Comemora-se a 05 de junho, o DIA INTERNACIONAL DO MEIO AMBINETE E DA ECOLOGIA pois nesta data, em 1972, a ONU - Organização das Nações Unidas promoveu em Estocolmo, capital da Suécia, a Primeira Conferência Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento para discutir a destruição e a conseqüente degradação humana.
Apesar do longo tempo da celebração, o desrespeito com a natureza e com o próprio ser humano ainda persistem e estão em todos os lugares: nas queimadas, no desmatamento, na poluição , na extinção de milhares de espécies animais e vegetais, na fome, na miséria e na desesperança. Tanto que amplo levantamento sobre a saúde do planeta, produzido pela Organização das Nações Unidas – “Avaliação Ecossistêmica do Milênio” - apresentou um diagnóstico completo dos ecossistemas terrestres, efetuados por 1.360 cientistas de noventa e cinco países, concluindo que a humanidade está esgotando os recursos oferecidos pelo globo numa velocidade superior a sua capacidade de reposição. De acordo com eles, estão comprometidos itens como estoques de peixes e reservas de águas potáveis, reciclagem de nutrientes do solo e controle climático regional.
Os reflexos desse esgotamento são mais do que um risco para o futuro – eles já estão produzindo impactos reais e indicaram que os efeitos críticos são maiores justamente para as populações mais pobres, vulneráveis a variações climáticas e problemas na produção de alimentos. E o pior, o mundo não vai atingir as metas do milênio – um conjunto de objetivos para redução da pobreza até 2015, traçado pela ONU e pelos governos – sem mudar radicalmente a maneira com que trata a natureza.
Meio ambiente e ecologia tornaram-se motivo de preocupação em todo o mundo em meados do século XX, embora o biólogo alemão, Ernst Haeckel (1834-1919) tenha criado formalmente a disciplina que estuda a relação dos seres vivos com o “habitat”, ao propor, em 1866, o nome ecologia para esse ramo da biologia. Junção das palavras gregas “oikos” (casa) e “logos” (estudo), a matéria ficou restrita aos meios acadêmicos até bem pouco tempo. Ela só ganhou dimensão social após um acidente de grande proporção e que derramou 123 mil toneladas de óleo no mar, na costa da Inglaterra, em 1967, com o petroleiro “Torrey Canion”.
Assim, a importância da consciência ecológica é manifesta, notadamente pelo fato de todas as ações humanas terem reflexo no equilíbrio ambiental. Por isso, é preciso levar a sério o mundo que nos rodeia, o ambiente em que vivemos e ter um olhar amplo, sem perder de vista a realidade concreta e particular do nosso cotidiano, sob pena dos recursos naturais e do ambiente como um todo se tornarem inviáveis, em pouco tempo, à própria sobrevivência humana
O DIA DO MEIO AMBIENTE E DA ECOLOGIA que se avizinha, constitui-se numa oportunidade para refletirmos sobre essa interminável oposição entre desenvolvimento e preservação do ambiente, consolidando um compromisso com o futuro, em favor de uma existência mais saudável tendo em vista, que a vida é um dom divino e ninguém pode se eximir da responsabilidade por sua preservação, seja rico ou pobre. Efetivamente, essa proteção não é uma tarefa exclusiva das autoridades, mas um compromisso de toda a sociedade.
Dia Internacional contra a Agressão Infantil
A ONU instituiu o dia 04 de junho como o Dia Internacional das Crianças Vítimas de Agressão ou o Dia Internacional contra a Agressão Infantil. Trata-se de uma data de reflexão e não de comemoração, já que é preciso entender e extinguir as razões da violência contras as crianças em todo o mundo. Além da proteção integral delas ser prevista no ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente, a Constituição Federal do Brasil em seu art. 227 dispõe que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar-lhes todos seus direitos e colocá-las a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Assim, está na mais do que na hora de se colocar em prática a legislação progressista de que dispomos para ao menos, minimizar os índices alarmantes na nessa área.
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor universitário. Presidente da Academia Jundiaiense de Letras (martinelliadv@hotmai.com)
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