Calar, quando se tem algo a dizer, significa omissão e, por conseguinte, covardia. Falar é um direito. Irar-se, contudo, para prevalecer uma opinião pessoal, não é de Deus. O próprio Jesus Cristo nos convidou a sermos mansos e humildes de coração (Mt 11, 29).
Discordo da “ideologia de gênero”, assunto rejeitado no Plano Nacional de Educação (PNE) e que ressurgiu no dos municípios (PME). É a negação da identidade biológica masculina ou feminina, tornando-a uma função social. Uma diretriz que pretendem ou pretendiam impor às escolas, ignorando o papel da família na educação dos filhos. Mas sou favorável a que se trabalhe com os alunos os preconceitos, pois ele envenena a sociedade. Quantas crianças negras, por exemplo, em colégios particulares, onde a maioria é branca, excluídas através de apelidos jocosos e outros! E as providência tomadas, em relação à maldade que expulsa gente, são tímidas. E apoio o exercício da escuta, pois como escreveu o Frei Antônio Moser em seu livro “Enigma da Esfinge” – Vozes -, só se liberta do preconceito quem restitui a voz do silenciado.
Considero ofensivo o uso pejorativo de vestuário e símbolos religiosos em parada gay, desfile carnavalesco, baile à fantasia etc. Não deixa de ser uma intolerância contra os que vivem a sua fé. Falta nobreza de atitude.
Sou contra a redução da maioridade penal. O sistema carcerário brasileiro é falido. A superlotação dificulta que o ser humano passe por um processo de mudança. Creio que os menores infratores devam permanecer em estabelecimentos apropriados para sua idade e, para os crimes hediondos, em um tempo maior de pena. Defendo um sistema educacional comprometido com a formação do ser humano, em escolas em período integral, com menor número de estudantes em sala de aula e com profissionais de áreas diversas, que atuem nos conflitos e encaminhem os alunos que necessitam de atendimento médico e psicológico. Defendo propostas que deem voz aos adolescentes das periferias e, nas quais, possam eles expressar seus sentimentos.
Abomino a “Marcha das Vadias”, que também utiliza sinais sacros e grita pela legalização do aborto provocado, ou seja, da pena de morte para bebês que se encontram no útero materno. Não se trata do corpo da mulher, mas sim de um indivíduo diferente, único.
É o que penso e assumo com convicção.
MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE - Professora e cronista. Coordenadora diocesana da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala. Jundiaí, Brasil.
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