É do conhecimento de todos a antiga, mas sempre interessante história, da mãe, que explica, ao filho, de terra idade, como é Deus:
- Olha! - disse, - quando tomas, pela manhã, café com leite, colocas na xícara um pouco de açúcar, para que não fique amargo.
No entanto, se olhares para a chávena, não consegues ver, porque dissolveu -se no líquido. Assim é Deus: está em toda a parte, mas não se vê.
Esta explicação do Omnipotente é simples e perfeita. É como aquele menino, que em manhã de nevoeiro cerrado, corria pela praia, segurando o barbante que sustinha o papagaio. A cerração não permitia vê-lo, mas o rapazinho sabia, que para lá da bruma, a estrela flutuava, e de tempo a tempo sentia o puxão.
Podemos, igualmente, afirmar a sua existência, comparando-O à central eléctrica. Quando abrimos o interruptor do nosso quarto, a lâmpada fica incandescente. Não vemos a electricidade, nem donde vem, mas sabemos que existe.
São inúmeras as imagens que podemos utilizar para demonstrar e explicar Deus, mas basta-nos as que aponto.
O facto de não se ver, não quer dizer que não exista. Também não vemos o vento, e não temos dúvida de sua existência.
Quantas vezes Deus caminha ao nosso lado, segura-nos pela mão para não resvalarmos na voragem do abismo, e no entanto não O enxergamos!
Esta gravura, que acompanha o texto, é bem um exemplo do que se disse.
Nela está, bem visível, a figura de Cristo; mas, para descobrir precisamos de O procurar.
Cabe agora, ao leitor, encontrar, nesse emaranhado de manchas e traços, o Homem de Nazaré; mas, por certo, só o descobrirá após aturada busca.
Vamos procurar Jesus?
HUMBERTO PINHO DA SILVA - Porto, Portugal
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