Muitos, com mais sabedoria e experiência do que eu, abordaram o tema, como: D. Francisco Manuel de Melo, Paiva de Andrade, João de Barros e, em castelhano, Frei Luiz de León, mas mesmo assim aventuro-me a escrever punhado de achegas.
Em livraria católica ou evangélica, facilmente se adquire um bom livro sobre o assunto. Minha mulher, em solteira, possuía: " Companheiros de Jornada" de Haroldo Shryock, que lhe foi utilíssimo, nos primeiros anos de casada.
Casar é o ato mais importante da nossa vida, infelizmente por desconhecimento ou criancice, leva-se, quantas vezes, levianamente.
Infortunadamente ninguém é perfeito, todos possuem preconceitos, hábitos e vícios, fruto da educação que se recebeu e experiências adquiridas ao longo dos anos.
Para não errar ou errar menos, é sempre bom começo conhecer bem a família do namorado(a) – analisar: atitudes, hábitos, opiniões e conduta dos progenitores.
A Bíblia diz: " Tal mãe, tal filha." - Ez16:44. Acrescentaria, igualmente: tal pai tal filho. Analisando cuidadosamente a família obtém-se preciosas informações, que não se conseguia em aturadas horas de namoro.
Vou contar um caso, que presenciei na juventude, que comprovam, que muitas vezes, o tempo de namoro, é tempo de engodo.
Companheiro de infância costumava, para cativar a moça, insinuar que a família era isso ou aquilo. Certa vez confessou que o pai era administrador de importante empresa.
Aconteceu, , que o progenitor da menina era prudente e resolveu inteirar-se da veracidade.
Foi à firma para falar com o administrador "A". Responderam que não havia ninguém com esse nome. Mas, continuo espevitado, esclareceu que existia modesto empregado de escritório...
É crasso erro unir-se a alguém de religião não cristã. Casar com pessoa de outra denominação, ainda é possível, mas não se recomendada. Conheci na juventude, inglês, respeitável anglicano, casado com senhora portuguesa, católica, em V. N. de Gaia. Todos os domingos levava a esposa ao templo católico e em seguida assistia ao culto (missa) na sua Igreja, mas nem sempre existe compreensão, e essa delicadeza... Depois há os filhos... problemas, discórdias...
O espaço é curto, mas se me permitem acrescentarei algumas achegas, que considero importantes: ter idade aproximada, educação semelhante, serem cristãos e de ideologia política parecida.
Não se pense que o amor basta – é preciso ceder, muita paciência e evitar discussões, para não se dizer o que se não deve.
Não há almas gemias. Porém, devido ao convivo, pode haver alterações em atitudes, modos de pensar e hábitos, mas no essencial, não se muda significativamente.
Uma coisa é o que se diz, outra coisa são as obras.
Não se dizia já no século XVI: " Quem torto nasce, tarde de endireita"? A experiência comprova a veracidade do anexim.
HUMBERTO PINHO DA SILVA
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