PAZ - Blogue luso-brasileiro
Sábado, 15 de Setembro de 2018
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI - A COMPREENSÃO E A PAZ MUNDIAIS SE CONSOLIDAM COM GESTOS DE SOLIDARIEDADE

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nesta época de desafios é preciso refletir e pensar o passado, chamando atenção para os grandes erros que a nossa história, seja pessoal ou coletiva, produziu. Um desses equívocos parece que veio para ficar, o que quer dizer que se fixou como base de boa parte de nossa conduta. Trata-se da nossa incapacidade de conviver com o diferente e as formas encontradas para solucionar os problemas de convívio humano onde o que menos importa parece ser o diálogo, a comunicação direta e honesta, sem truques, golpes, violências, onde a veneração pela vida do outro e sua forma específica de manifestação e expressão, fossem considerados.

Sabemos que a lista de tipos sociais que são alvos de discriminação e exclusão que nossa sociedade construiu é grande. E ressurgem  diariamente  manifestações preconceituosas em todo o mundo contra minorias étnicas, mulheres, homossexuais, pobres, índios, negros, portadores do HIV, crianças, integrantes da terceira  idade entre tantos, além da intolerância religiosa que se tornou uma das principais causas de perseguições.

O DIA DA COMPREENSÃO MUNDIAL que se comemora a 17 de setembro, objetiva conscientizar-nos sobre uma das principais características que a humanidade deve ter para que haja o máximo de paz, a compreensão. Sua proposta é justamente incentivar a reflexão de como lidar com tantas discordâncias de vários fatores, como faixa etária, geração,  religião, educação e etc. entre as pessoas, respeitar e procurar entender os sentimentos do próximo.

               Como um instrumento para o entendimento ela é uma atitude plural, mútua, que tem sua origem, no entanto, no conhecimento que temos de nós mesmos. Com efeito, os seres são distintos em aspectos físicos, comportamentais, de valores e ideias e por isso é fundamental que seja criada uma cultura de acatamento, seja no cotidiano de cada indivíduo e também no ambiente social. Ela é entendida por isso, como um fator fundamental para que seja mantida a harmonia mundial e também respeitados os anseios de todos.

A divergência é um direito dos homens, porém é muito importante que seja mantida uma harmonia no grupo em que se vive, para conseguirmos atingir um bom nível de convivência, sempre pensando nas necessidades do outro. Só no respeito às diferenças é que podemos construir comportamentos, estabelecer planos e mudar atitudes – as nossas e as de terceiros. Há que se entender a importância de cada ato pessoal como um fator que facilite a harmonia e a construção de um grupo. Além do mais, citando Mahatma Gandhi, vale dizer que  “...cada problema começa a se resolver quando decidimos fazer do amor a lei da nossa vida...” .

A data também visa alertar todos os líderes de governos e da sociedade em geral a pensarem e equilibrarem os seus julgamentos com paciência e apreço aos semelhantes e tornar os indivíduos mais humanos e compreensíveis, tentando transformar o mundo em um lugar tranqüilo para todos viverem, principalmente diante das ameaças que as grandes potências lançam ultimamente umas contra as outras.

 

“A PAZ É A TRANQUILIDADE DA ORDEM”

 

 

O DIA INTERNACIONAL DA PAZ, 21 de setembro, foi instituído pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 1981 para “comemorar e fortalecer os ideais de paz em cada nação e cada povo entre elas”. Dizia com grande brilhantismo Santo Agostinho: “A paz é a tranqüilidade da ordem”. Com efeito, em sua dimensão mais ampla paz significa tranqüilidade pública, concórdia e ausência de hostilidade.

Diante da ameaça que paira sobre todos, é hora de assimilarmos gestos de boa vontade e unirmos nossas mãos em atitudes concretas de partilha, para a construção de uma nova sociedade, em que as desigualdades não sejam tão ostensivas e chocantes e a Justiça possa efetivamente cumprir seu papel, para progredirmos em conjunto, rumo a tão almejada convivência pacífica, compreendida como fruto da eliminação da miséria e do desenvolvimento integral de todos os povos.

 

 

 

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor do Centro Universitário Padre Anchieta de Jundiaí. É presidente da Academia Jundiaiense de Letras (martinelliadv@hotmail.com)      


 

 



publicado por Luso-brasileiro às 14:04
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