08/2011
No dia oito de dezembro, comemora-se o DIA INTERNACIONAL DA FAMÍLIA, criado pela Igreja Mormon e que visa ressaltar a importância da instituição como primeiro grupo social do qual desde o nascimento tomamos parte e como o mais antigo agrupamento humano, além de se constituir no núcleo vital da coletividade. Com efeito por mais inovações que se pretenda implantar em relação à família, por mais que se tente colocá-la em segundo, terceiro ou até último plano na escala de importância, não há como negar seu caráter indispensável na vida de quem quer que seja. É ela quem garante a sobrevivência do indivíduo e providencia para ele o sentido da sua identidade.
Às suas finalidades principais - a procriação e o amor recíproco - aparece a circunstância eminentemente social que a torna um centro de socialização, de formação da pessoa em todos os níveis, fazendo com que essa dependência não se esgote apenas no aspecto biológico, mas abranja, também, o moral, o psíquico, o espiritual, etc. Como afirmou Plinio Sampaio, “a família é que providencia para o ser humano o sentido da sua identidade, do seu ser-pessoa, da sua singularidade e particularidade no corpo social” ( revista “Família Cristã”- 03/1985 – pág. 8). E essa questão adquire mais seriedade na medida em que a sociedade passa a desempenhar um papel negativo, sendo massificadora, opressora, agente de desidentificação. O que exige da família atitudes mais coerentes nesse processo de formação, em que a pessoa aprende a sentir-se sujeito dos direitos e deveres, a se libertar do egoísmo; cresce na fé; se adestra, enfim, para contribuir ativamente na construção de um novo corpo social.
Vale reiterar que, partindo da concepção de que se situa na origem não só da existência, como também do desenvolvimento pessoal, estamos diante de uma entidade jurídica que não pode ser vista como algo descartável ou ultrapassado. Ao contrário, ela se insere numa realidade muito concreta, na qual lhe cabe o importante papel de participação na formação de indivíduos aptos a viverem em agremiação e contribuírem para seu aperfeiçoamento. Indispensável, pois, que o tecido da estrutura familiar se confeccione com o fio do relacionamento interpessoal harmonioso, da fidelidade recíproca entre os cônjuges, do respeito pelo direito um do outro e do auxílio mútuo entre os mesmos, descerrando-se de maneira coletiva aos desafios de transformação que cotidianamente norteiam seus princípios básicos. Mesmo porque, quanto mais fechada em si própria, mais ameaçada estará; quanto mais se abrir e se unir aos outros para uma luta justa e fraterna, tanto mais fortalecida e realizada será. Invoquemos aqui Marco Antonio Fetter, doutor em Sociologia da Família: - “A família de hoje não está mais isolada, fechada no círculo restrito de seus interesses privados, ela faz parte de um contexto geral e deve ser ligada a relações humanas mais vastas, que proporcionem aos seus membros – todos eles – uma integração positiva na sociedade”.
A sua relevância é tão manifesta que a declaração final do Encontro de Políticos e Legisladores Católicos da América Latina, realizado em agosto de 1993 no Rio de Janeiro dispôs que “a família é reconhecida como uma sociedade de direito natural, existente antes do Estado e de qualquer outra entidade. Possui direitos próprios inalienáveis como sua identidade, integridade, além da moralidade e liberdade, estando fundada sobre o matrimônio, íntima união de vida, complemento entre um homem e uma mulher e está constituída pelo vínculo indissolúvel do casamento, livremente contraído, de público reconhecido e aberto à transmissão de vida”.
Instituído pela Lei Federal n. 1408 de 1951, celebra-se a oito de dezembro, o DIA DA JUSTIÇA no Brasil, razão pela qual homenageamos todos aqueles que estão direta ou indiretamente ligados ao Poder Judiciário, desejando que num futuro muito próximo, sejam mais amplas as formas de democratização ao seu acesso e que a prestação jurisdicional se realize de maneira mais rápida e eficiente, resgatando-se a confiança e o respeito populares à instituição – manifestamente relevante à manutenção do estado de Direito.
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor da Faculdade de Direito do Centro Universitário Padre Anchieta de Jundiaí. É ex-presidente das Academias Jundiaienses de Letras e de Letras Jurídicas. Autor de diversos livros (martinelliadv@hotmail.com)
Na Idade Média, o entrechoque (ou melhor, a disputa de terreno) entre os dois poderes, o espiritual e o temporal, foi prolongada e deu-se em todos os níveis, desde o mais elevado, com papas e imperadores em confronto, até as aldeias mais modestas, nas quais igualmente párocos e pequenos senhores locais se defrontavam.
Entre as duas esferas, teoricamente bem distintas, havia uma enorme faixa cinzenta, em que ambas tinham interesses e, pela própria natureza das coisas, estavam envolvidas. Foi nesse contexto que se deu a rumorosa “Questão das Investiduras”, que se arrastou por muitos anos.
Em resumo, a quem deviam os bispos e os abades de grandes mosteiros sua elevação aos respectivos cargos? Recorde-se que, na ordem concreta dos fatos, até certos papas foram indicados por imperadores, assim como imperadores e reis foram designados e depostos por papas. Por outro lado, muitos bispados possuíam senhorios temporais de vulto, pelos quais eram dependentes do poder temporal, que se julgava por isso com direitos de nomear e conforme o caso depor os dignitários eclesiásticos. Muitos mosteiros tinham, também sido instituídos graças à liberalidade de reis ou de senhores feudais, que julgavam poder exercer, por si e seus descendentes à perpetuidade, certo poder sobre aquela instituição. Essa confusão de esferas não era conveniente, sem dúvida, a nenhuma das partes, mas o fato é que ela existia e naquelas circunstâncias de tempo e lugar não parecia possível evitá-la. Enquanto as duas esferas, de comum acordo, se entendiam, tudo andava bem. Mas quando interesses mais baixos e menos nobres infeccionavam o relacionamento entre ambas, era de se recear o pior.
O auge do conflito entre o Papado e o Império se deu na segunda metade do século XI, quando o Imperador Henrique IV desafiou o Papa São Gregório VII e foi por este deposto. São Gregório, que antes de ser Papa tinha sido o monge Hildebrando, na Abadia de Cluny, estava empenhado num amplo esforço de reforma da Igreja, que passou para a História como Reforma Gregoriana e é considerada, pelos historiadores, como o coroamento do processo da Reforma Cluniacense. Era de procedência social muito modesta, mas, como era relativamente comum na Idade Média, essa circunstância não impediu que chegasse ao mais alto trono da Europa, o de São Pedro.
Henrique IV, encorajado por bispos alemães a ele dedicados, chegou ao ponto de pretender depor o próprio Papa. Vejam-se algumas passagens da carta que no ano de 1076 dirigiu ao pontífice:
“Henrique, rei não por usurpação, mas pela piedosa ordenação de Deus, a Hildebrando, agora não mais Papa, mas falso monge: (...) Ousastes ameaçar, tomar a realeza de nossas mãos, como se nós a tivéssemos recebido de vós, como se a realeza e o império estivessem em vossas mãos e não nas de Deus. Nosso Senhor Jesus Cristo chamou-nos para a realeza, mas não vos chamou para o sacerdócio. Vós subistes por estes degraus, a saber: pela astúcia, que a profissão monástica abomina, por dinheiro; pelo dinheiro, por favores; pelo favor, por meio da espada. Pela espada chegastes ao trono da paz, e de cima dele destruístes a paz. Armastes vossos súditos contra seus prelados; vós, que não fostes chamado por Deus, ensinastes que nossos bispos, que o foram, devem ser desprezados (....). Vós atingistes também a mim que, embora sem merecê-lo, fui sagrado rei entre os escolhidos. Este erro o fizestes comigo, pois de acordo com a tradição que os santos padres me ensinaram devo ser julgado somente por Deus e não serei deposto por nenhum crime que não seja - que isto não ocorra! - o de desviar-me da Fé. (...) Descei, portanto, condenado por este anátema e pelo juízo comum de todos os nossos bispos e de nós mesmo. Renunciai à Sé Apostólica que vos haveis arrogado. Deixai que outro que não mascare a violência com a religião, mas que ensine a pura doutrina de São Pedro, suba ao seu trono. Eu, Henrique, rei pela graça de Deus, juntamente com todos os nossos bispos, vos ordenamos: Descei! Descei!, condenado para sempre.” (Carta de Henrique IV a Gregório VII. In: M. G. H. Constitutiones et acta, I. Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, Maria Guadalupe. História da Idade Média: textos e testemunhas. São Paulo: Editora UNESP, 2000, p. 129-131)
Henrique, confiado no próprio poder e no apoio que recebia dos bispos que lhe eram afeitos, provavelmente não avaliou suficientemente a coragem, a determinação e a força moral de São Gregório. Veremos na próxima semana a resposta do pontífice.
ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS - é licenciado em História e em Filosofia, doutor na área de Filosofia e Letras, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Academia Portuguesa da História.
No primeiro domingo do Advento, com o convite a ficarmos vigilantes, o Padre Márcio Felipe de Souza Alves, Reitor no Santuário Santa Rita de Cássia, em meio a várias reflexões em sua homilia, disse que o mistério do Natal é o mesmo que celebramos todos os anos, mas nós não somos os mesmos.
Mantive comigo essa palavra. Realmente, o mistério do Natal é o mesmo, porque Deus é fiel e como disse a Moisés (Êxodo, 3, 14): “EU SOU AQUELE QUE SOU”. Não é Aquele que era ou que será. Eu, que oscilo, em inúmeras situações, que sou infiel. Mesmo assim, o Senhor me busca, abraça e me indica a estrela que os magos viram no Oriente.
Não sou a mesma do ano passado. Tantas coisas aconteceram que me marcaram, amadureceram, fizeram chorar e rir e me levaram, também, a ver em que preciso mudar para carregar Belém neste Natal. Aprofundei-me no compromisso com a verdade, mesmo que ela me custe o desagrado de pessoas que preferem o silêncio à denúncia. Reconheço que o bom em mim é Deus que age, o mal é fruto da ascensão de meu eu. Como escreveu Santo Agostinho: “Meu único recurso é a minha vontade”. Nem sempre faço com ela o que deveria.
Tenho saudade de natais anteriores em que não experimentara tantas ausências. Mas uma coisa é certa: melhor carregar lembranças de minha gente, do que vazios de não ter vivido os cuidados que protegem e fortalecem.
Não me recordo de aguardar Papai Noel em algum 24 de dezembro. Em todos os anos, contudo, houve presépio e visitas a presépios. Do tempo em que moramos na rua Atílio Vianelo, de dezembro de 1958 a dezembro de 61, a imagem do Menino Jesus visitava as casas. No percurso, íamos com velas acesas e cantando: “O meu coração é só de Jesus/ A minha alegria é a Santa Cruz. / Nada mais desejo, nem quero senão/ Que viva Jesus no meu coração. / Eu só peço a Deus, na minha oração, / Que viva Jesus no meu coração”. Impactou-me. Era pequenina e o que me encantava no Natal era o Menino. Na Catedral, na época Igreja Matriz Nossa Senhora de Desterro, na qual participávamos da Missa, completava o arrebatamento a imagem do Sagrado Coração de Jesus. A sua expressão me emociona e me chama até hoje.
De presente, a boneca Pierina foi que mais me cativou, embora fosse lindo o meu boizinho róseo de pelúcia. Ganhei-a aos dez anos e a tenho comigo. Nosso pai fora a São Paulo e demorava para chegar. Fiquei preocupada. Aguardei-o sentada no degrau de fora da casa onde morávamos a partir de 1963, na rua Rangel Pestana. De repente ele virou a esquina da rua Siqueira de Moraes, com uma caixa grande, e corri ao seu encontro. Era a Pierina que chegava à minha história e assoprava a angústia de pensar que algo ruim acontecera ao nosso pai. O coração bateu mais forte por ele do que pela boneca. São reminiscências fragmentadas, mas o Menino não.
Daqui uns dias acontece o Mistério do misericórdia grandiosa do Senhor, que nos oferece o Natal. O Senhor que veio, vem e virá, conforme afirmou o Padre José Roberto de Araújo, em sua homilia, no Carmelo São José, no segundo domingo do Advento.
Como diz a música de Luiz de Carvalho: “... Abre bem a porta do teu coração/ E deixe a luz do céu entrar”.
Vem, Senhor, nas palhas de minha alma que, apesar de minhas misérias, procuro amaciar para recebê-Lo!
MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE - Professora e cronista. Coordenadora diocesana da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala. Jundiaí, Brasil.
Assim que o grito de gol se fez presente na sala improvisada, o cachorrinho se assustou e fez xixi. Depois de tranquilizarmos o pobrezinho, todos passaram a torcer com mais parcimônia. Na verdade, nem houve muito o que fazer nesse sentido, já que o jogo todo teve apenas um único gol.
Dada como sou a viagens mentais pelo tempo, logo me lembrei de outras Copas do Mundo. Minhas primeiras lembranças remetem à adolescência. Vestidos com camisas amarelas, assistíamos aos jogos reunidos com amigos, em rodízio de casas. Pintávamos as unhas também com as cores da bandeira brasileira e, além de assistirmos aos chutes alheios, arriscávamos olhares furtivos para os meninos, com o coração batendo um bolão.
Era uma época mais simples em alguns sentidos e a diversão era garantida com pipoca, amendoim, suco e refrigerante. Os meninos mais velhos, após os jogos, bebiam cerveja, sempre fora do alcance dos olhares dos adultos. Nossa maior torcida era para que o Brasil ganhasse o máximo de jogos possíveis, porque isso também aumentava nossos eventos festivos. Além disso, ninguém gostava de ser chamado de azarado pelo fato do Brasil perder quando a reunião era em sua casa.
Das outras tantas Copas do Mundo pelas quais já passei, tenho lembranças esparsas e alguns nomes de jogadores me veem à mente, tanto da seleção brasileira quanto de times rivais. Zico, Casagrande, Taffarel, Ronaldos, Maradona, Zidane e outros me são familiares. Só que sou uma péssima conhecedora de futebol e sequer sei dizer em que ano jogaram, muito menos sei uma escalação completa. Infelizmente, também me lembro do 7 x 1.
Agora, pensando no assunto, lembro-me ainda de certas músicas, mascotes e propagandas que marcaram algumas Copas. Xinguei os adversários que eliminaram o Brasil, comemorei boa parte dos gols e até me emocionei ao ver, por duas vezes, a Seleção Canarinha sair vitoriosa. É engraçado como nossa memória escolhe guardar e organizar aquilo que vivenciamos. No meu caso, nesse assunto futebol, minhas lembranças são quase sempre afetivas e pouco ou nada esportivas.
Sobre esportes, aliás, sempre preferi praticar a assistir. Não gosto muito de ver outras pessoas jogando. Na adolescência, fazendo parte do time de futebol feminino da escola, eu adorava sentir a adrenalina de disputar a bola, correr pelo campo e, vez ou outra, acertar o chute que a goleira adversária não conseguia pegar. Nunca estive nem perto de me sentir eufórica assim contemplando passivamente outras pessoas em disputa.
Ainda hoje, embora não pratique mais nenhum esporte em equipe ou mesmo de competição, não gosto muito de acompanhar jogos pelas telas. Um pouco antes da pandemia, no entanto, fui até um estádio assistir ao jogo do time pelo qual vagamente torço e posso afirmar que lá, entre tanta gente, senti uma dose doida de emoção e, lamentei um pouco não ter assistido nenhum jogo quando a Copa do Mundo foi sediada pelo Brasil.
Como se pode notar sem muito esforço, não sou lá uma torcedora modelo, mas, a despeito disso, embora não me fujam os muitos contextos que envolvem o atual momento político, institucional, não torço contra o Brasil. Quando a bola está em campo, vibro pelo time verde-amarelo. Torcer contra e desejar que o Brasil perca não vai mudar em nada outras conjunturas. Tampouco nos torna mais patrióticos. Para quem teme cortinas de fumaça, sempre haverá uma cenoura guiando lebres famintas.
Por alguns momentos, ao contrário, uma fagulha de esperança se acende em mim. De volta ao presente, enquanto o xixi do cachorrinho era limpo, notei que, sentados à direita, à esquerda ou ao centro, brancos, pretos, magros ou gordos, homens ou mulheres, todos se pareciam brasileiros e isso é vitória, com toda certeza.
CINTHYA NUNES é jornalista, advogada, professora universitária e já foi lateral. Hoje, é centroavante. – cinthyanvs@gmail.com/www.escriturices.com.br
Durante séculos, muitos cristãos têm usado a medalha do famoso exorcista São Bento na luta espiritual contra as forças do mal.
A seguir, apresentam-se 7 coisas que se deve saber sobre este objeto especial que possui muita tradição e história.
1. A origem da medalha é incerta, mas foi usada desde os tempos antigos. No século XVII, durante um julgamento de bruxaria na Alemanha, algumas mulheres acusadas testemunharam que não tinham poder sobre A Abadia de Metten porque estava sob a proteção da cruz.
Quando se investigou, foram encontradas nas paredes do recinto várias cruzes pintadas, rodeadas por letras que agora se encontram nas medalhas. Posteriormente, foi encontrado um pergaminho com a imagem de São Bento e as palavras completas das letras.
2. A Medalha, como se conhece agora, é a do jubileu que foi emitida em 1880 pelo 14º centenário do nascimento do Santo e lançada exclusivamente pelo Abade Superior de Monte Cassino.
Com ela se pode obter a indulgência plenária na festa de São Bento (11 de julho), seguindo as condições habituais que a Igreja manda (confissão sacramental, comunhão eucarística e oração segundo as intenções do Sumo Pontífice).
Leia também: 11/07 – São Bento
E se aplicássemos a Regra de São Bento em nossa vida familiar?
3. Certa vez, tentaram envenenar São Bento (480-547). O Santo, como era seu costume, fez o sinal da cruz sobre o vidro e o objeto se quebrou em pedaços.
Em outra ocasião, um pássaro preto começou a voar ao seu redor. São Bento fez o sinal da cruz e teve então uma tentação carnal na imaginação. Quando estava quase vencido, ajudado pela graça, tirou a roupa e se jogou em uma moita de espinhos e cardos, ferindo seu corpo. Depois disso, nunca mais voltou a se ver perturbado daquela forma.
4. A Medalha de São Bento é um sacramental reconhecido pela Igreja com grande poder de exorcismo. Os sacramentais “são sinais sagrados por meio dos quais, imitando de algum modo os sacramentos, se significam e se obtêm, pela oração da Igreja, efeitos principalmente de ordem espiritual”.
“Por meio deles, dispõem-se os homens para a recepção do principal efeito dos sacramentos e são santificadas as várias circunstâncias da vida” (Catecismo, 1667).
5. A medalha tem na frente a imagem de São Bento com uma cruz na mão direita e o livro das Regras de seus religiosos na outra mão.
Ao lado do Santo se diz: “Crux Sancti Patris Benedicti” (cruz do Santo Pai Bento). Pode-se ver também um corvo e um cálice do qual sai uma serpente. De maneira circular, aparece a oração: “Eius in óbitu nostro preséntia muniamur” (Na hora da nossa morte sejamos protegidos pela sua presença), de modo a oração círculo aparece). Na parte inferior central se lê: “x. S. M. Cassino MDCCCLXXX” (Do Santo Monte Cassino 1880).
6. No verso está a cruz de São Bento com as letras:
C.S.P.B. – “Cruz do Santo Pai Bento”.
C.S.S.M.L. – “A cruz sagrada seja minha luz” (na haste vertical da cruz).
N.D.S.M.D. – “Não seja o dragão meu guia” (na haste horizontal da cruz).
Em um círculo, começando no canto superior direito:
PAX – “paz”.
V.R.S. – “Retira-te, satanás”.
N.S.M.V. – “nunca me aconselhes coisas vãs”.
S.M.Q.L. – “É mau o que me ofereces”.
I.V.B. – “bebe tu mesmo os teus venenos”.
7. A medalha deve ser abençoada por um sacerdote com a oração especial apresentada a seguir:
– O nosso auxílio está no nome do Senhor
– Que fez o céu e a terra.
– Exorcizo-te, Medalha, por Deus Pai + onipotente, que fez o céu e a terra, o mar e tudo o que contêm.
Todas as forças malignas e todos os exércitos diabólicos, com todos os seus poderes e persuasões sejam afugentados e extirpados por meio da fé e do uso desta Medalha, a fim de que todos os que a usam tenham saúde de corpo e de espírito: Em nome do Pai + e do Filho + e do Espírito Santo +. Amém.
– Ouvi, Senhor, a minha oração.
– E chegue a vós o meu clamor.
– O Senhor esteja convosco,
– E com o teu espírito.
Pai Nosso…
Oremos: Deus eterno e todo-poderoso, pela intercessão de Nosso Pai São Bento, vos suplicamos: seja esta Sacra Medalha com suas inscrições e caracteres abençoada por Vós +, a fim de que seus portadores, movidos pela fé, possam realizar boas obras, obter santidade de corpo e de alma, receber a graça da santificação e as indulgências concedidas, ter o vosso auxílio para afugentar o maligno com suas fraudes e ciladas e um dia comparecer à vossa presença santos e imaculados. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
Que a vossa bênção, Deus Pai onipotente +, Filho e Espírito Santo, desça sobre esta Medalha e sobre quem a utiliza, e permaneça para sempre.
FELIPE AQUINO - é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter.
Quando era jovem, seguindo a tradição, enviava pelo correio, cromos com desenhos alusivos à época natalícia. Em resposta recebia simples cartão de visita, e postais: com: velas, anjinhos ou simplesmente, o Menino acompanhado dos progenitores, com burrinho e gorda vaquinha.
Verifiquei, no correr do tempo, que as respostas escasseavam. Pensei: será que os amigos e parentes não querem despender o porte da posta?
Fui reduzindo, ano a ano, o número de cartões de boas-festas. Hoje envio no máximo, quatro, a idosos, como eu.
Substitui os cumprimentos natalícios, por mensagens do telemóvel ou celular, como dizem os brasileiros, para diferenciarem-se dos que se encontram na outra banda do Atlântico.
Hábito arraigado, que ainda faço, embora cada vez menos.
Faço cada vez menos, porque a exemplo dos cartões, as respostas não aparecem…
Se o Correio cobrava a estampilha postal, as telefónicas – pelo menos em Portugal, – não cobram nada pelas mensagens.
Cheguei, portanto, a concluir: que não devia ser por motivos económicos. Mas sim, por desdém.
Parafraseando Camilo, direi como ele: “Impávidos marotos.”
Certa ocasião, estando a almoçar com famoso advogado e político influente confessou-me:
- “Quando estava na vida ativa, e ocupava cargos de relevo, tinha amigos e numerosos conhecidos. Afastado, evaporam-se como ratos... Sei que é sempre assim – concluiu.
Envelheci, perdi amigos – Deus os levou, – e os novos, filhos deles, esqueceram as amizades paternas. Os que restam, poucos serão os que não pensem:
- Está velho, não têm influência, já não nos pode ser útil…
Que refinados e “impávidos marotos” …
HUMBERTO PINHO DA SILVA
Lendas e Mitos do Brasil –
Região Norte (Amazonas)
A VITÓRIA RÉGIA
Era uma noite de luar. As estrelas brilhavam no céu como diamantes. E a lua iluminava a terra com seus raios prateados. Um velho cacique, fumando seu cachimbo, contava às crianças as histórias maravilhosas de sua tribo. Ele era também um feiticeiro e conhecia todos os mistérios da natureza. Um dos curumins que o ouvia, perguntou ao velho de onde vinham as estrelas que luziam no céu. E o cacique respondeu.
- Eu conheço todas. Cada estrela é uma índia que casou com a lua.
Não Sabiam ?
A lua é um guerreiro belo e forte.
Nas noites de lua, ele desce à terra para se casar com a índia. Aquela estrela que estás vendo é a Nacaína, a índia mais formosa da tribo dos Maués. A outra é Janã, a flor mais graciosa da tribo dos Aruaques. A respeito disso, vou contar para vocês uma história que aconteceu, há muitos anos, em nossa tribo.
Prestem atenção:
Havia entre nós, uma índia jovem e bonita, chamada Naiá. Sabendo que a lua era um guerreiro belo e poderoso, Naiá por ele se apaixonou, recusando as propostas de casamento que lhe fizeram os jovens mais fortes e bravos de nossa tribo.
Todas as noites, Naiá ia para a floresta e ficava admirando a lua com seus raios prateados. Às vezes ela saía correndo através da mata, para ver se conseguia alcançar a lua com seus braços. Mas esta continuava sempre afastada e indiferente, apesar dos esforços da índia, para atingi-la.
Uma note Naiá chegou à beira de um lago. Viu nele, refletida, a imagem da lua. Ficou radiante. Pensou que era o guerreiro branco que tanto amava. E para não o perder, lançou-se nas águas profundas do lago.
Coitada ! Morreu afogada!
Então a lua, que não queria fazer de Naiá uma estrela do céu, resolveu torná-la uma estrela das águas. Transformou o corpo da índia numa flor imensa e bela .
Todas as noites, essa flor abre suas pétalas enormes, para que a lua ilumine sua corola rosada.
Sabem qual é essa flor ?
É a vitória- régia.
(*) Theobaldo Miranda Santos (Campos dos Goytacazes, 22 de junho de 1904 - 21 de março de 1971) foi um escritor, professor e catedrático brasileiro.[1]
Biografia
Frequentou o Liceu de Humanidades e a Escola Normal Oficial. Mais tarde diplomou-se em Odontologia e Farmácia no Colégio Grambery, na cidade mineira de Juiz de Fora. Esta instituição é de origem metodista com princípios da pedagogia americana. Iniciou sua trajetória profissional na Cidade de Manhuaçu – MG, como professor primário. No ano de 1928 retornou à sua cidade natal ocupando os cargos de Diretor e professor das disciplinas de Física, Química e História Natural, do Liceu de Humanidades na qual fora aluno. Esta instituição é uma instituição de ensino secundário considerado um colégio de excelência inaugurado em 1847 e extinto em 1858, porém foi refundado em 1880. Como catedrático, lecionou História Natural na escola Superior de Agricultura e Veterinária e na Faculdade de Farmácia e Odontologia, sendo titular de Ortodontia e Odontopediatria. Ainda neste período, Theobaldo Miranda dos Santos foi professor no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, onde ensinava História da Civilização.
Sua carreira como escritor começa em 1932 publicando artigos para jornais nas cidades de Campos e Niterói. Neste período, converteu-se ao catolicismo e escreveu artigos para a revista A Ordem, de cunho católico. Em 1938 foi convidado pelo Secretário de Educação do Rio de Janeiro, para ser professor de História Natural, no Instituto de Educação, na cidade de Niterói, então capital do Rio de Janeiro. Também neste período lecionou na Universidade do Distrito Federal (1935 –1939), atual Rio de Janeiro, a disciplina Prática de Ensino. Na década de 1940 sua trajetória de vida profissional foi mesclada entre a docência e os serviços administrativos trabalhando no colégio de Serviço Social especificamente no curso de Pedagogia e também lecionou Física no Colégio Nossa Senhora de Sion, fundado em 1901. Em 1941 foi nomeado Diretor Técnico Profissional e Diretor da Educação Primária. Já em 1942 assumiu o cargo de Diretor Geral do Departamento de Educação Básica concomitante atuando como professor a disciplina Filosofia e História da Educação na Pontifícia Universidade Católica, e Professor no curso de Pedagogia da Faculdade de Filosofia de Santa Úrsula. No ano de 1944 através de um concurso, Theobaldo Miranda dos Santos assume a cátedra de Filosofia da Educação do Instituto de Educação do Rio de Janeiro.
O autor também atuou como Diretor do Departamento de Divisão de Cultura, membro da Comissão técnica do Estado do Rio de Janeiro e Membro oficial do Estado na Convenção Educacional Fluminense. Poliglota, e conhecedor de diversos assuntos, inspirava-se em autores de reconhecimentos internacionais como: Aguayo, De Hovre, Paul Monroe, Jacques Maritan, L.Riboulet, J.Admas, John Dewey, PIstrack entre outros e alguns autores brasileiros como Tristão de Athayde (pseudônimo de Alceu Amoroso Lima), padre Leonel Franca. Everaldo Backheuser, Rui de Aires Bello, Lourenço Filho, Fernando de Azevedo. Estes últimos são mencionados no Manual de Filosofia quando o autor vai se dirigir a Escola Nova – ou escolanovismo, na qual se posiciona contra o método divulgado pelo Filósofo americano John Dewey.
O que se ressalta na vida do Intelectual, como escritor, é que a partir da década de 1930 sua carreira se consagra e transita entre o meio educacional/administrativo e literário, sendo considerado o autor que mais publicou em quatro décadas. Segundo a Companhia Editora Nacional o autor escreveu 150 obras sobre diversos títulos, dentre os quais podemos citar: Literatura Infantil, Psicologia, Pedagogia, Sociologia, Filosofia, entre outros mais. Publicou livros didáticos para o ensino primário com autorização do Ministério da Educação, algumas coleções como: Curso de Psicologia e Pedagogia onde foi autor e editor, Curso de Filosofia e Ciências, Atualidades Pedagógicas cuja direção foi de Fernando de Azevedo, a Coleções de Iniciação Científica. Todas as coleções tiveram bons resultados editoriais assim como os diversos Manuais que escreveu para o curso de Formação de Professores. Dentre eles daremos destaque ao Manual de Filosofia da Educação: Os grandes problemas da Pedagogia Moderna pelas Edições Boffoni – Rio de Janeiro - publicado em 1942, quando Theobaldo Miranda dos Santos lecionava no curso de Pedagogia na Faculdade de Filosofia, de Santa Úrsula.
ANTÔNIO J.C. DA CUNHA, da Academia Duquecaxiense de Letras e Arte, da Associação do Rotary Club Duque de Caxias- Distrito 4571,Membro da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade, Membro da CPA/UNIGRANRIO, diretor Proprietário da Distribuidora de Material Escolar Caxias ltda.
JORGE VICENTE - Fribourg ( Suiça)
A palavra certeza é composta do adjectivo “certo” com o sufixo ”eza”. formando o substantivo certeza.
Sinónimos de certeza: acertamento, correcção, acerto, afirmação, asserção, asseveramento, acertamento, evidência, indubitabilidade, infalibilidade, veracidade, conviccão, segurança, persuasão, confiança, convencimento, estabilidade, firmeza., convicção,,acerto e asseveração.
Frases com a palavra certeza:
-A oração talvez não mude as coisas para si, mas com certeza é agudamente infeliz, dilacerada pelo sofrimento, mas através de tudo ainda sei, com absoluta certeza , que estar viva é sensacional..
-O guardião Diego ainda hoje está indignado coma a arbitragem de João Capela. Critérios desiguais fazem parte da acusação Fica a certeza de que equipa irá recuperar do trauma”.. .
-Cristiano Ronaldo falou sobre o jogo de Portugal frente à Bósnia e disse ter a certeza que a.....”
Situações referentes à palavra certeza . Alguém apresentou este problema:
“Gostaria de saber se se diz”ter certeza” ou” ter a certeza de algo. Ou se estão ambas certas e se assim for, qual a diferença?. A resposta é esta: Não há qualquer diferença, pelo menos semântica A ausência do artigo em “ ter certeza” indica que a expressão tende funcionar como uma unidade, tal como as expressões”ter influência”, “ter fome”,“ter sede”. O uso dos artigos definido pode depender do estilo pessoal dos falantes, da situação contextual ou das formas idiomáticas. Eis alguns exemplos:
-“Ele tem a certeza absoluta daquilo que está a dizer”.
-“Ele tem absoluta certeza naquilo que está a dizer”.
-“Ele joga bem com as setas porque tem certeza na mão”..
As expressões como ter a noção, ter a ideia, ter a certeza etc. requerem a preposição de, como se pode verificar nos casos em que as expressões não são seguidas de uma outra oração, mas antes um nome em que é impossível retirar a preposição “de”.
Por exemplo: “Tenho a certeza de muita coisa.
Certeza na Psicologia. Certeza é uma condição psicológica, ou estado mental. de que as coisas são tais quais o indivíduo as concebe, ou ainda de estar na posse da verdade. Por outras palavras, caracteriza-se pela absoluta adesão a uma ideia, opinião ou facto, desconsiderando qualquer outra possibilidade de erro ou equívoco, sendo logo, um antagonismo à dúvida.
Certeza na ciência. Certeza na metodologia científica é um conceito que designam comprovação ou confirmação. Com uso do raciocínio lógico(método matemático) e do sistema de verificação empírica com evidências físicas. Pode-se “ ter certeza” de uma ideia quando baseada em experiências e métodos reconhecidos pela comunidade científica, sendo este nomeados como o Método científico. Neste sentido, é geralmente associada ao contexto científico de forma democrática, dependente do trabalho intelectual e consenso de uma maioria de cientistas que avaliará e determinará a legitimidade e imparcialidade dos estudos, outorgando o status de comprovação científica e tendo sempre por base sistemas minuciosos de mensuração. Para a ciência a certeza é resultante apenas de conclusões a partir do estudo sistemático e controlado dos fenómenos investigados, entretanto, no meio científico.
A certeza absoluta não existe.. pois se reconhece diferentes níveis de incerteza em todas as observações e medições até então estabelecidas, dada a complexidade dos fenómenos a que se propõe o estudo, sendo estes constituídos, na maioria das vezes, por conjuntos co-dependentes de variáveis intervenientes.. Logo , com reconhecimento de que não existem certezas incontestáveis, é natural que elas podem ser corrigidas, aprimoradas ou abandonadas ao longo do tempo. Tal processo dá-se em funções de novas evidências , caracterizando um sistema de replicabilidade e refutabilidade. Na filosofia de René Descartes a certeza é o critério da verdade.
Certeza absoluta. Um. argumento é uma certeza absoluta se, e somente se. a hipótese e todas as infinitas premissas do argumento, mesmo aquelas ocultas , se tornassem uma verdade, depois da conclusão provada.
Referència sobre o “Coronavirus”: O Chefe de Estado Marcelo Rebelo de Sousa desvalorizou o aumento do número de reprodução do “Covid -19” em Portugal e advertiu que ninguém tem a certeza absoluta sobre a evolução da pandemia, observando que a Europa não tem critérios comuns para a abertura das fronteiras..Ninguém tem a certeza absoluta sobre a evolução da pandemia..A Organização Mundial de Saúde admite no caso da pandemia que há um grau de imprevisibilidade quanto à evolução da pandemia nas próximas semanas e até nos próximos meses..
Precisão científica : Uma espantosa evidência da inspiração da Bíblia é o facto de que muitos princípios cientistas são confirmados.
- A esfericidade da terra(Isaias, 40,22.
- A quase infinita extensão do universo(Isaias,55,9).
- A lei da conservação da massa e energia(11 Pedro 3,7).
- O ciclo hidrológico(Eclesiastes 1,7).
- O vasto número de estrelas(Jeremias 33,42).
- A Lei do aumento da entropia(Salmo 102,25-27).
- A suma importância do sangue para a vida(Levítico) 17,11.)
- A circulação atmosférica (Eclesiastes) 1,6
- O campo gravitacional (Lo26,7).
A certeza e a Bíblia
-“Então disse Saul: Assim me faça Deus, e outro tanto, que com certeza morrerás,
Jônatas “ 1Samuel 14,44.
-“Para fazer-te saber a certeza das palavras da verdade, e assim possas responder
palavras da verdade aos que te consultarem? “ Provérbios 22.21
-“Saiba pois com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós
crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo Actos 2,36
-“Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há-de julgar o mundo, por
meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando dentre o
mortos” Actos 17,31
- “Ainda que o pecador faça o mal cem vezes, e os dias lhe prolonguem , contudo eu
sei com certeza, que bem sucede aos que temem a Deus, aos que temem diante
dele.”. Eclesiastes 8,12.
-“Então, responderam a Josué, e disseram: :Porquanto com certeza foi anunciado aos
teus servos que o Senhor teu Deus ordenou a Moisés, seu servo, que a vós dará toda
esta terra, e destruirá os moradores da terra diante de vós, tememos muito por nossas
vidas por causa de vós, por isso fizemos assim” Josué, 9, 24.
ANTÓNIO FRANCISCO GONÇALVES SIMÕES - Sacerdote Católico. Coronel Capelão das Frorças Armadas Portuguesas. Funchal, Madeira. - Email goncalves.simoes@sapo.pt
Luc. 1-46,55
A minha alma, engrandece- Te, ó Senhor!
Meu espírito vibra, alegremente,
naquele que é meu Deus e Salvador;
o qual se dignou, bondosamente,
atentar na baixeza desta serva!...
Pois eis que, desde agora, as gerações
em quem minha memória se conserva,
me chamarão feliz, nas orações!...
Grandes coisas me fez o Poderoso!
Seu nome é sempre santo, geração
a geração!...Ele é, p'r'o temeroso,
todo misericórdia!... A Luz do Oriente,
lembrou-se da promessa feita a Abraão,
mais sua descêndência, para sempre!...
Esta é a narrativa de um homem que estava infeliz com tudo o que lhe acontecia:
“Certo dia, decidi dar-me por vencido. Renunciei ao meu trabalho, às minhas relações, à minha espiritualidade, até à minha vida. Dirigi-me ao bosque para ter uma última conversa com Deus:
– Senhor, poderias dar-me uma boa razão para eu não entregar os pontos?
A resposta me surpreendeu:
– Olha ao redor. Estás vendo a samambaia e o bambu? Pois bem, quando os semeei cuidei deles muito bem, não lhes deixei faltar luz e água. A samambaia cresceu rapidamente, seu verde brilhante cobria o solo; porém, da semente do bambu nada saía. E, apesar disso, eu não desisti do bambu. No segundo ano, a samambaia cresceu ainda mais brilhante e viçosa; da semente do bambu, nada apareceu. Mas não desisti do triste bambu. No terceiro ano, no quarto, a mesma coisa; mas no quinto ano, um pequeno broto saiu da terra. Aparentemente, em comparação com a samambaia, era muito pequeno, até insignificante. Depois, o bambu cresceu mais de 20 metros.
Fui ouvindo e imaginando o final da história. E Deus continuou:
– O bambu ficou cinco anos afundando raízes, que o tornaram forte e lhe deram o necessário para sobreviver. A nenhuma de minhas criaturas eu faria um desafio que não pudessem superar.
E parecendo olhar bem no meu íntimo, concluiu:
– Sabes que durante todo esse tempo em que vens lutando estavas criando raízes? Eu jamais desisti do bambu e nunca desistirei de ti. Peço que não te compares com os outros. O bambu foi criado com uma finalidade diferente da samambaia, mas ambos eram necessários para fazer do bosque um lugar bonito. Teu tempo vai chegar. Crescerás muito!
– Quanto tenho que crescer? – perguntei.
– Tão alto quanto o bambu – foi a última resposta.”
Pode deduzir, leitor, que Deus quis dizer: ‘Tão alto quanto quiser que eu te ajude!’ Assim, espero que estas palavras também possam ajudá-lo a entender que Jesus nunca desistirá de você. Nunca se arrependa de um dia vivido – os bons trouxeram felicidade, os maus deram-lhe experiência. Ambos são essenciais para a vida. A felicidade adiciona doçura e os problemas nos mantêm fortes. O sucesso alimenta o ego, mas só Deus nos mantém caminhando rumo ao Céu.
Para viver melhor, o importante é sabermos aproveitar tudo o que encontramos pela frente. Imagine alguma pedra que surge no caminho... Isto já aconteceu com muitas outras pessoas...
O distraído nela tropeçou, o bruto a usou como projétil, o empreendedor a empregou para construir, o camponês fez dela um assento... Para meninos, foi brinquedo; Carlos Drummond de Andrade a poetizou; com ela, David matou Golias e Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura. Em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas no homem! Não existe pedra no caminho que não possa ser aproveitada para o próprio crescimento.
Lembre-se que cada instante que passa é uma gota de vida que nunca mais volta. Aproveite para evoluir e saiba tirar o melhor proveito, pois talvez não terá tantas outras chances de reconstruir. Amar como Jesus amou não é fácil, sabemos, mas se cada um tentasse aplicar isso em sua vida de vez em quando, quem sabe se tornaria um hábito natural?
Julgamos as pessoas e vivemos criticando o que fazem ou deixam de fazer, o que é próprio do ser humano, concorda? Mesmo assim, não é obvio que sem amor no coração as coisas não irão melhorar? E se um tratamento mais carinhoso não partir de quem critica, fica ainda mais difícil mudar o que está errado e reconstruir relacionamentos pacíficos.
Assim o Reino de Deus será construído: Ele falando e nossos corações aceitando cumprir Sua vontade. Um dia nos esforçamos mais, outros menos, mas todos os dias sem pecados mortais nas costas. Não é tão difícil como algumas pessoas imaginam; basta tentar e ver que o ‘bambu’ começará a crescer.
Até o Papa Francisco já foi ‘samambaia’ e continuaria sendo pelo resto da vida se não aceitasse o plano de amor que Deus tinha para a sua vida. Tenho certeza que transpôs barreiras imensas para servir com retidão e se tornou o nosso maior pastor. Segundo as palavras de Jesus, o que o Papa ligar na Terra será ligado no Céu.
Portanto, quem aprender a crescer como um bambu de 20 metros, faltará pouco para essa conexão com o Paraíso.
PAULO R. LABEGALINI - Cursilhista e Ovisista. Vicentino em Itajubá. Engenheiro civil e professor doutor do Instituto Federal Sul de Minas (Pouso Alegre - MG)
EUCLIDES CAVACO - Director da Rádio Voz da Amizade , Canadá.
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