos os Santos), celebrada em primeiro de novembro. Daí o nome “Halloween” (véspera do Dia de Todos os Santos) indicar a “festa das Bruxas”. Nessa ocasião, crianças batem às portas das casas dos outros para pedir doces, dizendo “travessuras ou gostosuras?”. Se receberem o que solicitaram, agradecem, mas em caso contrário, jogam papéis ou sujam as frentes das residências.
No Brasil elas tentam mostrar uma alegria que não conseguem sentir espontaneamente, já que este costume está totalmente fora de nossa realidade, tornando-se profundamente lamentável que até alguns de nossos estabelecimentos de ensino prefiram prestigiar uma realização estrangeira em vez de valorizar o que é da própria terra. Quando efetivamente praticarmos nossa cultura é que descobriremos que existem milhares de motivos para nos orgulhar do Brasil e lutarmos à melhoria de nossas vidas.
A cultura é um direito de todos e a implementação de promoções na área levando em conta aspectos sociais, regionais, locais, econômicos e políticos, possibilitará atingir a desejada participação da sociedade, respeitando o pluralismo, a diversidade e a integração de todos. Necessitamos assim, manter nossas tradições para que não sejam influenciadas diretamente pelas de outros países, sem quaisquer referências com o nosso passado e o próprio futuro. A não ser que despreocupadamente estejamos perdendo definitivamente a nossa identidade cultural. Vale ressaltar que na mesma data, passa quase desapercebido o Dia do Saci-Pererê, consagrado personagem do folclore nacional.
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor da Faculdade de Direito do Centro Universitário Padre Anchieta de Jundiaí. É ex-presidente das Academias Jundiaienses de Letras e de Letras Jurídicas. É autor de diversos livros (martinelliadv@hotmail.com)
No que diz respeito à divisão de categorias sociais na Idade Média, é um tanto simplificadora a enumeração geralmente feita, de Clero, Nobreza e Povo. De fato, essa divisão era bem demarcada no período do Ancien Régime, que precedeu a Revolução Francesa, mas no Medievo seria preciso matizá-la. Sem dúvida, era válida a divisão de funções, entre os que rezavam e ensinavam (Clero), os que lutavam e governavam (Nobreza), e os que trabalhavam (Povo), mas a interpenetração dos três grupos sempre foi muito mais intensa do que se imagina e, dentro de cada um dos grupos, a variedade de situações também era imensa.
Foquemos nossa atenção especificamente sobre o trabalho rural, no Medievo. Todos os manuais didáticos costumam dizer que havia senhores e servos. Ou seja, na terra, quem não era dono dela era servo e trabalhava exclusivamente, ou quase exclusivamente, para quem era o senhor.
Como registra a historiadora francesa Régine Pernoud, nessa divisão sumária, “só há lugar para os senhores e para os servos: de um lado a tirania, o arbitrário e os abusos de poder, do outro os miseráveis, sujeitos aos impostos e aos dias de trabalho gratuito, à vontade dos senhores” (Luz sobre a Idade Média. Mem Martins: Publicações Europa-América, 1997, p. 41). Essa é ideia que normalmente se tem, quando se fala em trabalho rural na Idade Média.
No entanto, a realidade é bem mais matizada. O direito do senhor sobre o solo não era exatamente o mesmo que entendemos hoje como sendo o do proprietário, que goza, de acordo com a fórmula latina consagrada, do “jus utendi, fruendi ac abutendi”, ou seja, possui o direito de usar, fruir e dispor plenamente dos seus bens. O direito senhorial sobre a terra era de outra natureza, bastante mais limitado e comportava uma importante limitação quanto ao que se poderia chamar, de modo bastante anacrônico, como preenchimento de uma função social. Por outro lado, o terceiro estado, na vida rural, não era composto somente de servos. Entre a liberdade absoluta e a condição servil havia muitas situações intermediárias. Para início de conversa, o camponês, mesmo servo, muito facilmente adquiria o direito de não poder ser tirado da terra. Bastava-lhe permanecer nela, trabalhando, um ano e um dia, ou seja, o período de um ano inteiro. Se tal acontecesse sem que o senhor da terra o expulsasse, isso bastaria para que o camponês ficasse seguro de que não mais poderia ser expulso dali, até morrer.
Acresce, ainda, que o Direito Medieval tinha duas fontes precípuas, a Lei Natural e os Costumes. O Direito Consuetudinário, que ainda prevalece na Inglaterra, nos Estados Unidos e em países de formação anglo-saxônica, é profundamente diverso daqueles, como o Brasil atual, em que prevalece a visão positivista do Direito, segundo a qual a fonte do Direito é a lei escrita e promulgada.
No Direito medieval, as leis formalmente escritas e promulgadas eram muito pouco numerosas, de modo que os costumes, entendidos como fonte do Direito, tinham uma importância imensa. Era deles que se deduzia o que devia ser feito. O fato de determinado procedimento ser costumeiramente praticado não só o legitimava, mas podia até chegar a torná-lo obrigatório. No Medievo, de acordo com o aforismo latino “plurimae leges, pessima respublica” (quando são muitas as leis, é péssima a administração pública), entendia-se que as leis somente deviam ser promulgadas em caso de necessidade, e não arbitrariamente, por mero intuito dirigista. “A lei deve ser honesta, justa, possível, conforme à natureza, apropriada aos costumes do país, conveniente ao lugar e ao tempo, necessária, útil, claramente expressa para que não se oculte nela nenhum engano, e instituída não para satisfazer a algum interesse privado, mas para a utilidade comum dos cidadãos” – escreveu São Tomás de Aquino (1225-1274) na Suma Teológica (I-IIae, qu. 95, a.3), repetindo e endossando o ensinamento de Santo Isidoro de Sevilha (+ 636). Tão prejudicial pode ser a introdução de uma lei nova, que São Tomás considerava muitas vezes preferível manter uma lei menos perfeita, mas já assentada nos costumes, a substituí-la por uma lei melhor, mas que, por não ter como base o costume, causasse transtornos ao bem comum (Suma Teológica, I-IIae, q.97, a.2).
Os costumes tinham tanta força, no passado medieval, que bastava algo ser praticado costumeiramente para que se impusesse como devendo ser praticado, sem necessidade alguma de lei escrita e formal. A única limitação dos costumes eram os ditames da Lei Natural. Um costume que não estivesse de acordo com esses ditames, seria um mau costume, ou seja, um costume vicioso e deveria ser extirpado. Não obrigaria nem moral nem juridicamente. É nesse sentido que valia o princípio geralmente aceito de que “lex injusta non obligat” – a lei injusta não obriga.
A variedade de costumes era imensa na organização medieval, porque a noção de liberdade também era incomparavelmente maior do que é hoje, quando um Estado organizado teoricamente é o garantidor das liberdades individuais e, na prática, muitas vezes constitui a maior ameaça a essas mesmas liberdades.
ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS - é licenciado em História e em Filosofia, doutor na área de Filosofia e Letras, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Academia Portuguesa da História.
Reli uma colocação da escritora Rachel de Queiroz (1910-2003): “Doer, dói sempre. Só não dói depois de morto. Porque a vida toda é um doer. E eu sou essa gente que se dói inteira porque não vive só na superfície das coisas”. Olhou os fatos com sabedoria e escreveu além das aparências, na profundidade que ultrapassa o tempo. Autora de destaque na ficção social nordestina, foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras.
É verdade mesmo que que “a vida toda é um doer”. Doer das doenças, doer das ausências, das impossibilidades, dos sonhos desfeitos, da falta de perspectiva, das separações, do ombro que falta, da dor do outro...
Deveria ter uns 12 anos quando me deparei com os versos do poeta, advogado e diplomata brasileiro Francisco Otaviano (1825-1889): “Quem passou pela vida em branca nuvem/ e em plácido repouso adormeceu;/ quem não sentiu o fio da desgraça, / quem passou pela vida e não sofreu, / foi espectro de homem, não foi homem, / só passou pela vida e não viveu”. Tocou-me tanto que guardei para a vida inteira. Convivi muito com os mais belos contos de fada e, talvez, com os versos de Otaviano concluí que eram devaneios, embora tivessem encantado minha infância.
Ao ler Rachel sobre não viver na superfície das coisas, me veio a lembrança da moça que conheci em um leito do Hospital São Vicente, ao lado daquela que fui visitar. Tempo de muitos questionamentos sobre a Aids, causada pelo Vírus HIV. As duas, soropositivas e o quarto de isolamento. Ela estava sem visita e eu, portanto, me dirigia às duas enquanto conversava. Em um dado momento, ela me perguntou se eu poderia tocar no braço dela. Não entendi o motivo, mas afirmei que sim e me dirigi a ela. Ao segurar levemente o seu braço, começou a chorar. Disse-me que há tempo sentia na pele apenas o toque de luva e de agulha de injeção. Não me diz respeito que tipo de postura a levou a se contaminar, mas sim me comover com a dor dela. Logo eu que adoro abraços com laços.
Cada um enfrenta de um jeito a sua dor. Alguns procuram refúgio no álcool, nas drogas, na promiscuidade sexual. Esconderijo, no entanto, não fortalece a pessoa e “doer dói sempre”.
Há muita realidade ainda na música Aquarela de Toquinho, Vinícius de Moraes e Maurizio Fabrizio: “...E o futuro é uma astronave/ Que tentamos pilotar/ Não tem tempo, nem piedade/ Nem tem hora de chegar/ Sem pedir licença, muda a nossa vida/ E depois convida a rir ou chorar...”
A intensidade da dor varia, mas é preciso procurar o sopro que acalma as chagas. Nesses acontecimentos, há em mim um silêncio interior. Meu sopro está na Cruz de Jesus Cristo. Ele me diz que Seu sangue é o bálsamo que acalma as angústias, Sua coroa de espinhos dá um sentido novo ao pensamento, Seus joelhos machucados, doloridos, são sustento para meus passos, Suas mãos com chagas seguram as minhas e Seu Amor é feito de eternidade. Conforme disse Santa Teresinha do Menino Jesus: “Acho que nesses momentos de grande tristeza tem-se a necessidade de olhar para o céu em lugar de chorar”. E Santa Teresa D’Ávila: “...Quem a Deus tem, mesmo que passe por momentos difíceis, sendo Deus o seu tesouro, nada lhe falta. SÓ DEUS BASTA!”
A fé e a esperança são o sopro que passa pelo silêncio que minhas dores deixam.
MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE - Professora e cronista. Coordenadora diocesana da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala. Jundiaí, Brasil.
Neste vídeo, o Prof. Felipe Aquino conversa com Dom Henrique Soares da Costa sobre a cultura da morte que invade nossa sociedade. Vemos casos de aborto, suicídio assistido, eutanásia. O que fazer diante disto?
Confira:
FELIPE AQUINO - é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter:
Minha vontade hoje é de escrever sobre um tema do qual normalmente não gosto e ao qual não costumo dedicar minhas linhas. Contudo, em tempos sombrios de censura à liberdade de expressão, ainda que se tente justificar o injustificável, é com a voz presa na garganta e com as palavras amarradas nas pontas dos dedos que escreverei sobre o que ainda se pode falar.
Conforme já escrevi em outras ocasiões, eu crio abelhas sem ferrão. São abelhas pequeninas, nativas brasileiras, dóceis e inofensivas. Comprei as colmeias, que vêm em pequenas caixas de madeira e as coloquei no nosso pequeno quintal, entre as muitas flores que cultivo em vasos.
Jamais tive coragem de retirar delas qualquer quantidade de mel, embora saiba que é possível fazê-lo de forma a não as prejudicar, mas meu objetivo foi propiciar, ainda que em escala micro, que essas valiosas trabalhadoras possam se multiplicar e formar outras colmeias pelos arredores, mesmo nesse ambiente urbano.
Uma das colmeias é de abelhas jataí e acredito que meu primeiro impulso de tê-las aqui comigo se deve a uma lembrança de minha infância. Meu avô paterno, há muito falecido, Seu Zé, vivia tentando capturar uma colmeia dessa mesma abelha. Havia uma delas em um lugar impossível de ser retirado, nas frestas de uma estrutura de alvenaria e ele todos os anos tentava, esfregando folhas de erva-cidreira em uma cabaça, atrair uma parte do enxame. Nunca deu certo, mas tentamos por muito tempo e essa é uma doce memória afetiva, daquelas que a mente opta por não apagar, até porque não há, ainda, tribunal que determine que se faça isso.
Há alguns dias, enquanto eu pesquisava outro assunto, encontrei uma notícia sobre a abelha lambe-olhos, cuja existência desconhecia completamente. Trata-se da menor abelha do mundo, que mede cerca de 1,5 milímetros. Com ferrão atrófico, é incapaz de picar e seu meio de defesa é lamber a secreção dos olhos de quem, humano ou bicho, tentar atacar a colmeia.
De coloração toda preta, é encontrada em grande parte do Brasil, mas está em risco de extinção. Curioso é que se trata de uma espécie resistente às intempéries e que se adapta bem às aglomerações urbanas. O que me encantou é que os meliponicultores (criadores de abelhas sem ferrão) criam essa espécie em caixinhas de acrílico, transparentes, sendo possível, assim, observar toda rotina da colmeia.
Assim que vi as imagens dos favos, que são em formato de minúsculos e delicados cachos de uva, contatei o meu fornecedor e fiquei encantada com a beleza desse mundo em miniatura. São de fato tão pequenas que facilmente podem ser confundidas com mosquitinhos e eu preciso usar meus óculos de leitura para enxergar o vai-e-vem das operárias e da rainha.
Descobri há algum tempo que somente as abelhas nativas podem auxiliar na restauração de espaços verdes como por exemplo as matas ciliares, eis são as únicas que polinizam as igualmente nativas espécies. Assim, com a diminuição dos enxames que sucumbem pelo uso indiscriminado e abusivo de agrotóxicos, também vamos perdendo o pouco de verde que nos resta.
Meus três enxames não vão salvar o mundo, mas gosto de pensar que aqui estão protegidas e que anualmente, saindo da nossa casa, novos enxames saem para o mundo, procurando um novo lar. Dei um jeito de pegar nosso enxame, Vô. Elas são minhas, mas também são suas.
CINTHYA NUNES é jornalista, advogada, professora universitária e segue escrevendo enquanto se pode fazer isso – cinthyanvs@gmail.com/ www.escriturices.com.br
JORGE VICENTE - Fribourg ( Suiça)
Este tratamento é a mais antiga variação do tratamento de Alteza, superando até mesmo em antiguidade e o de Alteza Serenissima e o de Alteza Imperial.
Um arquiduque que é súbdito e um rei, pode ser Sua Alteza Real, por concessão do soberano, mas isso não indica que ele seja da família real( portanto não tem direito ao trono), ou seja ele é apenas um aristocrata que tem este tratamento. É errado dizer que só príncipes possam ter este tratamento.
Uso nos Países Baixos.
Nos Países Baixos, o título de “príncipe/princesa dos Países Baixos com o tratamento e Sua Alteza Real é automaticamente concedido por lei ao herdeiro aparente do trono e as ex-monarcas que tenham abdicado do trono.
Adicionalmente, o título pode ser concedido por decreto real ao cônjuge do monarca, ao cônjuge do herdeiro aparente, aos filhos do herdeiro aparente e filhos do monarca em posição inferior ao herdeiro parente, aos filhos do herdeiro aparente e filhos do monarca em posição inferior ao herdeiro aparente na linha de sucessão .De acordo com a regra, antes da abdicação da rainha Beatriz em Abril de 2013, tinham o título de príncipe/princesa dos Países Baixos:
-O príncipe e Orange, Guilherme Alexandre., na época o herdeiro do trono.
-A princesa Máxima, esposa do príncipe de Orange.
As princesas Catarina Amália, Alexia e Ariane, filhas do PRÍNCEPE DE Orange e da princesa Máxima.
-O príncipe Constantino, terceiro filho da rainha Beatriz..
-As princesas Marrgret. Irene e Cristina, irmãs da rainha Beatriz(filhas da rainha Juliana).
O príncipe João Friso, segundo filho da rainha Beatriz, perdeu por sua vez o título de príncipe dos Países Baixos Após ser excluído da casa real e da linha de secessão ao trono por contrair matrimónio em 2004 sem o consentimento do parlamento neerlandês. Um decreto real de 2014, entretanto, permitiu ao príncipe manetr o título pessoal e não hereditário de “príncipe de Orange -Nassau” com direito ao tratamento de Sua Alteza Real.. Como cortesia, as esposas do príncipe Constantino e do príncipe Friso, respectivamente Laurentien e Mabel, embora não sejam princesas por lei, usam os títulos dos maridos com o tratamento associado também de Sua Alteza Real.
Após a abdicação, a rainha Beatriz, nos termos da lei referida acima, recebeu o título de “princesa dos Países Baixos” com o tratamento de Sua Alteza Real, enquanto Guilherme Alexandre passou usar o título de “rei dos Países Baixos” com o tratamento associado de Sua Majestade(S.M). a esposa do rei Guilherme Alexandre, embora permaneça legalmente apenas “ princesa dos Países Baixos”, passou a usar o titulo de cortesia”rainha Máxima” com o tratamento também de Sua Majestade. A princesa Catarina Amália, como nova herdeira aparente, recebeu o título de “Princesa de Orange”, mantendo também seu título associado por lei”princesa dos Países Baixos”, Mantêm-se também “príncipes/princesas dos Países Baixos” com a designação de Alteza Real as princesas Alexia e Ariane, o príncipe Constantino e as princesas Margriet, Irene e Christina.
Finalmente, recebem a designação inferior de “Sua Alteza”(SA),sem o predicado “real”, osn filhos da princesa Margriet e do professor Pieter van Vollenhoven, respectivamente Maurits, Bernhard, Pieter- Christan e Floris van Oranje. Nassau van
Vollenhoven, com os títulos pessoas e não hereditários associados de “Principe de Oranje-Nassau van Vollenhoven, com os títulos pessoas e não hereditários associados de “Príncipe de Orange-Nassan”. Foi publicado no “
Reinos da Europa Latina.
Os Filhos de França, membros da casa real francesa, desde o século XVII utilizam o estilo Real. Em Portugal e Espanha, os herdeiros aparentes, como próximos a ocupar o trono, utilizam o estilo e Alteza Real.. No Reino de Itália, o herdeiro também tinha direito ao tratamento de Alteza Real.
Reino unido.
Na monarquia britânica, o tratamento de Sua Alteza Real está associado com as posições de príncipe e princesa. Entretanto, isso nem sempre é regra, pois o príncipe Filipe, Duque de Edimburgo. que recebeu tal tratamento em 1947, não foi titulado príncipe até 1958. O Príncipe Guilherme(que já era Alteza Real) e a sua esposa, Catarina, têm o título de “SAR Duque de Cambridge, por pertencerem à família real britânica.
No funeral de Diana, em 1997, um ano após o seu divórcio, seu irmão Charles Spenser, 9º Conde Spenser fez um discurso sobre Diana, e deu uma delaração que foi considerada como uma resposta ao facto da rainha Isabel II do Reino Unido, que é sua madrinha de baptismo, ter deliberadamente retirado de sua irmã o título de Alteza Real. Charles Spenser provou no último ano que ela mão precisava de títulos de realeza para continuar a gerar seu próprio brilho de magia.
Mudanças recentes na concessão. Em 31 de Dezembro de 2012, a rainha emitiu uma carta-patente declarando que não apenas os filhos, mas também as filhas do filho mais velho do príncipe de Gales podiam receber o tratamento de Alteza Real e a dignidade de princesa do Reino Unido.
REINO DA SUÉCIA
A Suécia só praticou primogenitura absoluta cognática por lei até 1980. Isso significa que a princesa Vitória é a primeira herdeira aparente e Daniel Westling tornou-se o primeiro homem do povo obter um novo título ou classificação como cônjuge de uma princesa sueca e futura rainha. Todos os príncipes anteriores nasceram na realeza e têm pais de origem sueca ou foram duques estrangeiros que tinham casado com príncesas suecas
Em Maio e 2013, o marechal da Svante Lindqvist Realm anunciou que O’Neill pediu para não lhe fosse concedido o tratamento de “Sua Alteza Real,” e continuar a ser um cidadão privado. O` Neill. Nque pretendia manter as cidadadanias do Reino Unido e dos EUA e seus negócios como chefe de pesquisa de uma empresa de investimentos em Nova Iorque, pois a renúncia a ambas as cidadanias seria necessária para se tornar um membro da família real sueca. O’ Neill, portanto, não de tornou o “Príncipe da Suécia” ou “Duque da Helsínquia e Gestrícia”.
O’Neil é católico romano e o casal pretende continuar residindo em Nova Iorque, após
o seu casamento, mas seus filhos terão ser criados na Suíça e como luteranos, como a sua mãe, a fim de ter direitos de sucessão ao trono sueco..
IMPÉRIO DO BRASIL
O Imperador D. Pedro I , por ter tido uma filha fora do casamento com a sua mais famosa amante, a Marquesa de Santos, concedeu à sua filha que nascera com o nome de Isabel Maria de Alcântara no Brasil, deu-lhe o título de Duquesa de Goiás. Sendo assim, era tratada como sua Alteza, a Duquesa de Goiás.
ANTÓNIO FRANCISCO GONÇALVES SIMÕES - Sacerdote Católico. Coronel Capelão das Frorças Armadas Portuguesas. Funchal, Madeira. - Email goncalves.simoes@sapo.pt
ALEXANDRE ZABOT - Fisico. Doutorado em Astrofisica. Professor da Universidade Federal de Santa Catarina. www.alexandrezabot.blogspot.com.br
Resguardada do ardor da tarde sob frondoso castanheiro, na cercania de carriça transmontana, a velhinha fia.
Tem o rosto sulcado pela goiva do tempo. Olhos apagados, lábios finos, boca desdentada, e tez crestada, da cor de centeio.
Fia; e o fuso: gira...gira...gira... pressionado pelos descarnados dedos.
Foi moça fagueira; esbelta, de farta cabeleira calamistrada e viçosa face da cor de nácar.
Casou… Foi mãe.
Criou filhos, que abalaram...
Todos partiram: uns, para o Céu; outros, em demanda de vida melhor...
Ficou; mergulhada em saudade e cuidados de quem a deixou.
De tempo a tempo, telefonam, escrevem...
Prometem interná-la num lar...
Daqueles que guardam pais e mães, que deixaram de serem prestáveis.
Cuidou dos filhos com esmero: ajudou-os a darem os primeiros passos; a comerem; à mesa; aparou-lhes a baba viscosa, que escorregava do beiço; enxugou-lhes o húmido nariz; branqueou-lhes a roupa enegrecida pela traquinice; passou horas de angústia à cabeceira do berço...
Os meninos eram tudo, e tudo era para eles.
Agora, é a mãe que carece de mão amiga: quem a ampare; quem cuide; quem lhe lave a veste enodoada; quem lhe apare as unhas endurecidas; quem a desvele com carinho.
Para que nada lhe falte.
Mas os filhos não têm disponibilidade...
Olvidam, que chegou o tempo de retribuírem; esquecem-se de pagarem - os cuidados, os carinhos que receberam...
Meditando, a velhinha fia.
E o fuso: gira...gira..gira...
Pelos desgastados olhos, desenrolam-se cenas amorosas, recreações pueris, que a memória guardou, com amor.
Agora só Deus permanece...
Só Ele ficou...
Os gerados pelas suas entranhas esquecem-se, que: a felicidade, o diploma, a riqueza que gozam, é fruto daquela velhinha, que junto ao carriço, arrimada ao secular castanheiro: fia... fia... fia...
Zagaziantes lágrimas de saudade, docemente escorem pela face encarquilhada:
-" Coitados! Têm muito que fazer...A culpa é das mulheres... trabalham muito. Como gostava de estar na companhia deles!…”
Leve sorriso amoroso, alastra-lhe pelo rosto tisnado...
E o fuso: fia...fia...fia...
HUMBERTO PINHO DASILVA
Nunca tive ambição de não ser eu;
corri do me convívio a maestria;
talhei o próprio rumo, à luz do dia:
conversei com estrelas, fui ao céu.
Enrodilhei-me sempre no meu véu,
sempre ao sabor da própria fantasia;
fui néctar e fui núvem, como eu queria,
e, por isso, ninguém me compreendeu!
Só gosto do que eu gosto, e de mais nada;
não dou directizes, nem as tomo;
detesto figurino que me ultraje.
Cerrei-me dentro em mim: porta fechada!...
Comidas lá de fora, não as como;
aprendi a morrer, e sou um sage.
Resolvi escrever este artigo porque algumas pessoas que mais rezam por mim são senhoras da melhor idade, e inicio por uma história que corre na internet:
No primeiro dia de aula, nosso professor nos desafiou a apresentar alguém que não conhecêssemos ainda. Eu fiquei em pé para olhar ao redor quando uma mão suave tocou meu ombro. Olhei para trás e vi uma velhinha enrugada sorrindo para mim. Ela disse:
– Ei, bonitão, meu nome é Rosa. Tenho oitenta e sete anos de idade. Posso lhe dar um abraço?
Eu concordei e perguntei:
– Por que você está na faculdade em idade tão avançada?
– Eu sempre sonhei em ter estudo universitário e agora estou tendo um!
Após a aula, caminhamos para o prédio da união dos estudantes e nos tornamos amigos instantaneamente. Eu ficava extasiado ouvindo aquela ‘máquina do tempo’ compartilhar sua experiência e sabedoria comigo. Ela tornou-se um ícone no campus e fazia amigos onde quer que fosse.
No fim do semestre, convidamos Rosa para falar durante o nosso banquete de futebol. Ela pegou o microfone e disse:
– Nós não paramos de amar porque ficamos velhos, aliás, nos tornamos velhos porque paramos de amar. Existem segredos para continuarmos jovens de sucesso: você precisa rir e ter um sonho. Vemos tantas pessoas caminhando por aí que estão mortas e nem desconfiam! Se você tem dezenove anos e ficar deitado na cama por um ano inteiro sem fazer nada de produtivo, ficará com vinte anos. Se eu tenho oitenta e sete e ficar na cama por um ano e não fizer coisa alguma, ficarei com oitenta e oito. Portanto, ficar velho não exige talento nem habilidade. A ideia é crescer feliz, encontrando oportunidades de mudar. E não tenha remorsos. As únicas pessoas que têm medo da morte são aquelas com muitos remorsos.
Uma semana depois da formatura, Rosa morreu tranquilamente em seu sono. Mais de dois mil alunos da faculdade foram ao funeral em tributo à maravilhosa mulher que nos ensinou isto: ‘Nunca é tarde para ser tudo aquilo que você deseja ser’.
Agora, para quem gosta de fatos reais, pode se espelhar na neurologista Dra. Rita Levi-Montalcini, Presidente Honorária da Associação Italiana de Esclerose Múltipla, quando completou 100 anos de vida em 2009. Mas em 1951, veio ao Brasil para realizar experiências de culturas in vitro no Instituto de Biofísica da Universidade do Rio de Janeiro onde, em dezembro do mesmo ano, conseguiu identificar o fator de crescimento das células nervosas. Foi esta descoberta que lhe valeu o Prêmio Nobel de Medicina junto com Stanley Cohen.
Eis uma entrevista que concedeu em 2005:
– Como vai celebrar seus 100 anos?
– Ah, não sei se viverei até lá e, além disso, não gosto de celebrações. Gosto do que faço a cada dia.
– E o que você faz?
– Trabalho para dar bolsas de estudo às meninas africanas. Quero que estudem e prosperem. E continuo investigando, sigo pensando, porque jamais vou me aposentar. Aposentar-se é destruir o cérebro! Possuímos grande plasticidade neural; e quando morrem neurônios, os que restam se reorganizam para manter as mesmas funções, mas para isso é conveniente estimulá-los. Mantenha seu cérebro com ilusões, sempre ativo, faça com que trabalhe e ele nunca se degenerará. A chave é manter curiosidades, entusiasmos, paixões.
– E o que tem sido o melhor da sua vida?
– Ajudar aos demais cada vez mais.
– Já pensou no que faria hoje se tivesse 20 anos?
– Exatamente o que eu estou fazendo! Minha idade não prejudica meu trabalho.
Também a idade de Zilda Arns não a impediu de ajudar o povo do Haiti. Aos 75 anos, morreu trabalhando e servindo o próximo, por amor a Deus. Médica pediatra e sanitarista, fundou a Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Irmã de Dom Paulo Evaristo Arns, cardeal arcebispo emérito de São Paulo, viúva desde 1978, teve cinco filhos. Para ser indicada ao Prêmio Nobel, Zilda percorreu um longo e dedicado caminho.
Em 1955, começou sua vida profissional como médica pediatra do Hospital de Crianças Cezar Pernetta, em Curitiba. Suas participações em eventos internacionais são diversas: de Angola à Indonésia, Estados Unidos e Europa, Zilda Arns representou a Pastoral da Criança. Proferiu centenas de palestras, acompanhou comitivas brasileiras a outros países, levando a Pastoral para o mundo. Sua participação em eventos nacionais é praticamente incontável; desde 1994 são aproximadamente 27 eventos ligados à Pastoral da Criança e inúmeros outros pela Pediatria.
Tanta dedicação teve seu reconhecimento. Desde 1978, são diversas menções especiais e títulos de cidadã honorária. E da mesma forma, a Pastoral da Criança já recebeu diversos prêmios pelo trabalho que vem sendo feito desde a sua fundação.
Que esse grande exemplo de amor, cidadania e fé possa nos animar a praticar a caridade. Recordo o que me disse o amigo vicentino de Curitiba, padre Maikol: ‘Zilda Arns será santa!
PAULO R. LABEGALINI - Cursilhista e Ovisista. Vicentino em Itajubá. Engenheiro civil e professor doutor do Instituto Federal Sul de Minas (Pouso Alegre - MG)
EUCLIDES CAVACO - Director da Rádio Voz da Amizade , Canadá.
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