Os Jogos Paraolímpicos ou Paralímpicos são o maior evento esportivo mundial envolvendo atletas com deficiências de mobilidade, amputações, cegueira ou paralisia cerebral, além de deficiências mentais. Realizados pela primeira vez em 1960, em Roma, têm sua origem na Inglaterra, onde ocorreram essas primeiras competições esportivas, como forma de reabilitar militares feridos na Segunda Guerra Mundial. Este ano os Jogos Paralímpicos ocorrem no Rio de Janeiro, em várias modalidades e são exemplo de coragem e solidariedade dos atletas. Tamanha grandiosidade humana me lembra um poema de Mário Quintana, enviado recentemente com algumas reflexões pela amiga Maria Cecília Luchini, uma das mais atuantes leitoras do Clube de Leitura do Clube Jundiaiense, e que trancrevo a seguir:
"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino. "Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.
"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, pois só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores. "Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão, está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês. "Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda. "Diabético" é quem não consegue ser doce. "Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é ser "Miserável", pois Miseráveis são todos que não conseguem falar com Deus.Como podemos observar, o Poeta retoma vários substantivos e a eles atribui novo significado, ampliando desse modo nossa consciência de nós próprios, do outro e do mundo. Trazendo novas luzes para esses tempos tão sombrios de descarado oportunismo.
E para encerar este artigo - em tom maior - quero expressar a falta que as reflexões filosóficas do Educador José Renato Polli fazem no Opinião deste Jornal. Elas não só mantinham o padrão elevado da coluna que o nosso leitor merece, como nos ensinavam coisas válidas que nos estimulavam a repensar a Educação e a Vida. A você, caro Zé Renato, pela sinceridade e nobreza com que se dispôs a partilhar seu conhecimento e experiência, meu muito obrigada! Conte comigo sempre!
SÔNIA CINTRA - ESCRITORA E PROFESSORA UNIVERSITÁRIA.
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