Manchado de vermelho e tons doirados,
o chão é tapete de folhagem
que, somado à beleza da paísagem,
mais embeleza o quadro de aloirados.
Os canteiros de outrora, estão mirrados
em tons de cor castanha; e, na aragem,
bailam plantas secas, de estiagem,
numa luta de bichos acirrados.
O céu, é inda azul; o sol, é morno;
a lua, é cor de oiro; aragem, fria;
os braços nús, das árvores, são lanças
que alisa a mão do vento, como um torno,
Vagueia pelo parque, em correria,
um punhado garrido de crianças...
Palácio de Cristal,
28 de Outº de 1978
PINHO DA SILVA – (1915-1987) – Nasceu em Santa Marinha, Vila Nova de Gaia. Frequentou o Colégio da Formiga, Ermesinde, e a Escola de Belas Artes, do Porto. Discípulo de Acácio Lino, Joaquim Lopes , e do Mestre Teixeira Lopes. Primo do escultor Francisco da Silva Gouveia. Vilaflorense adotivo, por deliberação da Câmara Municipal de Vila Flor.
Tem textos dispersos por várias publicações, entre elas: “O Comércio do Porto”, onde mantinha a coluna “ Apontamentos”, e o “Mundo Português”, do Rio de Janeiro, onde publicou as “ Crônicas Lusíadas”. Foi redator do “Jornal de Turismo”, membro da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, e secretário-geral da ACAP. Está representado na selecta escolar: " Vamos Ler", da: Livraria Didáctica Editora, com o texto : " Barcos e Redes"
OS MEUS LINKS