Vivências com coração de Natal aconteceu, no último domingo, na Celebração da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Associação Maria de Magdala. Não caberia nesta crônica o nome das pessoas envolvidas com o acontecimento: voluntários, padrinhos e madrinhas de natal, integrantes, agentes de pastoral... Foram três momentos: Celebração da Palavra, presidida pelo querido Padre José Brombal, com presépio vivo; entrega de presentes e ágape.
O presépio vivo, organizado pelo prof. Jorge Romualdo, foi de manjedoura de Belém: claridade, ternura, superação, salvação. Neste ano, além das integrantes da Pastoral e família, participaram cadeirantes da Bocha Paralímpica do Uirapuru Country Clube. Que lindo! Foram eles as personagens principais do presépio e os filhos e netos, das participantes da pastoral, anjos. As mulheres conduziram os cadeirantes e tiveram cuidado imenso com eles. Abraços, mãos dadas... Algumas os abanavam durante a apresentação. Quanta doçura! Ocupar-se com amor melhora o mundo. O verdadeiro Natal, como disse o Padre Brombal. E o salmista Marquinhos, com sua voz de Céu, executava a cantiga de Maria:
“Nana, nanana, Nossa Senhora adormece o seu Menino Jesus.
Dorme, dorme, pequenino, que as estrelas vão sair.
Lá no Céu já estão dormindo e Jesus fica sorrindo e Jesus não quer dormir.”
Em meio às demais, três das mulheres de história difícil, acima de 40 anos, com um ponto convergente de Natal. A primeira, criada com dificuldade imensa pela irmã - aos cinco anos já perdera os pais -, comentou que seu primeiro Natal com sentido foi na pastoral, quando pôde reunir filhos e netos em um momento de encantamento. A segunda recorda-se que a mãe, à meia-noite de 24 para 25, trancava-se no quarto, dobrava os joelhos e rezava. Ela mantém a tradição em memória da mãe. A terceira não se esquece da irmã adotiva que partiu na metade deste ano. Em uma época de solidão e rejeição, foi essa irmã que, no Natal, permaneceu com ela, contra todos e contra tudo. Ou seja, as presenças salvaram o Natal de cada uma. E a festividade verdadeira do Natal é mesmo experiência de convívio com pessoas semelhantes e diferentes que se superam.
A Celebração de Natal da pastoral, com uma semana de antecedência do dia 25, chega, sem dúvida, à madrugada em que o silêncio foi interrompido pelos anjos que cantavam: “Glória a Deus no mais alto dos Céus...”
MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE -
Professora e cronista. Coordenadora diocesana da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala. Jundiaí, Brasil.
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