Percebe-se o empenho de pessoas que se importam com a educação no país. Ainda que sob o véu congelado do pessimismo, colocam o saber e a experiência contra a ignorância e o mercenarismo, criando e inovando projetos e programas, sob a égide de educar o povo - que somos nós - como diz o arquiteto-urbanista e educador Araken Martinho. Professores, nossos heróis anônimos, continuam a labuta. José Renato Nalini, secretário de educação do Estado de São Paulo, dedica-se diuturnamente a essa nobre e árdua causa. Seu projeto Escritor na Escola, da Academia Paulista de Letras (2007), foi abraçado por confrades de Jundiaí, subsidiados por mesas-redondas e conferências acadêmicas que abordam vida e obra de escritores brasileiros e patronos das escolas.
A Academia Jundiaiense de Letras em parceria com a Cúria Diocesana, após reunião com o presidente João Carlos José Martinelli e o seminarista Salathiel de Sousa, realiza concurso de crônicas. O tema “Olhar os lírios do campo”, remete às palavras de Clarice e Veríssimo, ao Sermão da Montanha, à nossa Padroeira, à Campanha da Fraternidade, entre outras fontes, estimulando o estudo, a pesquisa, a leitura, a escrita, a sensibilidade, o conhecimento e a reflexão sobre o meio ambiente e nossos biomas, motivando o repensar sobre a cidade e o mundo, na busca da paz. Uma oficina literária está prevista e será realizada pelas acadêmicas Mara Lígia Biancardi, Susana Ferretti e esta articulista. Inscrições na secretaria da Catedral.
O presidente da AJLJ, Tarcísio Germano de Lemos, tem agendado palestras abertas ao público; a presidente interina da AFLAJ Marilzes Petroni incrementa as sessões femininas com o talento das confreiras; Olga de Brito, na AILA, dedica-se à formação literária infantil. A Olimpíada de Redação já é tradicional em Jundiaí e Região. O Celmi, dirigido por Eusébio dos Santos, contribui de várias formas para educação e lazer na terceira idade. O Clube da Lady, sob tutela de Lúcia Andrade Gomes, tem dialogado com as academias de letras, para novas ações socioculturais conjuntas. Lares espíritas como o Anália Franco e o Vinha de Luz mantêm programas educativos para jovens. Os Clubes de Leitura estão a cada dia mais dinâmicos e a expectativa da I FLIVI, organizada por Márcio Martelli, que homenageia a escritora Anna Maria Martins (APL) está efervescente.
Tudo lembra Milton Santos ao analisar fluxos e fixos de nossa sociedade: “o fim é chegado, mas o novo já está aí”.É preciso reconhecê-lo e dar-lhe devida atenção, não é?
SONIA CINTRA - É doutora em Letras Clássicas e Vernáculas pela Universidade de São Paulo. Pesquisadora da Cátedra José Bonifácio - IRI/USP e membro efetivo da UBE. Fundadora e mediadora do Clube de Leitura da Academia Paulista de Letras e do Clube de Leitura Jundiaiense. Ex-presidente da AJL, oradora da Aflaj e madrinha do Celmi. Pós-graduada em Educação Ambiental, ensaísta e articulista de jornais, revistas e blogs nacionais e internacionais. Tem 13 livros publicados com tradução para o italiano, francês e espanhol.
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