PAZ - Blogue luso-brasileiro
Quinta-feira, 23 de Junho de 2022
PAULO R. LABEGALINI - RESPONDA, SE SOUBER

 

 

 

 

 

 

Paulo Labegalini.jpg

 

 

 

 

 

1 – Deus nos castiga?

2 – Por que você vai à igreja?

3 – O que mais devemos praticar: a oração ou a caridade?

4 – Qual o maior presente que você poderia dar hoje a Jesus?

5 – Em quem você mais confia: no seu anjo da guarda ou no motorista de ônibus que lhe conduz?

Se deixou de responder alguma pergunta, reflita mais um pouco antes de continuar a leitura...

Os argumentos que tenho para estas questões você ficará sabendo na sequência e, se não concordar com alguma afirmação, sugiro que procure outros aconselhamentos espirituais – de sacerdotes, por exemplo.

Santo Agostinho dizia: “Deus não manda o impossível, mas, ao permitir alguma provação, aconselha que faça o que pode e peça o que não pode”. Isto já responde muitas coisas, principalmente que Ele não nos castiga e fica de plantão para nos ouvir e ajudar. A maior prova disso veio com Jesus Cristo, sofrendo por nós, pedindo que nos amássemos e prometendo a salvação eterna a quem se libertar dos pecados mortais. Êpa! Este é o grande problema – se libertar dos pecados –; não é mesmo? Então, por onde começar: pela oração ou pela caridade?

Rezar nunca é demais e interceder pelos outros também é uma forma de caridade; portanto, todo processo de conversão começa pela oração. Abrindo o coração a Deus, Ele se manifestará com Seu amor e os frutos acontecerão em ações de caridade.

Há quem diga que é muito mais importante socorrer alguém do que ficar rezando num quarto o dia inteiro, mas se esquece que a caridade continua presente no mundo porque tem muita gente pedindo pelos necessitados. Até Jesus se recolhia e rezava! Todos os nossos santos protetores rezavam muito também. Mesmo São Vicente de Paulo, que socorria os pobres, meditava a Palavra de Deus horas por dia!

E quem respondeu que o maior presente que pode dar a Jesus é um grande gesto de caridade, não deve esquecer que somente o pratica se tiver amor a Deus e ao próximo. Ajudar por ajudar, tirando um peso da consciência, não é caridade. Então, quem não acredita em Deus ou não ama o irmão, pode até fazer filantropia, mas nunca caridade.

Isto também aprendemos na igreja durante as homilias dos sacerdotes, mas não é este o maior motivo que me leva à Casa de Deus. Vou para aprender a amar. Procuro me abandonar nas mãos do Pai e peço que me ensine a amar como Jesus Cristo amou os pecadores que O procuravam. Nunca chegarei a essa perfeição, mas continuarei tentando através da Eucaristia.

E quanto ao anjo da guarda, que atenção damos a ele? Confiamos plenamente na sua proteção? No início, fiz comparação com um motorista de ônibus porque, muitas vezes, entregamos nossas vidas em suas mãos. Enquanto ele dirige, conversamos, lemos, olhamos a paisagem e dormimos tranquilamente, mesmo sem o conhecermos! Se agíssemos assim com o anjo que nos guia, teríamos melhor qualidade de vida: sem tantas preocupações e acidentes pelo caminho.

Para isso, precisamos conversar com ele toda manhã, pedindo proteção para o nosso dia; e agradecer à noite, antes de dormir. Você age assim?

Pois bem, se Deus não nos castiga, se crescemos em espiritualidade nas missas, se rezamos, praticamos caridade e somos vigiados pelo anjo da guarda, por que não somos plenamente felizes? Um dos motivos eu posso responder: devido à ambição instalada no coração – que tira o sossego de muita gente.

No julgamento final, Deus não perguntará quantos metros quadrados tinha sua casa; perguntará quantas pessoas recebeu nela. Deus não perguntará que modelo de carro comprou; perguntará quantas pessoas transportou para ajudá-las. Não perguntará a marca da roupa em seu armário; perguntará quantos pobres vestiu. Não perguntará se era alto seu salário; perguntará se vendeu sua consciência para conseguí-lo.

Deus não perguntará que título tinha; perguntará se realizou o trabalho com o melhor de sua capacidade. Não perguntará quantos amigos fez; perguntará quantas pessoas consideravam você um grande amigo. Deus não perguntará em que lugar vivia; perguntará como tratava seus vizinhos. E não perguntará a cor de sua pele; perguntará pela pureza do seu interior.

Somente quem amou muito marca sua presença neste mundo.

 

 

 

PAULO R. LABEGALINI   -  Cursilhista e Ovisista. Vicentino em Itajubá. Engenheiro civil e professor doutor do Instituto Federal Sul de Minas (Pouso Alegre - MG).



publicado por Luso-brasileiro às 11:05
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