Acredito que não exista uma só pessoa de fé que não tenha recebido ou passado alguma oração a alguém. Eu tenho dezenas de textos que retratam diversos tipos de orações: de cura, de agradecimento, de consagração, de entrega, de louvor, novenas etc., e hoje, vou colocar à sua disposição apenas três, mas foram escolhidas com muito carinho e podem mudar a sua vida, afinal, quem não precisa de oração?
Eis a primeira, para ser rezada assim que acordar:
“Senhor, no silêncio deste dia que amanhece, venho pedir-Te a paz, a sabedoria e a força. Quero olhar, hoje, o mundo com olhos cheios de amor: ser paciente, compreensivo, manso e prudente; ver Teus filhos como Tu mesmo os vês e, assim, não ver senão o bem em cada um. Cerra meus ouvidos a toda calúnia, guarda minha língua de toda maldade, que só de bênçãos se encha meu espírito e que eu seja tão bondoso e alegre que todos aqueles que se achegarem a mim sintam a Tua presença. Reveste-me de Tua beleza, Senhor, para que, no decurso deste dia, eu Te revele a todos. Amém.”
Como Deus atende quem pede com fé, passe a rezar esta oração com o coração voltado para o Céu e pode esperar dias cheios de paz, de amor e de bênçãos; porém, não deixe de continuar fazendo as orações matinais que você reza. Quanto mais, melhor.
A seguir, relato as lindas palavras de Santa Tereza de Calcutá:
“Senhor, quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida; quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água; quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor. Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo; quando minha cruz parecer pesada, dai-me compartilhar a cruz do outro; quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado. Quando não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos; quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém; quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo. Quando sentir necessidade de compreensão dos outros, dai-me alguém que necessite da minha; quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém que eu tenha de atender; quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa. Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome no mundo de hoje. Dai-lhes, através de nossas mãos, o pão de cada dia e, dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.”
Que fé tinha a Madre Tereza, não? Procure rezar a oração com muita atenção e veja como é difícil usar de sinceridade o tempo todo! Na verdade, a Santa Madre apenas mostrou que entendeu completamente a mensagem de humildade e de partilha deixada por Jesus Cristo. Eu disse ‘apenas’? Queira Deus que saibamos encarar essa ‘comunhão’ com naturalidade.
E, como terceira oração, coloco esta de agradecimento:
“Obrigado, Senhor, pelos meus braços perfeitos, quando há tantos mutilados; pelos meus pés que andam, quando muitos se enrijeceram; pelos meus olhos que veem, quando há tantos sem luz; pelos meus ouvidos que ouvem, quando tantos se silenciaram para sempre; pela minha voz que canta, quando outras se emudeceram mesmo antes de nascer. É maravilhoso, Senhor, ouvir, cantar, sorrir, sonhar, quando tantas pessoas sofrem, choram, revolvem-se em pesadelos e morrem para sempre. Obrigado, Senhor, principalmente, por ter tão pouco a pedir e tanto a agradecer!”
Não é realmente uma grande bênção poder rezá-la antes de dormir ou, se preferir, pela manhã? Há pessoas mutiladas que a rezam como ação de graças! Mas, isso não é triste – no Céu, todos seremos iguais! –; triste é pensar nos ‘perfeitos’ que não têm coragem ou tempo para rezar.
Sempre que fiz algumas destas três orações em encontros que animei, alguém me pede uma cópia – o que significa que Deus tocou no coração daquela pessoa e ela passará a multiplicar as palavras que ouviu. Assim, de mão em mão, o Reino do Altíssimo vai se instalando em muitos outros lares brasileiros; lares abençoados como do Dr. Victo Rennó, que um dia me enviou estas palavras escritas por Dom Helder Câmara:
“Descobri, Mãe querida, donde vem o respeito imenso que me inspira toda mãe que passa, de ventre pesado, carregando o filho ou alimentando ao seio o fruto de seu amor. Não é só pensando no milagre da vida; penso em ti, Virgem Mãe, e honro em cada mãe o mistério de uma criatura gerar o Criador – o mistério do seio humano alimentar o Senhor da Vida!”
Refletindo com profundidade na mensagem, dá até para se emocionar. Pense você também: Nossa Senhora carregou Deus em seu ventre! Que criatura maravilhosa foi a nossa querida Mãe! Aliás, Ela sempre será bendita e maravilhosa!
Assim, de graça em graça alcançada, de oração em oração rezada, de CD em CD gravado, de caridade em caridade praticada... o mundo católico vai me fascinando cada vez mais. E quando criança, será que eu teria a coragem do menino desta história?
Conta-se que um professor pediu aos estudantes que citassem as sete maravilhas do mundo moderno. E começaram as opiniões: Pirâmides do Egito; Taj Mahal; Grand Canyon; Canal do Panamá; Empyre State Building; Basílica de São Pedro; Muralha da China...
Mas, o professor notou um estudante muito quieto e perguntou-lhe se tinha alguma coisa a dizer. E o menino respondeu: ‘Eu penso que as sete maravilhas do mundo sejam: andar; sentir sabor; ver; ouvir; rir; amar; e ter muita fé.’
O professor, impressionado, comentou: ‘Muito bem! Você é daqueles que não só carregam a cruz no peito, mas têm peito para carregar a cruz.’
PAULO ROBERTO LABEGALINI - Escritor católico. Vicentino de Itajubá - Minas Gerais - Brasil. Professor Doutor do Instituto Federal Sul de Minas - Pouso Alegre.‘Autor do livro ‘Mensagens Infantis Educativas’ – Editora Cleofas.
OS MEUS LINKS