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Quinta-feira, 24 de Novembro de 2022
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI - BASTA DE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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     Vinte e cinco de novembro foi declarado em 1999 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o “DIA INTERNACIONAL DA NÃO-VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES”, visando pregar o ativismo contra as agressões às pessoas do sexo feminino. Tal celebração se originou do Primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe, realizado em 1981 e que homenageou as irmãs Minerva, Maria Tereza e Patria Mirabal, assassinadas na mesma data em 1960, pela ditadura de Trujillo, na República Dominicana.
Trata-se de uma comemoração de extrema relevância, já que, mesmo diante das muitas legislações de um mundo globalizado que lhe proíbem o preconceito, a mulher continua sendo alvo não só de agressões físicas explícitas, como também de violações nem sempre perceptíveis, como as discriminações que a atingem nos processos de socialização, de cognição e de aprendizagem dos papéis sexuais a serem vivenciados em relações de gênero na vida em geral.
Tanto que recentemente uma alta funcionária da ONU, Zou Xiaoqaio, citando dados de um novo relatório do Fundo das Nações Unidas para a População, afirmou: “As mulheres continuam sendo estupradas e vítimas de outras formas de violência sexual com impunidade em todo o mundo”, indicando que, em alguns países, as acusações desta natureza podem ser invalidadas se o agressor aceitar se casar com a vítima. “Mulheres e meninas continuam sendo vendidas para o sexo em todo o mundo. Dois milhões de meninas entre cinco e 15 anos entram para o mercado sexual a cada ano”, advertiu.
Assim, é preciso redesenhar um conceito harmonioso à condição feminina, onde quaisquer tipos de violência, principalmente a doméstica, desapareçam da convivência entre homens e mulheres, para que vivam com respeito as suas desigualdades biológicas e naturais, participandojuntos, sem opressão de um sobre o outro, da construção de um mundo novo e mais justo.


DIA NACIONAL DE AÇÃO DE GRAÇAS


Celebra-se na última quinta-feira desse mês, 26 de novembro próximo, de forma ecumênica, o DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS, que surgiu de uma tradicional festa norte-americana de  Massachussets, quando alguns ingleses realizaram no outono de 1620, um jantar em agradecimento a Deus, por terem sobrevivido ao frio e aos inúmeros problemas próprios do processo regional de colonização. Essa festividade foi instituída no Brasil em 16 de agosto de 1949 pelo presidente Eurico Gaspar Dutra e regulamentada em 1966. No entanto, são inúmeras as críticas às suas celebrações já que muitos entendem que ela copia tradições dos Estados Unidos.
​No entanto, apesar dessas posições, a comemoração deveria se embasar num nível espiritual, capaz de inspirar as pessoas a resgatarem o sentimento de gratidão como uma forma simples de acreditar no valor da vida, na importância da convivência pacífica, na esperança de que é possível superar a fome, o desemprego e a violência, a anular preconceitos, derrubar barreiras e aproximar os indivíduos. E principalmente, restaurar a lei do amor e da gratidão a Deus por tudo que conquistamos e por obtermos um relacionamento fraterno, reintroduzindo nas pessoas, o cumprimento do ‘muito obrigado’, já que a sociedade consumista nos afasta da solidariedade e da fraternidade, tornando-nos menos amistosos.Alguns indivíduos, com certeza, fazem o bem por opção e formação próprias. Mas não custa nada agradecermos pelos gestos de boa-vontade que constantemente nos são outorgados por amigos, vizinhos, parentes e às vezes, até por quem não conhecemos.


​ BREVE REFLEXÃO​


“A ingratidão é o inimigo da alma: desvirtua o merecimento, estraga as virtudes, corrompe os benefícios! A ingratidão é vento abrasador que seca a fonte da benevolência divina” (São Bernardo)

 

 



JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor da Faculdade de Direito do Centro UniversitárioPadre Anchieta de Jundiaí. Ex-presidente dasAcademias Jundiaienses de Letras e Letras Jurídicas. É autor de diversos livros.(martinelliadv@hotmail.com).

 
 


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ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS -AINDA SOBRE A QUESTÃO DAS INVESTIDURAS

 

 

 

 

 

 

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Como se viu no artigo anterior, o Imperador Henrique IV ousou declarar deposto o Papa São Gregório VII, antigo monge Hildebrando, da Abadia de Cluny. Henrique não sabia com quem estava se metendo...

A resposta do Pontífice foi fulminante, declarando deposto o imperador e desobrigando todos os seus súditos do juramento de fidelidade que lhe haviam feito. Henrique havia acusado o Papa de ter ascendido ao trono por ambição e mediante simonia; na resposta, o pontífice rebate essa acusação, mas o faz em um documento não dirigido ao próprio Henrique, mas dirigido ao Apóstolo São Pedro, de S. Gregório era sucessor e em cuja autoridade se apoiava:

“Ó abençoado Pedro, príncipe dos Apóstolos, inclina teus ouvidos, nós te suplicamos, e ouve a mim, teu servo, que te tem estimado desde a infância e tens resgatado até agora das mãos do perverso que me odiou e ainda me odeia por causa de minha lealdade a ti. Tu és testemunha, como o são também minha Senhora, a Mãe de Deus, e o abençoado Paulo, teu irmão entre os santos, que tua Santa Igreja Romana me obrigou a subir a teu trono, não como um ladrão, antes teria preferido terminar minha vida como um peregrino a apoderar-me de teu trono pela glória terrena e por ardis mundanos. Entretanto, por teu favor, não por quaisquer artimanhas minhas, creio que é e foi tua vontade que o povo cristão, especialmente confiado a ti, deva render obediência a mim, teu representante especialmente constituído. A mim é dado por tua graça o poder de ligar e desligar no Céu e na Terra.

“Portanto, confiado neste direito, e pela honra e defesa de tua Igreja, em nome de Deus Todo-Poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo, pelo teu poder e autoridade, eu deponho o rei Henrique, filho do imperador Henrique, que se rebelou contra a tua Igreja com audácia inaudita, do governo sobre todo o reino da Alemanha e Itália, e desobrigo todos os homens cristãos da fidelidade que juraram ou possam jurar a ele, e proíbo qualquer um de servi-lo como rei. Assim fica mostrado que aquele que ousa diminuir a glória de tua Igreja perde a glória que parece ter.

“E, desde que ele se recusou a obedecer como o deve um cristão, ou seja, voltar para o Deus que abandonara ao tratar com pessoas excomungadas, desprezou os conselhos que lhe dei para o bem-estar de sua alma, como tu sabes, e separou-se de tua Igreja tentando fazê-la em pedaços, eu o uno aos laços do anátema em teu lugar e, portanto, autorizado por ti, que as nações saibam e se convençam que tu és Pedro e que sobre tua rocha o Filho de Deus vivo construiu sua Igreja e as portas do Inferno jamais prevalecerão contra ela.” (Gregório VII. Registrum, III, 10 a. Ewald e Hartmann (Ed.). Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, Maria Guadalupe. História da Idade Média: textos e testemunhas. São Paulo: Editora UNESP, 2000, p. 131-132)

A medida era de extrema gravidade e produziu seus efeitos. Henrique viu-se abandonado pelos que até então o haviam apoiado e incentivado em sua oposição ao Papado. Muito a contragosto, para não perder a coroa foi forçado a se humilhar em Canossa, em janeiro de 1077, implorando o perdão do Pontífice que longamente se recusou a recebê-lo. Durante três dias e três noites o monarca permaneceu ajoelhado na neve, sem que o Papa o recebesse, porque conhecia bem Henrique e não confiava na sinceridade do seu arrependimento. Só o recebeu no quarto dia porque algumas pessoas que circundavam a corte papal insistiram muito na conveniência de acolher o imperador humilhado. São Gregório suspendeu a excomunhão e autorizou Henrique a reassumir, sob algumas condições, sua condição real.

Esse episódio, na ótica do pensador marxista italiano Antônio Gramsci, marcou o apogeu do predomínio da Igreja Católica na Idade Média europeia. É preciso acrescentar que Henrique reassumiu suas funções, mas não mudou de conduta e prosseguiu sua política de oposição ao Papado. A questão das investiduras continuou aberta até que, algumas décadas depois, se chegou, pela Concordata de Worms (setembro de 1122) a um acordo que não resolveu de vez, mas pelo menos atenuou o conflito: distinguiu-se, então, uma dupla investidura. O Papa conferia aos Bispos uma investidura de caráter espiritual, simbolizada pelo anel episcopal e pelo báculo pastoral; e o imperador conferia também uma investidura temporal aos bispos de dioceses às quais estava ligado algum feudo territorial dependente do Império; dessa investidura temporal era símbolo um cetro, que os bispos dessa categoria portavam, ademais do anel e do báculo.

 

 

 

ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS  -  é licenciado em História e em Filosofia, doutor na área de Filosofia e Letras, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Academia Portuguesa da História.



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MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE - PAZ SOBRENATURAL

 

 

 

 

 

 

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Amo conversar com Deus que, mesmo nas dificuldades, me oferece a paz sobrenatural.  Encontramos, nos Evangelhos, que Jesus se retirava para conversar com o Pai. Gosto demais da canção “Alô, meu Deus”, do Padre Zezinho. Traz Deus para tão perto.
Tenho, dentre outras, duas experiências familiares marcantes de conversa com o Céu. Nosso pai, em 1944, teve um estreitamento no esôfago. Os médicos consideraram que era algo muito grave, com poucas chances de melhora.  Após realizar mais um exame, na sala de espera, tirou do bolso uma prece de Nossa Senhora Aparecida e pediu a ela a graça da cura. Ao examinar os novos resultados, o médico disse que o problema revertera um milímetro. Sinal de que o organismo estava reagindo.
Nossa mãe acreditava muito na Comunhão dos Santos e, além de outras devoções, amava Sant’Ana, mãe de Nossa Senhora. Justificava que a filha sempre atende o pedido da mãe. Em outubro de 2020, nos seus 96 anos, foi ao banheiro de madrugada e acabou a energia. Era determinação dela dormir com a porta fechada e sozinha. Consciente de meu limite auditivo, não a ouviria.    E o medo de cair? Deixara a bengala ao lado da cama. Se ficasse no banheiro até clarear, preocupava-se em contrair algum problema nos pulmões pelo frio. Pediu a intercessão de Sant’Ana e foi caminhando aos poucos no escuro. Em um determinado ponto, abaixou o braço e tocou o travesseiro. Jamais teve dúvida de quem a guiara.
O Céu está tão próximo!
Por indicação das queridas Monjas do Carmelo São José, acabo de ler “Vida de Elisabeth Leseur”, Serva de Deus. O autor é seu marido, Frei Marie-Albert Leseur, que foi ordenado padre dominicano na viuvez.
Nascida em 1866, em Paris, casou-se, em 1899, com o médico e jornalista Félix Leseur, um ativista agnóstico e anticlerical, que se comprometera a respeitar as suas crenças. Logo, contudo, tentou dissuadi-la de sua fé. Casada com um incrédulo, fortaleceu-se pela oração. Sabia sublimar todos os assuntos. “Para o sofrimento transformar, é preciso elevar os olhares e a alma para Deus’ – dizia ela.
         Discorria sobre a Comunhão dos Santos, que une os fiéis da terra aos santos do Céu: “O véu que separa o mundo da terra daquele do céu se torna como que transparente”.
De saúde frágil, padeceu, sem perder a paciência e o bom humor e, nas suas orações, o pedia incessantemente para que o marido se voltasse para Deus.        Considerava o sofrimento uma forma de rezar. Descobrira na vontade divina uma paz que derramava ao redor de si. Por sua fé, era da paz sobrenatural.
Faleceu em 1914. Após sua morte, afirma o Frei Marie-Albert: “Quando tudo parecia acabado para mim, achei o Testamento Espiritual, que redigira e (...) seu Diário. Mergulhei-me nessa leitura, li-o, reli-o e uma revolução operou-se em todo o meu ser moral”.
Percebeu que havia nela algo sobrenatural e que não se tratava de sensibilidade, mas de se colocar a serviço de Cristo, para conquistar verdadeiramente a fé e obter a graça. Armar a própria vontade para dobrá-la ao serviço do Divino Mestre.
Em 1919, Félix entrou no noviciado dos Dominicanos e, em 8 de julho de 1923, foi ordenado sacerdote. Faleceu em 1950.
Elisabeth Leseur foi uma mulher extraordinária e como ela afirmava: “Toda alma que se eleva, eleva o mundo”.

 

 

MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE - Professora e cronista. Coordenadora diocesana da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala. Jundiaí, Brasil.



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FILIPE AQUINO - 10 ENSINAMENTOS DE SÃO BOAVENTURA, DOUTOR DA IGREJA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sabia que este santo foi curado pela oração de São Francisco?

 

 

 

 

 

Em 1218, ao ficar muito doente, recebeu a cura por meio de uma oração feita por São Francisco de Assis, que percebendo a graça tomou-o nos braços e disse: “Ó, boa ventura!”

Ele entrou para Ordem Franciscana e pela mortificação dos sentidos e muita oração, exerceu sua missão de franciscano e sacerdote na santidade. Ele foi um grande defensor de Cristo e da Igreja, com sua cultura, erudição e espiritualidade, lutou ao lado de outros grandes santos de seu tempo como Santo Alberto Magno e São Tomás de Aquino.

 

 

 

Leia também: 15/07 – São Boaventura

 

 

 

 

São Boaventura nos deixou muitos ensinamentos. Selecionamos aqui dez deles para que você refletir:

 

1. “Eis a fonte de meus conhecimentos. Estudo Jesus, e Jesus crucificado!”

 

2. “Se quereis progredir no amor de Deus, meditai todos os dias a Paixão do Senhor. Nada contribui tanto para a santidade das pessoas como a Paixão de Cristo”.

 

3. “Tem o Paraíso seguro todos os que anunciam as glórias de Maria”.

 

4. “Não basta a leitura sem a unção, não basta a especulação sem a devoção, não basta a pesquisa sem maravilhar-se; não basta a circunspecção sem o júbilo, o trabalho sem a piedade, a ciência sem a caridade, a inteligência sem a humildade, o estudo sem a graça”.

 

5. “Na profundidade do nosso ser está inscrita a memória do Criador. E precisamente porque esta memória está inscrita no nosso ser, podemos reconhecer o Criador na sua criação, recordar-nos, ver as suas pegadas neste cosmos criado por Ele”.

 

6. “Exorto o leitor antes de tudo ao gemido da oração por Cristo crucificado, cujo sangue lava as manchas das nossas culpas”.

 

7. “Jesus Cristo é a última palavra de Deus – nele Deus disse tudo, doando-se e proclamando-se a si mesmo. Mais do que Ele mesmo, Deus não pode dizer, nem doar”.

 

8. “A oração é a mãe e a origem da elevação, ação que nos leva para o alto”.

 

9. “Quem… não vê os inúmeros esplendores das criaturas, é cego; aquele que não desperta com tantas vezes, é surdo; quem não louva a Deus por todas estas maravilhas, é mudo; aquele que de tantos sinais não se eleva ao primeiro princípio, é estulto”.

 

10. “Portanto, oremos e digamos ao nosso Senhor Deus: “Conduza-me, Senhor, pela tua via, e eu caminharei na tua verdade. Alegre-se o meu coração no temor do teu nome”.

 

São Boaventura, rogai por nós!

 

 

FELIPE AQUINO - é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter:



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CINTHYA NUNES - MENTES SESARMONIZADAS

 

 

 

 

 

 

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            Não que eu seja terminantemente contra, mas me parece que há certo exagero nessa onda de harmonização facial que, nos casos extremos, vem transformando várias mulheres em clones loiros, esticados e com boca de pato. É claro que também não gosto de envelhecer, não fisicamente. Tenho curtido o processo de amadurecimento, pois isso tem me proporcionado mais bônus do que prejuízos, mas se eu pudesse, não hesitaria as minhas células como estavam há vinte anos. Só que não dá, simples assim.

            Então, já que o caminho é só de ida, vida que segue. Sou a favor sim de intervenções plásticas, eis que em muitos casos, mais do que estéticas, são terapêuticas. E tudo fazer ajustes cá ou lá. Penso que devemos estar bem como nossos corpos e que a saúde mental se espelha na física e vice-versa. É o excesso que, creio, não é lá muito saudável.

            Acredito que o cuidado com o corpo seja medida de bom senso, e que, normalmente, é reflexo de saúde. Então, se pudermos manter corpo e mente joviais, maravilha. Sempre me empolgo quando percebo o quão longa e saudável a vida pode ser e, ainda que conformada com o natural declínio do maldito colágeno, gosto de pensar que seja possível enganar um pouco o relógio.

            Mas o limite é um lugar que parece cada vez mais distante para parcela das pessoas. Tudo bem que o importante é ser feliz, mas acredito que há uma dose bem grande de infelicidade nas pessoas que desejam ser jovens a qualquer custo, mesmo praticamente desfigurando os próprios corpos e rostos. Conheço mulheres maduras, passadas dos cinquenta, que com pequenas intervenções, delicadas, mantêm aparência saudável, elegante.

            Por outro lado, tenho visto outras tantas pessoas, bem mais novas, já preocupadas com uma velhice que mal lhes bateu na porta. Em desespero, injetam as mais variadas substâncias em suas faces, harmonizando sei lá o quê. O curioso é que ficam todas bem parecidas, invariavelmente loiras platinadas, muitas vezes bronzeadas, com expressões paralisadas, peitos duros e enormes e com lábios visivelmente não naturais. Os homens também, embora ainda em menor número, vão se transformando em namorados da Barbie, em todos os sentidos. No fim das contas, ficam parecendo caricaturas de si mesmos.

            Participei, por exemplo, de um evento online nesta semana e uma das outras participantes parecia uma boneca inflável. Quando vi uma foto no documento de identidade dela, notei que era muito mais bonita antes e que alguém deveria lhe dizer para parar antes que ela esteja irreconhecível. A mulher sequer conseguia esboçar reações, pois o rosto, paralisado, não lhe obedecia mais.

            Se um dia existir algo que realmente nos restaure o vigor da juventude, é certeza que usarei, se for lícito, não envolver crueldade animal e, não menos importante, seja barato. Meio óbvio que tal elixir não existirá em tempo hábil para o meu caso, mas, por ora, gosto da minha dose de, digamos, desarmonia facial, resultado dos genes dos meus pais, única como cada ser humano pode ser.

            Uma coisa que ajuda é que depois dos quarenta a gente passa a enxergar mal de perto. Então, se me olho de longe, no espelho, não vejo as linhas que vão marcando minha história e, se tento olhar de perto, basta fazer isso sem óculos e pronto, naturalmente o meu filtro protetor natural é habilitado. Passei a entender mais alguns mecanismos de proteção da mente humana.

            Falando em filtro, outra doideira isso de algumas pessoas só aparecerem nas redes sociais se usarem filtros de imagem que deixam suas peles impecáveis, de um jeito que todo mundo sabe que é mentira. Então sei lá, parece algo meio sem sentido para mim. E cada dia mais um número maior de mulheres e de homens adere a essa prática, como se fosse necessário esconder-se o tempo todo sob uma capa de mentira.

            São tempos estranhos. Acho que, no futuro, as pessoas somente se encontrarão no metaverso, em uma realidade virtual, pois somente lá, por enquanto, é possível ser jovem para sempre, sem parecer um manequim infeliz, que congela um sorriso no automático.

 

 

CINTHYA NUNES é jornalista, advogada, professora universitária e gosta da desarmonia dos rostos únicos – cinthyanvs@gmail.com/ www.escriturices.com.br

 

 

 



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JORGE VICENTE - SANTO ANTÓNIO DES. BENTO

 

 

 

 

 

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Pode ser uma imagem de 1 pessoa e texto que diz "Santo António de S. Bento Santo António de S. Bento, Não és bom casamenteiro. Tens o povo num lamento, Está com falta de dinheiro! Vejo a Catarina crescer, Até te dá bons conselhos. Não a deixes esmorecer, Não sigas alguns grupelhos! o SNS quer um noivo, Que seja bom conselheiro. Tem de saber dar seu «uivo»>, Mas, também bom financeiro! Vejo no Senhor Centeno, o homem mais verdadeiro. Não lhe metam mais veneno, Mas, sim, bastante dinheiro! Pró aeroporto lançam ferro... Esquecem a linha do Côa. Não há «caminho de ferro», Diz para onde o dinheiro voa! Jorge Vicente"

 

 

 

JORGE VICENTE - Fribourg ( Suiça)



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MARIA DE LURDES FONSECAMARQUES - TRAZ-ME ROSAS AMARELAS

 

 

 

 

 

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Traz-me rosas amarelas
Acabadas de colher
Para que ao ver-me nelas
Me lembrar de renascer.
 
A rosa em mitologia
Foi de Flora a criação
De Flora fez-se magia
Da deusa em transformação.
 
As rosas são de Afrodite
Da beleza e do amor
Ainda há quem acredite
Que os espinhos causam dor.
 
Já no saber de Alquimia
A perfeição simboliza
O que se faz com mestria
E no amor se eterniza.
 
Humildade é rosa branca
Cor-de-rosa é gratidão
Mas o nosso olhar estanca
Na vermelha da paixão.
 
 
 
(direitos reservados)
 
 
 
 
 
MARIA DE LURDES FONSECAMARQUES , mestre em Filosofia e Cultura Portuguesa.
 
 
 
Pode ser uma imagem de rosa, árvore e ao ar livre


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ANTÓNIO FRANCISCO GONÇALVES SIMÕES - 48. FURIOSO - ( completo)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A palavra “furioso”  provém do substantivo “fúria” com o sufixo “oso” formando o adjectivo “furioso”. Esta palavra, .também, provem do latim” furiosus, a, um”.Tem o significado de louco, insensato, furioso. ´E um adjectivo que denota fúria, irritado, raivoso., colérico, impetuoso, violento,.muito erritado,, entusiasta, apaixonado, impossível de   controlar, arrebatado, excessivo, forte, extraordinário, pessoa que perdeu o uso da razão, adepto entusiasta, ardente, enfurecido, enravecido.

Frases que  incluema palavra “furioso”::

-“A gente daquela  localidade vinha dia após dia,. Cobrindo o chão com ramos de sabugueiro e  enchendo o ar de lamento “furioso”.

-“A pouco  mais de dez minutos do fim d partida, incinformado, Júlio deu um soco sobre a mesa do bar e saís “furioso”, em direção à sua casa-

A epístola de Sp. Pedro,2,9   diz o seguinte:. Se a graça é como um oceano, estou afundando Esse é um trecho da música. Ele me ama feita pelos livres..E, em actos 27,15 diz: ae, sendo  arrebatado onavio e não podendo navegar contra o vento, cedemos a sua força e nos dexávamos levar.E na minha bíblia Quing James diz: e não podemos mais  suportar a fúria do mar,  renderam~se a ele. E lendo este texto eu fiz uma  comparação muito louca com o amor de Deus, que vem como um mar furioso e quando

Nos deparamos com esse amor não temos como  vencê-lo e então acabamos rendendo-nos. Oh! que maravilhoso! Temos um Deus de amor tão grande e poderoso que  quando nos deparamos com esse amor não há oura opção a nãop ser se rende? Sim! Mas então porque várias  e várias pessoas não conhecem esse amor’       E  a´s vem o choque porque não querem? Olhar para a cruz é fácil, eu já olhei e não senti nenhum amor, mas olhar para a cruz, querendo participar dela e com um coração quebrantado  e disposto,é maravilhoso! Se o navio ondePaulo estava não estivesse naquele mar, ele teriasido vencido por auqela tempestade? Óbvio que não!  Só a um jeito de conhecer esse amor a ponto de se tornar tão grande e falarmos quenem SimãoPedro: Para onde iremos Senhor? E o ónico jeito é navegar sobre esse amor, querer mergulhar nesse amor, querer ser levado.

Muitos de nós, infelizmente fazemos o  que nem eles estavam fazendo antes. E se eles tivessem continuado a nada contra, eles  nuncau iriam vencer a tempestade e nunca sairiam vivos daquele navio, Mas eles tomaram uma decisão. Deixaren-se levar. E no fim, Deus salvou-os(Actos 27,23-24). Até quando você vai navegar contra a tempestade do amor de Deus’? Atéquando você não render-se a esssa “fúria”Até quando é que vice vai  achar que a melho rmaneira   de  escapar dessa vida chata e monótona é vivendo do seu jeito,navegando contra as coisas da biblia. Até quando você vai achar que o seu jeito de viver é o melhor?Sinto-lhe dizer, mas navegar cobtra a tempestade do, de Deus o levará para a morte, mas eu posso dizer,porque eu já expirementei esse amor e nodermos a  esse amor não é com só no fim que seremos salvos, mas em vida, é a melhor experência. Deixe-se ser levado pelo amor de Deus…

 

Provérbios:

-“ 20,2- Um rei furioso é como um lão faminto; quem quiser o rei furioso

está arriscando a própria vida-

-“Como o rugido do leão´o amor do rei furioso arriscando a p´pria alma”.

-Como o bramido do leão,é o terror do rei; o que lhe provoca a ira peca contra a sua 

  própria vida!

-“Como o bramido do leão é o terror  do rei, o que provoca a sua ira peca contra a sua

   própria alma”.

-“A cólra do rei é como rugido do leão: quem o irrita arrisa vada”,

O que é que a Bíblia diz  sobre ficar furioso? A Bíblia ensina que não controlar a raiva ou ira, faz mal a quem alimenta este sentimento e a quem está por perto.(Provérbios 29,22).âs vezes, a pessoa talvez tenha motivos para ficar furiosa. Mesmo assim, a Bíblia diz que quem tem constantes”acessos de ira” não será  salvo.(Gálatas 5, 19-21).A Bíblia tem princípios que podem ajudar-nos quando ficarmos irritados.

 

Será que ficar furioso é sempre  erradpo?  Não. Nalguns casos.há motivos para nos sentirmos assim. Por exemplo, Neemias, um homm fiel a Deus, ficou “muito zangado” quando soube que alhguns dos que também adoravam a Jeová estavam a  ser oprimidos- Neemias,5,6.

Às vezes, Deus também viça irado. Por exemplo: a” ira de Jeová acendeu-se contra” o seu povo quando eles deixaram de cumprir o acordo de adorar somente a ele e começaram a adorar deuses falsos.(Juízes,2:13, 14) Mesmo assim,  a ira não é uma caractrística marcante da personalidade de JEOVÁ Deus. Ele não fica furioso e controla sempte a sua ira(E´´Éxodo  34,6; Isaías 48,9

 

Quando é que errado ficar fourioso?  Ficar furioso é errado quando não há motivos para nos sentirmos assim ou quando ao sentimento mão controlado.  Isso é o que normalmente  aconttece quando humanos imperfeitos ficam irados.  Por exemplo:  Caim”ficou furioso” quando Deus rejeitou a ofenerta dele. Caim deixou que a sua fúria crscesse  acabou por matar o irmão. Gen. 4,3-8.

O profeta Jonas “ficou muito zangado” quando Deus  mostrou compaixão plos minivitas. Deus também lhe disse que ele dvia ter sentido pena daquekles pecadores arrependidos- Jonas 3,10. Estes exemplos mostram que, porcausa da imperfeição,” a ira do homem não produz a justiça de Deus”- TIiago 1,20

 

Como é que se pode controlar a ira?  Alguns talvez achem que deitar para fora  a raiva toda, é um sinal de força. Mas na verdade, quem não consegu controlar a ira tem uma fraquexa grave.”Como  uma ciidade arrombada, sem muralhas, é o homem que não se  consegue conttrolar(Prov´rbios  25,28 e 29,11). Por outro lado. Quando cultivamos a capacidade de  controlar, mostramos  que somos realmente fortes e  que temos discernimento.(Provérbios,14,29). A Bíblia diz:”Quem não se ira facilmente é  melhor do que io homem valente2-  Provérbios,16,32.

 

Controle-se antes que faça alguma coisa de que  se  arrrependa depois O Salmo 37,8   DIiz “deixa a ira e abandona o furor; não te aborreças e não te voltesparafazero mal.” Repare que, quando nos sentimos furiosos, temos uma  escolha; passar o assunto por alto  antes que antes que a ira nos lve a “fazer  o mal”  Como diz Efésios  4,26 :.   “Fiquem furiosos mas não pequem”.

 

Ore para ter paz mental.. A oração podeajudá-lo a ter a “paz de Deus, que está além de toa a compreensão” Filipenses 4,7, A oração é uma das muitas maniras de receber o espírito santo e Deus.Esse espírito pode ajudar-nos a desenvolver qualidades de receber o espírito santo  de Deus.Esse spírito p+ode ajudar-nos a desenvolver qualidades como paz, paciência e autodomínio.  Lucas  11,13  e Gálatas 5,22,23.

 

 

ANTÓNIO FRANCISCO GONÇALVES SIMÕES   -   Sacerdote Católico. Coronel Capelão das Frorças Armadas Portuguesas. Funchal, Madeira.  -    Email   goncalves.simoes@sapo.pt



publicado por Luso-brasileiro às 10:50
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ALEXANDRE ZABOT - A IGREJA E A ASTRONOMIA

 

 

 

 

 

 

Alexandre Zabot

 

 

 

 

 

 
Como astrônomo sou suspeito ao afirmar que a Astronomia é uma das mais belas ciências que existe. Entretanto, penso que é fácil concordar comigo quando se observa a maravilha de um céu estrelado e nota-se os olhos brilhantes de encanto de crianças e adultos diante de explicações sobre o que se vê. Me causa imensa satisfação constatar que também a Igreja tem admirado e estimulado a Astronomia ao longo dos séculos. Não que isto seja parte de sua missão. Ninguém espera isto da Igreja, mas é bom saber que através de muitos leigos e sacerdotes o conhecimento astronômico tem estado sempre presente nos ambientes eclesiásticos.
Está muito errado quem pensa que a Igreja é refratária à Astronomia e a tem perseguido. Sobre isto há um excelente artigo publicado em “History of Astronomy: An Encyclopedia” (História da Astronomia: Um Enciclopédia, em uma tradução livre). O artigo foi escrito pelo sacerdote beneditino e físico Stanley Jaki, muitíssimo respeitado nos meios astronômicos e eclesiásticos, falecido em 2009. Nele Jaki conta com profusão de detalhes, mas num texto muito agradável, todos os fatos que envolveram a questão heliocêntrica e também alguns aspectos do caso Galileu. Acostumado a lidar com estas questões em suas disciplinas e palestras sobre o tema, o sacerdote sabe ir cirurgicamente às questões mais polêmicas do assunto e mostrar onde o senso comum falha e onde a história é distorcida.
Jaki não deixa de listar os vários casos de sacerdotes que eram astrônomos e suas principais contribuições à ciência. Eu e o Márcio já falamos de vários deles, Christopher Clavius, Giuseppe Piazzi, Angelo Secchi, Georges Lemaître, George Coyne, etc., isto para citar somente os mais famosos. O autor ainda faz uma afirmação importante: não devemos cair na ilusão de pensar que uma lista destas é exclusiva da Igreja Católica. Ele mesmo lembra de muitos nomes importantes que eram de outras igrejas ou mesmo agnósticos e ateus. O propósito deste tipo de lista é mostrar que há uma enorme diversidade entre os cientistas e que a Igreja não se opõe à ciência, o que já sabemos.
Entretanto, ao mesmo tempo que não se opõe à ciência, também não é papel da Igreja fazer ou ficar promovendo a ciência o tempo todo. Disto nos lembra o Pe. Lemaître quando recordamos sua resposta a alguém que perguntava se a ciência era necessária à Igreja: “Certamente que não, a cruz e o evangelho bastam-lhe. Mas ao cristão nada de humano é alheio. Como poderia a Igreja desinteressar-se da mais nobre das ocupações estritamente humanas: a busca da verdade?”
Sempre que penso nas relações da Igreja com a Astronomia, não tenho como deixar de lembrar do Observatório Astronômico do Vaticano pois o próprio Vaticano, através da ação de muitos papas, mantém um Observatório Astronômico, ou Specola Vaticana em italiano, como é geralmente conhecido. Este observatório, edificado no coração da Igreja, é prova viva, testemunho eloquente, da relação de amor da Igreja e de seus membros, pela ciência. E de que esta, quando livre de uma hermenêutica materialista, está de pleno acordo com a fé católica.
Segundo o padre Sabino Maffeo S.J. no livro “In the service of nine popes” (A serviço de nove papas, em uma tradução livre), a Specola Vaticana remonta ao ano de 1582, quando o papa Gregório XIII reformou o calendário juliano. O observatório, entretanto, não foi criado oficialmente naquele ano. Em várias épocas papas se interessaram pela astronomia e criaram observatórios. Mas foi em 1891, o papa Leão XIII fundou formalmente a Specola Vaticana através do Motu Proprio, Ut Mysticam. Segundo ele, a Specola Vaticana serviria para “que todos pudessem ver que a Igreja e seus Pastores não se opõe à verdadeira e sólida ciência, humana ou divina, mas abraçam-na, encorajam-na e promovem-na com a máxima dedicação possível”.
Inicialmente, a Specola Vaticana ficava dentro do próprio Vaticano, na Torre dos Ventos. No final do século XIX a luminosidade em Roma não era muito grande, e aquele era um excelente lugar. É imprescindível para os astrônomos que o telescópio esteja em um lugar com céu bem escuro a noite. Cidades luminosas impedem que se observe objetos mais fracos. Em 1933 Roma já tinha os céus claros demais para permitir uma pesquisa séria. O papa Pio XI ofereceu a residência papal de verão em Castelgandolfo, que fica a poucos quilômetros de Roma e tinha condições excelentes de observação. Em 1980, novamente os céus já eram claros demais para os jesuítas fazerem suas pesquisas. A Specola Vaticana continuou em Castelgandolfo, mas boa parte de seus pesquisadores se mudou para Tucson, nos EUA, onde foi formado um grupo de pesquisa. Esta mudança foi encorajada e apoiada pelo papa João Paulo II. Lá, em colaboração com a Universidade do Arizona, este grupo pôde cooperar com outros astrofísicos e usar vários telescópios americanos. Em 1993 foi inaugurado nos EUA um grande telescópio para uso dos astrofísicos da Specola Vaticana. Foi um grande salto em produtividade de pesquisa, visto que antes eles precisavam usar outros telescópios.
Entretanto, a pesquisa de ponta em astrofísica não é a única atividade dos jesuítas da Specola Vaticana. Também é missão deles servir à Igreja, testemunhando no mundo sua boa relação com a ciência. Eles fazem isso escrevendo artigos, dando palestras em universidades e institutos de pesquisa e organizando eventos. Ano passado, eu tive o privilégio de poder participar de um destes eventos. A cada dois anos é realizada a “Escola de Verão do Observatório do Vaticano”. Cerca de duas dúzias de estudantes de astrofísica de todo o mundo são selecionados para passar 1 mês em Castelgandolfo, tendo aulas sobre algum tema de vanguarda em astrofísica. Tive a sorte de ser escolhido para participar de uma estas escolas em 2007. Assim como eu, a maior parte dos estudantes era de países subdesenvolvidos e não tinha condições de arcar com os custos. Por isso, o Observatório do Vaticano financiou as despesas.
O Observatório Astronômico do Vaticano nasceu do desejo de Leão XIII de mostrar ao mundo todo que não há oposição entre a fé e a ciência verdadeiras. Muitos outros papas também desejaram isto e deram esta missão aos padres jesuítas que constituem a Specola Vaticana. Creio que também esta deva ser a missão de todos nós católicos, pois o conhecimento científico serve à fé, ajudando a revelar na beleza da criação, o Criador.
 

03/2012
 
 
 

ALEXANDRE ZABOT   -    Fisico. Doutorado em Astrofisica. Professor da Universidade Federal de Santa Catarina.   www.alexandrezabot.blogspot.com.br

 


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HUMBERTO PINHO DA SILVA - QUEM PERTENCE À CLASSE MÉDIA ?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Numa tarde deste verão escaldante, estava num Centro Comercial da baixa, com o amigo Júlio, quando de repente ouço alarido de vozes acaloradas, que versavam: preços e salários.

Em suma, diziam: quem recebe salário mínimo, mal pode sobreviver.

Então o Júlio, vira para mim, seus belos olhos castanhos, e dispara:

- Olha lá: Tu sabes-me definir o que seja Classe Média?

Gaguejei, tossi e disse: - Boa pergunta. Certa vez responsável afirmou: quem ganhava mil e trezentos euros, podia-se considerar rico...

Então o Júlio de sorriso maroto, obrigou-me a racionar:

- Sabes, porventura, quanto é preciso, alguém obter mensalmente, para se dizer que pertence à dita Classe?

Não lhe soube responder : nem quantia mínima nem máxima.

E o Júlio de sorrisinho bailando nos pálidos lábios e secos, discorreu:

- Pensa bem: Família formada por casal e filho. O marido usufrui mil e quatrocentos, mensais. A mulher é dona de casa. Pertence, na tua opinião, à Classe Média?

-Acho que sim, respondi a medo, receando a astuciosa pergunta

Mas o Júlio deleitado pela conversa, prosseguiu: - Pensa, agora, noutra família, formada por casal e um filho. Ambos recebem salário mínimo. São da Classe Média?

- Onde queres chegar com esta arenga? – Inqueri.

-Apenas isso: Aumentando o salário mínimo (que é insuficiente para alguém viver dignamente,) é justo; mas olvidando a família, que vive com salário pouco mais superior, pratica-se tremenda injustiça. Bem sei que o IRS tenta regular incorrecções, mas sei, também, que há sempre processo de o contornar...

- Queres dizer – acrescentei, – que é incorreto subir o salário mínimo!...

Não disse isso. O que se deve é olhar para o rendimento da família e não para o salário de cada um. Isso é socialismo.

Meu amigo Júlio com a filosófica conversa, queria chegar à utopia. Na teoria pode ser possível, mas na prática?

Agora pergunto ao leitor : quanto deve ter de rendimento, uma família, com um filho, para pertencer à Classe Média?

 

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA



publicado por Luso-brasileiro às 10:35
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PINHO DA SILVA - RETRATO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Barafustava um sino, sempre aos brados,

em torre de capela muito antiga;

e bailava ao compasso da " cantiga",

pasmando o auditório de telhados.

 

Confesso fazer parte dos pasmados,

pois pasmava de ouvir uma tal briga

c'o badalar da língua de lombriga

na boca escancarada para os lados.

 

Pensei c'o os meus botões: - " Grande orador!...

Isto, sim, é falar!... E com que ardor!...

Que cultura!... Que génio!... Mas que brio!..."

 

Cheguei-me, para  ver: estava imundo!...

Cheguei-me, bem ao perto, olhei-lhe o fundo...

e fiquei mais pasmado: era vazio!!!

 

 

 

PINHO DA SILVA – (1915-1987) – Nasceu em Santa Marinha, Vila Nova de Gaia. Frequentou o Colégio da Formiga, Ermesinde, e a Escola de Belas Artes, do Porto. Discípulo de Acácio Lino, Joaquim Lopes , e do Mestre Teixeira Lopes. Primo do escultor Francisco da Silva Gouveia. Vilaflorense adotivo, por deliberação da Câmara Municipal de Vila Flor.
Tem textos  dispersos por várias publicações, entre elas: “O Comércio do Porto”, onde mantinha a coluna “ Apontamentos”, e o “Mundo Português”, do Rio de Janeiro, onde publicou as “ Crônicas Lusíadas”. Foi redator do “Jornal de Turismo”, membro da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, e secretário-geral da ACAP. Está representado na selecta escolar: " Vamos Ler", da: Livraria Didáctica Editora, com o texto : " Barcos e Redes"

 

 

 

 

 

 

 

 



publicado por Luso-brasileiro às 10:14
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PAULO R. LABEGALINI - A SANTA MÃE IGREJA

 

 

 

 

 

 

 

Paulo Labegalini.jpg

 

 

 

 

 

 

 

Um jovem cumpria seu dever no exército, mas era ridicularizado por ser cristão comprometido com a fé católica. Um dia, na intenção de humilhá-lo na frente do pelotão, o sargento da tropa pregou-lhe uma peça:

– Soldado Coelho, pegue esta chave, vá até aquele jipe e o estacione ali na frente.

– Mas, sargento, o senhor sabe que eu não sei dirigir!

– Soldado Coelho, eu não lhe perguntei nada. Vá até o jipe e faça o que lhe ordenei. Peça ajuda ao seu Deus e mostre-nos que Ele o ama.

O soldado, então, pegou a chave e foi até o veículo. Sentou-se no banco do motorista e fez esta oração: ‘Jesus, guia as minhas mãos e mostra a estas pessoas a tua fidelidade. Eu confio em Ti, Senhor, e sei que podes me ajudar. Amém’.

Em seguida, o garoto manobrou o jipe e o estacionou como queria o seu superior. Ao sair do veículo, viu todo o pelotão chorando e alguns de joelhos.

– O que houve gente? – indagou o soldado.

– Nós queremos o teu Deus, Coelho. Como fazemos para tê-lo? – perguntou o sargento.

– Basta aceitá-lo como Salvador; mas, por que todos decidiram por Jesus Cristo?

O superior pegou o soldado pelo braço e caminhou com ele até o jipe enquanto enxugava as lágrimas. Daí, levantou o capô e mostrou que o veículo não tinha motor!

Bem, eu sei, é só uma história, certo? Contudo, leitor, você acredita que isto pode acontecer ou acha que até Deus tem limites para fazer milagres? Quem já viu de perto graças impressionantes acontecerem – como eu, por exemplo –, sabe que nada é impossível neste mundo. E àquele que não tem fé, eu peço que espere um pouco mais. No tempo de Deus, aquilo que merece ser-lhe-á dado.

E se você está passando por provações não se desespere, pois Deus tem visto suas lutas. Confie que os maiores problemas estão chegando ao fim. Continue rezando na certeza que uma bênção maior está direcionada a você. No tempo certo, Ele lhe dará a vitória. Enquanto isso, não complique as coisas como nesta outra história:

Sherlock Holmes e Dr. Watson foram acampar. Montaram a barraca e, depois da refeição e algumas garrafas de vinho, deitaram-se para dormir. Horas depois, Holmes acordou e cutucou seu fiel amigo:

– Meu caro Watson, olhe para cima e diga o que vê.

– Vejo milhares de estrelas – respondeu o amigo.

– E o que isso significa? – perguntou Holmes.

Watson ponderou por um minuto e depois enumerou:

– Astronomicamente, significa que há milhares de galáxias e, potencialmente, milhões de planetas. Astrologicamente, observo que Saturno está em Leão e teremos um dia de sorte. Temporalmente, deduzo que são aproximadamente 3h15min pela altura em que se encontra a Estrela Polar. Teologicamente, posso ver que Deus é todo poderoso e somos insignificantes diante Dele. Meteorologicamente, suspeito que teremos um lindo dia amanhã. Então, está tudo correto, senhor?

Holmes ficou uns instantes em silêncio e respondeu:

– Watson, seu idiota, significa apenas que alguém roubou a nossa barraca!

Pois é, a vida é simples, nós é que temos a mania de complicar. Também na religião, vejo com muita simplicidade algumas verdades que aprendi na infância. Este texto que recebi de um amigo retrata um pouco disso:

Nossa família se difundiu pelo mundo e é feita de todas as raças; somos jovens e velhos, ricos e pobres, pecadores e santos. Com a graça de Deus, abrimos hospitais para cuidar dos doentes, fundamos orfanatos e ajudamos os necessitados. Somos a maior organização caritativa do planeta, trazendo alívio e conforto para aqueles que tanto precisam.

Nós educamos mais crianças do que qualquer outra instituição, defendemos a dignidade de toda vida humana, preservamos o casamento e a família. Cidades receberam os nomes de nossos venerados santos, que percorreram o caminho do Céu antes de nós. Guiados pelo Espírito Santo, compilamos a Bíblia. Somos transformados pela Sagrada Escritura e pela Sagrada Tradição, que nos têm guiado firmemente por mais de dois mil anos!

Nós somos a Igreja Católica, com mais de um bilhão de pessoas na família, compartilhando sacramentos e plenitude da fé cristã. Por séculos, temos rezado por você e por todo o mundo, a cada hora, a cada dia, sempre que celebramos a missa. O próprio Jesus lançou os fundamentos da nossa fé quando disse a Pedro, o primeiro Papa: “Tu é Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. A partir disso, nós tivemos uma linha ininterrupta de pastores guiando a Igreja Católica, com amor e verdade, num mundo confuso e doloroso de viver.

E nesse mundo cheio de caos, dificuldades e dor, é reconfortante saber que algumas coisas permanecem coerentes e fortes: nossa fé católica e o eterno amor que Deus tem por toda a criação. Portanto, se você está fora da nossa Igreja, o convidamos a voltar. Nossa família é unida em Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador. Também temos as infalíveis proteções da Virgem Maria, dos anjos e dos santos.

Nós somos católicos, apostólicos, romanos. Bem-vindo à sua casa!

 

 

 

PAULO R. LABEGALINI   -  Cursilhista e Ovisista. Vicentino em Itajubá. Engenheiro civil e professor doutor do Instituto Federal Sul de Minas (Pouso Alegre - MG)

 



publicado por Luso-brasileiro às 10:10
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EUCLIDES CAVACO - PREITO A SANTA CECÍLIA - letra de: Euclides Cavaco

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O meu fraterno abraço de sincera amizade.
 
 
 

  EUCLIDES CAVACO  -   Director da Rádio Voz da Amizade , Canadá.

 

***

 
 
 

 

NOTICIAS DA DIOCESE DO PORTO

 

 http://www.diocese-porto.pt/

 

 

NOTICIAS DA DIOCESE DE JUNDIAÍ - SP

 

 

 https://dj.org.br/

 

***

 

Leitura Recomendada:

 

 

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Jornal católico da cidade do Porto   -    Portugal

 

Opinião   -   Religião   -   Estrangeiro   -   Liturgia   -   Area Metropolitana   -   Igreja em Noticias   -   Nacional

 

https://www.jornalaordem.pt/

 

***

HORÁRIOS DAS MISSAS NO BRASIL


https://www.horariodemissa.com.br/#cidade_opcoes 

 

Site com horários de Missa, confissões, telefones e informações de Igrejas Católicas em todo o Brasil. O Portal Horário de Missas é um trabalho colaborativo onde você pode informar dados de sua paróquia, completar informações sobre Igrejas, corrigir horários de Missas e confissões.

 

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