12/2010
ALEXANDRE ZABOT - Fisico. Doutorado em Astrofisica. Professor da Universidade Federal de Santa Catarina. www.alexandrezabot.blogspot.com.br
A época natalina se constitui num momento de poesia e ternura para uns; de reflexão e fraternidade para outros. Há os que não encontram nenhum sentido na data e àqueles que, confinados nos aspectos dominantes impostos pelo “marketing” consumista, só se preocupam com suas satisfações pessoais.
No entanto, mais do que só comprar presentes e encher a geladeira de comes e bebes, é necessário cultivar a espiritualidade e a prática social da solidariedade que ajuda a transformar a sociedade. Evidente que não sou contra o aspecto comercial que é importante inclusive para o desenvolvimento do país. Entendo, no entanto, que outras circunstâncias também devem ser observadas em razão do próprio sentido da data.
A celebração do Natal necessita ser assumida essencialmente naquilo que lhe é peculiar, ou seja, na força do amor que o Cristo, filho de Deus encarnado, trouxe a Terra. Convida-nos à conversão, que traduz sair de nós, das nossas comodidades e ambições, para colocar-nos na trilha dos desamparados, oprimidos e perseguidos. Desperta à partilha, à convivência pacífica e ao respeito ao próximo.
Assim, a sua comemoração litúrgica se revela num momento especial para renovarmos nossa fé e descobrirmos a dignidade de cada pessoa, mesmo porque, nascendo entre nós, Jesus nos mostrou seu desejo de entrar em comunhão conosco para mostrar que todos podem e devem igualmente satisfazer seus direitos e aspirações fundamentais.
Enquanto nossa sociedade se caracterizar pela ganância, pelo egoísmo e pelo poder, os conflitos entre as pessoas tenderão a persistir e a esperança, a diminuir, construindo-se relações embasadas na dúvida, no medo e até no terror. São inúmeros os acontecimentos e os comportamentos que demonstram o desvirtuamento dos valores e a prevalência da desigualdade social, propulsores de um triste e desolador quadro de manifestas injustiças. E diante de uma cultura de consumação, geram-se manifestações de desânimo daqueles que ainda sonham, buscam e lutam pelo bem comum, que felizmente são afastadas pelo empenho na concretização de seus ideais.
Desta forma, o sentido mais profundo do Natal precisa estar presente no pensamento e no coração das pessoas: extinguir a marginalidade e a exclusão com a certeza de que a paz, a liberdade e a verdade são possíveis; que o ser humano é o valor máximo a ser respeitado, resgatado e conduzido à felicidade, devolvendo a todos o direito de viver e de participar dos bens de Deus. Por isso, façamos dele, uma festa permanente, capaz de renovar para todos, sem quaisquer distinções, a esperança de tempos melhores e dias mais felizes.
Aos leitores, votos de uma celebração natalina santa e reflexiva
Momento de poesia e meditação
Em 1901, Machado de Assis já proclamava em seu “Soneto de Natal”: “Um homem, — era aquela noite amiga. Noite cristã, berço no Nazareno, —/Ao relembrar os dias de pequeno,/ E a viva dança, e a lépida cantiga,/Quis transportar ao verso doce e ameno/As sensações da sua idade antiga,/Naquela mesma velha noite amiga,/Noite cristã, berço do Nazareno./Escolheu o soneto... A folha branca/Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,/A pena não acode ao gesto seu./E, em vão lutando contra o metro adverso,/Só lhe saiu este pequeno verso:/ "Mudaria o Natal ou mudei eu?".
Saudade
“O Natal é tempo de saudade, como sabia tão bem Fernando Pessoa: “Natal... Na província neva. / Nos lares aconchegados, / Um sentimento conserva/ Os sentimentos passados.”
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor da Faculdade de Direito do Centro Universitário.
Vimos no artigo anterior o perfil de Príncipe cristão devotado ao bem comum de seu povo idealizado pelos Espelhos medievais. Ainda em princípios do século XV, um príncipe português, o Infante D. Pedro (1392-1449), escreveu uma obra intitulada Da Virtuosa Benfeitoria, oferecida por ele a seu irmão mais velho, o rei D. Duarte (1391-1438), a qual correspondia perfeitamente ao ideal de governante traçado nos Espelhos medievais.
A esse modelo sucederia, no século seguinte, o modelo do Príncipe de Maquiavel, cuja meta não mais era assegurar o bem comum da sociedade, mas garantir sua permanência no poder de qualquer modo, não mais sujeito a uma ordenação moral, mas emancipado dessa obrigação e tendo em vista única e exclusivamente seu próprio bem individual.
Foi em 1532 que Nicolau Maquiavel publicou seu livro O Príncipe, no qual se afastou decididamente do ensinamento tomista de que o governante deve ser bom e virtuoso e governar não visando seu próprio bem, mas o bem comum do seu povo, e apresentou um modelo muito diferente de príncipe. O governante formado na escola de São Tomás devia visar, antes de tudo, a ser abnegado e sacrificado, para o serviço de Deus e o bem de seu povo. Porque serve a Deus, observa seus mandamentos, tem senso moral, senso de justiça, e é capaz de sacrificar seus interesses pessoais sempre que a justiça, ou a caridade lhe pedem. Em oposição a esse perfil moral, Maquiavel propôs o perfil do príncipe renascentista, utilitário, interesseiro, egoísta e inescrupuloso, para o qual os fins justificam os meios. Na verdade, Maquiavel não foi propriamente um inovador ao emancipar os governantes da tutela da Moral, mas apenas reapresentou, com roupagens novas, o modelo de governantes da Antiguidade pagã, que não se sentiam obrigados a obedecer a nenhuma lei moral e governavam apenas pela lei do mais forte.
Nada melhor, para avaliarmos bem o profundo contraste entre a mentalidade do governante ideal do Medievo e o do Renascimento, do que irmos às fontes primárias, vendo documentos de época. Teremos, assim, noção muito viva dos dois modelos de Príncipe, o medieval e o renascentista.
Vejamos, inicialmente, os conselhos que o rei São Luís IX, que governou a França de 1226 a 1270, deixou para seu filho e sucessor Filipe III:
“A primeira coisa que te recomendo é que apliques teu coração no amor de Deus; pois sem isso nada se pode salvar. Guarda-te de fazeres qualquer coisa que desagrade a Deus, ou seja, o pecado mortal; muito pelo contrário, deverias sofrer toda espécie de humilhações e tormentos antes que cometer um único pecado mortal. (...) Ajuda com coração bondoso e compassivo aos pobres, aos infelizes e aos aflitos, conforta-os e auxilia-os em toda a medida que possas. Mantém os bons e abate os maus costumes de teu reino. Não cobices o que é de teu povo e não carregues tua consciência com impostos e tributos. (...) Para ministrar a justiça e garantir o direito de teus súditos, sê leal e inflexível, sem vergar para um lado nem para o outro; mas sustenta no seu direito e apoia na sua demanda o pobre, até que a verdade esteja clara. E se alguém mover uma ação contra ti, não prejulgues nada até que tenhas sabido a verdade; pois então teus magistrados julgarão com mais destemor e com justiça, ou a teu favor ou contra ti. Se algo tiveres que pertence a outro, quer seja obtido por ti quer tenha vindo a ti por teus antepassados, devolve-o sem tardança, e se a questão for duvidosa, faz com que seja examinada, logo e diligentemente, por pessoas sábias. Atenta para que teus povos vivam sob ti em boa paz e na lealdade. Sobretudo, conserva as cidades boas e os costumes do teu reino no estado e na franquia com que teus maiores os conservaram; e se há algo a melhorar, melhora e corrige, e conserva-os em favor e com amor: pois devido à força e à riqueza das grandes cidades, teus súditos e os estrangeiros temerão fazer qualquer coisa contra ti, e especialmente teus pares e teus barões. (...) Evita de empreender, sem grande deliberação, guerra contra um príncipe cristão; e se te for preciso fazê-la, poupa então a santa Igreja e as pessoas que nenhum mal te fizeram. Se guerras e litígios se elevarem entre teus súditos, apazigua-as logo que possas. Cuida de ter bons oficiais e magistrados, e inquire com frequência acerca deles e das pessoas da tua casa: como se mantêm eles, e se neles não há algum vício de grande cobiça, falsidade ou dolo. (...) Cuida para que as despesas de tua casa sejam razoáveis. E por fim, filho caríssimo, manda cantar Missas por minha alma e dizer orações em todo o teu reino, e outorga-me uma parte especial e inteira em todo o bem que fizeres. Dou-te, caríssimo filho, todas as bênçãos que um bom pai pode dar a um filho. Que a bendita Trindade e todos os Santos te guardem e preservem de todos os males; e que Deus te conceda a graça de fazer sempre sua vontade, de sorte que Ele seja honrado por ti e que tu e eu possamos, após esta vida mortal, estar juntos com Ele e louvá-Lo para sempre. Amém.”
Até aqui, o texto do Rei São Luís, ditado pelo monarca pouco antes de morrer, nas costas africanas, durante a 8ª. Cruzada. Comparemos agora com a seguinte passagem de Maquiavel, que discorre sobre como o príncipe que governa não deve ter escrúpulos ou preocupações de ordem moral, mas deve estar disposto a fazer tudo o que for preciso para se manter no poder:
“Resta examinar agora como deve um príncipe comportar-se com os seus súditos e seus amigos. (...) Como é meu intento escrever coisa útil para os que se interessarem, pareceu-me mais conveniente procurar a verdade pelo efeito das coisas, do que pelo que delas se possa imaginar. E muita gente imaginou repúblicas e principados que nunca se viram nem jamais foram reconhecidos como verdadeiros. Vai tanta diferença entre o como se vive e o modo por que se deveria viver, que quem se preocupar com o que se deveria fazer em vez do que se faz, aprende antes a ruína própria, do que o modo de se preservar, e um homem que quiser fazer profissão de bondade, é natural que se arruíne entre tantos que são maus. Assim, é necessário a um príncipe, para se manter, que aprenda a poder ser mau e que se valha ou deixe de valer-se disso, segundo a necessidade.” (O Príncipe. Rio de Janeiro: Ediouro, 1980, p. 90)
Em outras palavras, para Maquiavel os fins justificam os meios.
ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS - é licenciado em História e em Filosofia, doutor na área de Filosofia e Letras, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Academia Portuguesa da História.
MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE - Professora e cronista. Coordenadora diocesana da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala. Jundiaí, Brasil.
Sempre soube que dentro de mim habita uma cientista maluca. O tempo passa e essa minha outra persona não se retira e tampouco perde a curiosidade sobre todas as coisas. Embora eu goste muito do Direito, uma das minhas opções de profissão era a biologia. Criei lagartas de bicho da seda, além de besouros de várias espécies. Gostava de cavar a terra úmida para de lá retirar minhocas e todo tipo de microfauna que eu encontrasse.
Ainda sou fascinada pelo mundo em miniatura, que se move longe do alcance dos olhos e, não raras vezes, de nossas percepções e empatia. Tenho minhocário, abelhas, hotel para abelhas solitárias e, recentemente criei joaninhas. Gosto de insetos, de um modo geral, à exceção de baratas, moscas e pernilongos, o que, penso, é compreensível.
Sinto falta de alguns insetos que ilustraram memórias felizes de minha infância, como os vaga-lumes e as borboletas. Essas últimas me pareciam criaturas mágicas, tão leves quanto o vento, coloridas e delicadas. Vivendo em uma cidade grande, surpreendo-me com as muitas espécies de pássaros que frequentam minha sacada em busca da comida que ofereço a eles, mas em contrapartida eu me pergunto por onde andam as borboletas.
Há alguns dias, enquanto inspecionava meu limoeiro, um pequeno pé plantado num vaso, notei que em uma das folhas estavam várias pequenas lagartas, todas estranhamente juntas, como se estivessem grudadas umas das outras. Meu primeiro reflexo foi arrancar a tal folha, porque eu não poderia deixá-las lá ou meu limoeiro não seria capaz de sobreviver.
Enquanto pensava no que fazer com as lagartas, ocorreu-me que elas morreriam de fome sem o alimento apropriado e que, muito provável, eram promessas de borboletas. Sem coragem de deixá-las à própria sorte, coloquei as bichinhas, quinze delas para ser mais precisa, em um pote transparente, com tampa, a qual furei bastante para entrada de ar, com algumas folhas do meu limoeiro.
Após pesquisar descobri que são conhecidas no Brasil, enquanto lagartas, como Bicho-de-rumo, eis que ficam todas unidas, no mesmo rumo, quando estão dormindo. No berçário improvisado, dormem assim durante o dia, todas juntas, viradas para mesma direção. Ao se transformarem, as borboletas neotropicais, da família Papilionidae, são chamadas de Rosa-de-luto, devido a sua cor preta com uma mancha vermelha em cada asa, na parte posterior.
Nesse ponto minha pesquisa encontrou também variantes de preto com amarelo, mas as duas me lembraram as borboletas das quais eu me enamorava quando era criança. Nos meus costumeiros devaneios, gostava de imaginar que uma versão minha, minúscula, sobrevoava o mundo, que na época era do tamanho do quintal da nossa casa, nas costas de uma borboleta assim.
Agora, todos os dias, eu alimento as lagartas, que já mudaram de forma e tamanho, deixando de serem lisas, parecidas com cocô de passarinho (sim, você leu certo), para se tornarem mais texturizadas. Li que se alimentam de folhas de cítricos e tratei de surrupiar folhas de uma laranjeira que há no quarteirão. Pedi autorização para o pessoal da padaria que fica em frente, mas aleguei que era para fazer chá, porque não sei se entenderiam meus verdadeiros propósitos.
Espero que as borboletas venham, porque anseio pelo reencontro e porque há muito de libertador e poético em presenciar a liberdade criando asas e no poder das metamorfoses que a vida proporciona ou exige de tudo que vive, inclusive de nós.
CINTHYA NUNES é jornalista, advogada, professora universitária e é mesmo um pouco maluca, mas inofensiva – cinthyanvs@gmail.com/www.escriturices.com.br
Conheça alguns ensinamentos da primeira santa do Brasil
A Igreja recorda no dia 9 de julho a memória litúrgica de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, a primeira santa do Brasil.
Amábile Lucia Visintainer nasceu em Trento (norte da Itália) em 16 de dezembro de 1865. Seus pais Napoleão e Ana eram cristãos devotos, mas muito pobres.
Foi esta precária situação econômica que motivou a família da santa a emigrar para o Brasil em 1875. Os Visintainer se estabeleceram no estado de Santa Catarina, em uma comunidade italiana chamada Nova Trento.
Logo após sua chegada, Amábile conheceu Virginia Rosa Nicoldi e ambas se tornaram melhores amigas. Compartilhavam o mesmo amor por Cristo e sempre rezavam juntas fervorosamente. Até fizeram a primeira comunhão ao mesmo tempo, quando tinham 12 anos.
Durante sua adolescência, a jovem começou a participar do apostolado paroquial dando catequese para as crianças, cuidando dos doentes e idosos, e até mesmo a limpando a igreja. Amábile se dedicava a estes trabalhos de corpo e alma e, sem que ela suspeitasse, dilapidaram sua vocação para a vida religiosa.
Leia também: Você conhece os Santos brasileiros?
Santa Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus
Com a permissão de seu pai, a santa construiu uma pequena casa, em terreno doado por um barão, onde ia rezar, recebia os enfermos e ensinava as crianças. Sua primeira paciente foi uma mulher com câncer terminal e que não tinha ninguém para cuidar dela.
O dia 12 de julho de 1890 é considerado a data de fundação da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, a primeira congregação feminina fundada no país, que começou com o trabalho de Amábile e Virginia na pequena cabana.
Naquele mesmo ano, as duas amigas e outra jovem fizeram seus votos religiosos. Amábile mudou seu nome para Paulina do Coração Agonizante de Jesus e foi nomeada superiora.
O apostolado das irmãs atraiu muitas vocações. Além de suas obras de caridade, também tinham uma pequena indústria de seda para superar as dificuldades econômicas.
Em 1903, Paulina foi convidada a se mudar para São Paulo. Estabeleceu-se no bairro do Ipiranga, onde fundou a obra “Sagrada Família” para acolher os ex-escravos e seus filhos. Em 1918, a igreja brasileira deu reconhecimento a suas virtudes por seu exemplo vocacional.
Em 1938, contraiu diabetes e seu calvário começou. Tiveram que amputar o seu braço direito e chegou a ficar cega. Madre Paulina morreu piedosamente em 9 de julho de 1942.
Ela foi beatificada em 1991 pelo Papa João Paulo II durante sua visita ao Brasil e canonizada em 2002.
Conheça a seguir alguns dos ensinamentos deixados por Santa Paulina:
1. “Nunca, jamais desanimeis, embora venham ventos contrários”.
2. “Fé, fé, alma minha! Para fazer somente a Vontade de Deus”.
3. “Confiar na sabedoria de Deus, é sentir-se amparado em meio ao temporal da vida”.
4. “Confiai em Deus e em Maria Imaculada; permanecei firmes e ide adiante!”
5. “Um coração misericordioso mostra que o perdão inunda a vida de esperança”.
6. “A base para um sono tranquilo é um dia de labuta repleto de atos de amor”.
7. “O amor ao trabalho torna mais leva a carga de dissabores que o trabalho possa trazer”.
8. “O desânimo é caminho para a doença. A luta, alimento para a vitória”.
9. “Meu Deus, não compreendo vossos desígnios, mas a eles me submeto”.
10. “A oração é oferenda silenciosa de confiança em Deus”.
11. “Sede bem humildes, é Nosso Senhor quem faz tudo”.
12. “Aceitar a Jesus como único Salvador é ter já o Céu no Coração”.
13. “Vamos passo a passo, mas sempre em frente”.
FELIPE AQUINO - é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter.
JORGE VICENTE - Fribourg , Suiça
A palavra “generoso” provém do latim “generosum”- “de boa família; nobre”.
“Generoso” é uma adjectivo que expressa o que tem bnerosidade, o que gosta de dar, o que perdoa com facilidade. liberal, franco. Também expressa a qualidade de vinho (generoso) com elevada graduação alcoólica e de boa qualidade e espirituoso.Indica o que é capaz de deixar de lado os seus próprios interesses para ajudar uma outra pessoa; que tem bons sentimentos e de bom carácter. É próprio da pessoa que age ou pensa sem interesses próprios, é abundante; em quantidade excessiva,; é perdulário; que oferece muito dinheiro. O adjctivo”generoso” tem vários sinónimos: magnânimo, perdulário, fecundo, fértil, elevado, sublime, abundante digno.
De “generoso” provém uma qualidade “generosidade” que é a virtude em que a pessoa tem, quando acrescenta ao ao próximo, Ela aplica-se também quando a pessoa que dá algo a alguém tem o suficiente para dividir ou não. Não se limita apenas em bens materiais.Generosos são tanto as pessoas que se sentem bem em dividir um tesouro com mais pessoas porque isso as fará bem, tanto quanto aqule pessoa que dividirá um tempo agradável para outros sem a necessidade de receber algo em troca. Já, segundo René Descartes, em “Tratado das paixões” e também nos “Princípios de filosofia”. Ser generoso é apresentado como um despertador dp real valor do eu, e ao mesmo tempo como mediador para que a vontade se disponha a aceitar o concurso do entendimento, acabando assim a causa do erro.Neste caso, passa a ser um onceito de mediação entre a vontade e o entendimento.
Há vários sinónimos de “generoso”: belo, agradável, aprazível, bpm, bonito, elevado, formoso, lindo, primoroso, benfazejo, benévolo, benigno, caridoso, caritativo, esmoler, franco
,
Há várias frases em que e aplica o adjectivo generoso:
-“Ele é muito imparcial, generoso e imteligente”.
-“enta-se o diâmetro de um punho generoso acima Arcturus”.
-“Sim, josepf Maloney, eras um gome generoso”.
-“Presumo que lhes tena oferecido uma quantia generoso”.
-“Acho que o Sr. Comiss´srio está sendo generoso demiso”
-Será paga com uma generosa linha de crédito no casino”.
-“O senhor é um homem bondoso e generoso”.
-“Nós exigimos um aumento generoso em pensões para idade avançada”.
-“Muito generosa de sua parte a oferta, obrigada”.
“Nós exigimos um aumento generoso em pensões para a idade avançada”.
Há vários exemplos de frases que expressam este adjectivo de “generoso”:
-“Além de generoso e cuidadoso com os parxceiros, entende tudo de luz”.
-“Crítico pertinaz e inteligente, souve também ser generoso”.
-“É o caso e um garoto traquinas e generoso, ardiloso e valente, sempre pronto a roubar
e a amar”. “Ele ra um óptimo ator, querido, generoso e batalhador”.
-“o cristianismo das origens era libertário, generoso e cioso da absoluta liberdade do
foro íntimo”.Havia um homem desses, generoo, e eu tive o privlégio e ser sua amiga”.
-“Sob os desastrosos e infelizes 13 anos de desgovernos petistas, o Ministério da
Cultura foi transformado numgeneroso cabide de empregos aparelhados pelo partido,
cujo armário precisava ser esvasiado e desinfetado”.
O que a Bíblia diz sobre “ser generoso”?
Se perguntarmos o que a Bíblia tem a dizer sobre genrosidade, a resposta lacónica e simples só poderá ser:”Ele é plenamente a favor”. Se alguém conhece, ainda que de forma superficial, a história do bom samaritano e sabe que é uma história bíblica, já poderá concluir que o padrão bíblico é ajudar os outros, e isto com generosidade.
1.Deus é generoso.foi generoso ao criar. O salmista exclama:”Que variedade, Senhor, nas tuas palavras! Fizeste todas elas com sabedoria; a terra est+a cgeia das tuas riquezas” Sl. 194,24.
2.Deus é generoso no cuidado pela criação. O salmista afirma que os olhos de todos os seres vivos esperam em Deus e que ele, a seu tempo, lhes dará o alimento(Dl.145,15).
Nesta mesma linha Jesyus dirige o mossoolhar paraa as aves do céu, que não semeiam, nem colhem. Nm juntam em celeiroa. “No entanto, diz Jesus:”O vosso Pai que está no céu, as sustenta”. Mat 6,26.
3.Deus é aquele que a todos dá com gnerosidade e sem reprovações(Tg 1,5). Por isto, se alguém necessita de sabedoria, deve pedi-la a Deus. Este é um dos poucos textos bíblicos em que o termo”generosidade” é conectado com a acção de Deus, O tena da generosidade divina aparece também na parábola dos trabalhadores na vinha, 20,15.Ali, o dono da vinha/que reprenta Deus en Cristo) pergunta :” Será que não me é lícito fazer o que quero com o que é meu? Ou você ficou com inveja porqua sou bom?
5.Qundo se trata de uma pessoa gnerosa, lo se pensa na viúva pobre(lc21,2-4), que ofrtou os últamos recusrsos que tinha. Mas antes dela, em Lucas 19, aparece um rico chamado Zaqueu, o publicano. Na presençºa de Jesus, resolveu dar a metade dos behs aos pobres, além de restituir qutero vezes mais o que eventualmente teria roubado. A restituição estava prevista na Lei(Ex. 22,1), mas abrir mão da metade dosbens foi um acto e pura generosidade. Na vião do evangelista, Zaqueu é um bom modelo do homem rico que se torna discípulo e Jesus. Nesta mesma linha, mas sem estipular percentgem, o texto de 1 Timóteo 6,17-19 estimula os ricos deste mundo a serem “ricos em boas obras, em dar, e prontos a repartir.
6.Em verdade, ser generosoé inversamente proporcional à disponibilidade e recursos. Dito de forma directa, os pobres tendem a ser maisgenerosos do que o ricos. Um bom exemplo diso são as igrejas da Macadónia, citada el 2 Coríntios 8. Manifestando abundância de alegria “a profunda pobreza dele transbordou em grande riqueza de generosidade (2 Cor 8.2). Paulo usou este exemplo para mover os mais afortunados cristãos de Corinto a se mexer e concluir a coleta que haviam iniciado um ano antes.
7.Talvez seja arriscado dizê-lo, mas além de ser generoso com os outros, cabe também ser generoso consigo mesmo. O texto de Eclesiataes 4, 7-8, em especial o trecho marcado em itálico, sugere esta conclusão. Diz assim,”Então considerei outra vaidade debaixo so sol: um homem sem ninguém, que não tem filhos nem irmãos, mas que não cessa de trabalhar e cujos olhos não se fartam das riquezas. E ele não pergunta:Para quem estou trabalhando, se nãoaproveito as coisas boas da vida? Também isto é vaiade e enfadonho trabalho”.
ANTÓNIO FRANCISCO GONÇALVES SIMÕES - Sacerdote Católico. Coronel Capelão das Frorças Armadas Portuguesas. Funchal, Madeira. - Email goncalves.simoes@sapo.pt
ALEXANDRE ZABOT - Fisico. Doutorado em Astrofisica. Professor da Universidade Federal de Santa Catarina. www.alexandrezabot.blogspot.com.br
Naquele tempo disse Jesus: "Não há profeta sem estima, senão na sua pátria e na sua casa – Mt1:57. Provérbio, provavelmente, corrente em Israel, no Seu tempo, que recorda o fenómeno psicológico, e sempre actual, que consiste admirar o que é dos outros, em detrimento do que é nosso.
Jesus ensinava na sinagoga da Sua terra. Os concidadãos que conheciam Sua ascendência humilde, comentavam varados, entre si: " Não é filho do carpinteiro? Não se chama Sua Mãe Maria; e Seus parentes não estão entre nós ?" - Mt15:55.
Os judeus – incluindo muitos rabis, – admiravam-se, igualmente, que não tendo estudado, conhecesse profundamente as Escrituras.
Se essa ocorrência tivesse acontecido nos nossos dias, diríamos, certamente: Como pode falar com tanta autoridade senão cursou a Universidade?!
Seus patrícios conheciam perfeitamente Sua mãe e parentes próximos, que eram simples boçais, quase todos ignorantes, e custava-lhes acreditar no que Ele dizia; reconheciam, porem, Seu talento e sabedoria; porque lhes falava com autoridade.
No tempo que correm, diríamos desdenhosamente: Não passa de labrosta ou caipira; filho de rústicos ignaros, e ficaríamos deveras perplexos; " De onde Lhe vem tudo isto?!"
No início deste século, entrevistei figuras públicas para jornal local. Entre eles, talentoso deputado.
Após ter desligado, a seu pedido, o gravador, confidenciou-me, quase à puridade:
"- Quando cheguei ao parlamento senti-me descriminado pelo facto de não possuir licenciatura. Pensavam – pelo menos assim julgava, – até os da minha bancada: " Como pode opinar, com acerto, senão andou na Universidade?!"
Devo esclarecer, em abono da verdade, que o jovem deputado, mais tarde – para ser respeitado, – cursou certa Faculdade.
Jesus era pobre e não frequentara nenhuma escola rabina. Nasceu no seio de família modesta, numa cidade insignificante.
Não disse Natanoel: " De Nazaré pode sair alguma coisa boa? – Jo1:46.
Agora muitos diriam: Do interior, de um camponês, de um saloio. boia-fria ou simples pedreiro, pode sair alguma coisa boa?
Daqui se conclui: quem não possuir fartos bens, curso universitário ou sobrenome importante, será sempre cidadão de segunda, como diziam certos portugueses, despeitados, que viviam nas Províncias Ultramarinas.
HUMBERTO PINHO DA SILVA
É sempre a mesma coisa!... Sempre igual!...
Passam anos e anos, passa a vida,
e não chega a reforma apetecida
dos hábitos, das leis e da moral!
É sempre a mesma coisa!...Tal e qual!...
A crápula; a ganância; a aborrecida
vaidade; a indiferença; a alma envilecida:
- sempre o Homem transformado em animal!...
E seria tão fácil de cumprir!...
Um pouquinho de amor... lógo o devir
ficava mais risonho para todos!...
Assim... não pode ser!... Sempre a mentir,
para onde vamos nós, sem reflectir,
senão para as trapaças, os engodos?!...
O rei de um povo sofrido era conhecido pela sua valentia nas batalhas. Quando o país entrava em guerra, ele era o primeiro que montava em seu belo cavalo e saia à frente para a luta. Com isso, ganhava fama e respeito.
Um dia, porém, o cavalo preto adoeceu e passou a preocupar o rei. Sem aquele fiel aliado, o monarca sentia-se inseguro para enfrentar os inimigos. O cavalo não melhorava e o rei deixou de ficar à frente nas batalhas. Então, disseram a ele que havia um homem que poderia aconselhá-lo a sair daquela situação; e o rei foi procurar o sábio que lhe indicaram.
Viajou dois dias no lombo de outro cavalo e chegou à humilde casa de um homem muito velho que mal podia andar. Contando sua angústia ao sábio, ouviu este conselho:
– Não deixe para depois o que é mais importante em sua vida. Se o cavalo preto está doente há tanto tempo, vossa majestade já deveria ter adestrado outro animal. Faça-o imediatamente ou perderá o seu reino.
Revoltado com o conselho que recebeu, o rei mandou prender o velho sábio e retornou a galope para o palácio. Continuou tentando recuperar a saúde do cavalo de estimação e perdendo guerras. Mais algum tempo se passou e os invasores tomaram o trono do monarca.
Colocado na mesma cela em que estava o sábio que prendeu, o rei ouvia sempre estas palavras: ‘Nada é tão bom que nunca se acabe ou tão ruim que perdure para sempre. Precisamos cuidar do presente para plantarmos um futuro melhor’.
Pois é, que esta lição sirva também para a nossa vida. Vivendo agora a Copa do Mundo de Futebol, lembro-me que anos atrás eu estendi uma bandeira do Brasil no terraço do meu apartamento. Quando saía gol da nossa seleção, eu e meus filhos balançávamos a bandeira para fora do prédio. Depois disso, o pano estragou e eu prometi que compraria outra bandeira, mas ficou só na promessa.
Depois, perto do Natal, eu enfeitei a grade da frente do apartamento com lâmpadas coloridas. A decoração ficou bonita, mas estragou já no ano seguinte e prometi que faria algo melhor. O tempo passou, eu estive ainda mais ocupado e hoje não há luzes para acender.
Ah, outra promessa que deixei de cumprir foi me exercitar diariamente na bicicleta ergométrica que comprei. Naquela época, disseram-me que iria virar cabide, e foi o que aconteceu. Então, adquiri uma esteira eletrônica e prometi à família que iria caminhar nela todos os dias. Já está difícil manter esse ritmo...
Ainda preciso ver se cumpro outras promessas que fiz há anos: ler alguns bons livros guardados, visitar amigos em São Paulo, arrumar as gavetas que guardo meus pertences, estudar o manual do teclado... Acho que preciso parar de prometer!
Contudo, nada disso é mais importante em minha vida do que a missão na evangelização. Isto eu não posso deixar de cumprir porque comprometeria o plano de salvação que Deus tem para algumas pessoas, inclusive eu! Não deixarei para depois as tarefas que Jesus confiou a mim.
Precisei trocar alguns ‘cavalos pretos’ e substituí-los por outros para transpor obstáculos, mas a caminhada não parou. Quantas vezes tive vontade de dizer: ‘hoje não’ ou ‘estou com preguiça’; porém, eu lembrava que o Pai me dava saúde, paz e fé no coração para servi-Lo. Da mesma forma que aprendi a perdoar, eu precisava passar esse amor às pessoas que ainda sentiam ódio dos irmãos. E da mesma forma que fui curado, eu precisava testemunhar a confiança que devemos ter na oração.
Assim, valorizando cada vez mais o sagrado, fui deixando de cumprir algumas promessas menos importantes. Quem sabe um dia, a minha bicicleta voltará a funcionar, as luzes e a bandeira do terraço voltarão a existir, alguns livros sairão da gaveta... Enquanto isso não acontece, cabe a mim: continuar servindo os pobres como vicentino, cantar nas missas com minha filha, estar presente nos encontros de Cursilho, além das Celebrações da Eucaristia sempre, sempre, sempre!
E você, leitor, tem deixado para depois os compromissos missionários de cristão batizado na Igreja Católica? Se ainda nem começou a cumprir essas ‘promessas’, imagine quantas pessoas já poderiam ter se convertido por seu intermédio!
Jesus também fez algumas promessas à humanidade no século XVII por meio de Santa Margarida Maria Alacoque. Eis a primeira e a última promessas:
“A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração”; “A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna”.
Diferente de mim, Ele sempre cumpre suas promessas.
PAULO R. LABEGALINI - Cursilhista e Ovisista. Vicentino em Itajubá. Engenheiro civil e professor doutor do Instituto Federal Sul de Minas (Pouso Alegre - MG)
EUCLIDES CAVACO - Director da Rádio Voz da Amizade , Canadá.
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