A boa línguagem lusitana,
não se aprende em gramáticas nenhumas:
- as formas, e palavras, são, algumas,
da fala popular quotidiana;
o resto, a minha língua vai, ufana,
buscá-lo a Fernão Lopes ( não a Dumas!!!)
e Frei Luis de Sousa.Nem presumas
que seja dum Balzac que ela mana!
Deixa, pois "enveloppes", " abat-jours"
"robes", "chances", "questões": os galicismos
usados pelo "bem falante";
nós, nascemos no Porto, não em Tours,
que é razão para usar " portuguesismos"
em lugar do francês, a cada instante.
PINHO DA SILVA – (1915-1987) – Nasceu em Santa Marinha, Vila Nova de Gaia. Frequentou o Colégio da Formiga, Ermesinde, e a Escola de Belas Artes, do Porto. Discípulo de Acácio Lino, Joaquim Lopes , e do Mestre Teixeira Lopes. Primo do escultor Francisco da Silva Gouveia. Vilaflorense adotivo, por deliberação da Câmara Municipal de Vila Flor.
Tem textos dispersos por várias publicações, entre elas: “O Comércio do Porto”, onde mantinha a coluna “ Apontamentos”, e o “Mundo Português”, do Rio de Janeiro, onde publicou as “ Crônicas Lusíadas”. Foi redator do “Jornal de Turismo”, membro da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, e secretário-geral da ACAP. Está representado na selecta escolar: " Vamos Ler", da: Livraria Didáctica Editora, com o texto : " Barcos e Redes"