Comemora-se a 25 de agosto no Brasil, o Dia do Feirante, porque foi nessa data em 1914, há exatos cem anos atrás, que se realizou a primeira feira livre no país, no Largo General Osório, em São Paulo. Foi concebida pelos próprios agricultores que após efetivarem as vendas de seus produtos para restaurantes e mercearias e por não saberem o que fazer com os que restavam, resolveram vendê-los a preços mais baixos, diretamente à população.
O sucesso foi imediato e abrangente, persistindo até os dias de hoje, muito além da memória afetiva, já que a prática de frequentá-la vem passando por gerações. E na verdade, há certo encanto nas feiras. Elas propiciam a possibilidade de pechinchar preços; encontrar amigos, velhos e novos, que às vezes só naquele momento os vemos; curtir o lado gastronômico, ou seja, comer pastéis ou experimentar mercadorias e principalmente circular entre pessoas conhecidas que vendem e compram. Setoriais, instalam-se durante muitos anos em bairros fixos e muitas descendências se cruzam por elas.
Constituem-se assim em instrumentos tradicionais, regionais e históricos. Tanto que são inúmeras as estórias e até romances que resultaram em casamentos nelas originados. É a jovem que flerta com o rapaz que acompanha a mãe; é o viúvo que conhece uma senhora que vai às compras; é o próprio feirante que desde criança aprende a gostar das meninas que passam pelas barracas e que no futuro, tornam-se mulheres ou homens atraentes ou belos.
Por outro lado, normalmente, os vendedores das barracas são pessoas de uma mesma família, pais e filhos, que na luta pelo sustento, passam a conviver semanalmente com os consumidores. E, apesar dos produtos bons, outra forma de chamar a atenção é como os feirantes abordam a clientela, com brincadeiras, cantorias e gritos oferecendo seus artigos típicos. Nessa trilha, há frases que persistem com o passar do tempo como “mulher bonita não paga, mas também não leva”.
Realmente é muito difícil alguém que já passou dos quarenta anos não ter uma boa lembrança das feiras, pois revelam humanismo, amizade e participação. Nada contra os supermercados. Ao contrário, hoje são extremamente necessários, mas geralmente não têm os aspectos próprios daquelas, como possibilidade de regatear preços, de degustar alguns produtos e da intermediação barulhenta e simpática entre vendedores e compradores, que às vezes são até portadores de recados entre frequentadores de determinadas regiões.
Para o jornalista Marcos Forte (marcosforte33.blogspot.com), “a feira livre é isso, pastel, caldo de cana, pechinchas e um bom local para se tentar a sorte de matar a saudade de alguém”. Por isso, diante do Dia do Feirante, homenageamos todos àqueles que permanecem neste simpático ramo de comércio, tão cheio de ternura e convivência social, que ainda persiste na paisagem urbana, consistindo num meio de afirmação cultural e de busca do exercício da cidadania.
Uma ciência que estuda a alma humana
Comemora-se a 27 de agosto no Brasil o Dia do Psicólogo, já que nesta mesma data, no ano de 1964, a profissão foi regulamentada. A Psicologia é uma ciência extremamente importante por cuidar do homem numa dimensão mental, ou seja, estuda o comportamento humano e seus processos mentais, pesquisando o que motiva o comportamento humano – o que o sustenta, o que o finaliza e seus processos mentais, que passam pela sensação, emoção, percepção, aprendizagem, inteligência... A palavra psicologia vem do grego: psique (alma) + logos (estudo). Ou seja, a psicologia estuda a alma humana.
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor da Faculdade de Direito Padre Anchieta de Jundiaí. Ex-presidente das Academias Jundiaienses de Letras e de Letras Jurídicas (martinelliadv@hotmail.com)
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