O Papa João Paulo II organizou o primeiro Dia Mundial de Oração pela Paz em Assis na Itália em 27 de outubro de 1986 e a partir de então essa data se caracterizou como de preces para que o mundo viva pacificamente e se paralisem conflitos e guerras. A celebração tem uma concepção ecumênica, reunindo elementos de diferentes raças, culturas e tradições religiosas para rezarem em conjunto e compartilharem esperanças de dias melhores.
Já se disse que a oração é a comunicação e o fruto consciente do relacionamento com Deus durante a qual alguém louva, agradece, intercede pela vida de outro, pede bênçãos a ele ou a terceiros. Através dela se desfruta da presença do Criador, a quem é dirigida, podendo se efetivar de vários modos, em voz alta, falada, em canção ou em silêncio. Por isso que se afirma que orar é um ato ou um gesto de fé, passado de geração a geração.
Façamos um convite a nós mesmos: inspirados por esta comemoração também nos silenciemos por alguns instantes e oremos. Por meio de rezas poderemos compreender que a palavra divina é a que ensina, reconforta e traz esperança, revelando-se nas mais diversas formas, tais como um sorriso infantil, a emoção de uma descoberta, um instante de reflexão, os gestos comuns, a liberdade, a luta por igualdade, o respeito ao próximo e principalmente, a partilha.
A maioria das pessoas tem consciência desses atributos, mas por comodidade e apego material, adapta os ensinamentos religiosos aos próprios interesses. Interpretam-nos de acordo com tudo que lhes convém, modificando a essência clara e extremamente nítida dos princípios e pregações. Pratica uma auto religião, simula atos caridosos e tenta enigmaticamente esconder-se do remorso que a persegue. É por isso que o mundo se encontra moralmente tão instável e frágil, no qual o predomínio de uma cultura consumista, obediente a ditames exclusivamente econômicos, vem sufocando a espiritualidade e esfriando a convivência humana.
Rezemos para que o mundo seja mais fraterno e solidário, para que se evitem guerras e confrontos até de natureza religiosa e para conseguirmos manter uma postura digna diante dos percalços da vida. George S. Patton afirmou: “Aqueles que rezam fazem mais pelo mundo que aqueles que lutam; e se o mundo vai de mal a pior, é porque existem mais batalhas do que orações”. Aliás, Dom Paulo Evaristo Arns disse, com muita prioridade: “O nome de Deus é justiça e a finalidade da convivência humana é a paz duradoura”.
DIA DA DEMOCRACIA
Comemora-se a 25 de outubro, o Dia da Democracia. Resultado da própria concepção grega, ainda que em não em sua abrangência absoluta, ela pressupõe igualdade, ou seja, as leis devem valer igualmente para os cidadãos em geral, impossibilitando-se alguém de obter privilégio diante das mesmas. Assim, revela-se num sinônimo de isonomia, ou seja, todos indistintamente são iguais no exercício das aspirações civis, políticas, econômicas, sociais e culturais. Requer o acesso da população integralmente, em idênticas condições, aos direitos fundamentais básicos.
SEGUNDO TURNO
Hoje o significado maior da política traduz compromisso com os apelos de caráter social e exige a cobrança da ética e esta, não contempla apenas resultados, mas princípios. Faz grande sucesso na Europa um livro de autoria do inglês John B. Thompson, “O Escândalo Político”. A tese nuclear da obra é que com o fim das ideologias ganha vigência a noção de que o governante deve à sociedade uma reputação acima de qualquer suspeita. Pelo menos em dois pontos: competência profissional e integridade pessoal.
BREVE REFLEXÃO
Celebra-se a 25 de outubro o Dia Internacional Contra a Exploração da Mulher. “AS MULHRES DEVEM FAZER PARTE, NÃO ESTAR À PARTE” (Z. Almabert)
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor universitário. É presidente da Academia Jundiaiense de Letras (martinelliadv@hotmail.com)
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