PAZ - Blogue luso-brasileiro
Terça-feira, 20 de Janeiro de 2015
HUMBERTO PINHO DA SILVA - MAOMÉ. JESUS E MARIA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No tempo do Papa S. Bonifácio IV, 610 anos depois da morte de Jesus e 180 do falecimento de Santo Agostinho, Muhammad, conhecido no ocidente por Maomé, foi, segundo asseverou, contactado pelo Arcanjo S. Gabriel.

 

O Profeta Muhammad ( Muhammad ben Abdullah ben Abdul Mutlib ben Háxime ),nasceu em Meca, no ano de 570 d.C. Aos dois  meses morre-lhe o pai,(Abdallah) legando-lhe de herança: cinco camelos, a escrava Baraka e algumas ovelhas. A mãe, Bibi Amina cuida  dele até aos seis anos; entretanto faleceu, ficando o Profeta entregue à escrava. Decorrido mais dois anos, o tio Abu Talib levou-o para casa, tratando-o como filho.

 

Muhammad,desde muito novo mostrou extraordinária capacidade intelectual e cedo coadjuvou nos negócios do tio.

 

Ao completar vinte anos, foi trabalhar para uma prima, viúva, muito rica, chamada Cadija. Esta, reconhecendo a excepcional inteligência,e habilidade para os negócios. propõe-lhe casamento.

 

Por volta dos quarentas anos o Profeta Muhammad é senhor de abastados cabedais. Tem mulher dedicada e filhos. Por essa época o Arcanjo S. Gabriel  -  segundo declarou,  -  revela-lhe a Palavra e diz-lhe que será Profeta de Deus.

 

Manteve, restrita à família, essa revelação; três anos depois começa a pregar.

Os árabes politeístas, não acolhem de bom grado a doutrina e oferecem-lhe dinheiro para a  abandonar . Não aceita. É considerado persona nom grata em Meca. Retira-se então para Latrib e em seguida para Medina, proclamando:”Não haverá nenhum profeta depois de mim.”

 

Com a espada entra em Meca, e alguns califas, idalções, xeques, meliques e amires expandiram o Islão, do mesmo jeito, que muitos reis europeus levaram a cruz, enriquecendo reinos e bolsa de poderosos.

 

O Profeta teve várias esposas, mas para sempre ficou grato à primeira, por se ter casado, sendo ele pobre.

 

Como os cristãos, que possuem a Bíblia e A guardam na estante ou na mesinha de cabeceira, mas não A lêem, ou lêem - Na  mal, há muçulmanos que não conhecem ou não sabem  interpretar o Alcorão, devidamente.

 

Se ambos fossem mais crentes que religiosos, sabiam que Jesus mandou Amar o próximo e até os inimigos (Mt.5:43,44) e o Cap. CIX do Livro Sagrado do Islão, recomenda tolerância para os que seguem religiões diferentes e Faz o bem da mesma maneira que Deus to faz! (Cap. XXVIII:77).

 

O “Credo dos fieis”,que o bom muçulmano conhece e reza, diz:”Cremos em Deus, no que nos foi revelado e no que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Isaac ,a Jacob, a Jesus e aos Profetas, provenientes do seu Senhor; não estabelecemos diferença entre eles, e nós estamos submetidos a Ele, somos muçulmanos” Cap.III:84.

 

E no CapV:82, Maomé lembra: Nos que dizem: “Nós somos cristãos”, encontrarás os mais próximos, em amor, para os que crêem, e isso porque entre eles há sacerdotes e monges e não se enchem de orgulho.”

 

Vejamos as referências a Jesus, contidas no Livro Sagrado dos muçulmanos:

 

CapV:110 - Jesus, filho de Maria, recorda o benefício que dispensei sobre ti e sobre tua mãe, quando te auxiliei com o Espírito Santo”. E a referir-se a Nossa Senhora afirma:”Ó Maria! Deus te escolheu e te purificou. Escolheu-te entre todas as mulheres dos mundos -Cap. III:42.

 

Mais adiante (Cap.III:45) lembra:”Recorda-te quando os anjos disseram: “Ó Maria! Deus te anuncia um Verbo emanado d’Ele, cujo nome é Messias, Jesus, filho de Maria: será ilustre nesta vida e na outra; e estará entre os próximos de Deus!”

 

O muçulmano sabe que Jesus foi gerado por Maria, por graça de Deus, o Cap. III:47 afirma:”Ela disse:”Senhor meu: como terei um filho se não me tocou nenhum mortal? Ele disse:”Assim será. Deus cria o que quer. Quando decreta alguma coisa, diz apenas:”Seja! E é”.

 

E se, o que se disse, não fosse bastante para considerar as duas religiões irmãs, filhas de Abraão, leia-se o Cap. II:62:

Na verdade, os que crêem, os  que praticam o judaísmo, os cristãos e os sabeus - os que crêem em Deus e nos Últimos Dias e praticam o bem - terão a recompensa junto do seu Senhor. Para eles não há temor.”

 

Ainda que o Alcorão confirme a Bíblia, de modo poético e imagens diferentes, há incontornáveis divergências: na divindade de Jesus - Cap.IV:171.O muçulmano considera que o nascimento do Messias foi um milagre, mas não é filho, mas criatura (Profeta) de Deus e não crêem na crucificação, mas que foi elevado ao Céu e está junto de Deus - talvez influência do ebionismo. -  ver: História da Teologia, de Bengt Hagglund.

 

O Alcorão condena, igualmente  crime abominável do aborto (Cap.XVII:31), confirma a ressurreição dos mortos, o Juízo Final (Cap.II:28), a igualdade dos sexos, porque “procedeis uns dos outros (CapIII:195); mas, ainda que adorando o mesmo e único Deus, diferem no conceito de Altíssimo.

 

João Paulo II na entrevista a Vittorio Messori, confessa.” - :”Ao Deus do Alcorão são dados nomes entre os mais belos conhecidos na linguagem humana, mas, ao fim e ao cabo, é um Deus fora do mundo, um Deus que é apenas Majestade, nunca Emanuel, Deus - connosco. O islamismo não é uma religião de redenção. Nele não há espaço para a Cruz e a Ressurreição, Jesus é mencionado, mas apenas como profeta, preparando o último profeta, Maomé. É recordada também Maria, Sua Mãe virginal, mas está completamente ausente o drama da redenção .Por isso, não apenas a teologia, mas também a antropologia o Islão é muito distante da cristã  -   Travessar o Limiar da Esperança. (pag.88, Edições Temas da Actualidade, S. A. -Lisboa)

 

Do sobredito se infere que não há motivo de rivalidade, apesar das divergências inconciliáveis; ambos concordam que nos Últimos Dias, no Juízo Final, Deus julgará, consoante o bem ou o mal que se pratica e o Alcorão lembraRepele a maldade com o que é melhor! Assim aquele com quem estás em inimizade passará a ser um amigo fervoroso Cap. XLI:34

 

 

 

HUMBERTO PINHO DA SILVA   -   Porto, Portugal

 



publicado por Luso-brasileiro às 10:58
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