Vivências de assombro são as que me fazem questionar o que é ou não avanço para a humanidade.
Duas notícias na semana passada me surpreenderam. A sociedade, às vezes, me parece caminhar, em doses homeopáticas ou maiores, para se tornar um grande bacanal.
Li que a França praticamente legalizou a pedofilia. Um projeto de lei apresentado pelo governo francês no ano passado e aprovado em dois de agosto, anulou qualquer idade limite para a idade legal de maioridade sexual, desde que consentida. A maioria das associações de assistência infantil, que exigia que qualquer relação sexual com uma criança fosse considerada estupro, sem que a vítima tivesse que provar violência, ameaça, coação ou surpresa, ficou decepcionada. O projeto foi apresentado pelo governo francês ao parlamento, depois de duas decisões judiciais, em setembro e novembro de 2017, quando dois homens, com idades entre 28 e 30 anos, escaparam da acusação de estupro, após terem sexo com meninas de 11 anos de idade. Ou seja, há até a probabilidade de abusos serem atos sexuais aceitáveis.
O outro assunto é o fechamento de um “bordel” de bonecas sexuais na Itália., em Turim, pela Polícia Comercial e a Vigilância Sanitária, em 12 de setembro. Além do local estar registrado, na prefeitura, como uma espécie de loja, a casa teria que estar sujeita a outro tipo de legislação, à do padrão sanitário, para averiguar se o sistema de limpeza das bonecas está de acordo. O local oferecia entretenimento lúdico-sexual com ao menos 10 bonecas, não infláveis, produzidas em elastômero termoplástico, material que imita a pele humana.
E tem mais, um amigo me contou que há uma loja de produtos eróticos, nas proximidades, que comercializa bonecas infláveis em forma de criança.
E a humanidade “progride” em relações vazias, sem comunhão de ternura, sem respeito, sem conter impulsos selvagens... E a humanidade “progride” para o caos.
MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE -
Professora e cronista. Coordenadora diocesana da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala. Jundiaí, Brasil.
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