09/2008
ALEXANDRE ZABOT - Fisico. Doutorado em Astrofisica. Professor da Universidade Federal de Santa Catarina. www.alexandrezabot.blogspot.com.br
Em homenagem a uma das mais brilhantes figuras que o Brasil já teve, RUI BARBOSA, comemora-se a 05 de novembro, data de seu nascimento em 1849 na cidade de Salvador, Bahia, o DIA NACIONAL DA CULTURA. Legando-nos maravilhosos exemplos de desprendimento, patriotismo e amor à Justiça, de firmeza de princípios, nada mais coerente do que reverenciarmos tão ilustre personalidade, dotado de grande bagagem intelectual e um dos mais profundos conhecedores da ciência jurídica, como se fosse, em cada ramo do direito público ou do direito privado, um especialista que os dominava com culto esmerado.
Revelando desde a infância uma extraordinária inteligência, unida a uma impressionante força de vontade, concluiu, com esses sentimentos de otimismo e decisão, o curso de Direito na Faculdade do Largo de São Francisco em São Paulo. Como estudante, já revelava o vigor de seus propósitos. Ainda no quarto ano, apesar da escravidão ser um assunto melindroso, do qual poucos ousavam combatê-lo abertamente, Rui clamava contra a legalidade do cativeiro: - “Uma brutalidade que está fora de todas as Constituições e de todas as leis”. Sua pena fulgurante a serviço das questões sociais a classificava como o “resumo de todos os crimes”.
Uma de suas grandes virtudes foi nunca se trair. Assim, jamais negociou por exemplo, qualquer de seus ideais com determinado cargo de relevância, tornando-se um exemplo para grande parte dos políticos de hoje. Tanto que recusou convite do Visconde de Outro Preto para o posto de Ministro, pois o programa governamental deste não dispunha sobre a Federação (campanha iniciada por ele para união das províncias, hoje, Estados). Sempre defendeu seus direitos e contra as falsas acusações levantadas por um deputado baiano, respondeu: - “Creio na moderação e na tolerância, no progresso e na tradição, no respeito e na disciplina, na impotência fatal dos incompetentes, rejeito as doutrinas de arbítrio e abomino as ditaduras de todo o gênero”.
A retidão de seus princípios motivou-lhe uma intensa perseguição, obrigando-o a fugir para Buenos Aires e de lá à Inglaterra, onde escreveu as famosas “Cartas do Extremo Oriente”, sobre o significado da Marinha de Guerra na vida das nações. Em “As Minhas Conversações” respondeu ao escritor Afonso Celso à acusação de ter sido incrédulo, materialista e ateu:- “Calúnia contra a qual protesta a minha vida, o lugar que sempre teve a religião na minha casa, nas minhas relações domésticas, na educação de meus filhos”. Neste aspecto, ressalta-se, que Rui Barbosa lutou com grande interesse pela liberdade religiosa, elaborando inclusive, o decreto de separação da Igreja do Estado, estabelecendo relações entre o poder eclesiástico e o civil, combatendo o divórcio e projetos oprimentes ao catolicismo.
Exímio jurista
O saudoso Prof. Alfredo Buzaid, em trabalho específico pela Editora Saraiva, abordou a contribuição do jurista baiano ao progresso do Direito Processual Civil e, de modo especial, ao conhecimento da bibliografia estrangeira que possuía sobre a matéria, circunstância até certo ponto pouco divulgada.
O seu valor internacional foi reconhecido em 1907, em Haia, na Holanda, durante a Segunda Conferência de Paz. Representando o Brasil, impôs-se a todos pelo extraordinário talento e brilhantismo com que se houve para defender a “força do direito contra o direito da força”. Não hesitou em pregar ante os representantes das Nações lá reunidos o respeito aos fracos e a igualdade jurídica dos povos.
Durante o Império, chegou a ser monarquista, aspecto que não o relegou a uma pessoa controvertida. Ao contrário, em todas as épocas e regimes, a meta que Rui Barbosa sempre perseguiu foi a de construir uma Pátria economicamente forte, moralmente digna e socialmente justa. O seu espírito exuberante necessitava de abertura e atividade, embora em seu caminho se acumulassem decepções. No entanto, venceu-as sempre impávido, com aquela têmpera de aço com que desafiou as investidas contra o Direito, a Justiça e a Liberdade. Em meio século de apostolado, ele intentou fazer uma política em seu verdadeiro sentido, aquela em que definia como a que “afina o espírito humano, educa os povos no conhecimento de si mesmos, desenvolve nos indivíduos a autenticidade, a coragem, a nobreza, a previsão, a energia e cria, apura e eleva o merecimento”.
Encerramos com transcrição de parte de texto do brilhante Prof. Buzaid:- “...Se, em sua longa e luminosa trajetória de homem público, nada mais tivesse feito do que ensinar a boa doutrina para imortalizá-lo, bastaria a lição em que definiu os rumos da nacionalidade que, em sua evolução, busca reencontrar-se, valorizando o homem, pregando a legítima coexistência das classes sociais e dignificando o trabalho, tudo sob a inspiração de Deus” ( “Rui Barbosa – Processualista Civil e Outros Estudos”- Pág. 121 – Ed. Saraiva).
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor da Faculdade de Direito do Centro Universitário Padre Anchieta. É ex-presidente das Academias Jundiaienses de Letras e de Letras Jurídicas. Autor de diversos livros (martinelliadv@hotmail.com)
Quando Rousseau já estava bem idoso, certo dia se aproximou dele um comerciante suíço e lhe declarou, embevecido, que o admirava muito, que havia lido toda a sua obra e tinha feito questão de educar todos os seus filhos de acordo com os princípios pedagógicos ensinados pelo grande mestre Jean-Jacques Rousseau no “Emílio”.
Rousseau, então, olhou o indivíduo bem nos olhos e lhe respondeu: - Pois se teve coragem de educar os seus próprios filhos de acordo com os princípios que eu ensinei naquele livro, só posso lhe dizer que não passa de um imenso animal (vous n'êtes qu'une grosse bête).
Li esse episódio há muitos anos, num livro de memórias extraordinariamente interessante, escrito pela Baronesa de Oberkirch, uma alemã que se mudou para a Rússia, como dama de companhia de uma princesa que foi casar com o grão-duque Paulo, filho e herdeiro da Czarina Catarina a Grande. O grão-duque e sua esposa fizeram, pouco antes da Revolução Francesa, uma longa viagem pela Europa e se demoraram muitos meses na França, em viagem não oficial, incógnitos, apresentando-se publicamente como “Conde e Condessa do Norte”, mas toda a gente sabia que na verdade eram os herdeiros do Império russo.
A baronesa de Oberkirch, que os acompanhou por toda parte, deixou um relato extremamente rico e bem documentado de tudo o que presenciou e analisou - ambientes, pessoas, realidade política e social. Foi precisamente nesse livro que tomei conhecimento do episódio acima, do qual se conclui que Rousseau é um filósofo importantíssimo... mas que não pode ser sempre tomado a sério!
Nascido em Genebra, na Suíça, em 1712, de uma família calvinista de origem francesa, nunca conheceu sua mãe e perdeu o pai aos 10 anos. Teve formação inconstante e conturbada, passando de um mestre excessivamente rigoroso para uma fase de liberdade prematura, imatura e descontrolada, com leituras caóticas e não bem digeridas que lhe proporcionaram uma cultura bastante questionável, suficiente para lhe permitir opinar a respeito de tudo sem precisar se aprofundar, realmente, em nada, e, sobretudo, sem se preocupar com as contradições flagrantes entre o que escrevia em ocasiões diferentes.
Moralmente, teve vida muito irregular. Semeou cinco filhos numa amante rica que o manteve durante anos, mas nunca se interessou por eles, mandando-os para um orfanato. Viveu ao léu, vagando errante, durante muito tempo, até fixar-se, nos últimos anos, num retiro cheio de amarga misantropia, curtindo suas frustrações e falecendo aos 66 anos.
Foi, sobretudo, um agente provocador, que se deliciava por suas opiniões emitidas de modo a chocar a sociedade decadente do Antigo Regime, seus costumes, seus modos de ser e pensar. Julgo que, no seu tempo, deve ter representado um papel análogo àquele que, na São Paulo de 1922, tiveram os participantes da famosa Semana de Arte Moderna.
Num século em que era idolatrada a razão humana como valor supremo, só podia ser chocante o "Discurso sobre as ciências e as artes" que o tornou famoso, aos 37 anos de idade, em 1750. A Academia de Dijon, na Borgonha, instituíra um concurso público de ensaios, para responder à seguinte pergunta: "O desenvolvimento das ciências e das artes favoreceu o aprimoramento dos costumes?". O bom senso mais elementar mandava, claro, responder afirmativamente e dizer o porquê disso. Mas Rousseau, sempre querendo "épater la bourgeoisie" (assustar a burguesia) pelo inesperado de suas posições, opinou pela negativa. Conseguiu seu objetivo: chamou a atenção dos julgadores, fascinou-os com seu estilo colorido e envolvente, ganhou o prêmio e ficou famoso...
ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS - é licenciado em História e em Filosofia, doutor na área de Filosofia e Letras, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Academia Portuguesa da História.
Os agapantos lilases do Jardim do Beija-Flor da Casa da Fonte começaram a florescer. Um deleite para os olhos. Flor de origem do sul da África, conhecida também por lírio-africano ou flor do Nilo. No ano passado que soube, pelo meu querido primo Odailton Cássio Lima Corrêa, que sua florada maior é no tempo de Finados e costuma acontecer uma semana antes ou durante. Sua avó, tia Santinha, a chamava de “Flor de Finados” e a cultivava em meio aos pés de rosas brancas. Encantou-me.
Em 2021, foi o primeiro Finados sem a presença de nossa mãe e contemplar os agapantos na Casa da Fonte, projeto pelo qual ela se apaixonou e onde dava aula de tapeçaria para as crianças nos últimos 16 anos que viveu em meio a nós, fez-me sentir um aceno do Céu.
O Agapanthus vem do grego, Ágape, que significa amor e Panthus significa flor. Flor do amor. Bem isso. Amor que se transformou em saudade.
Segundo estudiosos de cores, o tom lilás cria uma atmosfera serena e intimista e diz respeito à espiritualidade, intuição, piedade, espiritualidade, purificação e transformação.
Há beleza dolorida que vêm à tona em Finados e em certos dias.
Recordei-me de versos escritos e colocados por nosso avô paterno no túmulo da filhinha de dois anos, que nascera com limites de saúde. São do carinho! “Ternura, graça e inocência/ depositados aqui. /Terra, não pese sobre ela, / pois não pesou sobre ti”. Sem dúvida a terra não pesou, pois Deus a revestiu com asas para chegar além do pôr do sol.
Assim que a alma de nossa mãe foi elevada, recebi de imediato, ainda na UTI, de Dom Gil Antônio Moreira, Arcebispo de Juiz de Fora a canção “Que os Anjos te conduzam” de Irmã Miriam Kolling (1939-2017): “Que os anjos te conduzam,/ Pelas mãos, ao Paraíso:/ Para a festa do Cordeiro/ Convidado(a) tu estás!/ Co’alegria te introduzam/ Na cidade do sorriso:/
Quem te amou assim primeiro,/ Seja agora a tua Paz!(...) E por toda a eternidade/ Tua voz cante o hino/ Dos eleitos, que na história,/ Fiéis seguiram o Senhor!” Fez-me um bem imenso e retorno a ela inúmeras vezes, em especial quando me vejo de alma cinzenta.
Com o passar dos anos, quantas pessoas se foram e eu desejava que estivessem em minhas proximidades! O tempo, no entanto, é de Deus. Deixaram silêncios impregnados do que foram e representaram em minha história. Silêncios com música, poemas, abraços, olhar com brilho, sorrisos, palavras que salvam, esteio nos sonhos, compreensão...
Em um caderno de anotações de meu pai havia uma frase mais ou menos assim: “Fostes sozinho por uma estrada longa e bonita. Sei que hoje há flores pelos caminhos e que elas estão desabrocham em homenagem à sua alma de homem bom”.
Ao percorrer as ruas do Cemitério Nossa Senhora do Desterro, onde repousa a memória de nossos pais e de tantos outros queridos, de imediato me coloco em prece e penso em uma escada longa enfeitada com agapantos de todas as cores em direção ao Senhor. Não me angustio. Observo os túmulos, pelos quais passo, com sinais do carinho de quem ficou. Falo com Deus sobre o anseio pelo reencontro. Tenho certeza de que fomos feitos para a Eternidade e nos veremos.
As flores que levo, porém, são violetas, aquelas sobre as quais escreveu Martins Fontes: “... quem ama, como nós amamos, tem por certo violetas dentro d’alma”.
MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE - Professora e cronista. Coordenadora diocesana da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala. Jundiaí, Brasil.
A amizade, cuja fonte é Deus, não se esgota nunca, dizem os santos
Alguém disse que o amigo é algo especial que Deus inventou para cuidar da gente. A Palavra de Deus diz que “um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu um tesouro” (Eclo 6, 14).
Ora, tesouro é aquilo que nos enriquece. Então, o amigo é alguém que nos faz crescer, nos torna melhores.
Tive muitos amigos em toda a minha vida. Como as pessoas são diferentes! Graças a Deus, temos amigos de todo tipo: os engraçados, os intelectuais, os que nunca se animam, os que nos mimam, os originais, os que necessitam cuidados, os que são capazes de nos carregar seja qual for nosso estado de ânimo, os que sempre estão atentos, os que só mostram uma pequena parte do que são, os que sempre conseguem o que querem, os corajosos, os que sempre tem uma notícia ou uma novidade para contar, os que entram em casa a qualquer momento, os que nos fazem temer, os organizados, os “folgados” de sempre, os protetores, os de longe, os que não param de trabalhar, os que têm mania de grandeza, os que sempre estão enrolados em algo, os que são capazes de fazer qualquer coisa para evitar que passemos um mal momento, os que necessitam proteção, os brincalhões, os surpreendentes, os que nos fazem rir a qualquer preço, os que são tão ternos, os que sempre estão nos esperando… Quem busca um amigo sem defeito, fica sem amigo.
Por que a amizade é importante?
Já no antigo testamento, em diversas passagens, a Palavra nos revela vários ensinamentos acerca da amizade:
“Azeite e incenso alegram o coração: a bondade de um amigo consola a alma” (Provérbios 27,9).
“O amigo ama em todo o tempo: na desgraça, ele se torna um irmão” (Provérbios 17,17).
“Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu um tesouro” (Eclo 6,14).
“Dois homens juntos são mais felizes que um isolado, porque obterão um bom salário de seu trabalho. Se um vem a cair, o outro o levanta. Mas ai do homem solitário: se ele cair não há ninguém para o levantar” (Ecl 4,9-10).
“Não abandones teu amigo, o amigo de teu pai; não vás à casa do teu irmão em dia de aflição. Vale mais um vizinho que está perto, que um irmão distante” (Provérbios 27,10).
O Próprio Jesus, Deus que se fez homem, precisou de amigos, riu e chorou com eles. E quis através deles nos ensinar:
“Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos. Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai” (Jo 15,13-15).
Leia também: Cultive a amizade
15 ensinamentos dos santos sobre a amizade
10 santas amizades que vale a pena imitar
Mas, quem é o verdadeiro amigo? O que é mais importante numa amizade?
Numa verdadeira amizade é preciso que ambos os amigos cresçam como pessoas humanas, por causa do outro. Uma amizade sem isso fica vazia, sem sentido. E para isso muita coisa é importante numa amizade. Antes de tudo não pode haver nela rivalidade e sim complementariedade; o amigo é aquele que completa o outro; lhe dá aquilo que ele não tem. Não pode haver ciúmes, inveja, competição, orgulho, arrogância; isso destrói a amizade. É importante que neste mesmo tempo se construa a confiança, o respeito, a tolerância, o carinho.
Nem sempre o que é indulgente conosco é nosso amigo, nem o que nos castiga, nosso inimigo. Santo Agostinho disse que “São melhores as feridas causadas por um amigo que os falsos beijos de um inimigo. É melhor amar com severidade a enganar com suavidade”.
Os amigos verdadeiros nos ajudam a crescer porque nos revelam o que somos, são como que nossos espelhos, através deles podemos nos enxergar.
O amigo é aquele que compartilha a nossa dor, e dor compartilhada é dor amenizada. É preciso saber ser amigo. Aquele que não tem necessidade de ninguém, tem muitos amigos. Onde reina a amizade, não existe necessidade. Minha esposa gostava de dizer que “vale mais um amigo do que dinheiro no bolso”.
O que faz o amigo crescer é a fidelidade; ela é a alma da verdadeira amizade. Conta-se que dois amigos inseparáveis foram para uma guerra juntos. Em um combate um deles ficou ferido gravemente, e sem que o outro percebesse ficou caído. Quando o primeiro voltou para a trincheira, percebeu que o amigo não tinha voltado para o abrigo.
“Meu amigo ainda não regressou do campo de batalha, senhor. Solicito permissão para ir buscá-lo” — disse o soldado a seu superior.
“Permissão negada”, respondeu o oficial — “Não quero que você arrisque a sua vida por um homem que provavelmente está morto”.
O soldado, desconsiderando a proibição, saiu, e uma hora mais tarde regressou mortalmente ferido, transportando o cadáver de seu amigo. O oficial ficou furioso.
“Eu te disse que ele já estava morto! Agora, por causa da sua indisciplina, eu perdi dois homens! Me diga, valeu a pena ir até lá para trazer um cadáver?”. E o soldado, moribundo, respondeu: “Claro que sim, senhor! Quando encontrei o meu amigo, ele ainda estava vivo e pôde me dizer: Eu tinha certeza de que você viria!”.
“Um amigo é aquele que chega quando todo o mundo já se foi”.
Para fazer o amigo crescer é precioso saber entendê-lo, mesmo sendo tão diferente dele.
Esses nos ajudam nos momentos difíceis… Podemos esquecer aquele com quem rimos muito, mas nunca nos esqueceremos daquele com quem choramos. O laço da tristeza é mais forte que o laço da alegria. Na prosperidade os verdadeiros amigos esperam ser chamados; na adversidade, apresentam-se espontaneamente. Na seca, conhecem-se as boas fontes, e na adversidade, os bons amigos.
Amigo é aquele que nos faz aprender. É aquele que sabe tudo a meu respeito e gosta de mim assim mesmo. Seja amigo daquele que pode te ensinar muitas coisas, mesmo que ele tenha que lhe dizer verdades amargas. É aquele que o aceita como é, e não se cansa dos seus defeitos.
O amigo cresce quando você sabe guardar os segredos dele, enxuga as suas lágrimas, previne suas quedas, sabe interpretar os seus olhares e respeitar os seus silêncios sagrados.
Para fazer o amigo crescer é preciso criar um deserto dentro de nós e aceitar que o amigo venha povoá-lo. O outro cresce quando você fala mais daquilo que lhe interessa do que daquilo que interessa a você. Então ele lhe fará muitas confidências.
O combustível da amizade é o diálogo, a troca sincera de ideias; não a discussão que é uma luta entre dois homens. Para ajudar o outro a crescer é melhor não demonstrar que ele está errado, mas ajudá-lo a descobrir a verdade por si mesmo.
Se você quiser fazer o amigo crescer, comece por amá-lo sinceramente. O outro tem a tendência a ser aquilo que você pensa e diz que ele é. O elogio sincero tem um poder mágico de fazer o outro crescer. Se quiser que o outro progrida, felicite-o sinceramente. Revelar os dons do outro é fazê-lo se descobrir e crescer.
O amigo verdadeiro é aquele que sabe olhar sem inveja a nossa felicidade. O maior esforço da amizade não deve ser o de mostrar nossos defeitos a um amigo, mas fazer com que ele veja os dele. O maior bem que podemos fazer ao amigo é levá-lo a descobrir suas riquezas. Não hesite em se sujar para tirar um amigo da lama.
A amizade, cuja fonte é Deus, não se esgota nunca, dizem os santos. Nunca desista de ajudar o amigo a vencer uma batalha; não há nem haverá ninguém que tenha caído tão baixo que esteja fora do alcance do amor infinito de Deus e do nosso socorro.
FELIPE AQUINO - é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter:
Não sei vocês, mas para mim parece que outubro se eternizou. Segundo o dito popular agosto é o mês do cachorro louco e nunca entendi direito isso, até ler que no Brasil, as condições do clima nesse mês favorecem que as cachorras entrem no cio, deixando os machos meio loucos mesmo, sendo comuns as brigas para ver quem consegue acasalar. Talvez haja outras explicações, mas essa foi a que encontrei. Esclarecido o dito popular, aqui com meus botões eu acho que, diante de tantos animais castrados, o mês da loucura está para perder o seu pódio para outubro.
Curiosamente, os dois outubros anteriores foram meses especialmente complicados para mim, em termos de trabalho, e eu fiquei, de lá para cá, com a sensação de que esse mês fez algum trato com o calendário e surripiou uns dias de janeiro, porque as férias a gente nem vê passar mesmo e aí fica mais fácil enganar nossas sensações.
Em ano eleitoral então, nem se fala. Simplesmente está insuportável para quem convive em sociedade e naturalmente se depara com pessoas com opiniões contrárias. Até aí tudo bem. Ou melhor, eu achava que estava tudo bem. Sempre me posicionei democraticamente, pelo respeito ao próximo. Quem sou eu para me arvorar de ser a dona da razão, afinal de contas? Mas tenho, como todos, o direito de ter minhas convicções, por óbvio.
Então, nesta linha, porque prefiro preservar os meus amigos, muitos dos quais pensam bem diferente de mim, não discuto com ninguém sobre política, embora nunca fuja de uma boa e civilizada conversa sobre o tema. Ouço os argumentos contrários e exponho os meus, mas jamais fui até a postagem de outra pessoa, por exemplo, de modo agressivo, ofendendo quem quer que seja. Pois bem, eu pensava, ainda penso, em verdade, que a isso se nominava respeito, educação, mas, para minha surpresa, fui chamada de “isentona” e orientada a não expor minhas rasas opiniões.
Fica difícil assim, parece-me. Por essa lógica, fico em um beco sem saída: preciso me posicionar, mas não devo expor minha opinião. Fica muito claro que, sob a ótica de referidas pessoas, só posso me manifestar se for de acordo com o posicionamento que eles mesmos defendem. Então tá bom. Pensem como quiserem e eu continuo do meu jeito, porque, se eu não estudei errado na faculdade de Direito, o nome disso é democracia e liberdade de expressão. Por princípio, tenho medo de fanáticos de todo gênero, que confundem convicções com verdades absolutas, sobretudo os que ocupam altos cargos, mas abafemos o caso e cada qual leia como quiser.
E se outubro é, originalmente, o mês das bruxas em vários países, com origem em um ritual celta, aqui no Brasil também já podemos considerar uma comemoração bem nossa, ao menos em anos eleitorais, porque a bruxa tá solta geral. As brigas entre amigos, colegas e familiares nunca estiveram tão acirradas e o saldo de tudo isso, embora demonstre em parte que temos nos tornado um país mais atento aos processos eleitorais, também desgasta os mais preciosos núcleos de convívio.
Ando torcendo para outubro se findar, porque para mim já deu o que tinha que dar. Brincadeiras à parte, ando preocupada e sei que o fim deste mês poderá ser o fim de muitas outras coisas e que, neste momento em que escrevo, o futuro é muito mais incerto do que sempre foi. O fato é que não queremos doces e nem travessuras, mas seriedade de quem o povo eleger para governar nosso país. Nunca desejei tanto, de verdade, estar errada sobre a sensação que tenho sobre o porvir. Nem isentona e nem bruxa, só uma cidadã que defende seu direito de expressão. Pai, afasta de mim esse cálice...
CINTHYA NUNES é jornalista, advogada, professora universitária e desconfia que São Pedro se perdeu nas contas do tempo – cinthyanvs@gmail.com/www.escriturices.com.br
JORGE VICENTE - Fribourg ( Suiça)
Ardileza é um substantivo que provém do adjectivo “ardil” mais o sufixo”eza”, formando o substantivo “ardileza”.
“Ardis”- significa no grego; percepção, propósito, a inteligência própria. Um exemplo seria um plano astucioso, tendo por objectivo criar estratagemas maliciosas, enganosas. No português, ardis significa :Verbete: ardil. Astúcia, manha, artimanha. Artifício, estratagema
O Apóstolo S. Paulo está ensinando a igreja a agir de forma que não seja enganada ou manipulada maliciosamente por Satanás. Se ela agisse como S. Paulo aconselhava(perdoar o membro arrependido),. Seria possivelmente vencida por Satanás. Então, cairia na sua não por ser enganado por. ele. 11 Cor 2,11
Descubra a diferença entre ardileza e outras palavras: Ardileza ou lábia, ardileza ou raposia, ardileza ou manha,, ardileza ou política, ardilhesa ou ronha, ardileza ou sutilidade,, ardileza ou vivacidade, ardileza ou solércia, ardileza ou solércia, ardileza ou viveza, ardileza ou esperteza, ardileza ou ladinice, ardileza ou sutileza, ardileza ou raposice, ardileza ou artimanha, ardileza ou gordura, ardileza ou ladinagem, ardileza ou prosa, ardileza ou astúcia, ardileza ou subtilidade, ardileza ou subtilidade.
Sinónimos de ardileza: sagacidade, manha, malícia, sabedoria, subterfúgio, manobra, jogo, tramoia, e mutreta.
Portanto, vemos que há uma força astuta, engenhosa, inventiva e activa, para nos persuadir de forma danosa. Esta força é um atributo da pessoa de Satanás.
Satanás é considerado por alguns como príncipe deste mundo . João 12,31 e 14,30.
Satanás é também considerado como o Príncipe das potestades do ar. S.Paulo aos Efésios 2,2..Satanás tem poder tremendo mas está sujeito a Deus. Ele é apenas o deus deste mundo, somente um príncipe.
Deus está acima de Satanás, Efes 1,17-20. Cristo é herdeiro de tudo (Heb 1,2.
E assim sendo, todas as coisas se sujeitaram a seus pés .Ef. 1,25-23.
Satanás é um ser criado e um ser espiritual. Por isso existirá sempre. Mas graças a Deus, a obra ambiciosa de Satanás não durará para sempre,
Satanás é o inimigo de Deus. Satanás tem certos poderes sobre o mundo. Satanás tem um tempo curto para agir. Ele fará tudo o que puder para corromper, destruir, entortar, desanimar e enfraquecer a obra de Deus sem ser misericordioso e sem pensar em parar. Não podemos estar confortados, ignorando os seus ardis.
Ardis, significa no grego: percepção, propósito. a inteligência própria.
Um exemplo: seria um plano astucioso tendo por objectivo criar estratagemas maliciosas, enganosas. No Português ardis significa: Verbete: ardil. Astúcia, manha, artimanha, artifício, estratagema, ardileza, armadilha. O Apóstolo S. Paulo ensinou na Igreja a agir de forma que não seja enganada ou manipulada maliciosamente por Satanás. Então, cairia na sua mão por ser enganado por ele. Vemos que há uma força astuta, invectiva e activa , para nos persuadir de forma danosa. E esta força é um atributo da pessoa de Satanás. S. Paulo escreveu várias cartas a diversas comunidades e em relação a Satanás dizia: Satanás tem um poder tremendo, mas está sujeito a Deus. Ele é apenas o deus deste mundo, somente um príncipe. Deus está acima de Satanás. Cristo é o herdeiro de tudo e, assim sendo, todas as coisas se sujeitaram a seus pés. Satanás é o i maior inimigo de Deus. Satanás tem certos poderes sobre o mundo. Satanás tem um tempo curto para agir .Ele fará o que puder para corromper, destruir, entornar, desanimar e enfraquecer a obra de Deus sem ser misericordioso e sem pensar em parar. Não podemos estar totalmente confortados, ignorando os seus ardis.
Há dias li um artigo que tratava do papel dos advogados , e que se referia de uma maneira directa ou indirecta à palavra “ ardileza”
Eis aqui um resumo desse artigo. O advogado é uma sanguessuga mercenária que representa quem lhe pagar para tal. Aquele que advoga em numerosos ordenados. No triângulo natural, que existe num tribunal entre réu, vítima e magistrado a figura do advogado serve tão-somente para tornar desviante a comunicação entre estas três entidades quase sacras e fundamentais, à existência de qualquer julgamento. O advogado representa a estupidificação do magistrado e a ignorância do réu e da vítima.
Felizmente que Portugal, tal se deve ao 25 de Abril, já não tem as taxas de analfabetismo que tinha há cinquenta anos. Por que é que um indivíduo minimamente letrado e literato necessita de um advogado? Será que é para interpretar e contornar a vasta e sinuosa lei? É que filosoficamente falando, o grau de culpabilidade de um indivíduo não depende das suas acções pretéritas, mas depende no estado em que vivemos, do grau de culpabilidade e de agilidade e de ardileza do advogado, que .se arranjar, e tal, depende do montante pecuniário que tivermos predispostos a dispensar.
O advogado representa a maleita da sociedade, a estirpe que abocanha o fruto mais apetitoso independentemente dos procedimentos que tenha que tomar. O advogado estupidifica o magistrado, pois um bom advogado transforma o violador num galã, o pedófilo num caridoso, o assassino num santo, a pérfida numa casta e o corrupto num probo. E também faz o inverso se para tal for pago. Falar de deontologia na advocacia é um paradoxo eterno, pois onde está a deontologia se somos pagos para defender uma causa, independentemente se concordam os com ela ou não. Dir-me-ão que poderão recusar, mas mostrem-me as estatísticas e veremos quantas causas são recusadas pelos rectos advogados.Não é um indivíduo suficientemente literato para se fazer representar perante um magistrado? Será mudo? É um inteligente? Não fala a mesma língua do magistrado? Não tem inteligência o magistrado para se aperceber dos meandros da situação entre as entidades réu e vítima? Necessita do sacralizado advogado perfidamente omnipresente na vida judicial contemporânea? E falo, com conhecimento de causa. Na minha vida tive que agir enquanto demandante num processo judicial contra outrem por ter sido burlado, numa quantia substancial ! O processo até considero que foi algo célere enquanto permaneceu somente entre mim e o estado judicial. Dirigi-me aos julgados de paz de, Lisboa, trataram-me com a maior cordialidade e rapidez o processo sem em nenhum momento ser necessária presença de qualquer advogado. O juiz deliberou e deu-me razão na sua sentença. Dirigi-me ao tribunal de execuções no parque das nações e tratei do respectívo processo preenchendo as respectivas burocracias tendo de pagar durante o processo apenas pequenas quantias, Este é a única coisa que sabe fazer, pois tem uma prole para sustentar, é enviar-me uma carta para pagar,. 150,00 Euros para obter o processo. Desisti então .Faça-se justiça divina pois não sustento proxenetas institucionalizados.
O processo decorreu normalmente e com custos mínimos enquanto se limitou a ter como intermediários eu, o réu, e o estado judicial. Mas quanto à figura do advogado os custos do processo tiveram um crescimento exponencial.O advogado representa o mal a justiça do mundo e estupidifica o magistrado ao ser um entrave à comunicação natural no sacro triângulo judicial: juiz, réu e vítima. A vítima sabe expressar-se, o réu por certo sabe defender-se, cabe ao magistrado ouvir as partes em causa e perante o que está estabelecido na Lei actuar em conformidade.
O advogado representa ,então, a iniquidade social e a estupidificação do magistrado.
ANTÓNIO FRANCISCO GONÇALVES SIMÕES - Sacerdote Católico. Coronel Capelão das Frorças Armadas Portuguesas. Funchal, Madeira. - Email goncalves.simoes@sapo.pt
ALEXANDRE ZABOT - Fisico. Doutorado em Astrofisica. Professor da Universidade Federal de Santa Catarina. www.alexandrezabot.blogspot.com.br
Não sei se alguma vez vos falei do meu Menino Jesus.
É uma bonita imagem de madeira, com pouco mais de quarenta e cinco centímetros de altura, sobre peanha lavrada e doirejada; perfeitíssimo, como se fosse de carne e osso. Tem muito que contar esse Menino. História, que passou e passa, quase como lenda, se geração a geração.
Os ancestrais asseveravam que havia há muito e muitos anos, no remoto século XIX, em Viseu ou Gonçalo, menina, filha de agricultores abastados, que certo dia morreu de amores por moço da quinta dos pais.
O namoro foi tão adiante, que resolveram casar. Mas como? Se os pais da menina nem sequer queriam sonhar de tal enlace?
Numa noite fria e escura, pela calada, acordaram fugir. Rapto? Não: porque a menina, perdida de amores, levada pela paixão, (dizem) tudo planeara.
Para não serem descobertos, assentaram vir para o Porto, cidade grande e a muitas léguas da Beira-Alta.
Ficaram em Vila Nova de Gaia. Onde? Ainda a tradição, indica: a Rua dos Ferradores.
Mas, a menina, caiu em grande tristeza, numa aflitiva angustia. Não por se ter arrependido, mas porque lhe faltava o seu Menino Jesus, que tanto amava.
Como a melancolia fosse tão adiante a ponto de a menina adoecer, o marido, (dizem que se matrimoniaram, em segredo, na igreja de Santa Marinha,) foi em demanda do Menino.
Já na Beira açodou-se falar com amigo de confiança e traçou cuidadosamente o estratagema:
Os senhores da quinta, costumavam ceder a imagem para velório de criancinhas.
Mandou-lhes mulher, já entrada em anos, traja de luto cerrado, bater ao portão da quinta, solicitando, o obséquio de emprestarem o Menino, para enterro de anjinho, que falecera numa aldeia da cercania.
Obtido o almejado Menino, foi pressuroso levá-Lo ao santeiro de Viseu, com ordem de fazer imagem, em madeira, igualzinha, o mais rapidamente possível.
Ficou tão semelhante, que mal se conseguia distinguir do original.
De regresso a casa, apresentou-o à mulher, que o reaprendeu asperamente:
- "Não quero!...Não quero!... Por que o roubaste? Leva-o... e entrega-o aos meus pais..."
Mas logo o marido, todo risonho, explicou-lhe carinhosamente:
- "Não é o mesmo. É cópia, feita pelo santeiro de Viseu!..."
E o Menino foi passando, ao longo dos anos, de geração a geração, até chegar a mim.
Se a história, for verdadeira, como acredito, é provável que algures, no distrito de Viseu, exista um Menino, igualzinho ao meu...
Quem sabe?
HUMBERTO PINHO DA SILVA, Porto, Portugal
Poemas de palavras ou de tintas;
de versos ou de prosa; de perfumes,
de gestos ou de sons; de sombra ou de lumes;
de rosas em botão; vozes extintas;
Plantinhas humildes, mas distintas,
crscidas nas lixeiras e tapumes;
maciços de jardins, com seus volumes,
suas pétalas bizarras e retintas;
explendor do sol; a chuva mansa;
uma noite de prata; um ribeirinho;
a cal duma casinha, toda alvura;
o gárrulo brincar duma criança:
em todos há poesia - que é carinho,
que é meiguice, que é sonho, que é ternura!
Um professor de química queria ensinar os alunos sobre os males causados por bebidas alcoólicas e elaborou uma experiência que envolvia um copo com água, outro com cerveja e dois vermes. Colocando uma criatura na água e outra na cerveja, chamou a atenção da sala para o resultado. O verme que estava na água nadou agilmente no copo como se estivesse brincando. O bicho da cerveja se contorceu desesperadamente, louco para sair do líquido e, depois, afundou absolutamente morto.
Satisfeito, o professor perguntou aos alunos: ‘E então, o que podemos aprender desta experiência?’ Joãozinho levantou a mão e respondeu: ‘Beba cerveja e você nunca terá vermes!’
Pois é, como piada dá até pra rir, mas quando a bebida vira vício, o risco de morte aumenta gradativamente na vida da pessoa. E além do vício, há outros males que silenciosamente nos atacam a cada dia. Pensando nisso, um médico cardiologista publicou os ‘doze conselhos para ter um infarto feliz’:
Outro médico, sem cinismo, deu sua receita para evitar adoecer: ‘Fale de seus sentimentos; tome decisões com o coração; busque soluções simples; não viva de aparências; aceite-se; perdoe; tenha esperança em coisas melhores; não viva muito tempo triste’.
Se fizermos uma composição disto com o inverso dos doze conselhos citados, certamente nossa qualidade de vida melhorará rapidamente, pois sabemos que o tempo passa voando e não permite retrocesso. Quando damos conta, já nos encontramos em fases delicadas da vida, que merecem todo cuidado. Esta história retrata bem isso:
Uma turma de amigos quarentões discutia onde jantar. Finalmente concordaram que seria no Café Ritz porque a garçonete era bonitona. Dez anos depois, aos cinquenta, se encontraram de novo e demoraram a resolver onde jantar. Finalmente foram ao Café Ritz porque a comida era boa e a seleção de vinhos excelente.
Passados mais dez anos, tornaram a discutir onde deveriam jantar. Chegaram à conclusão que iriam ao Café Ritz para desfrutar uma refeição na paz de um restaurante para não fumantes. Após outros dez anos, já com setenta de idade, juntaram-se e escolheram o Café Ritz porque tinha elevador e fácil acesso para cadeira de rodas.
E com oitenta anos no lombo, o grupo se reencontrou uma vez mais para jantar. Após duas horas de discussão, decidiram ir ao Café Ritz porque seria uma ótima ideia experimentar um restaurante onde nunca estiveram antes...
Eu sempre digo que quanto mais refletimos nos conselhos que recebemos ou casos conhecidos, mais devemos valorizar a sabedoria da Palavra de Deus – que nos orienta para a vida eterna. Por exemplo, o Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus (6,7-15) diz assim:
“Nas vossas orações, não sejais como os gentios, que usam de vãs repetições, porque pensam que, por muito falarem, serão atendidos. Não façais como eles, porque o vosso Pai celeste sabe do que necessitais antes de vós lhe pedirdes. Rezai, pois, assim: ‘Pai nosso, que estás no Céu, santificado seja o teu nome, venha o teu Reino; faça-se a tua vontade, como no Céu, assim também na terra. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia; perdoa as nossas ofensas, como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal’. Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai celeste vos perdoará. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai vos não perdoará as vossas.”
Tenho certeza que a oração me ajuda no processo de aprender a amar o próximo.
PAULO R. LABEGALINI - Cursilhista e Ovisista. Vicentino em Itajubá. Engenheiro civil e professor doutor do Instituto Federal Sul de Minas (Pouso Alegre - MG)
EUCLIDES CAVACO - Director da Rádio Voz da Amizade , Canadá.
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