* H I S T Ó R I A
Antônio, um pai de família, quando voltava do trabalho deparou-se com um senhor que dirigia apressadamente. Vinha cortando todo mundo e, quando se aproximou do carro de Antônio, deu-lhe uma tremenda fechada e o jogou para a outra pista. Naquela hora, a vontade de Antônio foi xingá-lo e impedir sua passagem, mas logo pensou:
- Coitado! Para estar tão nervoso e apressado assim, com certeza precisa chegar logo ao seu destino.
Assim, foi diminuindo a marcha e o deixou passar.
Chegando em casa, Antônio recebeu a notícia de que seu filho de três anos havia sofrido um grave acidente e fora levado ao hospital pela esposa. Imediatamente seguiu para lá e, quando chegou, sua mulher veio ao seu encontro e o tranqüilizou, dizendo:
- Graças a Deus está tudo bem, pois o médico chegou a tempo para socorrer nosso filho. Ele já está fora de perigo.
Bem, acredito que já deu para concluir que o cirurgião era aquele senhor apressado que Antônio havia dado passagem. E se os dois estivessem com pressa, o que teria acontecido? E se o médico não atendesse o chamado com tanto amor à vida humana, qual seria o destino do menino inocente?
Neste caso, uma pessoa comprometida com a saúde do próximo evitou uma morte, mas há quem diga que não visita um pobre por ‘falta de tempo’. Corre tanto que só se ocupa com ‘coisas urgentes’!
Ainda bem que Jesus deixou bem claro que os dois primeiros Mandamentos são os mais importantes: ‘Amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo’. Portanto, não há como colocar nada na frente disso e ainda usar alguma desculpa para disfarçar a preguiça ou se acomodar no serviço a Deus.
Exercite, você também, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora.
* Do programa ‘Nossa Reflexão’, que vai ao ar em quatro horários no Canal 20: 8h30, 11h30, 17h30 e 22h30. O site www.canal20tv.com.br disponibiliza os vídeos já apresentados na televisão. Clique em ‘Arquivos de Vídeo’ e depois em ‘Nossa Reflexão’.
O PREÇO DAS NOSSAS ESCOLHAS
No filme ‘Crimes e Pecados’, o personagem interpretado por Woody Allen diz: “Nós somos a soma das nossas decisões”. Concordo que, se não aceitarmos os chamados de Deus, colheremos o que plantamos e o ‘destino’ nada tem a ver com isso.
Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção, estamos descartando outras e, de opção em opção, vamos escrevendo as histórias de nossas vidas. Não é tarefa fácil, pois no momento em que alguém escolhe ser médico, por exemplo, está fechando as portas das outras profissões para sempre; mas, não se pode ter tudo, não é mesmo?
No amor, acontece a mesma coisa: namora-se um, outro, até que chega o momento em que é preciso decidir com quem se casar e como estruturar uma família, assumindo a responsabilidade de conduzi-la nos caminhos da fé e do amor.
Todas as decisões têm seus prós e contras: morar ou não na cidade; ter muitos ou poucos filhos; comer de tudo ou ser vegetariano; enfim, a maioria das alternativas é válida, mas há um preço a pagar por elas!
Muita gente gostaria de ser uma pessoa diferente a cada ano só para deixar as experiências ruins para trás e recomeçar, tipo: ser solteiro novamente; não ter mais filhos para cuidar; zerar as contas a pagar etc. Como nada disso é possível para quem tem caráter, nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, concorda?
É lógico que devemos reavaliar decisões e trocar de caminho – ninguém é o mesmo para sempre –, mas as mudanças devem acrescentar algo positivo para o futuro e não apenas anular as experiências vividas. A estrada da vida é longa, o tempo é curto e quanto menos errarmos, melhor.
Bem, caso isto tudo tenha ficado bem claro e você concordado comigo, vamos refletir agora em como melhorar as nossas decisões. Partindo da célebre frase de Einstein: “É mais fácil quebrar um átomo do que mudar um hábito”, sem dúvida, antes estar sempre no caminho certo do que tentar correr atrás do prejuízo, não?
Portanto, as nossas decisões só nos colocarão numa trilha abençoada se forem tomadas com oração. Rezando, reduzimos as possibilidades de alguma coisa dar errada e, assim, ganhamos o respeito de muitos e a confiança necessária para fugirmos dos pecados. Quanto mais isto tudo acontecer – orar e tomar decisões que nos aproximem de Deus –, mais bonita será a nossa ‘história de hábitos’ quando partirmos para o Céu.
Olhe ao seu redor... Quanta gente quer lhe dar a mão ou precisa da sua ajuda para se levantar! Faça o que Jesus Cristo faria se estivesse no seu lugar ou explique a sua escolha a Ele. Cada um pagará sozinho o preço da sua decisão.
PAULO ROBERTO LABEGALINI - Escritor católico, Professor Doutor da Universidade Federal de Itajubá-MG. Pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária da UNIFEI.
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