Minha saudosa mãe sempre foi devota de São José. Tanto que insistiu muito para que o seu nome constasse do meu, mesmo seu filho mais velho, já se chamando JOSÉ Eduardo. Meu pai queria João Caros e para evitar conflito, fui registrado como João Carlos JOSÉ Martinelli. Lembrei-me desse fato para demonstrar que há anos atrás as crenças nos santos eram grandiosas e as pessoas, fervorosas, mantinham diversos usos, costumes e tradições, envolvendo-os de várias maneiras, evidentemente, sempre de formas respeitosas.
Hoje, 19 de março, a Igreja Católica lhe consagra a data. Também conhecido por José de Nazaré ou José, o Carpinteiro foi, segundo o Novo Testamento, o esposo da Virgem Maria e o pai adotivo de Jesus. Exemplo de operário passou a ser conhecido por "Padroeiro dos Trabalhadores", e, pela fidelidade a sua esposa e dedicação paternal, também como "Padroeiro das Famílias". Tido como padroeiro universal do catolicismo, ele denomina muitos templos e lugares ao redor do mundo. Em nossa cidade temos a “Paróquia São José” sita à Rua Mariano Latorre, n. 300, no Parque Almerinda e a “Paróquia São José Operário”,à Rua Maestro Paulo Mário de Souza, n. 284, Parque Brasília.
Embora ocorram divergências quanto à sua profissão, motivada exclusivamente pela interpretação de um termo grego genérico usado para designar funções da construção civil, ela efetivamente é mencionada pelo evangelista Mateus quando afirma, no capítulo 13 e versículo 55 de seu Evangelho,que Jesus era filho de “carpinteiro”, razão pela qual também essa categoria o adota como patrono.
Desempenhou sua missão cristã de forma magnífica, tornando-se digno da grande admiração que desperta. Tanto que para o Papa Francisco, “São José aparece como um homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no seu íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor”. E o Papa Emérito Bento XVI assim se expressou: “O exemplo de São José é para todos nós um forte convite a desempenhar com fidelidade, simplicidade e humildade a tarefa que a Providência nos destinou”.
Resta-nos, com convicção, solicitar por sua constante proteção e que ele sempre rogue por nós.
DIAS COMEMORATIVOS
Em reverencia a São José, também festejamos a 19 de março o Dia do Artesão, o Dia do Carpinteiro e o Dia do Marceneiro, trabalhadores que se destacam por habilidades manuais, que vão desde móveis e pequenos objetos de madeira esculpidos até artigos de decoração, inclusive que enfocam o folclore brasileiro. Por outro lado, a diferença básica entre os ofícios é que o carpinteiro trabalha diretamente com madeira bruta para ser utilizada na construção civil, e o marceneiro trabalha transformando-a em móveis (como armários, estantes, etc), em peças e utilitários das mais variadas formas.
Rendemos nossas sinceras homenagens a esses profissionais que unem técnica e criatividade para criar belas peças e que são indispensáveis aos mais diversos setores sociais.
ELIMINAR A DISCRIMINAÇÃO RACIAL
Há 57 anos, em 21 de março de 1960, cerca de vinte mil negros protestavam contra a lei do passe na cidade de Joanesburgo, na África do Sul. Lutavam contra um sistema que os obrigava a aportar cartões de identificação que especificava os locais por onde podiam circular. Era uma das lutas contra o“apartheid”. No bairro negro de Shaperville, os manifestantes se defrontaram com tropas de segurança que atiraram sobre a multidão, deixando 186 feridos e 69 mortos.. Em memória às suas vítimas, em 1976, a ONU (Organização das Nações Unidas) institui a data como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. Aliás, mais do que nunca, é preciso combater veementemente todas as formas de racismo e exclusão social. Inexiste atitude mais indigna do que separar as pessoas em raças e infelizmente em pleno século XXI ainda são registrados muito casos discriminatórios dessa natureza.
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor da Faculdade de Direito do Centro Universitário Padre Anchieta de Jundiaí. Ex-presidente das Academias Jundiaienses de Letras e de Letras Jurídicas (martinelliadv@hotmail.com)
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