Meus pais me ofereceram, sem imposição, a fé em Deus. Um Deus maior que a compreensão humana, cujo Filho, Jesus Cristo, era possível, ainda criança, com a manjedoura no colo, embalar em tempo de Natal. O mesmo Jesus de coração sangrando de amor, que observava, nos meus seis anos, na imagem da Igreja Matriz NSD daquela época, hoje Catedral.
Percebi, desde menina, que a fé era uma escolha séria, sem me basear nas pessoas e no mundo, mas no Céu.
Três domingos, Evangelhos e homilias com os Padres: João Estêvão, Leandro e Milton
O primeiro Evangelho (Lucas 9, 51-62) dizia sobre a firme decisão de Jesus partir para Jerusalém. E a respeito daqueles que pretendem segui-LO, mas antes desejam retornar para isso ou aquilo, Ele lhes disse: “Quem põe a mão no arado e olha para trás não está apto para o reino de Deus”. Padre João Estêvão enfatizou que em Jerusalém está a cruz e somente quem entra na cruz consegue verdadeiramente seguir o Cristo.
No segundo Evangelho (João 21, 15-19), Pedro confirmou seu amor a Jesus: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. O Padre Leandro expôs que Pedro, quando chamado para ser pescador de homens, não entendeu em profundidade o que acontecia, mas O seguiu. Anos mais tarde, depois da Ascensão, de acordo com um relato de evangelho apócrifo, ao fugir de uma provável crucificação em Roma, se encontrou com Jesus Ressuscitado e Lhe perguntou: “Quo vadis?”. E Jesus respondeu: “Vou a Roma para ser crucificado de novo”. Pedro retornou, encorajou-se para prosseguir seu ministério e se tornou um mártir. Padre Leandro frisou que Deus vai construindo aos poucos os seus seguidores.
O Evangelho (Lucas 10, 25-37) do domingo dia dez falava sobre a parábola do bom samaritano, que teve compaixão do homem que fora espancado por assaltantes, fez curativos e o levou a uma hospedaria, onde cuidou dele. Padre Milton voltou ao Evangelho sobre subir para Jerusalém, onde se encontra a cruz, e nos tornarmos hospedaria para os que se encontram caídos ao longo dos atalhos, nas periferias existenciais, que o Papa Francisco tanto cita.
Alinhavei em meu espírito os Evangelhos e as homilias e reafirmei minha escolha pelo Divino, na cruz de cada dia, no permitir que me edifique, no acolhimento aos lesionados. Só Ele dá sentido aos mistérios, indagações e fatos de minha história e ama sem restrições.
MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE - Professora e cronista. Coordenadora diocesana da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala. Jundiaí, Brasil.
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