Quem nunca ouviu a brincadeira de que a mulher tem um dia só para ela, mas os homens têm o resto do ano para eles? Gozações à parte, agora eles realmente já têm uma data exclusivamente deles, cuja comemoração deixa muito a desejar, ou seja, passa quase desapercebida, embora o comércio comece a divulgá-la. O Dia Internacional do Homem é celebrado a 15 de julho e foi criado há mais vinte anos pelo ex-presidente russo Mikhail Gorbachev e apoiado pela Organização das Nações Unidas em Viena.
E se no Dia Internacional da Mulher descreve-se a luta pela emancipação feminina, a do Homem se “constitui numa excelente idéia para equilibrar os gêneros", de acordo com a diretora da Secretaria de Mulheres e Cultura de Paz da UNESCO, Ingeborg Breines. A celebração deve priorizar aspectos como a melhora da saúde (especialmente dos mais jovens), a melhora da relação entre sexos e a promoção da isonomia entre eles.
Por isso, são propósitos básicos dessa comemoração: promover modelos masculinos positivos, não apenas de estrelas do cinema ou esportes, mas de homens do dia-a-dia cujas vidas são decentes e honestas; comemorar as contribuições masculinas positivas para a sociedade, comunidade, família, casamento, guarda de crianças e meio-ambiente; concentrar sobre a saúde do homem e seu bem estar social, emocional, físico e espiritual; destacar a discriminação profissional contra os homens nas áreas de serviços sociais, nas atitudes e expectativas sociais e no direito; melhorar as relações de gênero e promover a igualdade de gênero e criar um mundo melhor, onde as pessoas possam se sentir seguras e crescer para alcançar seu pleno potencial
Assim, o Dia Internacional do Homem tem objetivos muito bons e bem definidos, os quais precisam ser divulgados. E aproveitando a data, ressalte-se que é preciso manter uma reflexão permanente sobre o papel que cada um -homem e mulher- deve representar no plano de Deus que os criou como parceiros, à sua semelhança, para participarem juntos, sem opressão de um sobre o outro pela construção de um novo mundo novo e plenamente justo, onde os direitos sejam efetivamente iguais.
E mesmo diante da pandemia do corona vírus, para muitos a data não passará em branco, pois ela é mais reflexiva do que comemorativa.
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor da Faculdade de Direito do Centro Universitário Padre Anchieta de Jundiaí. É ex-presidente da Academias Jundiaienses de Letras e Letras Jurídicas (martinelliadv@hotmail.com)
OS MEUS LINKS